Tdea11 Instrumentos Intervencao Estado

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Unidade

11 A intervenção do Estado
na economia

[11.2] A intervenção económica e


social do Estado

11.2.2. Os instrumentos de intervenção do


Estado na esfera económica e social
Os instrumentos de intervenção do Estado na
esfera económica e social
Para que possa desempenhar as suas funções e promover a equidade, a eficiência e a
estabilidade, o Estado pode intervir

de forma direta de forma indireta

através do planeamento e
colocando no mercado bens e
das políticas económicas e
serviços que satisfaçam as
sociais.
necessidades coletivas.

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Os instrumentos de intervenção do Estado na
esfera económica e social

Planeamento
Consiste na ação de definição de objetivos quantificados e dos recursos
necessários para os atingir.
O seu horizonte temporal pode ser de médio ou longo prazo (mais de um
ou de cinco anos) e de curto prazo ou anual (até um ano).

Ao plano anual do Estado é dado o nome de Orçamento do Estado.

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Os instrumentos de intervenção do Estado na
esfera económica e social

Com o planeamento, o Estado não pretende substituir o mercado,


por isso, apesar de ser imperativo, ou seja, de cumprimento
obrigatório para o setor público, é meramente indicativo para o setor
privado.

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Os instrumentos de intervenção do Estado na
esfera económica e social

O Estado também pode intervir através das políticas económicas e


sociais. Apesar de nem sempre ser possível delimitar a amplitude
económica ou social de uma política, as políticas que atuam
predominantemente sobre variáveis económicas são económicas e
as que têm o foco de interesse no social são sociais.

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O Orçamento do Estado

Orçamento do Estado

Lei da Assembleia da República que contém uma descrição detalhada da previsão


de todas as receitas, uma autorização de despesas ou dotação (verba) de
despesas, assim como uma autorização para o endividamento necessário,
relativas a um horizonte temporal de um ano, constituindo um importante
instrumento de intervenção económica e social do Estado.

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O Orçamento do Estado
As despesas públicas
Despesas públicas
(classificação económica)

Correntes De capital

Correspondem aos gastos em bens e serviços Correspondem às despesas realizadas ao longo de


consumidos dentro do período orçamental, com um ano, mas cujos efeitos se prolongam para além
vista à satisfação das necessidades sociais e desse ano.
coletivas.
São despesas que geram utilidades que se Ex.: Transferências de capital ou despesas de
esgotam no período orçamental em que são investimento
feitas.
Ex.: Despesas com pessoal, consumos intermédios,
prestações sociais, subsídios, juros, outras despesas
8 correntes
O Orçamento do Estado
As receitas públicas
Fontes de receitas públicas:
 Receitas coativas ou tributárias (ou não voluntárias) – são autoritariamente
fixadas por via legislativa.
Ex.: Taxas, impostos, multas e contribuições sociais

 Receitas patrimoniais (ou voluntárias) – não têm carácter tributário, resultam da


administração do património do Estado.

 Receitas creditícias – resultam da contração de empréstimos. Quando o Estado


não consegue obter, a partir das receitas patrimoniais e tributárias, o valor
necessário para cobrir as despesas públicas, terá de recorrer a empréstimos.

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O Orçamento do Estado
As receitas públicas
Receitas públicas
(classificação económica)

Correntes De capital

São os montantes que as Administrações São receitas cobradas ocasionalmente,


Públicas recebem todos os anos (período de correspondendo a recebimentos de carácter
vigência do OE). temporário;
São aquelas que, regra geral, se renovam todos os são aquelas que, regra geral, estão associadas a
anos. uma diminuição do património.
Ex.: Impostos (diretos e indiretos), contribuições Ex.: Vendas de imóveis em hasta pública, fundos da
para a Segurança Social, taxas, multas e outras União Europeia para apoiar o investimento em
penalidades, rendimentos de propriedade, infraestruturas, empréstimos, privatizações
transferências correntes, vendas de bens e serviços
correntes, outras receitas correntes
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O Orçamento do Estado
Os saldos orçamentais
Saldo Orçamental = Receita pública – Despesa pública

 Se Receita pública < Despesa pública => o saldo é negativo


défice orçamental – há necessidade de financiamento do setor
institucional.
 Se Receita pública > Despesa pública => o saldo é positivo
excedente orçamental – há capacidade de financiamento do setor
institucional.
 Se Receita pública = Despesa pública => o saldo é nulo ou equilibrado

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O Orçamento do Estado
Os saldos orçamentais

Saldo orçamental corrente = Receita corrente – Despesa corrente

Saldo orçamental de capital = Receita de capital – Despesa de capital

Saldo orçamental primário = Receita – Despesa + Juros da dívida pública


+ Outros encargos com a dívida

Saldo orçamental global ou efetivo = Receita efetiva – Despesa efetiva

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As políticas económicas e sociais
Políticas conjunturais Políticas estruturais

Efeito no Curto prazo Médio (1 a 5 anos) e


tempo (até 1 ano) longo prazo (+ de 5 anos)

Alterar o funcionamento e as
Corrigir desequilíbrios estruturas em que assenta a
Objetivos
(ex.: inflação, taxa de desemprego). economia, promovendo o
crescimento.

