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INTRODUÇÃO AO

PSICODIAGNÓSTICO

Professora Mariana Carla de Freitas


Na primeira metade do século XX, predominaram
“conceituações comportamentais e

HISTÓRICO E FUNDAMENTOS
psicanalíticas”,enquanto DO PSICODIAGNÓSTICO
a segunda metade foi assinalada
pela chamada “revolução cognitiva”(Mahoney,1993,p.8).
A tais linhas de pensamento corresponderam,
originariamente, estratégias de avaliação
específicas, isto é, métodos e instrumentos típicos. Mas,
já nas últimas décadas, foi tomando corpo uma tendência
para a integração, que já vinha se esboçando há algum
tempo. Desse
modo, a estratégia da avaliação comportamental foi
abdicando da simples identificação de
comportamentos-alvo, perfeitamente distinguíveis e
observáveis, (no caso os testaveis clinicamente)mas
numa abordagem mais ampla, para começar a incorporar
Tradicionalmente era considerado “a partir de fora", como
uma situação em que o psicólogo aplica um teste em

HISTÓRICO
alguém, E FUNDAMENTOS
e era nestes DO PSICODIAGNÓSTICO
termos que se fazia o
encaminhamento.
A indicação era formulada então como; ”fazer um
Rorschach” ou um “aplicar um desiderativo” em alguém.
De outro ponto de vista “a partir de dentro”, o psicólogo
atuava como alguém que aprendeu o melhor que pôde. a
aplicar um teste.

O psicólogo trabalhou durante muito tempo com um


modelo, parecido com o do médico clinico,que, para
proceder com eficiencia e objetividade, toma a maior
distância possivel em relação a seu paciente.Neste
Devido à difusão crescente da psicainálise e sua adoção
como marco de referencia, os psicólogos optaram por

HISTÓRICO E FUNDAMENTOS
utilizar como DO PSICODIAGNÓSTICO
modelo de trabalho, diante da necessidade
de achar uma imagem de identificação que lhes
permitissem e fonalecesse o processo.
Tentaram transferir a dinâmica do processo psicanalilico
para o processo psicodiagnóstico. mas, sem levar em
conta as carcteristicas específicas deste. Isto trouxe,
paralelamente, uma
distorção e um empobrecimento de caráter diferente do
anterior. Enriqueceu-se a compreensão dinãmica do caso
mas foram desvalorizados os instrumentos que não eram
utilizados pelos psicanalistas. Com isto, tornou-se
necessário uma aproximação entre psicodiagnóstico e a
teoria e a técnica psicanalítica, realizada por um esforço
O QUE É O PSICODIAGNÓSTICO? Um
processo que procura avaliar forças e
fraquezas no funcionamento psicológico,
com um foco na existência ou não de
psicopatologia.

O Psicodiagnóstico é um processo científico,


limitado no tempo, que utiliza técnicas e testes
psicológicos, em nível individual ou não, seja
para entender problemas à luz de pressupostos
teóricos, identificar e avaliar aspectos
específicos, seja para classificar o caso e prever
seu curso possível, comunicando os resultados,
na base dos quais são propostas soluções, se for
CARACTERÍSTICAS DO
PSICODIAGNÓSTICO


o processo psicodiagnóstico configura uma situação com
papéis bem definidos e com um contrato no qual uma
pessoa (o paciente) pede que a ajudem. e outra (o
psicólogo) atende o pedido e se compromete a satisfazé-lo
na medida de suas possibilidades. É uma situaçào
bipessoal (psicólogo-paciente ou psicólogo-grupo familiar),
de duração limitada. cujo obielivo é conseguir uma
descrição e compreensão. o mais profunda e completa
possivel da personalidade total do paciente ou do grupo
familiar. Enfatiza também a investigação de algum aspecto
em particular. segundo a sintomatotolog1a e as
CARACTERÍSTICAS DO
PSICODIAGNÓSTICO


Caracterizamos o psicodiagnóstico como um processo
científico, porque deve partir de um levantamento
prévio de hipóteses que serão confirmadas ou
infirmadas através de passos predeterminados e com
objetivos precisos. Tal processo é limitado no tempo,
baseado num contrato de trabalho entre paciente ou
responsável e o psicólogo, tão logo os dados iniciais
permitam estabelecer um plano de avaliação e,
portanto, uma estimativa do tempo necessário
(número aproximado de sessões de exame).
OBJETIVOS DO PSICODIAGNÓSTICO

descrição e compreensão da personalidade do pacienle.

