2.historia Da Arte - Arte Mesopotamia

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HISTÓRIA DA ARTE

DE UM PONTO DE VISTA FILOSÓFICO


A arte mesopotâmica: gigantes de pedra
O
Situada no vale entre o Tibre e o Eufrates, a Mesopotâmia faz parte da região conhecida como “Crescente fértil”, limitada a oeste pelo Mediterrâneo, a
leste pelo Golfo Pérsico, ao norte pelo Mar Negro, o sul pelo Mar Vermelho.

A fértil planície entre o Tigre e o Eufrates foi inicialmente


conhecida como Suméria e depois como Babilônia, antes de ser
dominada pelos assírios e pelos persas.

Esquema cronológico da antiga civilização mesopotâmica

Sumérios ca 4500-2000 a.C.

Babilônicos ca 1900-1600 a.C.

Assírios 722-612 a.C.

Persas 539-331 a.C.

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SUMÉRIA
Os sumerianos – “homens das cabeças negras” – foram
o primeiro povo, cuja identidade étnica é conhecida, a
habitar a Mesopotâmia. Espalharam-se pela planície,
criando cidades cujas construções eram feitas de
adobe.
Ur é a primeira cidade. Nela surge uma dinastia que
reúne as outras cidades-estados em uma federação
denominada Sumer. Em 2350aC, Sargão cria um
império, conservando a independência das cidades.
Sargão foi deposto por uma nova dinastia de Ur que,
por sua vez, foi deposta por Hamurabi, rei de Babel.
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SUMÉRIA
Os sumerianos cultuavam uma divindade especial protetora do
lugar em que se estabeleciam e para a qual erguiam um templo.
Além disso, cada cidade tinha seu rei e seu deus local.
Ao longo do tempo, as pequenas capelas foram substituídas por
templos em forma de torres, uma espécie de protótipo dos
futuros zigurates.
Os templos, a corte, o bairro dos funcionários, dos sacerdotes e
dos escribas ficavam em área considerada sagrada, construída
sobre aterro para ficar ao abrigo de inundações. Ao redor dessa
área residia a população, em casas de paredes espessas e
cobertas por cúpulas e abóbodas para proteger do calor.
O mortos eram enterrados em porões.
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Zigurate

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Zigurate

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Templo Branco e o seu zigurate
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SUMÉRIA

As artes floresceram em volta do


templo, do rei e da corte, sobretudo em
estátuas cuidadosamente esculpidas.
A instrução era difundida entre as
classes privilegiadas e a escola – “casa de
tabuinhas” (plaquinhas de argila onde se
escrevia) – era franqueada ao sexo
feminino.
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Talvez as mais antigas
“obras de arte”
sumerianas tenham
sido os estandartes
ilustrados com
narrativas, que eram
levados nas
procissões. As mais
típicas são os
cilindros, usados
como sinetes para
selar documentos.
Sumerian
Artifacts - British
Museum
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Selo cilíndrico com desenho de uma cena de
caça e sua impressão

Cylinder seal and modern impression, hunting scene, 2250–2150 B.C. Late Akkadian period
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Selo cilíndrico com desenho de cenas
domésticas e sua impressão

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Sumerian
inscription, detail
of a diorite statue
of Gudea of
Lagash, 22nd-
century bce in
15
Louvre, Paris
Sumerian Artifacts
- British Museum

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Sumerian Artifacts -
British Museum
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Sumerian Artifacts -
British Museum
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War-panel of the Standard of Ur, ca. 2600 BC, showing parading men, animals and chariots

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Peace-panel,
Standard of Ur
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SUMÉRIA - esculturas
Em 1933, foram descobertas as ruínas da cidade de
Mari, de cujos palácios e templos vieram afrescos e
esculturas exibidas, atualmente, no Louvre. Dentre
estas, destaca-se a do Funcionário de Mari, de
cabeça raspada e saiote de pelo de carneiro. Trata-
se de uma estátua votiva, do tipo que os sumerianos
colocavam nos templos para que rezassem em seu
lugar. O fiel, fosse homem ou mulher, de pé ou
sentado, era sempre representado de mãos postas e
pés descalços, em respeito aos deuses.
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Funcionário de Mari
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Funcionário de Mari
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Estátuas. Templo de Abu, Tell Asmar, c. 2700-2500 a.c. Mármore, Museu do
Iraque, Bagdá, e Instituto Oriental, Universidade de Chicago 24
Standing male worshipper, 2750–2600
B.C.; Early Dynastic period II; Sumerian
style. Excavated at Tell Asmar (ancient
Eshnunna), central Mesopotamia

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Sumerian Statuettes, from the Temple
of Abu, Tel Asmar, c. 2700 - 2600 B.C.,
Iraq Museum

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Seated statue of Gudea, 2150–2100
B.C.; Neo-Sumerian period Probably
Tello (ancient Girsu), southern
Mesopotamia

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No decorrer de sua
produção, a arte
sumeriana evolui das
técnicas arcaicas em
busca de maior
expressividade.

