AULA4CONCILIAODECONFLITOS_20240902175713

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CONCILIAÇÃO DE

CONFLITOS
PROFª SUSANA DOS REIS MACHADO
PRETTO, Ma
http://lattes.cnpq.br/3101645182007103
@susanapretto
 Identificar os meios adequados de
solução de conflitos extraprocessuais;
METAS DE
COMPREENSÃ
O  Reconhecer corretamente as situações
apropriadas para cada meio adequado
de solução de conflitos;

 Empregar corretamente os meios


consensuais adequados de solução de
conflitos;
A conciliação pode ser
definida como um
processo
autocompositivo breve
no qual as partes ou os
CONCILIAÇ interessados
auxiliados por
são
um
ÃO terceiro, neutro ao
conflito, ou por um
painel de pessoas sem
interesse na causa, para
assisti‑las, por meio de
técnicas adequadas, a
chegar a uma solução ou a
um acordo.
Fonte: Manual Mediação –
É um método utilizado em conflitos
mais simples, ou restritos, no qual
o terceiro facilitador pode adotar
CONCEITO uma posição mais ativa, porém
neutra com relação ao conflito e
imparcial. É um processo consensual
breve, que busca uma efetiva
harmonização social e a restauração,
Meio pelo qual um terceiro imparcial intervém
dentro dos limites possíveis, da relação
para, mediante atividades de escuta e fala,
social das partes.
auxiliar os contendores a celebrar um acordo, se
necessário expondo vantagens e desvantagens
em suas posições e propondo saídas
alternativas para a controvérsia sem, todavia,
forçar a realização do pacto. É importante
disponibilizar elementos para que os membros da
família possam reforçar tal instituição de forma que
 Na época imperial (século XVI e XVII),
precisamente nas Ordenações Manuelinas (1514) e
Filipinas (1603) que trazia em seu livro III, título XX,
§ 1º, o seguinte preceito: “E no começo da demanda
dirá o Juiz a ambas as partes, que antes que façam
despesas, e sigam entre eles os ódios e dissensões,
se devem concordar, e não gastar suas fazendas por
seguirem suas vontades, porque o vencimento da
causa sempre é duvidoso. […].”(ALVES, 2008, p. 3)
HISTÓRICO
 No século XIX, através da primeira Constituição
E Imperial Brasileira (1924), que a conciliação ganhou
EVOLUÇÃO status constitucional, trazendo em seu artigo 161, o
seguinte texto: “Sem se fazer constar que se tem
intentado o meio da reconciliação não se começara
processo algum”. (VIEIRA, s/d, p. 2).
 A Constituição Brasileira de 1988, também
priorizou dentre seus objetivos fundamentais, a
implementação de alternativas adequadas e
céleres para resolução de conflitos (art. 3º,
inciso I, e art. 5, LXXVIII).
 O Código Civil de 2002 também não foi alheio em relação
ao presente instituto, dispondo em seu artigo 840, que, “É
lícito aos interessados prevenirem ou terminarem o
litígio mediante concessões mútuas”.
 No ano de 2006 a conciliação renasce no cenário jurídico,
através do Conselho Nacional de Justiça, que lançou
naquele ano a campanha ‘Movimento pela Conciliação’ e
HISTÓRICO vem desde então, em parceria com órgãos do Poder Judiciário,
OAB, Conselho Nacional do Ministério Publico, Defensoria
E Publica, Entidades e Universidades, lançando campanhas
anuais em prol da utilização do presente instituto na resolução
EVOLUÇÃO de conflitos.
 Em 2010, o Conselho Nacional de Justiça lançou a
Resolução n. 125, regulamentando a Política Judiciária
Nacional de tratamento adequado dos conflitos de interesses
no âmbito do Poder Judiciário, sedimentando e apoiando a
prática da conciliação e mediação por reconhecer nestes
institutos, verdadeiros instrumentos de pacificação social.
 Em 2015, o Código de Processo Civil, reforça o instituto da
conciliação e da mediação.
CONCILIAÇÃO PRÉ-PROCESSUAL OU EXTRAJUDICIAL