explicar a dinâmica do caso tal como aparece no material
recolhido, integrando-o num quadro global

trataremos de fomular recomendações terapéuncas
adequadas (terapia breve e prolongada, individual, de
casal. de grupo ou de grupo familiar, com que freqüéncia:
se é recomendável um terapeuta homem ou mulher; se a
terapia pode ser analitica ou de orientação analítica ou
outro tipo de tecapia se o caso necessita de um
tratamento medicamentoso paralelo. Etc.).

OBJETIVOS DO PSICODIAGNÓSTICO


O processo do psicodiagnóstico pode ter um ou vários
objetivos, dependendo dos motivos alegados ou reais
do encaminhamento e/ou da consulta, que norteiam
o elenco de hipóteses inicialmente formuladas, e
delimitam o escopo da avaliação. Portanto,
relacionam-se essencialmente com as questões
propostas e com as necessidades da fonte de
solicitação
PLANO DO PSICODIAGNÓSTICO

O plano de avaliação é estabelecido com base nas


perguntas ou hipóteses iniciais, definindo-se não só
quais os instrumentos necessários, mas como e quando
utilizá-los. Portanto, a questão, aqui, é o quanto certos
instrumentos podem ser eficientes, se aplicados com
um propósito específico, para fornecer respostas a
determinadas perguntas ou testar certas hipóteses.
MOMENTOS DO PROCESSO DO
PSICODIAGNÓSTICO

1 ~) Primeiro contato e entrevista inicial com o


paciente.
2~) Aplicação de testes técnicas projetivas.
3~) Encerramento do processo: devolução oral ao
paciente (e ou a família)
4 ~) Informe escrito para o remetente (laudo
PASSOS DO PROCESSO DO
PSICODIAGNÓSTICO

a) levantamento de perguntas relacionadas com os


motivos da consulta e definição das hipóteses iniciais e
dos objetivos do exame;
b) planejamento, seleção e utilização de instrumentos
de exame psicológico;
c) levantamento quantitativo e qualitativo dos dados;
d) integração de dados e informações e formulação de
inferências pela integração dos dados, tendo como
pontos de referência as hipóteses iniciais e os objetivos
do exame;
Por quem o psicodiagnostico
pode ser realizado?

a) pelo psicólogo, pelo psiquiatra (e, eventualmente, pelo
neurologista ou psicanalista),com vários objetivos (exceto
o de classificação simples), desde que seja utilizado o
modelo médico apenas, no exame de funções,
identificação de patologias, sem uso de testes e técnicas
privativas do psicólogo clínico;

pelo psicólogo clínico exclusivamente,para a consecução
de qualquer ou vários dos objetivos, quando é utilizado o
modelo psicológico (psicodiagnóstico), incluindo técnicas e
testes privativos desse profissional;

c) por equipe multiprofissional (psicólogo,psiquiatra,
neurologista, orientador educacional, assistente social ou
ENTREVISTA CLÍNICA


Em psicologia, a entrevista clínica é um
conjunto de técnicas de investigação, de
tempo delimitado, dirigido por um
entrevistador treinado, que utiliza
conhecimentos psicológicos, em uma relação
profissional, com o objetivo de descrever e
avaliar aspectos pessoais, relacionais ou
sistêmicos (indivíduo, casal, família,rede
social), em um processo que visa a fazer
ENQUADRAMENTO

Utilízar um enquadramento significa para nós.
manter constantes certas variáveis que
intervêm no processo.

Esclarecimento dos papéis respectivos (limite
da função que cada parte integrante irá
desempenhar).

Lugares onde se realizarão as entrevistas

Horário e duração do processo ( em termos
aproximados tendo o cuidado de não
ENTREVISTA INICIAL


Caracterizamos a entrevista inicial como entrevista
semidirigida. Uma entrevista é semidirigida quando o
paciente tem liberdade para expor seus problemas
começando por onde preferir e incluindo o que
desejar.

