Apresentação - Craqueamento Retardado

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COQUEAMENTO

RETARDADO
ÍNDICE

 1. Objetivo
 2. Levantamento Bibliográfico
 3. Processos Existentes
 4. Fluxograma ou Diagrama de Blocos
 5. Perspectivas Industriais
 6. Bibliografia
OBJETIVO
-> Converter frações pesadas do petróleo, como o resíduo de vácuo
ou óleo combustível, em produtos mais valiosos e de maior demanda,
como gasolina, diesel e gás de refinaria ;

-> Além de maximizar o rendimento de combustíveis líquidos, o


coqueamento retardado visa minimizar a produção de resíduos
indesejados e aumentar a eficiência na utilização dos recursos do
petróleo ;
FUNDAMENTOS
• O coqueamento retardado é uma forma de
craqueamento térmico, onde materiais pesados
são aquecidos a altas temperaturas
(normalmente entre 480°C e 520°C) em um
ambiente sem oxigênio. Esse aquecimento
causa a quebra das moléculas grandes em
produtos mais leves. A operação ocorre em
duas etapas: uma seção de fornalha, onde o
aquecimento ocorre, e reatores (chamados coke
drums), onde a decomposição térmica dos
resíduos ocorre em condições controladas.
• Referência: Gary, J. H., Handwerk, G. E., &
Kaiser, M. J. (2007). Petroleum Refining:
Technology and Economics (5th ed.). CRC Press.
MECANISMOS DE REAÇÃO

• O processo envolve a decomposição térmica de hidrocarbonetos


pesados em produtos voláteis leves e coque sólido. O coque de
petróleo, um subproduto sólido, é utilizado principalmente como
combustível industrial, mas pode também ser aproveitado em
indústrias como a de eletrodos para fornos de arco elétrico.
• Referência: Speight, J. G. (2011). The Chemistry and Technology of
Petroleum (4th ed.). CRC Press.
IMPORTÂNCIA INDUSTRIAL

• O coqueamento retardado é uma tecnologia


amplamente usada em refinarias devido à sua
capacidade de aumentar a rentabilidade de uma
refinaria, uma vez que converte resíduos pesados,
que possuem baixo valor de mercado, em produtos
mais valorizados. É especialmente importante para
refinarias que processam petróleo pesado e têm
como objetivo reduzir a produção de óleo
combustível com alto teor de enxofre, atendendo às
regulamentações ambientais mais rigorosas.
• Referência: Riazi, M. R. (2005). Characterization and
Properties of Petroleum Fractions. ASTM
International.
DESAFIOS E INOVAÇÕES
• Um dos principais desafios do coqueamento retardado é o controle
da qualidade do coque produzido, que pode variar conforme as
condições operacionais, como temperatura e tempo de residência.
A indústria tem investido em tecnologias para otimizar o processo,
incluindo o uso de sistemas de controle avançado e modelagem
computacional para otimizar a produção e reduzir o impacto
ambiental.
• Referência: Jones, D. S. J., & Pujadó, P. R. (2006). Handbook of
Petroleum Processing. Springer.
FUTURO
• Com o aumento da demanda por combustíveis mais limpos e a
pressão para reduzir a emissão de poluentes, a indústria tem
explorado alternativas, como o uso de catalisadores para otimizar
o processo de coqueamento retardado e reduzir a formação de
coque de baixo valor. Além disso, há investimentos em pesquisas
sobre o aproveitamento do coque como matéria-prima para a
produção de grafite e outros materiais avançados.
• Referência: Sadeghbeigi, R. (2012). Fluid Catalytic Cracking
Handbook (3rd ed.). Elsevier.
IMPACTOS AMBIENTAIS
• O processo de coqueamento retardado gera emissões
atmosféricas e resíduos sólidos, como coque de baixo valor, que
podem impactar o meio ambiente. Estudos sobre o
aprimoramento de tecnologias de controle de poluição, como
sistemas de recuperação de calor e controle de emissões de
compostos voláteis, têm sido desenvolvidos para minimizar esses
impactos.
• Referência: Speight, J. G. (2013). Oil and Gas Environmental
Management. Gulf Professional Publishing.
DIAGRAMA DE BLOCOS
DIAGRAMA DE BLOCOS
 Etapas do Processo:

1. Alimentação - VDR (Vacuum Distillation


Residue):
1. O resíduo da destilação a vácuo (VDR) é a matéria-prima
do processo de coqueamento retardado. Esse resíduo é
alimentado no fracionador após passar por um
aquecedor.
DIAGRAMA DE BLOCOS

2.Fracionador:
• O fracionador separa os diferentes componentes do
resíduo com base em seus pontos de ebulição. No
diagrama, vemos que o gás, nafta, óleo leve
(LGO) e óleo pesado (HGO) são recuperados
diretamente da torre de fracionamento.
• O gás é a fração mais leve e geralmente é usado
como combustível.
• A nafta é usada como matéria-prima para outros
processos ou para produção de gasolina.
• LGO (Light Gas Oil) e HGO (Heavy Gas Oil) são
frações de óleo com diferentes pontos de ebulição.
LGO é mais leve, e HGO é mais pesado.
DIAGRAMA DE BLOCOS

3.Aquecedor:
• O resíduo mais pesado, que não é fracionado, é
encaminhado para o aquecedor, onde sua
temperatura é elevada a cerca de 475°C. Esse
aquecimento é necessário para iniciar o processo
de coqueamento, no qual as moléculas longas do
resíduo se quebram em frações menores.
DIAGRAMA DE BLOCOS

4.Coqueamento Retardado (Delayed Coking):