Esse procedimento se constitui em um método de


prevenção de litígios e funciona como opção
alternativa ao ingresso na via judicial,
MODALIDADE objetivando evitar o alargamento do número de
demandas nos foros e a abreviação de tempo na
S DE solução das pendências, sendo acessível a qualquer
CONCILIAÇÃO interessado em um sistema simples ao alcance de
todos. […] A principal característica dessa
modalidade de conciliação é a promoção de
encontros entre os interessados, nos quais um
conciliador buscará obter o entendimento e a
solução das divergências por meio da composição
não adversarial e, pois, ainda antes de
deflagrada a ação. […]. (PROJETO MOVIMENTO
CONCILIAÇÃO JUDICIAL – PROCESSUAL
(endoprocessual)
MODALIDAD
ES DE Somente ocorre após a instauração
CONCILIAÇÃ judicial da lide. Trata-se também de
instrumento hábil e célere que em
O
muitos casos resolve o litígio,
encontrando amparo em vários
dispositivos legais, dentre eles,
destaca-se a Lei 9099/95 e o Código de
Processo Civil.
 Violação obrigacional;

 Descumprimento de situação relativa a


posse;

CAUSAS  (co)propriedade;
DOS
CONFLITOS  vizinhança;

 Crises em relações familiares;

 Disputas sucessórias.
 Na conciliação, o conciliador auxilia na relação
Conciliação – processual, gerenciando as negociações - sugerindo
participação mais propostas, apontando vantagens e desvantagens,
efetiva do com o fim de alcançar o acordo entre os Sem
conciliador que problemas, desde envolvidos. fonte: https://
pode sugerir www.migalhas.com.br/quentes/255180/conciliadores-e-mediadores-utilizam-tecnicas-para-conduzir-acordo-entre-as-partes

soluções.  O conciliador é um auxiliar da justiça e exerce um


múnus público, que necessariamente deve estar
preparado para exercer a função, onde o primordial é
Conciliador fazer a conexão de diálogo entre as partes, ou
restabelecê-la, conduzindo a negociação com
neutralidade até alcançar a resolução da contenda. Fonte:
https://www.editorajc.com.br/a-conciliacao-como-instrumento-de-pacificacao-social-na-resolucao-de-conflitos/#:~:text=No
%20entanto%2C%20foi%20no%20s%C3%A9culo,n%C3%A3o%20se%20come%C3%A7ara%20processo%20algum%E2%8
0%9D
.