Em ternos gerais. recomendamos começar com uma
técnica diretiva no primeiro momento da entrevista
correspondente à apresentação mútua e ao
esclarecimento do enquadramento pelo psic.ólogo e.
em seguida. trabalhar com a técnica de entrevista
ENTREVISTA INICIAL

Se não foi possível atingir nossos objetivos, será
importante continuar com mais uma entrevista. Isto
acontece freqüentemente com os pais de uma
criança, pois cinqüenta minutos podem ser
insuficientes para todo esse trabalho. Podemos então
prolongá-la ou fazer mais de uma entrevista inicial.

Se o nível de ansiedade (persecutória, depressiva ou
confusional) dos pais· tornar difícil manter um clima
adequado, torna-se aconselhável chamá-los
novamente, pois geralmente na segunda entrevista
estão mais tranqüilos, menos tensos, menos na
defensiva, mais recuperados e melhor situados.

Concluímos então que a "primeira entrevista" é um
ENTREVISTA INICIAL

Durante a primeira entrevista o paciente deve expor
o que acontece com ele (ou seus pais ou familiares),
esclarecer por que deseja consultar. O motivo
apresentado é o que chamamos de motivo manifesto,
uma vez que o n1esmo ou os motivos que afloram na
primeira entrevista não são os mais autênticos. No
entanto, nem sempre é assim, e ao longo do processo
podem ser descobertos outros motivos subjacentes,
latentes e geralmente inconscientes, sobre os quais
se deverá falar da forma mais ampla passivei e
aconselhável.

A medida que a primeira entrevista se desenvolve
poderemos perceber se é realmente um sintoma, do
ponto de vista clínico, ou se está somente encobrindo
outros. O que ocorre comumente é que o motivo
ENTREVISTA INICIAL


Se a primeira entrevista cumpriu sua finalidade,
terminaremos a mesma com:

• uma imagem do conflito central e seus derivados;


• uma história da vida do paciente e da situação
desencadeadora;
• alguma hipótese inicial sobre o motivo profundo do
conflito, a qual será ratificada ou modificada,
segundo o material projetivo dos testes e da
entrevista de devolução;
• uma estratégia para usar determinados
BATERIA DE TESTES PSICOLOGICOS
Selecionada e administrada uma bateria de
testes, obtêm-se dados que devem ser
interrelacionados com as informações da
história clínica, da história pessoal.

Tais resultados são comunicados a quem de


direito, podendo oferecer subsídios para
decisões ou recomendações.
BATERIA DE TESTES PSICOLOGICOS

