Aula - 1 Panorama geral da criança no Brasil_2023

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Panorama geral

da criança no
Brasil
Profas. Da disciplina
2023
Criança no contexto histórico
Século XVII Estorvo / fardo.

Século Publicações recomendam o cuidado


XVIII materno, evidenciando índices
elevados de mortalidade por
crianças cuidadas por “amas de
leite”.
Século XIX Estado incentiva o cuidado materno
como resolução de problemas,
visando investimento lucrativo e não
reconhecimento à cidadania.
Criança no contexto histórico
MARCOS LEGAIS DO SÉCULO XX
1924 Declaração dos Direitos Universais da
Criança e do Adolescente (ONU).

1959 Declaração Universal dos Direitos


Humanos.

1988 Direitos da Criança e do Adolescente


passaram a integrar a Constituição
Brasileira.
1990 Estatuto da Criança e do Adolescente.
Criança no contexto histórico
MARCOS LEGAIS DO SÉCULO XX
1990 Cúpula Mundial pela Criança (NY).
Metas para 2000: diminuir a mortalidade
infantil, ampliar imunização e educação básica.

2000 Publicação oficial pelo UNICEF


- redução em 14% da mortalidade infantil;
- redução de 2/3 nos casos de sarampo,
erradicação do tétano neonatal e poliomielite;
- queda em mais de 50% nos índices de
desnutrição na América do Sul.
Mesmo com o envelhecimento
da população, crianças e
adolescentes ainda representam
um percentual grande dos
brasileiros. São 53,7 milhões de
meninos e meninas que
precisam ter seus direitos
garantidos
TAXA DE MORTALIDADE NA Mortalidade infantil - é um indicador social representado
INFÂNCIA: NÚMERO DE pelo número de crianças que morreram antes de completar
CRIANÇAS DE 1 A 5 ANOS DE um ano de vida a cada mil crianças .
IDADE MORTAS POR MIL
Mortalidade na infância - Número de óbitos de menores de
CRIANÇAS DESTA FAIXA cinco anos de idade, por mil nascidos vivos
ETÁRIA EM 2018:
BRASIL = 14,4
JAPÃO = 3

EXPECTATIVA DE VIDA DO
BRASILEIRO NASCIDO EM 2018:
76,3 ANOS
"A partir de 2018, saúde no Brasil está
EXPECTATIVA DE VIDA DO
em retrocesso: JAPONÊS NASCIDO EM 2018:
- subfinanceamento, MULHERES = 87,3
HOMENS = 81,25
- redução progressiva de
crescimento."
•Entre 1990 e 2018, a taxa de
mortalidade infantil caiu de 47,1 para
13,1 mortes para cada 1.000 nascidos
vivos, de acordo com o Ministério da
Saúde. Em 2016, pela primeira vez em 26
anos, as taxas de mortalidade infantil e
na infância cresceram, voltando a cair no
anos posteriores. No entanto, desde
2015, as coberturas vacinais – que
vinham se mantendo em patamares de
excelência – entraram em uma tendência
de queda. De 2015 a 2019, a cobertura
vacinal da poliomielite caiu de 98,29%
para 79,42%, e a da tríplice viral, de
96,07% para 91,57% (PNI).
•O Brasil possui uma população de 210,1
milhões de pessoas, dos quais 53.759.457 têm
menos de 18 anos de idade (Estimativa IBGE
para 2019). Mais da metade de todas as
crianças e adolescentes brasileiros são
afrodescendentes e um terço dos cerca de 820
mil indígenas do País é criança. São dezenas de
milhões de pessoas que possuem direitos e
deveres e necessitam de condições para
desenvolver com plenitude todo o seu
potencial.

•Embora o País tenha feito grandes progressos


em relação à sua população mais jovem, esses
avanços não atingiram todas as crianças e todos
os adolescentes brasileiros da mesma forma.
•Nas últimas décadas, o Brasil reduziu
significativamente a taxa de desnutrição
crônica entre menores de 5 anos (de 19,6%
em 1990 para 7% em 2006), atingindo,
antes do prazo, a meta dos Objetivos de
Desenvolvimento do Milênio (ODM).
Entretanto, a desnutrição crônica ainda é
um problema em grupos mais vulneráveis,
como indígenas, quilombolas e ribeirinhos.
De acordo com o Ministério da Saúde, em
2018, a prevalência de desnutrição crônica
entre crianças indígenas menores de 5 anos
era de 28,6%. Os números variam entre
etnias, alcançando 79,3% das crianças
ianomâmis.
•Ao mesmo tempo, aumenta progressivamente o
consumo de alimentos ultraprocessados
(alimentos com baixo valor nutricional e ricos
em gorduras, sódio e açúcares) e a prevalência
de sobrepeso e obesidade no Brasil. Uma em
cada três crianças de 5 a 9 anos possui excesso
de peso, 17,1% dos adolescentes estão com
sobrepeso e 8,4% são obesos.
De 1990 a 2019, o percentual de crianças com idade escolar
obrigatória fora da escola caiu de 19,6% para 3,7% (Pnad 2019). No
entanto, mesmo com tantos avanços, em 2019, 1,5 milhão de meninos
e meninas ainda estavam fora da escola (Pnad, 2019). E essa exclusão
escolar tem rosto e endereço: quem está fora da escola são os pobres,
negros, indígenas e quilombolas. Uma parcela tem algum tipo de
deficiência. E grande parte vive nas periferias dos grandes centros
urbanos, no Semiárido, na Amazônia e na zona rural. Muitos deixam a
escola para trabalhar e contribuir com a renda familiar.