The Guennol Lioness, 3rd Millenium BCE,


3.5 inches high
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Em 1927, sir Leonard Woolley descobriu na região da Antiga
Suméria túmulos subterrâneos – que denominou “poços da
morte” – com filas de cadáveres alinhados próximos às celas: em
companhia do rei tinham sido enterrado servos, músicos, porta-
estandartes, cocheiros, todo o cortejo que acompanhara o corpo.
Em um “poço da morte”, foram encontrados restos mortais de 68
mulheres, cobertas de jóias, vítimas, talvez voluntárias, de
alguma crença.

Desses sepulcros vieram grande parte do que se conhece como


arte suméria. Entre esculturas, capacetes, jóias e ornamentos,
atualmente no British Museum, destaca-se o Carneiro, feito de
ouro, prata, lápis lazúli e madrepérola, apresentado pastando,
que simboliza o princípio da força vital, muitas vezes também
representado por uma palmeira ou um arbusto junto ao qual
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pastam cabras ou ovelhas.
Ram in a Thicket,
Great Death Pit, Ur.
2,500 BC.
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Ram in a Thicket, Great Death Pit, Ur. 2,500 BC. British Museum. 31
Sumerian Bull's Head, Lyre from
Tomb of Paubi, c. 2600 B.C.
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Sumerian Artifacts - British Museum

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Sumerian
Artifacts -
British
Museum34
Sumerian
Artifacts -
British
Museum
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Sumerian Artifacts - British Museum
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Sumerian Artifacts - British Museum
Sumerian
Artifacts - British
Museum 38
Sumerian Artifacts -
British Museum

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1 Headdress with leaf-shaped
ornaments, 2600–2500 B.C.;
Early Dynastic period IIIa;
Sumerian style
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Metropolitan Museum

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Sumerian Gold Helmet 43
Sumerian Helmet 44
Cabeça Feminia, Uruk (Warka), c.
3500-3000 a.c. Mármore, alt. 0,20m.
Museu do Iraque, Bagdá.

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literatura
• Os primeiros poemas suméricos preservados
datam de 4 mil anos atrás.
• Aos sumérios foi atribuída a primeira obra
literária escrita, a Epopéia de Gilgamesh,
traduzida no Brasil como Ele que o abismo viu.
A última tabuinha com este nome foi escrita
no século II a.C.
• A autoria é atribuída a Sin-léqui-unnínni e
narra experiências do quinto rei de Úruk.
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Epopéia de Gilgamesh
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Gilgamesh
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Gilgamesh
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Gilgamesh 50
BABILÔNIA
“Bab-Ilu” significa “porta de Deus”, e denota a
sacralidade da cidade assim denominada, capital de
um verdadeiro reino construído pela perfeita coesão
das cidades efetuada por Hamurabi, responsável
também pelo primeiro código de leis existente (ca
1760aC).
Sob domínio de Hamurabi, o império babilônico
conheceu a primeira idade de ouro: foram construídos
palácios e templos, criados festivais, os zigurates,
antes templos de adoração, locais reservados, foram
transformados em jardins escalonados. 51
O “código (ou estela) de Hamurabi”, registrado em pedra, com mais de 3
mil linhas, em escrita cuneiforme, traz ainda a figura do deus Marduck –
cujos raios sobre a cabeça indicam o sol – entregando as leis a Hamurabi.

Nele se vê que a sociedade estava dividida em três classes:


1. a dos homens livres – nobres, funcionários, proprietários rurais;
2. a dos mushkinu – artesãos, compreendendo, ferreiros, carpinteiros,
arquitetos, padeiros;
3. a dos escravos.

Foi instaurada a lei de Talião: olho por olho, ente por ente. Dessa
forma, um assassino podia ser justamente assassinado pela família da
vítima... as penas eram inversamente proporcionais à classe social do réu.
Divórcios eram permitidos.
O código estabelecia todas as formas de relações sócio-econômicas e
muitas de suas instituições perduram até hoje.

Aos babilônios foi atribuída a bíblica história de Jó. 52


Diorite stela inscribed with
the Code of Hammurabi,
18th century bce. 53
Estela do Código de Hammurabi
54
Código de Hammurabi
Museu do Louvre
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BABILÔNIA
• E disseram uns aos outros: “vamos fazer tijolos e coze-los ao
forno!” Utilizaram tijolos em vez de pedras, e piche no lugar
de argamassa. Disseram: “Vamos construir uma cidade e uma
torre que chegue até o céu, para ficarmos famosos e não nos
dispersarmos pela superfície da terra” (Genesis XI, 3 e 4).

