Fund. Básicos Fono Hospitalar

Fazer download em ppt, pdf ou txt
Fazer download em ppt, pdf ou txt
Você está na página 1de 89

Fundamentos básicos para

assistência fonoaudiológica
hospitalar.

Fga Marília Lopes Bortolini Franco


• Hospital: estabelecimento de saúde destinado a
prestar assistência médica e hospitalar a
pacientes, em regime de internação.
• A variedade dos agravos
apresentados pelos
pacientes justifica a
diversidade de
profissionais que atuam na
unidade; e a avançada
tecnologia presente na
assistência; exige a
capacitação permanente
dos profissionais que nela
atuam.
• “A missão essencial das instituições
hospitalares é atender a seus pacientes
de forma mais adequada. Por isso, todo
hospital deve preocupar-se com a
melhoria permanente da qualidade de sua
gestão e assistência, buscando uma
integração harmônica das áreas médica,
tecnológica, administrativa, econômica,
assistencial e, se for o caso, de docência
e pesquisa”.

• Manual Brasileiro de acreditação hospitalar – MS- Brasília – DF 2002


Modelo de gestão por OSs
• http://www.goiasagora.go.gov.br/goias-respira-nova-saude-apos-compartilhar-gestao-
dos-hospitais-publicos-com-as-organizacoes-sociais/
Organizações Sociais de Saúde
(OSS)
• Os Contratos de Gestão estabelecem
tanto as metas de produção quantitativas
e qualitativas.
• A SES desenvolveu um aprimorado
mecanismo de controle da atuação das
OSs à frente dos hospitais públicos.
• Acreditação Nível 1 ONA: apresenta
requisitos básicos de qualidade
assistencial e segurança para o paciente.
• Protocolos fazem parte
do Programa Nacional
de Segurança do
Paciente e visa prevenir
e reduzir a incidência de
eventos adversos.
• Por isso é necessário
implantar protocolos e
medir os resultados no
desfecho clínico dos
pacientes e nos custos
da assistência
hospitalar.
• Padronização de procedimentos são
construídos de acordo com as melhores
práticas de consenso na comunidade
científica.
Indicadores
• Dados coletados rotineiramente, padronizados.
• Os indicadores hospitalares são imprescindíveis
para traçar uma boa gestão: utilizados para
avaliar o desempenho hospitalar, com base na
sua organização, nos recursos envolvidos e na
metodologia de trabalho.
 O trabalho em hospitais exige a necessidade do
conhecimento de alguns pontos específicos e
inerentes ao ambiente hospitalar, tais como:
 Estrutura física do hospital
 Organograma
 Biossegurança
 Funcionamento clínico e administrativo
 Manuseio de prontuários
 Noções dos serviços de nutrição, fisioterapia,
psicologia, assistente social, terapeuta
ocupacional, enfermagem , etc.
NR 32- segurança e à saúde dos
trabalhadores dos serviços de saúde
- Esquema vacinal
- Higienização das mãos
- Prevenção e Controle das infecções hospitalares (SCIH)
- Utilizar EPIs (luva de procedimentos, avental, touca,
máscara e óculos de proteção )
• O acidente com material
biológico consiste na
exposição de uma pessoa
a sangue ou secreções
através da pele, das
mucosas (olhos, boca e
nariz) ou de lesão perfuro-
cortante com agulhas,
instrumental cirúrgico e
vidros contendo secreções.
Reconhecimento da rotina hospitalar e
o papel da Equipe Multidisciplinar

Fono Médico

Fisio Nutrição

Odonto
Psicologia

Serv. Social Enfermagem


 A ação multidisciplinar
apresenta-se como
uma forma
consagrada de
atendimento na área
da saúde.
 Proporciona mais
efetividade, melhor
qualidade e mais
segurança para o
paciente.
 Atende às necessidades do paciente de
forma mais completa .
 Intercambio de informações relacionadas
aos pacientes para tomar a conduta
adequada de acordo com cada
necessidade identificada pela equipe.
Rotinas
 Medicação
 Banho / higiene oral
 Mudança de decúbito
 Curativos
 Dieta
 Controle sinais vitais
 Exames
• O Prontuário permite, mais interação entre
os profissionais que acompanham o paciente
por ser um instrumento de comunicação.
• O Prontuário é o documento de maior valor
jurídico para defesa ou acusação referentes
ao atendimento prestado.