Quando o psicólogo planeja a bateria de testes que irá


utilizar. Podem ocorrer dois erros; alongar
excessivamente o processo ou encurtá-lo demais. No
planejamento da bateria temos de garantir que o
processo ps1codtagnóstico deve ser suficientemente
amplo para compreender bem o paciente. mas ao
mesmo tempo não deve exceder porque neste sentido
pode ocorrer uma redução do sujeito.
O diagnóstico psicológico pode ser realizado:
a) pelo psicólogo, pelo psiquiatra (e, eventualmente, pelo
neurologista ou psicanalista), com vários objetivos ,
desde que seja utilizado o modelo médico apenas, no
exame de funções, identificação de patologias, sem uso
de testes e técnicas privativas do psicólogo clínico;
b) pelo psicólogo clínico exclusivamente, para a
consecução de qualquer ou vários dos objetivos, quando
é utilizado o modelo psicológico (psicodiagnóstico),
incluindo técnicas e testes privativos desse profissional;
c) por equipe multiprofissional (psicólogo, psiquiatra,
neurologista, orientador educacional, assistente social ou
outro), para a consecução dos objetivos citados e,
eventualmente, de outros, desde que cada profissional
utilize o seu modelo próprio, em avaliação mais complexa
e inclusiva, em que é necessário integrar dados muito
interdependentes (de natureza psicológica, médica,
Os comportamentos específicos do psicólogo podem
ser assim relacionados, embora possam variar na
sua especificidade e na sua seriação, conforme os
objetivos do psicodiagnóstico:
a) determinar motivos do encaminhamento, queixas
e outros problemas iniciais;
b) levantar dados de natureza psicológica, social,
médica, profissional e/ou escolar, etc. sobre o sujeito
e pessoas significativas, solicitando eventualmente
informações de fontes complementares;
c) colher dados sobre a história clínica e história
pessoal, procurando reconhecer denominadores
comuns com a situação atual, do ponto de vista
psicopatológico e dinâmico;
paciente (exame subjetivo),
eventualmente complementado por outras
fontes (exame objetivo);
e) levantar hipóteses iniciais e definir os
objetivos do exame;
f) estabelecer um plano de avaliação;
g) estabelecer um contrato de trabalho
com o sujeito ou responsável;
h) administrar testes e outros instrumentos
psicológicos;
j) selecionar, organizar e integrar todos os
dados significativos para os objetivos do
exame, conforme o nível de inferência
previsto, com os dados da história e
características das circunstâncias atuais de
vida do examinando;
l) comunicar resultados (entrevista
devolutiva, relatório, laudo, parecer e
outros informes), propondo soluções, se for
o caso, em benefício do examinando;
m) encerrar o processo.
O problema
O psicodiagnóstico é um processo, desencadeado quase
sempre em vista de um encaminhamento, que tem início
numa consulta, a partir da qual se delineiam os passos do
exame, que constitui uma das rotinas do psicólogo clínico.
Entretanto, tal tipo de avaliação decorre da existência de um
problema prévio, que o psicólogo deve identificar e avaliar,
para poder chegar a um diagnóstico.
Por exemplo: Dificuldades no estado emocional podem ser
problemas tanto sentido pelo sujeito como observado pelas
pessoas que convivem com o paciente.
autolimitadas, que se verificariam pela presença de um
exagero ou diminuição de um padrão de
comportamento usual, dito normal. Tais mudanças
quantitativas podem ser observadas em várias
dimensões, como na atividade (motora, da fala, do
pensamento), no humor (depressão vs. euforia), em
outros afetos (embotamento, excitação), etc.
Freqüentemente, esse tipo de alterações surge como
resposta a determinados eventos da vida, a perturbação
é proporcional às causas, ficando circunscrita aos efeitos
estressantes dos mesmos. Não obstante, se sua
intensidade for desproporcional às causas e/ou tal
alteração persistir além da vigência normal dos efeitos
das mesmas (por exemplo, no luto patológico), já pode
ter uma significação clínica.
SINAL E SINTOMA
• Shaw (1977), afirmava que “sintoma é um
sinal” (p.8), porque se torna significativo na
medida em que evidencia uma perturbação.
Então, é considerado como um sinal de
perturbação, que pode precocemente servir de
alerta, mesmo que não tenha sido registrada
qualquer queixa explícita, isto é, mesmo que
não tenha se verificado a identificação de um
sintoma.

• Por outro lado, na prática, fala-se em sintoma


SINAL : nos evidencia uma
perturbação que pode nos servir
de alerta durante o
psicodiagnóstico.


SINTOMA: aqueles que podemos
atribuir uma significação clínica,
que ultrapassam os limites da
“normalidade” (‘sobre o normal
e patológico”)
ESTADO MENTAL DO PACIENTE

Por que é importante?

Segundo o Codigo de Defesa do
Consumidor (Brasil, 1997), o mais
prudente é ter provas documentais,
registros,do real estado mental das
pessoas que buscam nossos
préstimos dos profissionais. A área
de Saúde é, particularmente,
ESTADO MENTAL DO PACIENTE

No que diz respeito à ordenação
metodológica do exame do
estado mental, há um consenso
de que as principais alterações
envolvem sinais e/ou sintomas
nas seguintes áreas da conduta
humana: atenção,
sensopercepção,memória,
ESTADO MENTAL DO PACIENTE

A atenção é um processo psíquico que
permite concentrar a atividade mental
sobre um fato determinado. No exame
da atenção, é importante considerar: a
capacidade de concentração; quanto
tempo é mantida a atenção
(persistência/fatigabilidade); em
quantos objetos é capaz de estar focada
simultaneamente (distribuição); quanto
tempo demora para começar a efetiva
ESTADO MENTAL DO PACIENTE

São habitualmente deferidas como
transtornos de atenção: a) aprosexia
(ausência de atenção; p.ex., demências
graves); b) hipoprosexia (diminuição da
atenção; p.ex., demência), c)
hiperprosexia (atenção espontânea
exagerada; p.ex., mania), d)
distraibilidade (atenção excitável,
inconstante; p.ex., síndrome
hipercinética). A expressão distração
ESTADO MENTAL DO PACIENTE