Além do desafio de acesso escolar, há quem esteja na escola sem


aprender. O sistema de educação brasileiro não tem sido capaz de
garantir oportunidades de aprendizagem a todos. Muitos meninos e
meninas são deixados para trás. Ao ser reprovados diversas vezes,
saem da escola. Em 2018, 6,4 milhões de estudantes das escolas
estaduais e municipais tinham dois ou mais anos de atraso escolar.
•Para o UNICEF, a face mais trágica das violações
de direitos que afetam meninos e meninas no
Brasil são os homicídios de adolescentes: a cada
hora, alguém entre 10 e 19 anos de idade é
assassinado no País [estimativa do UNICEF
baseada em dados do Datasus (2018)] — quase
todos meninos, negros, moradores de favelas.

•O Brasil tem uma das legislações mais avançadas


do mundo no que diz respeito à proteção da
infância e da adolescência. No entanto, é
necessário adotar políticas públicas capazes de
combater e superar as desigualdades geográficas,
sociais e étnicas do País e celebrar a riqueza de sua
diversidade.
Indicadores relevantes à mortalidade infantil
1. Escolaridade materna:
< 1 ano até 93/1000 nascidos vivos (nv);
1 a 3 anos 70/1000nv;
9 a 12 anos 28/1000nv.

Em 2019 no Brasil 48% das mães tinham 12 ou mais anos de escolaridade ao parir .
Indicadores relevantes à mortalidade infantil
.

https://educa.ibge.gov.br/criancas/brasil/2697-ie-ibge-educa/jovens/materias-especiais/20453-estatisticas-de-genero-indicadores-sociais-das-
mulheres-no-brasil.html
Indicadores relevantes à mortalidade infantil
.
2. Pobreza:

Após anos de queda, a pobreza voltou a crescer no


Brasil em 2018, a crise econômica impulsionou este
indicador e tende a crescer nos próximos anos ...
Cenário da infância e adolescência no Brasil

Fonte: fundação Abrinq 2020


Indicadores relevantes à mortalidade infantil
.3. Pré-natal:

Avaliação do SISPRENATAL aponta que, em 2018, 1/3 dos RN nasceram sem pré natal e
apenas 60% das gestantes realizaram 7 ou mais consultas pré natais.
Somente 10 Estados brasileiros têm índices acima de 50% das gestantes realizando ao
menos 6 consultas pré-natais.
Indicadores relevantes à mortalidade infantil
4.Parto cesárea:
.
Representa 7X mais risco de morte para mãe e 3X mais risco de morte para o
RN.

Incidência brasileira é a segunda maior do mundo, aproximadamente


55,6% de parto cesárea (chegando a 84,6% na rede privada), enquanto a
OMS recomenda o máximo de 25 - 30%.
.
Indicadores relevantes à mortalidade infantil
5. Aleitamento Materno:
.
Dados do Unicef revelam que 68% das crianças brasileiras são amamentadas na
primeira hora de vida, 50% continuam sendo amamentadas até completar 1 ano de
idade e 25% são amamentadas até os 2 anos.

Destacando avanços brasileiros em políticas de estímulo à amamentação, citando o país


como referência mundial no aleitamento materno.
Indicadores relevantes à mortalidade infantil
.Contudo.......

Qual a média de aleitamento materno exclusivo no Brasil?

A amamentação exclusiva, no Brasil, atualmente está em 45,8%. A meta estabelecida pela


Organização Mundial da Saúde é de aumentar em 50% a taxa de aleitamento materno
exclusivo nos primeiros seis meses de vida até 2025.
Indicadores relevantes à mortalidade infantil
.

6. Transmissão vertical para o HIV:


Somente 31,5% das gestantes recebem quimioprofilaxia durante gestação e
o parto; sem intervenção a TV é de 25,5% podendo ser reduzida à 2% com a
QP.

