A Importância Da Odontologia Hospitalar - Marcos

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CENTRO UNIVERSITÁRIO FAMETRO ODONTOLOGIA

José Marcos de Souza Ferreira

ESTÁGIO SUPERVISIONADO III

FORTALEZA

2021
A importância da odontologia hospitalar: uma visão sistêmica.

INTRODUÇÃO.
A Odontologia Hospitalar é definida na literatura como um conjunto de
práticas seja em baixa, media ou alta complexidade, que visa o tratamento e
prevenção de enfermidades por meio de procedimentos em nível hospitalar
cujo foco principal é o cuidado de pacientes críticos que necessitam de
tratamentos especiais inúmeras doenças infecciosas na cavidade oral têm sido
a alterações sistêmicas. Durante o exercício da profissão, o cirurgião-dentista
tem de ter ciência que as considerações especiais relacionadas ao manejo de
pacientes que tem um comprometimento sistêmico social. Sabe-se também, da
suma importância da saúde bucal nessa gama de pacientes, em especial
quando trata-se de pacientes em caso de internação, e de forma com mais
evidência quando estão sendo preparados para tratamentos de cirurgia.
Diante disso, em muitos casos, esses pacientes ditos “especiais”, com
complicações sejam físicas ou mentais, têm suas atividades limitadas e/ou
restringidas, devido à dificuldade em se expressar verbalmente devido as
condições sistêmicas. A manutenção da saúde oral desses indivíduos é,
portanto, mais difícil, é diante do cenário, mais difícil do que para a população
em geral, e esses constituem um grupo de alto risco para doenças na cavidade
oral.
O contato entre os profissionais da Odontologia Hospitalar na
reabilitação desses pacientes é de suma importância para o êxito do
tratamento, por isso o dentista deve estar preparado para trabalhar de uma
forma integrada com outros profissionais da área da saúde como enfermeiros,
médicos, fonoaudiólogos, psicólogos, fisioterapeutas entre outros. O trabalho
em equipe resulta na melhora da qualidade de vida dos pacientes em geral, e
quando desenvolvido na própria unidade hospitalar tem o acesso facilitado e a
prestação de serviços além de dar ao profissional atuante, maior segurança
durante as intervenções mais ofensivas. O avanço da medicina e o advento de
tecnologias que ajudam nos processos na área da saúde, tem proporcionado
um aumento da sobrevida de pacientes com doenças sistêmicas complexas, e
com isso, a chegada destes também aos consultórios odontológicos à procura
de tratamento.
Referencial teórico.

No dia 04 de maio de 2016, foi aprovado o Projeto de Lei da Câmara


(PLC) 34/2013, pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS). Segundo o mesmo,
os hospitais públicos e privados deverão oferecer assistência odontológica a
pacientes internados. A proposta também se deu a inclusão a assistência
odontológica no atendimento e na internação domiciliar do SUS, regidos pelo
artigo 19-I da Lei 8.08/1990.

A literatura tem demonstrado que a condição de saúde bucal pode


influenciar na evolução do quadro de pacientes internados. Estudos indicam
que os pacientes de unidade de terapia intensiva apresentam uma higiene
bucal deficiente, aumentando a quantidade e complexidade do biofilme dental.
A doença periodontal é um grande fator de risco para o desenvolvimento de
pneumonia nosocomial, visto que as bactérias presentes na boca podem ser
aspiradas e causar uma pneumonia por aspiração.

O projeto estabeleceu ainda que os planos de saúde que incluíam a


internação hospitalar devem cobrir a assistência a pacientes em grau de
internação. Em todas as situações citadas, o atendimento vai depender do
consenso do paciente e/ou do seu responsável e quando a assistência
odontológica for custeada pelo paciente, o mesmo será informado dos custos
antes de prosseguir com qualquer tratamento ou procedimento em vias de
saúde. A assistência no meio odontológico será feita por um cirurgião-dentista
quando prestada em UTI, e nos demais casos, pode ser feita por profissionais
devidamente habilitados, porém, com supervisão de um cirurgião-dentista.
CONSIDERAÇÕES FINAIS,

Existe uma ampla gama de cenários no âmbito hospitalar, onde se


contempla a especificidade de cada grupo de pacientes e/ou enfermidades, tais
como clínicas médicas, ginecologia e obstetrícia e etc. A complexidade, tanto
de paciente quanto de cenários apresenta uma amplitude e de variações que
irão exigir do cirurgião-dentista estabeleça muitas estratégias que respeitem a
individualidade de cada ser, a integralidade de atenção ao tratamento médico,
bem como sua estrutura física e de recursos de cada cenário, imponto atenção
odontológico de prevenção ou reabilitação de cada condição médica presente
onde está alocado.

Prevenir ou tratar os pacientes previamente a sua evolução para


condições que o levarão ao risco de internação em UTI, e nesta, agravos
potencializados por doenças bucais, torna-se imperativo na prática
odontológica. É de caráter importante, tendo em vista a transição de pacientes
nos múltiplos cenários hospitalares e a presença de um profissional de
odontologia nestes identificar potenciais pacientes que poderão ingressar na
unidade de terapia intensiva. Isto permite, em tempo hábil e oportuno,
intervenções com ênfase mais preventiva e, em consequência disso,
resolutivas, minimizando problemas mais complexos de saúde e também, em
sua complexidade no quesito tratamento, contemplando as equidades dos
cenários e a condição do paciente que está sendo cuidado.
Referências bibliográficas.

Odontologia hospitalar: a atuação do cirurgião dentista em equipe


multiprofissional na atenção terciária. Arquivos em Odontologia, Belo Horizonte,
2014; 50(4): 154- 160.

SÃO PAULO. SECRETARIA DE SAÚDE. Manual de odontologia hospitalar.


São

Paulo: Grupo Técnico de Odontologia Hospitalar, 2012; 88p.

MEIRA, S.C.R.; OLIVEIRA, C.A.S.; RAMOS, I.J.M. A importância da


participação do cirurgião-dentista na equipe multiprofissional hospitalar.
Trabalho vencedor na 9° edição do prêmio SINOG de Odontologia 2010. Curso
de Odontologia do Centro Universitário Newton Paiva, Belo Horizonte/MG.

BEZINELLI, L.M. A. Odontologia hospitalar nos hospitais públicos vinculados a


secretaria do estado da saúde de São Paulo. 2014. Tese (Doutorado em
Odontologia Social) - Faculdade de Odontologia, Universidade de São Paulo,
São Paulo, 2014. Acesso em: 16 de junho de 2017.

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