A sensopercepção é a capacidade de
captar as sensações, através dos
receptores sensoriais, e transformá-las
em imagens ou sensações no sistema
nervoso central. Os transtornos mais
freqüentes são: as ilusões (do latim
illusionem; engano) e as alucinações
(do latim alucinare; etimologicamente,
privado da razão, enlouquecido).
ESTADO MENTAL DO PACIENTE

Fenomenologica e clinicamente, entende_se por
ilusão a percepção deformada de um objeto. As
ilusões podem ser causadas pelos seguintes fatores:

a)deformações da imagem de objetos em decorrência
do meio em que se encontram (meio líquido, meio
aéreo);

b) limitações naturais dos órgãos do sentido: por
exemplo, ilusões de ótica;

c) alterações da consciência;

d) falta de atenção;

e) catatimia (a influência exercida pela afetividade
sobre a realidade. Ex: quando o sujeito está numa
ESTADO MENTAL DO PACIENTE


Alucinações; são as percepções sem objeto

Utilizando-se como referência a qualidade sensorial,
podemos classificar as alucinações em visuais,
auditivas, gustativas, olfativas, tá_x005F_x0002_teis,
térmicas, cenestésicas (sensibilidade dos órgãos
viscerais) e cinestésicas ou motoras
(fal_x005F_x0002_sa percepção de movimentos)
ESTADO MENTAL DO PACIENTE


A memória é a função psicológica que
garante o elo temporal da vida psíquica, pois
reflete o passado no presente e permite a
perspectiva do futuro. Costuma-se analisar a
memória em três dimensões: a fixação, a
evocação e o reconhecimento.

Fixação (capacidade de gravar os dados)

Evocação (é a capacidade de atualizar os
dados já fixados)
ESTADO MENTAL DO PACIENTE

A orientação é uma das expressões da
lucidez psíquica, que depende,
fundamentalmente, da integridade do
estado de consciência, por meio da qual
se identifica a capacidade de
consciência temporo-espacial.
Examinam-se a orientação
autopsíquica, que permite avaliar a
completa identidade pessoal e as
relações com o grupo social, e a
ESTADO MENTAL DO PACIENTE

O pensamento traduz a aptidão do
indivíduo para elaborar conceitos,
articular esses conceitos em juízos e,
com base nisso, construir raciocínios, de
modo a solucionar com algum êxito os
problemas com que se depara. São
características gerais do pensamento:
a)as capacidades de generalização; b) a
capacidade de identificar e distinguir
nos fenômenos e objetos da natureza o
ESTADO MENTAL DO PACIENTE

As principais patologias do pensamento,
são, habitualmente, agrupadas em
distúrbios da produção do pensamento,
curso do pensa_x005F_x0002_mento e
conteúdo do pensamento.

Quanto à produção, costuma-se
distinguir pensamento mágico
(primitivo, “das crianças”) e
pensamento lógico.
ESTADO MENTAL DO PACIENTE

No curso do pensamento, observa-se, na prática
clínica, que ele se apresenta isoladamente, isto
é, sem as alterações concomitantes de todo o
pensamento. São exemplos principais de tais
alterações: a) fuga de idéias (aceleração do
pensamento com exuberância e incontinência
verbal), comum nos quadros maníacos; b)
inibição do pensamento, que é oposto do
anterior, podendo atingir proporções de um
verdadeiro mutismo, comum nos quadros
depressivos; c) perseveração/verbigeração, ou
ESTADO MENTAL DO PACIENTE


No exame do conteúdo do pensamento,
encontra-se, historicamente, o maior
acervo de estudos sobre essa função
psíquica, sendo os principais
transtornos nessa área os delírios, as
idéias supervalorizadas e o delirium.
ESTADO MENTAL DO PACIENTE

A linguagem falada é o meio de comunicação verbal
entre as pessoas. A palavra é o envoltório material do
pensamento e manifesta a dimensão perceptível das
idéias.Os principais quadros patológicos da linguagem
falada de causa orgânica são:

a) disartria, ou dificuldade de articular palavras; em
grau extremo, é anartria;

b) disfasia, ou dificuldade ou perda da capacidade de
compreender o significado das palavras e/ou a
incapacidade de se utilizar dos símbolos verbais; em
grau extremo, é afasia.