• Após ser aquecido, o resíduo quente entra nos
tambores de coque (Coke Drums), indicados
como A e B no diagrama. Esses tambores têm cerca
de 100 pés de altura e 30 pés de diâmetro.
• A reação de craqueamento ocorre dentro desses
tambores, onde o coque é formado como
subproduto sólido. O coque é o produto final sólido
que se deposita no fundo dos tambores e precisa ser
removido periodicamente.
• A pressão no sistema é mantida entre 10-30 psi,
suficiente para permitir o craqueamento sem
provocar reações indesejadas.
DIAGRAMA DE BLOCOS
5.Recuperação de Produtos:
• Os vapores gerados no tambor de coque são enviados de volta ao
fracionador, onde são separados em diferentes frações: gás, nafta,
LGO e HGO, como mencionado anteriormente.
• O vapor de reciclo e o vapor de purga são utilizados no
processo para ajudar a evitar a formação de coque no aquecedor
e para auxiliar no controle da pressão nos tambores de coque.
• O coque sólido, que é o subproduto final, é removido
periodicamente dos tambores de coque. Esse coque pode ser
vendido como combustível sólido de baixo valor ou usado em
processos industriais, como a produção de eletrodos.
MUDANÇA DE
PLANEJAMENTO
 Com o esgotamento de reservas de petróleo leve,
muitas refinarias estão se voltando para petróleos
mais pesados e com alto teor de enxofre. O
coqueamento retardado permite converter esses
resíduos pesados, como o resíduo da destilação a
vácuo (VDR), em produtos mais valiosos. Esse
processo é crucial para refinar esses petróleos
mais densos e menos valiosos, aproveitando ao
máximo as frações que seriam consideradas
resíduos.
TIPOS DE COQUE
 O Processo de coqueamento retardado gera coque de petróleo
como subproduto, que tem várias aplicações industriais:
1) Coque de grau anódico: Usado na produção de eletrodos para a
indústria de alumínio.
2) Coque combustível: Usado como combustível em indústrias de
cimento, aço e caldeiras de geração de energia. A produção de coque
de petróleo tem crescido com o aumento da demanda dessas
indústrias por fontes de energia de baixo custo.
OTIMIZAÇÃO
PRODUTIVA
 As refinarias que utilizam coqueamento retardado
conseguem aumentar significativamente a
conversão de resíduos pesados em frações leves
e valiosas, como nafta e diesel. A tecnologia
permite otimizar a recuperação de produtos que
podem ser usados em outros processos de refino
ou vendidos diretamente. Além disso, o processo
é menos sensível às variações de qualidade da
matéria-prima, oferecendo flexibilidade
operacional.
MINIMIZAÇÃO DE
RESÍDUOS
 Uma tendência industrial importante é a
minimização de resíduos. O coqueamento
retardado desempenha um papel essencial ao
converter grandes volumes de resíduos em
produtos úteis, reduzindo assim o impacto
ambiental associado ao descarte de resíduos de
petróleo. O coque, que seria um resíduo sólido, é
reutilizado como fonte de energia ou matéria-
prima industrial, fechando ciclos produtivos.
INOVAÇÕES
 O coqueamento retardado tem sido alvo de diversas inovações
tecnológicas que visam aumentar sua eficiência e reduzir os
custos operacionais. Algumas dessas inovações incluem:
1) Automação: Sistemas de controle avançado que permitem maior
precisão nas operações de coqueamento.
2) Integração de Processos: O uso de tecnologias
complementares, como o Flexi-Coking e Fluid Coking, para otimizar o
rendimento de destilados e reduzir a produção de coque.
3) Desenvolvimento de Equipamentos Mais Robustos: Devido
às condições extremas de temperatura e pressão envolvidas, o
desenvolvimento de materiais e tecnologias que aumentam a
durabilidade dos equipamentos é crucial.
PERSPECTIVAS

INTERNACIONAIS
Refinarias de regiões como a Ásia e a América Latina, onde há um
aumento no processamento de petróleos pesados, estão investindo em
unidades de coqueamento retardado. A expansão da capacidade de refino
nessas áreas reflete a necessidade crescente de transformar petróleo
pesado em produtos mais leves e valiosos.
SOLUÇÕES AMBIENTAIS
 O coqueamento retardado, por ser um processo térmico, gera
emissões de CO2 e outros gases. As refinarias estão sob crescente
pressão para reduzir essas emissões. Tecnologias para captura e
armazenamento de carbono (CCS) e melhorias na eficiência
energética das plantas estão sendo exploradas para mitigar o
impacto ambiental do processo. Além disso, o uso de coque de
baixo teor de enxofre é incentivado para reduzir emissões
associadas ao uso desse subproduto como combustível.
RENTABILIDADE
 Apesar dos desafios tecnológicos e ambientais, o coqueamento
retardado é considerado uma das opções mais rentáveis para o
processamento de resíduos pesados. Ele gera múltiplos produtos
valiosos e permite às refinarias manterem sua competitividade,
especialmente em mercados onde o petróleo leve é escasso.
BIBLIOGRAFIA

.-> Gary, J. H., Handwerk, G. E., & Kaiser, M. J. (2007). Petroleum Refining:
Technology and Economics. CRC Press

-> Speight, J. G. (2014). The Chemistry and Technology of Petroleum. CRC


Press

-> Nelson, W. L. (1958). Petroleum Refinery Engineering. McGraw-Hill

-> Sadeghbeigi, R. (2012). Fluid Catalytic Cracking Handbook. Gulf


Professional Publishing

-> Schobert, H. H., & Eser, S. (2019). Delayed Coking and Fluid Coking in
Petroleum Refining. Fuel Journal

-> Penn State University. (2021). Delayed Coking in Petroleum Refining. FSC
432. Retrieved from https://www.e-education.psu.edu/fsc432.

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