Virus Parte I

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VIROLOGIA

VEGETAL
Tulipa variegada, infectada por um vírus
INTRODUÇÃO

- vírus significa veneno;

- descoberta vírus: plantas de fumo com mosaico;

- 1892: seiva permanecia infecciosa mesmo após a


passagem em filtro capaz de reter bactérias;

- 1937: constatação vírus é formado por proteína


e ácido nucléico;

- 1939: desenvolvimento do 1o Microscópio Eletrônico


de Transmissão;
VÍRUS

-conjunto formado por uma ou mais moléculas de ácido


nucléico (RNA ou DNA), de fita simples ou dupla,
protegido por uma capa protéica ou lipoprotéica;

-replicação dependente do sistema de síntese de proteínas


da célula do hospedeiro;

-Tamanho e morfologia:
- 104 a 105 nucleotídeos;
- 30 a 80 nm diâmetro (isométrico);
- 500 a 2000 nm comprimento (alongados);
Partículas virais: (A) Tobacco masaic virus, 36.000X;
(B) Maize dwarf mosaic virus, 80.000X; (C) Cowpea
chlorotic mottle virus, 100.000X; (D) Broccoli necrotic
yellow virus, 28.000X. Lin & Campbell, 1972.
Conceitos importantes

CAPSÍDEO = capa protéica do vírus;

NUCLEOCAPSÍDEO = capsídeo + ácido nucléico


(terminologia usada para vírus que apresentam envelope);

ENVELOPE = camada dupla, lipoprotéica, que envolve o


capsídeo de alguns vírus;
VÍRUS FITOPATOGÊNICOS

- predominam os de RNA fita simples, polaridade


positiva = ssRNA (+), perfazendo 76% do
total;

- mono, bi ou tripartidos (necessidade de todas as


moléculas na célula hospedeira para causar infecção);

- tamanho: 104 – 105 nucleotídeos (bactéria = 106 – 107);


VIRÓIDES

-pequena molécula de RNA circular, sem capa protéica;


promove a própria replicação;

- menores agentes infecciosos (< 400 nt);

- estruturas secundárias de pareamento bases:


proteção contra RNAses da planta;

Ex.: viróide afilamento tubérculo da batata;


viróide da exocorte citros;
Classificação dos vírus
Critérios para a classificação dos vírus

FAMÍLIAS:
- tipo ácido nucléico, número fitas;
- estratégia replicação;
- morfologia da partícula;
- presença ou ausência de envelope;

GÊNEROS:
- gama de hospedeiros;
- formas de transmissão;
- características físicas, químicas;

ESPÉCIE:
- homologia entre ácidos nucléicos;
- especificidade por uma espécie de vetor;
Exemplos:

Família Banyviridae
- comporta todos os vírus com RNA de fita simples e polaridade
negativa, (-) ss RNA, que são tripartidos e que apresentam
envelope e morfologia isométrica;

Gêneros dentro dessa família:


a) Bunyovírus
b) Hantavírus
c) Tospovírus: hospedam plantas e são transmitidos
por tripes;

Espécie-tipo dentro de Tospovírus = Tomato spotted


wilt virus
Família Potyviridae:
-vírus RNA fita simples e com polaridade positiva,
(+) ss RNA;
- sem envelope;

Gêneros:
a) Potyvirus: vírus transmitidos por pulgões;
b) Ipomovirus: vírus transmitidos por mosca-
branca;
c) Rymovirus: vírus transmitidos por ácaros;
d) Bymovirus: vírus transmitidos por fungos;
Ortografia
International Committee on Virus Taxonomy
- o nome do vírus é dado em função do hospedeiro e de
um sintoma importante provocado;
- o nome é escrito em inglês e em itálico (portanto, não
segue a nomenclatura dos demais seres vivos);

Exemplos:
- Tobacco mosaic virus – TMV
- Tomato spotted wilt virus – TSWV
- Citrus tristeza virus – CTV
- Potato virus Y – PVY
- Bean golden mosaic virus – BGMV
- Passionfruit woodness virus - PWV
SEQÜÊNCIA GERAL REPLICAÇÃO (ssRNA+)