Económicas: Sociais:  Políticas setoriais (agrícola,


 Política orçamental  Política de industrial, pescas, turismo...)
 Política fiscal redistribuição de  Políticas de sustentabilidade da
Exemplos  Política monetária rendimentos qualidade de vida dos cidadãos
 Política de preços  Política de combate (saúde, educação, ambiente,
ao desemprego segurança social...)

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As políticas económicas e sociais

Provoca expansão ou dinamização da atividade


Política expansionista
económica.

Provoca contração ou retração da atividade


Política contracionista
económica.

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As políticas económicas e sociais
Política orçamental

Política orçamental

Utilização, por parte do governo de um país, das despesas e das receitas


públicas com o intuito de influenciar a economia.

Principais instrumentos da política orçamental:


despesas e receitas públicas

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As políticas económicas e sociais
Política fiscal

Política fiscal

Quando, para influenciar o comportamento dos agentes económicos, a


atividade económica e a repartição de rendimentos, são utilizados os
impostos.

Principais instrumentos da política fiscal:


impostos e benefícios fiscais

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As políticas económicas e sociais
Política monetária
Política monetária

Uma vez que Portugal pertence à Zona Euro, a autoridade responsável pela
definição e pela implementação da política monetária é o Eurossistema.
O objetivo primordial da política monetária da Zona Euro é a manutenção da
estabilidade de preços.

Principal instrumento da política monetária:


taxas de juro (para controlar a massa monetária em circulação)

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As políticas económicas e sociais
Política de redistribuição de rendimentos

Política de redistribuição de rendimentos

Política utilizada pelo Estado com o intuito de promover a equidade na repartição


do rendimento, ou seja, como forma de diminuir as desigualdades na repartição
primária do rendimento realizada pelo mercado (que nem sempre é justa).

Esta política utiliza os instrumentos de outras políticas económicas e sociais.

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As políticas económicas e sociais
Política de redistribuição de rendimentos

Como forma de atenuar as desigualdades existentes na repartição primária dos rendimentos,


são utilizados:

 impostos diretos com taxas progressivas (política fiscal) – aplicação de taxas mais
elevadas aos rendimentos mais elevados e de taxas mais baixas (ou isenção) aos
rendimentos mais baixos;

 transferências internas (política social) – em especial para as famílias mais carenciadas


(ex.: prestações sociais pagas às famílias).

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As políticas económicas e sociais
Política de redistribuição de rendimentos

Como forma de beneficiar as camadas da população mais desfavorecidas (ou penalizar as


camadas da população com maiores rendimentos), o Estado pode ainda promover a equidade
através da:

 aplicação de impostos indiretos sobre certos consumos com taxas diferenciadas,


com taxas mais baixas aplicadas a bens essenciais e mais altas a bens de luxo;

 atribuição de subsídios à produção de alguns bens considerados essenciais;

 distribuição ou fornecimento direto de determinados bens e serviços às camadas


mais desfavorecidas da população.

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As políticas económicas e sociais
Política de combate ao desemprego

 Políticas ativas – têm como objetivo qualificar ou requalificar os desempregados para


minimizar a duração do desemprego, promover o emprego e apoiar a procura ativa de
emprego.

 Políticas passivas – visam garantir uma fonte de rendimento durante o período de


desemprego. Estas medidas são particularmente importantes para aqueles que, por serem
mais precários, têm mais dificuldade em poupar durante períodos de empregabilidade, para
financiar o período de procura de novo emprego.

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[Resumidamente]

Tendo em conta o
horizonte temporal dos Uma política pode ser São exemplos de
seus efeitos, as políticas políticas económicas
expansionista,
Através das políticas são classificadas em do Estado, as
conjunturais (curto quando provoca
económicas e sociais, políticas fiscal,
prazo), cujo objetivo é expansão ou
o Estado pretende orçamental, monetária
corrigir desequilíbrios, e dinamização da
cumprir as suas e de preços; e das
estruturais (médio e atividade económica,
funções económicas e longo prazo), que
políticas sociais, as de
ou contracionista,
sociais: equidade, pretendem alterar o redistribuição de
quando provoca
eficiência e funcionamento e as rendimentos e de
contração ou retração
estabilidade. estruturas em que combate ao
assenta a economia,
da atividade desemprego.
promovendo o económica.
crescimento económico.

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