(Alunos) Gênero Peça Teatral - II

Fazer download em pptx, pdf ou txt
Fazer download em pptx, pdf ou txt
Você está na página 1de 14

Etapa Ensino Médio Língua

Portuguesa

Gênero Peça
Teatral – II
1ª SÉRIE
Aula 10 – 4º Bimestre
Conteúdo Objetivos

● Estrutura do gênero peça ● Analisar, interpretar e discutir


teatral; textos em diferentes
linguagens;
● Fragmentos da obra de
Artur Azevedo. ● Relacionar o texto com suas
condições de produção e seu
contexto sócio-histórico.
Técnica LEMOV:
Para começar Virem e conversem

Você já assistiu a alguma peça de


teatro clássica que tenha te
impressionado por tratar de temas
atuais?

A quem a imagem ao lado se refere?


Técnica LEMOV:
Para começar Correção Virem e conversem

A imagem ao lado refere-se a William


Shakespeare. O autor é considerado
um dos maiores escritores e
dramaturgos de todos os tempos. Sua
obra continua sendo encenada,
trazendo discussões atuais, mesmo
tendo sido escrita há mais de 400
anos.
Foco no conteúdo RELEMBRANDO

O gênero peça teatral é aquele em que o artista usa a representação


como intermediário entre si e o público.

A peça teatral é, pois, uma composição literária destinada à apresentação


por atores em um palco, atuando e dialogando entre si. O texto é
complementado pela atuação dos atores no espetáculo teatral, os quais o
utilizam para narrar uma história, ou seja, o texto não foi criado para ser
lido, e sim encenado.
Foco no conteúdo

Na aula anterior, realizamos a leitura de


trechos da peça O RIO DE JANEIRO
EM 1877, de Artur Azevedo. O autor é
um dos fundadores da Academia
Brasileira de Letras. Era irmão do
também escritor Aluísio Azevedo e foi
reconhecidamente um grande
dramaturgo, contista e jornalista.
Foco no conteúdo RELEMBRANDO

Nesta aula, leremos mais alguns trechos da peça O Rio de Janeiro


em 1877, produzido para ser encenado. Escrito por Artur Azevedo,
esse texto pertence à comédia de costumes popular, um gênero com
foco na sátira. Ele induz ao debate, entre outras ações, dos fatos
sociais, políticos e econômicos da época, com humor, ironia e crítica.
O trecho a seguir traz mais algumas discussões entre as ditas
“calamidades” brasileiras.
Foco no conteúdo
INUNDAÇÃO – Venho de Portugal, tenho feito por lá alguma coisa pela
vida, ou pela morte. Torno de novo à terra de Camões. Não está cumprida
a minha missão naquele reino.
SUBSCRIÇÃO – Vá, que eu fico cá para maior flagelo.
BOATO – Não tem nada... É viagem que ferve... Ela é viagem na França,
agora vai a Portugal... e está aqui na América. Chama-se a isto correr as
sete partidas do mundo... és uma inundação de viagens.
BOATO – Peço a dita.
POLÍTICA – Tem a palavra.
BOATO – É preciso que 1877 já nos encontre a postos, está prestes a soar
a meia-noite. Portanto, peço que passemos à ordem da noite.
POLÍTICA – Está bem! Ponhamo-nos de novo a caminho. Tu, Febre, não
perca os teus créditos que possuis na Europa. Mata a torto e a direito, e
sobretudo agarra-te aos trinta botões.
Foco no conteúdo
O, Ilustríssima, continua a não mandar calçar as ruas e a contratar
empreiteiros, a gente de trabalho que faça muito e ganhe pouco. Ó
Inundação, faze o que puderes. Boato ataca-lhes as reputações e
penetra no íntimo da família para levar-lhes o desespero e a vergonha.
BOATO – (Tirando dois lenços da algibeira, representando o Desespero e
a Vergonha.) – Eles cá estão. O Desespero e a Vergonha.
POLÍTICA – Ó Capoeira, faze as tuas eternas tropelias, não te
amedronte o termo de bem viver, nem que te assentem praça na
Armada! Tu, Conferência, amola o próximo! Veículo, continua tua
sociedade com os médicos. (O Médico aperta a mão ao Veículo.) Ó
Médico, ceifa... Ó Beribéri ceifa... Ó Morte ceifa... Cumpri todos o vosso
dever. Ó Seca! A ti está reservado o mais importante papel entre as
calamidades que hão de afligir a Nação Brasileira em 1877.
Foco no conteúdo
Há bom número de anos que não pões em prática o teu valor. Vai agora
e tira o ventre de miséria. Escolhe para sede de teu domínio uma
província próspera e feliz.
BOATO – Goiás, por exemplo.
POLÍTICA – O Ceará! Ide, meus irmãos, trabalhai pela santa causa da
desumanidade; quanto a mim hei de contribuir com o que estiver ao
meu alcance para a desgraça pública e particular. Ide.
TODOS EM CORO – Vamos!

AZEVEDO, Artur. Teatro de Artur Azevedo – O Rio de Janeiro em


1877. Instituto Nacional de Artes Cênicas (INACEN). V. 7: Coleção
Clássicos do Teatro Brasileiro. Disponível em: https://cutt.ly/zPP9tsH.
Acesso em: 25 jul. 2023.
Na prática
1 – Descrevam quais são as enfermidades descritas na peça. O
que as distingue?
Na prática
2 – No final da cena, a Política orienta as calamidades sobre
os atos que elas devem realizar no ano de 1877, que se
iniciará no dia seguinte. Elas devem praticar bons ou maus
atos? Comente.
Técnicas LEMOV:
Aplicando Todo mundo escreve

A peça estudada foi escrita no final do século XIX, há mais de 140 anos.
Levando isso em conta, em duplas, respondam aos seguintes
questionamentos.
a) Os diálogos apresentados em O Rio de Janeiro em 1877, do autor
Artur Azevedo, ainda fariam sentido nos dias de hoje? Por quê?
b) Qual(is) das personagens parece(m) mais atual(is)? Por quê?
Sintetizem as respostas em um único parágrafo. Compartilhem as
respostas com os colegas. Quais são as hipóteses da turma?
O que aprendemos hoje?

● Analisamos, interpretamos e discutimos fragmentos


de uma peça teatral;
● Relacionamos o texto com suas condições de
produção e seu contexto sócio-histórico.

Você também pode gostar