“O que não está escrito no prontuário não


aconteceu”.
Conteúdo do Prontuário Médico
• Identificação do paciente;
• História Clínica;
• Evolução médica diária;
• Evoluções de enfermagem e outros profissionais
assistentes;
• Exames laboratoriais, radiológicos e outros;
• Hipóteses diagnósticas e diagnóstico definitivo;
• Conduta terapêutica;
• Prescrições médicas e de enfermagem;
• Explicações dadas(família e paciente);
• Descrições cirúrgicas, fichas anestésicas;
• Resumo de alta e/ou óbito.
FONOAUDIOLOGIA HOSPITALAR

“ Atua com o paciente ainda no


leito, de forma precoce,
preventiva, intensiva, pré, trans e
pós-cirúrgico, independente de
sua idade cronológica, evitando
e/ou minimizando possíveis
sequelas, diferenciando dessa
forma da fonoaudiologia Clínica /
Ambulatorial...” (CRFa 1ª Região)
Fonte: acervo fotográfico Profa Dra . Eline
Lima Borges
No ambiente hospitalar, uma das principais causas da
solicitação do profissional fonoaudiólogo é no
atendimento ao paciente disfágico. (MACEDO , 2000).
Vias de Alimentação
ETIOLOGIA

. Neurogênica
. Mecânica
. Psicogênica
. Decorrente da idade
. Induzida por drogas
Traumatismo Crânio Encefálico
Etiologia
- Acidentes automobilísticos – 50%
- Quedas – 30%
- Causas “violentas“ – 20%
TRAUMAS DE FACE
PARALISIA FACIAL
CÂNCER
• Local dentro do hospital, destinado ao
atendimento, em sistema de vigilância
contínua, a pacientes graves ou de risco,
potencialmente curáveis (CRMSP- 30/09/1957)
• Ambiente com várias especificidades e
demanda uma atuação diferente daquela
que é feita nas enfermarias e ambulatórios.
• O conhecimento do
quadro clínico do
paciente, obtido pelos
resultados dos
monitoramentos ,
permite ao
fonoaudiólogo discutir
com a equipe
interdisciplinar sobre o
momento de sua
atuação.
Durante visita ao leito
observar:

 avisos
 contenções
 drenos
 medicamentos
 sedação
 nutrição
 trações
 ...
COMUNICAÇÃO FISIOLÓGICA
Paciente apresenta sinal de guaxinim
evidenciando fratura da base do crânio.
COMUNICAÇÃO NÃO VERBAL
“A comunicação é parte do tratamento do paciente
e ficar conversando com ele, muitas vezes,
é o próprio remédio.”
(Rebecca Bebb)
Suporte ventilatório e nutricional
Sistema Respiratório
A laringe é um tubo oco formado por cartilagens,
ligamentos e músculos, e é onde estão
localizadas as pregas (cordas) vocais.
PRESENÇA DO “CUFF” PODE
CAUSAR:
• Ulceração
• Hiperemia
• Edema
• Lesão isquêmica
• Estenose traqueal
• Fístula traqueoesofágica
• Necrose da parede traqueal
TRAQUEOSTOMIA - INDICAÇÕES
1- Ventilação mecânica prolongada (+ 7 dias – consenso)
2- Obstrução das vias aéreas altas
3- Trauma maxilo-facial severo
4- Lesões inflamatórias/ infecciosas agudizadas
5- Tumores invasivos: cavidade oral/ laringe/ faringe
6- Estenose laringo traqueal
7- Edema de glote (anafilático)
8- Corpo estranho obstrutivo
9- Anomalias congênitas
10- Aspiração de secreções
BENEFÍCIOS DA TQT
 Possibilidade de suporte ventilatório
prolongado ( reduz danos)
 Redução do espaço morto
 Melhora do conforto para paciente
 Permite maior mobilidade do paciente com
menor risco de extubação
 Facilita o toalete brônquico espontâneo e
a remoção de secreções traqueais
 Possibilidade de alimentação via oral
 Possibilidade de articular palavras
 Facilita higiene brônquica
 Facilita o desmame da ventilação
 Reduz o risco de lesões laríngeas
 Reduz níveis de sedação
 Acelera o desmame da ventilação
mecânica
 Possibilita uso da válvula de fala
COMPLICAÇÕES DA IOT
• Fraturas e luxações da coluna cervical
• Deslocamento de mandíbula
• Traumas dentários
• Lesão de lábio/ língua/mucosa oral (nasal)
• Lesões e perfurações da vias aéreas e
esôfago
• Erro de técnica causando hipoxemia
• Estimulação de reflexos vagais
A estenose é a obstrução (fechamento) da
região interna da laringe

As estenoses são classificadas conforme a sua


localização e o grau de obstrução de sua luz.
NUTRIÇÃO
NUTRIÇÃO
ENTERAL

 Via Oral – VO
 Via Sonda: SNE/
SNG
 Via Ostomias:
- Gastrostomia
- Jejunostomia
- Duodenostomia
O fonoaudiólogo é
responsável pela avaliação e
intervenção terapêutica nos:

• Distúrbios de linguagem/fala: afasias,


dispraxias, disartrias;

• Alterações oromiofuncionais:
disfagias, paralisias faciais, traumas;

• Comprometimento vocal : disfonias e


disartropneumofonias.
Fono e a Família
 O atendimento hospitalar abrange tanto a
intervenção com o paciente quanto o apoio
dado a família (devem ser igualmente
atendidos)
 Devemos promover a comunicação e o
relacionamento sadio entre profissionais,
paciente e familiares
 Envolver familiares no processo terapêutico
 Orientar no sentido de oferecer suporte,
informação
AVALIAÇÃO
Direta
• Avaliação Clínica
Indireta

Avaliação Instrumental
Videofluoroscopia “Gold”
Nasofibroscopia

GUIDELINES: ASHA 1983,1990,1999,2000.