Queda em transmissão vertical foi destaque no lançamento do Boletim


Epidemiológico HIV/Aids 2016 pelo Ministério da Saúde: em menores de 5
anos caiu 36% nos últimos seis anos, passando de 3,9 casos por 100 mil
habitantes - em 2010, para 2,5 casos por 100 mil habitantes, em 2015.
Indicadores relevantes à mortalidade infantil
.

Contudo....

Em um período de dez anos, houve um aumento de 21,7% na taxa de detecção de HIV


em gestantes: em 2007, a taxa observada foi de 2,3 casos/mil nascidos vivos e, em 2017,
passou para 2,8/mil nascidos vivos. Esse aumento poderia ser explicado, em parte, pela
ampliação do diagnóstico no pré-natal e a consequente melhoria da prevenção da
transmissão vertical do HIV.
Indicadores relevantes à mortalidade infantil
.
7. Vulnerabilidade:
-trabalho infantil;
-maus tratos / abuso;
-privação ao convívio

O Brasil é o país com o maior número absoluto de adolescentes assassinados no mundo


Indicadores relevantes à mortalidade infantil
. 8. Educação infantil

“É dever do Estado assegurar atendimento em creche e pré-escola às crianças de 0 a 6


anos de idade” (inciso IV, artigo 54 do ECA)

-No período de 2014 a 2018, as matrículas em creche cresceram 23,8%. Só em 2018 o


aumento foi de 5,3%. O Brasil tem hoje 69,7 mil creches, sendo 74,8% delas na zona
urbana. A maioria, 59,4% é municipal e 40,4%, privada, sendo que 25% das creches
privadas são conveniadas com estados e/ou municípios. A educação infantil como um
todo, considerando creche e pré-escola, tem 8,7 milhões de alunos.
Indicadores relevantes à mortalidade infantil
.
Analfabetismo:
Taxa caiu de 13,6% para 8,3% entre 2000/2015.

Analfabetismo Funcional- definido pelo IBGE como a proporção das pessoas com 15
anos ou mais com menos de 4 anos de estudo:
17,6% em 2014 ------ 29% em 2018

De forma geral, definido como a incapacidade de compreender e interpretar textos ou


fazer operações matemáticas com um grau mínimo de complexidade.
Educação infantil durante a pandemia.........
.

A pandemia do novo coronavírus, que levou à suspensão das aulas em todo o Brasil
desde meados de março, tornou mais visíveis as desigualdades que marcam a
educação brasileira. Além disso, evidenciou a necessidade de repensar as políticas
educacionais tendo em vista a equidade como um dos parâmetros centrais.

Perdas de aprendizagem serão inevitáveis este ano, por isso é essencial que preparar
a retomada das aulas presenciais, para que professores e estudantes sejam
emocionalmente acolhidos e para apoiar o desenvolvimento cognitivo dos alunos
Aumento da vulnerabilidade no cenário atual.........
.

A pandemia do novo coronavírus pode agravar a vulnerabilidade social de crianças e


adolescentes. Para as crianças ameaçadas em seu próprio lar, o isolamento social trouxe
uma dose extra de problemas.

O fechamento de escolas e as restrições sociais deixaram muitas crianças e adolescente


presos com seus abusadores. “Vítimas que sofrem violência física e/ou sexual estão sem
o espaço seguro que a escola costumava oferecer.

Com este cenário, acredita-se que a subnotificação dos casos de violência contra as
crianças e adolescentes aumentou e provavelmente, quando a pandemia passar haverá
uma grande demanda reprimida.
Fatores que interferem na saúde da criança
Social Desemprego / educação precária /
analfabetismo / comportamento
familiar / violência / drogas

Econômico Alimentação inadequada / condições


de moradia / trabalho infantil /
prostituição
Cultural Preconceitos (racial / social) / lazer
insuficiente

Biológico Saúde precária/ alterações


neurológicas, emocionais e
fisiológicas
Principais esforços governamentais: SUSTENTÁVEIS

ESTRATÉGIA EM SAÚDE DA FAMÍLIA (ESF):

1. Mudança do modelo tradicional: tratamento / curativo >>>> prevenção /


promoção à saúde;
2. Ampliação do programa;
3. Segundo MS, a educação causa o maior impacto sobre a redução da taxa de
mortalidade infantil (16,8%), seguida pelo PSF (4,6%), acesso à água filtrada
(3%) e leitos hospitalares (1,4%).
Principais esforços governamentais: SUSTENTÁVEIS

1. Leve leite;
2. Bolsa família / auxilio Brasil
3. Auxílio gás;
4. Renda mínima;
5. Auxílio penitenciário;
6. Vai e volta...
TODOS
INSUSTENTÁVEIS!
!!
Obrigada!!!

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