c) disfonia, defeito da fala que resulta em alteração da
sonoridade das palavras, de causa periférica (traquéia,
ESTADO MENTAL DO PACIENTE
Os principais quadros patológicos da
linguagem falada de causa
predominantemente psíquica são: a)
mutismo; b) logorréia: fluxo incessante,
com comprometimento da coesão lógica;
o estado mais grave é a chamada fuga de
idéias, e ocorre porque a velocidade do
fluxo do pensamento ultrapassa as
possibilidades de expressão das idéias); c)
jargonofasia: as palavras são
ESTADO MENTAL DO PACIENTE

e) neologismo: formação de uma palavra
nova, que passa a ser utilizada em lugar de
outra, e cujo significado somente o paciente
sabe qual é; f) coprolalia: uso habitual e
incontrolável de linguagem obscena e
grosseira, fora do contexto adequado,
devendo ser analisados a intencionalidade e o
automatismo do ato; g) verbigeração ou
estereotipia verbal: repetição de sílabas,
vocábulos, palavras e até frases inteiras de
forma incontrolável e monótona; h) parar
ESTADO MENTAL DO PACIENTE


A inteligência, a bem dizer, não constitui
uma função, faculdade ou função psíquica, a
priori. Tal designação é a resultante funcional
das diversas funções que integram os
processos do psiquismo humano.

As patologias mais freqüentes são os estados
deficitários, congênitos ou adquiridos da
atividade intelectual. A exploração da
capacidade intelectual e os métodos
utilizados para aferição da inteligência são
ESTADO MENTAL DO PACIENTE

A afetividade revela a sensibilidade interna
da pessoa frente à satisfação ou à frustração
de suas necessidades.

Fala-se em afeto para tipificar uma explosão
incontida de emoções ou sentimentos, como
medo, ira, alegria, angústia, paixão. Tais
manifestações psíquicas são normais, desde
que a pessoa que as experimente mantenha a
lucidez de consciência, o controle de sua
conduta e que a intensidade e a duração da
resposta afetiva se situe nos limites da
ESTADO MENTAL DO PACIENTE

As alterações patológicas mais freqüentes do
humor são: a) distimia: alteração do humor tanto
no sentido da exaltação como na inibição. b)
disforia: tonalidade do humor amargo, “mau
humor” (irritabilidade, desgosto e agressividade);
c) hipotimia/hipertimia: tristeza patológica e
alegria patológica (imotivada ou inadequada).

As alterações mais freqüentes das emoções e
dos sentimentos são: a) ansiedade: é a tensão
expectante. b) angústia: quando as
manifestações psíquicas da ansiedade se
acompanham de sintomas físicos do tipo
ESTADO MENTAL DO PACIENTE

Há várias formas de conceituar a conduta. Uma delas, de
utilidade prática, é a que se refere à conduta como o
padrão habitual de conduta num determinado contexto.
Alguns autores classificam os transtornos da conduta em:
a) Alterações patológicas das pulsões (tendências)
instintivas, divididas, por sua vez, em:

1) perturbações das pulsões (tendências) naturais de
conservação da vida (condutas suicidas, automutilações,
auto-agressões);

2) perturbações da tendência natural do sono (insônia,
hipersonia, cataplexia);

3) perturbações da tendência de alimentação (anorexia,
bulimia, polidipsia, dipsomania, coprofagia, mericismo,
ESTADO MENTAL DO PACIENTE

5) perturbações da tendência sexual (impotência, frigidez,
ejaculação precoce, sadomasoquismo, promiscuidade);

6) perturbações da higiene corporal (incontinência fecal
e/ou urinária; gatismo)

b) Alterações patológicas das necessidades humanas ditas
superiores (não-primárias), por exemplo, avareza,
prodigalidade, cleptomania, hedonismo, colecionismo
patológico, imediatismo sociopático, egoísmo, narcisismo.
TESTES PSICOMÉTRICOS

WISC - A Escala Wechsler de Inteligência
para Crianças – 4ª Edição (WISC-IV) – é um
instrumento clínico de aplicação individual
que tem como objetivo avaliar a capacidade
intelectual e o processo de resolução de
problemas em crianças entre 06 anos e 0
meses a 16 anos e 11 meses.