 O conciliador é uma pessoa da sociedade que atua,


de forma voluntária e após treinamento específico,
como facilitador do acordo entre os envolvidos,
criando um contexto propício ao entendimento
mútuo, à aproximação de interesses e à harmonização
das relações. Fonte: https://jus.com.br/artigos/73080/mediacao-e-conciliacao-do-codigo-de-processo-civil
 A utilização de técnicas adequadas na
conciliação, como as ferramentas da Na prática há uma
mediação, pressupõe na essência que os
profissionais não se afastem dos princípios sutil diferença, a
norteadores dos métodos mediativos, técnica usada na
dispostos no Código de Ética da Resolução
125 de 29/11/2010, ressaltando‑se
conciliação para
especialmente: aproximar as
 Confidencialidade: tudo o que for trazido, partes é mais
gerado, conversado entre as partes direta, há uma
durante a conciliação ou mediação fica
adstrito ao processo; partição mais
efetiva do
TÉCNICAS DE  Imparcialidade: o conciliador/mediador
não toma partido de nenhuma das partes; conciliador na
CONCILIAÇÃ  Voluntariedade: as partes permanecem construção e
no processo mediativo se assim desejarem; sugestão de
O  Autonomia da vontade das partes: a soluções. Na
decisão final, qualquer que seja ela, cabe mediação, o
tão somente às partes, sendo vedado ao
conciliador e ao mediador qualquer mediador
imposição. interfere menos
nas soluções e age
 São elas: Recontextualização do
caso; audição de propostas
Quais as implícitas; apoio; silêncio; sessões
técnicas privadas ou individuais; inversão
de dos papéis; perguntas orientadas
a geração de opções;
conciliação normalização; organização de
? questões e interesses; enfoque
prospectivo; teste de realidade e
validação de sentimento.
 fonte: https://www.migalhas.com.br/quentes/255180/conciliadores-e-mediadores-utilizam-tecnicas-
para-conduzir-acordo-entre-as-partes
São princípios que norteiam a conciliação (art.
1º, Código de Ética dos Conciliadores -
Resolução 125/10, CNJ):
 a) Confidencialidade – o sigilo acerca das
informações obtidas na sessão conciliatória é
Princípios primordial para o sucesso do acordo;
que  b) Competência – o conciliador deve ser pessoa
habilitada à atuação judicial, com capacitação na
norteiam a forma da resolução 125/10, CNJ;
conciliaçã  c) Imparcialidade – o conciliador não deve
o interferir no resultado do trabalho nem aceitar
qualquer tipo de favor ou presente;
 d) Neutralidade – deve atribuir valores iguais a
cada uma das partes, respeitando sempre os seus
respectivos pontos de vistas;
 e) Independência e autonomia – o conciliador
deve atuar na seção com liberdade, sem pressão
Código de Processo Civil:
Art. 165. [...]
§ 1o [...]
§ 2o O conciliador, que atuará
CÓDIGO DE preferencialmente nos casos em que não
PROCESSO houver vínculo anterior entre as partes,
poderá sugerir soluções para o litígio, sendo
CIVIL 2015
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato20 vedada a utilização de qualquer tipo de
15-2018/2015/lei/l13105.htm
constrangimento ou intimidação para que as
partes conciliem.

§ 3o O mediador, que atuará


preferencialmente nos casos em que houver
vínculo anterior entre as partes, auxiliará
aos interessados a compreender as questões
e os interesses em conflito, de modo que eles
 Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso
de improcedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de
conciliação ou de mediação com antecedência mínima de trinta
dias, devendo ser citado o réu com pelo menos vinte dias de
CÓDIGO DE antecedência. (Art. 334)
PROCESSO A audiência não será realizada:
I – se ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na
CIVIL 2015 composição consensual; II – no processo em que não se admita a
autocomposição. (§4º)
O autor deverá indicar, na petição inicial,
Da seu desinteresse na autocomposição, e o réu, por petição, apresentada
com dez dias de antecedência, contados da data da audiência. (§ 5º)
Audiência A audiência de conciliação ou de mediação
pode realizar-se por meios eletrônicos, nos termos da lei. (§ 7º)
de  O não comparecimento injustificado do autor ou do réu à
audiência de conciliação é considerado ato atentatório à dignidade da
Conciliação justiça e será sancionado com multa de até dois por cento da vantagem
econômica pretendida ou do valor da causa, revertida em favor da
União ou do Estado. (§ 8º )
A autocomposição obtida será reduzida a termo
e homologada por sentença.(§ 11)
Existe
diferença
?
MAPA
MENTAL

https://www.dicasconcursos.com/mediacao-e-conciliacao/
O QUE É
CONCILIAÇÃ
O?

https://www.facebook.com/cnj.oficial/videos/
403782447177487
COMO
CONCILIAR
?

https://www.facebook.com/cnj.oficial/videos/
430267917648150
COMPREENDEN
DO A
CONCILIAÇÃO https://
NA PRÁTICA audienciasonline.com.br/
• GUILHERME, Luiz Fernando do Vale de Almeida.
Manual dos MESCs: meios extrajudiciais de
solução de conflitos. Barueri: Manole, 2016.
Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/
9788520461457/
REFERÊNCIAS • SALLES, Carlos Alberto de. Negociação,
BIBLIOGRÁFIC mediação, conciliação e arbitragem. São
AS Paulo: GEN, 2021. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/bo
oks/9786559640089
/
• CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA, Manual de
Mediacao Judicial, 2016, p. 49. Disponível em
https://www.cnj.jus.br/wp-content/uploads/2015/06
/f247f5ce60df2774c59d6e2dddbfec54.pdf

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