Síndrome de Guillain-Barré
Síndrome de Guillain-Barré
Síndrome de Guillain-Barré
Barré
Dra. Luiza Ramos
Neurologista pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo
Especialista em Neuro-Oncologia pela Universidade Federal de São Paulo
Epidemiologia:
● Incidência global: 1-4 /100.000 habitantes
- Causa mais comum de paralisia flácida aguda
● Variação regional:
○ Ásia: variantes axonais
○ América do Norte, Europa: variantes desmielinizantes.
Afinal, o que é a
Síndrome de Guillain-Barré (SGB)?
Síndrome de Guillain-Barré
Conceito: grupo de neuropatias imunomediadas caracterizadas por:
Polirradiculoneurite
Aguda
Pode acometer:
- Raízes nervosas
- Nervos motores
- Nervos sensitivos
- Nervos cranianos
- Nervos autonômicos
Síndrome de Guillain-Barré
Conceito: grupo de neuropatias imunomediadas caracterizadas por:
Polirradiculoneurite
Variantes clínicas e Aguda
subtipos:
Polirradiculoneuropatia inflamatória desmielinizante aguda subtipo mais
comum
(AIDP)
Neuropatia axonal motora aguda
(AMAN)
Neuropatia axonal sensitivo-motora aguda
(AMSAN)
Síndrome de Miller Fisher (SMF) Tríade: oftalmoplegia + ataxia + arreflexia
● Vacinações
● Outros:
○ cirurgia, trauma, transplante de medula óssea, linfoma de Hodgkin, lúpus eritematoso sistêmico,
sarcoidose, pós-parto, medicamentos (antagonista do fator de necrose tumoral alfa, tacrolimus,
isotretinoína, inibidores do ponto de controle imunológico)
Patogênese: Polineuropatias agudas imunomediadas → mimetismo
molecular
Patogênese:
Como diagnosticar?
Como tratar?
Diagnóstico e Manejo da
Sd. de Guillain-Barré em
10 passos
DIAGNÓSTICO
Evolução:
Polineuropatia
desmielinizante inflamatória
crônica (PDIC)
Diagnóstico
Passo 2: Como diagnosticar?
● Passo 2.1: checar Critérios diagnósticos (NINDS)
Insuficiência respiratória
1 iminente
Instabilidade
2 Instabilidade autonômica
autonômica
3 Fraqueza grave
Manejo na Fase Aguda
Passo 4: Quando iniciar o tratamento?
Terapia imunomoduladora
Indicações: Insuficiência
respiratória iminente
● Incapacidade de caminhar de forma independente por 10 metros
● Fraqueza rapidamente progressiva
● Sintomas bulbares ou disautonomias severas
● Insuficiência respiratória
Fraqueza grave
em pacientes cujos sintomas se iniciaram <4 semanas
Manejo na Fase Aguda
Passo 5: Opções terapêuticas:
Terapia imunomoduladora
Insuficiência
respiratória iminente
Benefícios esperados:
- Diminuição do tempo de recuperação da capacidade de deambular;
- Diminuição do número de pacientes necessitando de VM;
- Fraqueza
Diminuição do tempo grave
de VM;
- Aumento da porcentagem de pacientes com recuperação total da força muscular
em um ano;
- Diminuição da mortalidade em um ano.
Manejo na Fase Aguda
Passo 5: Opções terapêuticas:
Terapia imunomoduladora
Insuficiência
respiratória iminente
Imunoglobulina (IgIV)
Insuficiência
respiratória
● Dose: 0,4 iminente
g/kg diariamente durante 5 dias
● Pré-tratamento: 500ml SF + Paracetamol 650mg + Difenidramina
25mg, 30 minutos antes da infusão
● Velocidade de infusão: iniciar com infusão lenta (0,3 a 0,5
mL/kg/hora), podendo aumentar a velocidade a cada 30 minutos,
conforme tolerância, até 6 mL/kg/hora.
● Efeitos Fraqueza
adversos: grave
○ hipotensão, náuseas, cefaleia, erupção cutânea, insuficiência renal aguda,
meningite asséptica, hiperviscosidade.
Manejo na Fase Aguda
Passo 5: Opções terapêuticas:
Plasmaférese
Insuficiência
respiratória
● 4 a 6 sessões iminentede 48 horas
com intervalos
● 2 acessos venosos periféricos de grande calibre ou 1 acesso central
(cateter duplo lúmen)
● Principais complicações:
○ problemas de acesso intravenoso, hipotensão, reações transfusionais, sepse.
Fraqueza grave
Manejo na Fase Aguda
Passo 6: Monitorização
● Função respiratória
● Insuficiência
Força muscular
● respiratória iminente
Sintomas bulbares
● Autonômica
Frequência da monitorização:
● Fase progressiva: 2 a 4h
● Platô: 6h
● Recuperação precoce: 12h
Fraqueza grave
Manejo na Fase Aguda
Passo 7: Complicações precoces
Fraqueza grave
Manejo na Fase Aguda
Passo 8: Pacientes que recidivam ou pioram
Como conduzir?
Insuficiência
Situações: respiratória iminente
FraquezaControverso
grave e sem evidência clínica clara
Manejo na Fase Aguda
Passo 8: Pacientes que recidivam ou pioram
Insuficiência
respiratória iminente
Pontuação:
- 0 a 2: Baixo risco
- 3 a 4: Risco intermediário
- ≥ 5: Risco Alto (65%)
Fraqueza grave
Cuidados de longo prazo
Passo 9: Avaliar a previsão do desfecho clínico
Insuficiência
respiratória
● Cerca de iminenteindependente em 6 meses
80%: deambulação
● Cerca de 10%: óbito
● Recuperação pode ocorrer em até 5 anos
Fraqueza grave
Cuidados de longo prazo
Passo 10: Reabilitação
Insuficiência
● Reabilitação precoce: fisioterapia, terapia ocupacional,
respiratória iminente
planejamento físico
Fraqueza grave
● Organizações de pacientes com SGB
DIAGNÓSTICO