• A torre de Babel devia assemelhar-se aos zigurates.


Cada cidade sumeriana, e depois as babilônicas e
assírias, possuía um zigurate, com maior ou menor
numero e terraços: os mais grandiosos, como o
templo de Baal, chegavam a 185 metros.
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Ruins of a Ziggurat

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Templo de Baal 58
• Figura feminina
em argila, nua e
alada, com pés
de pássaros
apoiados em
leões, ladeada
por corujas.

The Burney Relief, Old Babylonian,


around 1800 BCE
British Museum 59
ASSÍRIA
Os assírios iniciaram lutas de expansão em 1116aC, e
conquistaram grande parte da Mesopotâmia durante o
reinado de Sargão II (722-705aC). O império assírio foi
marcado por invasões estrangeiras, migrações bárbaras, lutas
internas e conquistas externas que prosseguiram até a morte
do rei Assurbanipal, quando o reino foi dividido.

O mundo assírio era povoado de gênios benéficos e maléficos,


em uma iconografia que combinava partes humanas e partes
animais. A figura mais famosa é a do touro alado (kirubi, de
onde deriva querubim): o rosto é humano, o corpo de touro,
as asas de águia, possui cinco patas – um truque de
perspectiva para que, visto tanto de lado como de frente,
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apresente sempre quatro pernas.
Touro Alado
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Touro Alado
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Touro Alado
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Touro Alado
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• Demônio Pazuzu,
amuleto para
aniquilar o poder
maléfico da
malária.

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Demônio Pazuzu
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A arte é sobretudo palaciana, os reis celebravam
suas façanhas em baixos-relevos nas paredes dos
palácios. Também esculpiram estatuetas votivas,
em adoração aos deuses.
A ausência de reproduzir a anatomia humana é
compensada por vestes com abundantes bordados
e franjas e pela representação detalhada de cabelo
e barba, elementos que realçam a força física.
O amor ao poder, ao luxo, ao fausto aflora,
imponente, nas representações artísticas.
O ultimo monarca da assíria foi Assurbanipal
(Sardanápalo). Criador da biblioteca de Nínive,
reinou de 668 a 627 a.C. 67
Detalhe de relevo assírio que mostra prisioneiros de guerra sendo transportados como escravos.
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Relevo do palácio de Assurbanipal mostrando uma leoa ferida. 70
baixo-relevo assírio
representa a caça ao leão

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Palacio Nínive, Guardias de Asurbanipal
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Assurbanipal
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Assurbanipal 74
NOVO IMPÉRIO DA BABILÔNIA
• Depostos os assírios, a cidade renasce graças a
Nabucodonosor II (605-562a.C.). A principal entrada da
cidade, a porta de Isthar (“rua das procissões”), era
monumental: 300 metros de largura e 22 de
comprimento ladeados por paredes de tijolos,
ornamentadas de cerâmicas policrômicas e 60 leões
rugindo em relevo.
• Babilônia possuía uma espécie de museu, onde eram
exibidas as riqueza saqueadas das cidades conquistadas
e ficou famosa sobretudo por seus jardins suspensos,
considerados uma das sete maravilhas do mundo.
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Porta de Ishtar
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Detalhe Porta de Ishtar
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Porta de Ishtar
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IMPÉRIO PERSA
Em 539a.C., a nova Babilônia foi ocupada por Ciro, imperador persa,
“sem lutas nem batalhas”. Anexada ao império persa, a Mesopotâmia foi
envolvida em grandes reformulações: Ciro inaugurou novo estilo de
relacionamento com os povos vencidos, mantendo as tradições e
respeitando a crenças destes. De todo modo, a Mesopotâmia perdeu a
soberania e deixou de existir como unidade política.
Foi na arquitetura que ficou mais manifesto o caráter eclético da
cultura adotada pelos persas: copiaram o estilo das plataformas e das
construções em terraços dos zigurates, os touros alados, os tijolos
vitrificados e coloridos, abandonaram cúpulas e abobadas e, em vez
destas, adotaram os pilares e colunas dos egípcios. As grandes construções
são os palácios, principalmente o de Xerxes e o de Dario, ambos em
Persépolis.

Em 331aC, a Mesopotâmia foi conquistada por Alexandre da


Macedônia. 79
Xerxes I
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Palácio de Dario, Persepolis
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Ruínas Persepolis
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Leão de Suse,
Louvre.
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Arte Oriental à
partir de Hegel

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