- vírus penetra a célula (necessidade de um vetor);

- liberação ácido nucléico = desnudamento;

- síntese RNA polimerase e moléculas protéicas;

-RNA polimerase sintetizará fitas (– ) e posteriormente


fitas + de RNA;

- acoplamento dos componentes  novas partículas


virais.
Movimento e distribuição na planta

a) Célula a célula
- Movimento lento;
- Passagem para as células vizinhas através dos
plasmodesmas;
- Proteínas de Movimento virais: aumentam o
limite de exclusão de tamanho dos
plasmodesmas;

b) Movimento a longas distâncias


- Tecido vascular (floema);
- Percurso viral:
ponto de infecção  raízes  folhas jovens  planta
toda
- 10 a 100 vezes mais rápido;
Movimento célula-a-célula (plasmodesmas)
ESQUEMA MOVIMENTAÇÃO VIRAL
ESQUEMA MOVIMENTAÇÃO VIRAL
DIAGNOSE EM VIROLOGIA
VEGETAL
1) Sintomatologia
SINTOMAS PROVOCADOS NAS PLANTAS

-Mosaico = o mais comum, acompanhado por bolhas,


amarelecimento internerval;

- clareamento nervuras;

- clorose, deformação foliar;

- endurecimento, deformação em frutos; nanismo;


sintomas em anéis;
Bolhosidade Bronzeamento
(vírus do enrolamento da folha –
videira)
Clareamento de nervuras
CUIDADO !!!

- deficiências ou toxidez nutricionais, toxemias por insetos,


toxidez por herbicidas, características genéticas da planta
podem resultar em sintomas semelhantes;
DIAGNOSE EM VIROLOGIA
VEGETAL
2) INDEXAÇÃO
Utilização de plantas indicadoras para se detectar um
vírus vegetal.

Planta suspeita Planta indicadora Sintomas


Característicos
(inoculação mecânica,
enxertia)
INDEXAÇÃO - Exemplos

a) Em Datura stramonium, o vírus do vira-cabeça do tomateiro


provoca sintomas de anéis;

b) Chenopodium quinoa mostra lesões locais quando


inoculada com PWV (vírus que causa doença no maracujazeiro);
DIAGNOSE EM VIROLOGIA
VEGETAL
3) Círculo hospedeiros: avaliação do quadro geral;

4) Estudo do modo transmissão (mecanicamente,


sementes, insetos);
DIAGNOSE EM VIROLOGIA
VEGETAL
5) Efeitos citopáticos (microscopia eletrônica):
alterações organelas;
aparecimento inclusões = agregados virais;

Ex.: inclusão citoplasmática do tipo cata-vento


é típica de Potyvirus.
6) Testes serológicos DAS-ELISA

ANTICORPO AMOSTRA

CONJUGADO SUBSTRATO
6) Testes serológicos: ELISA (Enzyme-Linked
ImmunoSorbent
Assay)

Placa de ELISA
Vantagens do teste ELISA

- boa sensibilidade: detecta 1 ng vírus/ml;

- rapidez na obtenção dos resultados (6 a 24 h);

- análise de várias amostras de cada vez;

- possibilidade de quantificar os resultados;

- custo relativamente baixo (reagentes estáveis, baratos,


utilizados em pequenas quantidades);

- não exige mão-de-obra altamente especializada;


7) Testes moleculares – PCR (Polymerase Chain Reaction)

Reação: (termociclador)
- amostra ácido nucléico (planta suspeita)
- primers específicos
- nucleotídeos
- polimerase
- tampão
(30 – 40 ciclos)

Produtos amplificados

Eletroforese em gel agarose


7) Testes moleculares – RT PCR

Etapas da PCR

Cada - denaturação das fitas


- anelamento primers
ciclo - alongamento das fitas de DNA
Eletroforese em gel de agarose dos produtos amplificados
por PCR

- Eletroforese = separação fragmentos DNA amplificados


- Visualização em transiluminador de U.V.

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