Blue dye test

• Procedimento útil para


avaliar a função da
deglutição em pacientes
traqueostomizados, à
beira do leito. Neste teste
é usado o corante azul
para avaliar a deglutição
de saliva e a de
alimentos de diferentes
consistências e volumes.
• "Cuidados Paliativos consistem na
assistência promovida por uma equipe
multidisciplinar, que objetiva a melhoria da
qualidade de vida do paciente e seus
familiares, diante de uma doença que
ameace a vida, por meio da prevenção e
alívio do sofrimento, da identificação
precoce, avaliação impecável e
tratamento de dor e demais sintomas
físicos, sociais, psicológicos e espirituais".
• Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), em conceito definido em 1990 e atualizado
em 2002
Idoso
• A geriatria abrange desde a promoção de
um envelhecer saudável, da prevenção e
do tratamento das doenças, da
reabilitação funcional e dos cuidados
paliativos.
CHECKLIST: DISFAGIA
• Doença de Base
• Nível de Consciência
• Pneumonia / desnutrição
• Intubação prolongada
• Traqueostomia
• Controle de Saliva / deglutição
• Sinais de penetração laríngea (voz úmida ou molhada e
alteração respiratória)
• Manipulação de consistências
• Compensações na deglutição
• Distúrbios Cognitivos associados
Logemann, 1997
MATERIAIS
- Bandeja ou cuba
- Luvas, máscaras
- Estetoscópio, oximetro,
óculos, lanterna
- Espátulas, gaze, seringa,
canudo, copo, colher
- Outros materiais / conta
própria
DIFICULDADES NA
ALIMENTAÇÃO POR VO
• Inapetência
• Depressão, ansiedade, aversão alimentar
• Má higiene bucal
• Alteração do Paladar/ medicamentos
• Ausência dos dentes / próteses
• Pouca assistência do acompanhante/família
• Sabores, odores, consistência e aparência
dos alimentos
AVALIAÇÃO INDIRETA

 Aspectos comportamentais
 Comunicação e cognição
 Avaliar OFAs
 Sonda de alimentação
 Condição respiratória
 Ausculta cervical
 Qualidade Vocal
 Presença ou ausência de reflexos
patológicos
 Mímica facial : VII
 Controle cervical e de tronco
 Higiene bucal
AVALIAÇÃO DIRETA

• TQT: Avaliação com alimento/Blue dye


test
• Consistência x Volume
• Sabor x temperatura
• Utensílios para oferta do alimento
• Sinais sugestivos de penetração laríngea
e aspiração(Tosse, cianose, Spo2)
TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO

 Preparar para uma via oral segura


 Melhorar condições da força, mobilidade e
sensibilidade geral dos OFAs
 Terapia Indireta (sem alimento)
 Ativa e/ou passiva
- Contato direto na região intra-oral (gustativo,
tátil, térmico, sinestésico)
- Induzir movimento da língua
- Favorecer disparo da deglutição (estímulo frio e
ácido)
- Manobras facilitadoras e manobras posturais de
proteção e limpeza
- Manipulação de Consistência
Leitura labial / Válvula de fala
OBJETIVOS DA INTERVENÇÃO
FONOAUDIOLÓGICA
• Avaliar alterações cognitivas, de
linguagem, fala e deglutição
• Orientar posturas, manobras e cuidados
durante e após-alimentação
• Melhorar condições da força, mobilidade
e sensibilidade orofacial do paciente
• Sugerir diferentes consistências
alimentares
• Orientar (equipe e familiares)
• Reabilitação: comunicação (articulação,
escrita, voz, mímica facial)
• Leitura labial – efetivar
• Sugerir outras vias de nutrição
(gastrostomia?)
O trabalho em
hospitais exige o
conhecimento de
pontos específicos e
inerentes aos
pacientes e ao
ambiente hospitalar.
Competência para ...
• Determinar raciocínio clínico diagnóstico nas
áreas de deglutição e comunicação
• Estudar e analisar detalhadamente os
prontuários e os exames complementares,
respaldando a tomada de condutas
fonoaudiológicas ao paciente assistido no leito
• Elaborar planos de tratamento fonoaudiológico,
operacionalizando os princípios aprendidos nas
diversas patologias e condições clínicas,
diferentes faixas etárias e momentos de
tratamento.
• Fornecer orientação fonoaudiológica aos
pacientes e familiares durante todo o
processo terapêutico e na alta hospitalar,
considerando fatores sociais, culturais e
ambientais;
• Conhecer como proceder no uso da sonda
e seus equipamentos na aspiração
traqueal e de vias aéreas.
• Estruturar assistência fonoaudiológica
com excelência de qualidade.
TRABALHAR EM EQUIPE

Você também pode gostar