WISC-IV é um instrumento Composto por 15
subtestes, sendo 10 principais e 5
suplementares Índices: Índice de
Compreensão Verbal, Índice de Organização
TESTES PSICOMÉTRICOS

BFP - A Bateria Fatorial de
Personalidade BFP é um instrumento
psicológico construído para a avaliação
da personalidade.

A Bateria Fatorial de Personalidade –
BFP é um instrumento psicológico
construído para a avaliação da
personalidade a partir do modelo dos
Cinco Grandes Fatores (CGF), que inclui
as dimensões Extroversão, Socialização,
TESTES PSICOMÉTRICOS

BPA - A Bateria Psicológica para Avaliação da
Atenção (BPA) tem como objetivo realizar uma
avaliação da capacidade geral de atenção,
assim como uma avaliação individualizada de
tipos de atenção específicos, quais sejam,
atenção concentrada (AC), atenção dividida
(AD) e atenção alternada (AA).

Individual ou coletiva. Há um tempo
específico para cada teste que compõe a BPA,
mas no geral, o tempo total de aplicação da
bateria não excede os 20 minutos, sendo 2
TESTES PSICOMÉTRICOS

H.T.P – (CASA, ÁRVORE, PESSOA)

Buck (2003), define o H.T.P, como um teste
projetivo que serve para obter informações de
como uma pessoa experiência a sua
individualidade em relação ao ambiente do lar
e em relação a outras pessoas. É um
instrumento sistematizado, que tem várias
respostas.

O principal objetivo de um teste projetivo é
avaliar a dinâmica e a estrutura da
personalidade, entendidos como os
TESTES PSICOMÉTRICOS

Quanto à interpretação, o HTP propõe avaliar
o desenho a partir dos seguintes aspectos:
proporção, perspectiva, detalhes, qualidade
da linha e uso adequado de cores, no caso
dos desenhos cromáticos (Buck, 2003).

H.T.P – (CASA, ÁRVORE, PESSOA) Por isso as
siglas em inglês são: HTP, ou seja, House
(casa), Tree (árvore) e Person (pessoa). Este
teste tem como objetivo mostrar quais são os
conflitos mais comuns e, ao mesmo tempo,
mais “escondidos” dentro de nós.
TESTES PSICOMÉTRICOS
DFH - O Desenho da Figura Humana (DFH) é
uma técnica antiga e que vem sendo utilizada
na avaliação do desenvolvimento cognitivo, das
características emocionais e dos aspectos da
personalidade dos indivíduos (Segabinazi &
Bandeira, 2012)
Atualmente, o Desenho da Figura Humana
permite avaliar questões tanto cognitivas
quanto de personalidade.
BENDER - O Teste Gestáltico Visomotor de
Bender (teste de Bender) visa avaliar a
TESTES PSICOMÉTRICOS
PALOGRÁFICO - O teste palográfico é um tipo de
teste de personalidade que mede características
comportamentais via técnicas gráficas. Os testes
de personalidade são utilizados para descobrir as
características de um indivíduo. Eles são
desenvolvidos e aplicados por psicólogos e
envolvem a análise de diferentes fatores. O
objetivo é revelar os traços de personalidade, que
possam auxiliar a compreender o comportamento
do sujeito diante das situações.
INVENTÁRIO DE HABILIDADES SOCIAIS :O
TESTES PSICOMÉTRICOS

R1 - O teste R-1 é Teste não verbal de
inteligência é um teste não verbal que avalia o
fator geral de inteligência, definido como um
fator constante em todo o tipo de atividade
intelectual.

CAT - O Children Apperception Test (CAT), ou
Testede Apercepção Temática Infantil,
descendente direto do TAT, foi inspirado numa
discussão sobre a facilidade que as crianças
apre_x005F_x0002_sentam de se identificarem
com figuras ani_x005F_x0002_mais, dado ao
Referencias


SIQUIER, MaríaLuisaSiquier de; GARCÍA
ARZENO, Maríaesther; GRASSANO DE
PICCOLO, Elza. O processo psicodiagnóstico e
as técnicas projetivas. 11. ed. São Paulo:
Martins Fontes, 2017.

CUNHA, Jurema Alcides et al.
PSICODIAGNÓSTICO-V. 5. ed. Porto Alegre:

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