2 Macropoliticas Mccallum

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PCE - Mestrado em Economia

Teoria Macroeconômica

Bennett T. McCallum, Cap. 5

Profa Dra Maria Helena Ambrosio Dias –UEM

Anotações:
Ms. Karen Bettinardi Couto - UEM
2. Modelos clássico e keynesiano em
uma economia fechada

 Modelos estáticos no sentido de considerarem:


- fixo o estoque de capital;
- expectativas exógenas.

Para o modelo clássico e keynesiano a teoria


da demanda agregada é a mesma,
diferenciando a de oferta agregada.
2. Modelos clássico e keynesiano em
uma economia fechada
Demanda agregada
Para a demanda agregada vamos partir do modelo IS-LM.

A Função IS

A primeira relação especificada é a identidade renda da


economia. Divide-se o produto total (y) em consumo das
famílias (c), investimento produtivo em capital pelas firmas
(i) e gastos do governo (g):

y≡c+i+g
(1)
2. Modelos clássico e keynesiano em
uma economia fechada
A segunda relação é uma especificação de comportamento
que apresenta as escolhas de consumo das famílias diante da
renda disponível, descrita como sendo os impostos líquidos
recolhidos pelo governo. Assim, a função consumo é
representada pela equação comportamental:

c = C(y – τ), 0 C’  1 e C1 = c/(y- τ) (2)


+
Neste caso, τ são os impostos líquidos de transferências, (y–τ)
é a renda disponível, C’ é a propensão marginal a consumir, e
0 C’ 1 significa que um aumento em (y – τ) refletirá em um
aumento de c, entretanto em uma proporção menor do que o
aumento da renda disponível.
2. Modelos clássico e keynesiano em
uma economia fechada
Considerando que s = y – τ – c, em que s é a poupança, uma
especificação melhor do que (2) poderia ser:

c = C(y – τ, r) (2’)

em que c/(y- τ) = C1 e c/(r) = C2  01

1
Essa situação não é completamente justificada pela análise
microeconômica padrão desde que o ‘efeito renda’ de um aumento em r
trabalhe em outra direção (McCallum, 1989, p. 79).
2. Modelos clássico e keynesiano em
uma economia fechada
A terceira relação corresponde ao comportamento de
investimentos das firmas. Essa relação sugere que as
mudanças nas decisões de investimento são diretamente
proporcionais às alterações do produto e inversamente
proporcionais às variações na taxa de juros.
Deste modo, sendo I1 a derivada parcial com relação a y e I2 a
derivada parcial com relação a r, então:

i = I(y, r), I1  0 e I 2  0 (3)


+-
em que I1 = i/(y) 0, I2 = i/(r)  0
2. Modelos clássico e keynesiano em
uma economia fechada
Neste caso, seria rentável para as firmas investirem quando o
produto marginal do capital (MPK), que reflete o crescimento
do produto para uma dada quantidade de trabalho resultante de
uma unidade adicional ao estoque de capital, exceder a taxa de
juros.
Assim, dado que r mede o custo da firma de obter
empréstimos, isso significa dizer que quando o produto
marginal do capital exceder r, compensará para as firmas
adquirir empréstimos e investir. Assim, a relação se torna:

i = Ĩ (MPK/r), Ĩ’  0 (3’)
2. Modelos clássico e keynesiano em
uma economia fechada
Considerando a função de produção y = F (n, k), e que F1  0,
F2  0, F11  0, F22  0, F12  0, sendo F1 e F11 são a primeira e a
segunda derivadas com relação a n, F2 e F22 a primeira e a
segunda derivadas com relação a k e F12 a primeira derivada de
k com relação a n, então a MPK = F2(n, k) e a relação básica se
torna:

i = Ĩ [F2(n, k)/r] (3’’)

Assim, o MPK é positivamente relacionado com a quantidade de


trabalho empregada, n, ou F12  0. Quando n é alto, F2 = MPK
também será alta. Mas, para um dado k, n será elevado quando y
estiver elevado → i é positivamente influenciado por y.
2. Modelos clássico e keynesiano em
uma economia fechada
Desde que Ĩ seja uma função crescente de MPK/r, esta é uma
função decrescente em r. Isso explica por que I é crescente em
y e decrescente em r.

Diante dessas considerações, as relações (1), (2) e (3) podem


ser combinadas substituindo as duas últimas na primeira:
Y = C(y – τ) + I (y, r) + g (4)

Variáveis exógenas são g e t (sob controle do governo).


Variáveis endógenas são y e r.
As combinações de y e r que satisfazem (4), para dados
valores de g e τ, estão plotadas na Figura 5.1 → Curva IS.
2. Modelos clássico e keynesiano em
uma economia fechada
A Curva IS envolve o comportamento do setor privado com
relação a investimento (I) e poupança (S).
r (Taxa de juros)

IS

y (Produto)

Figura 5.1. Curva IS


2. Modelos clássico e keynesiano em
uma economia fechada
Outra forma de apresentar a curva IS é resolvendo a equação
(4) por y em termos de r, g e τ. Supondo que a função
consumo (2) tenha a seguinte forma linear:

c = 0 + 1(y – τ),

onde 0 e 1 são constantes, com 0  1  1. Do mesmo modo,


suponha que a função investimento (3) também seja linear:

i = 0 + 1 y + 2 r, 1  0  2

Assim, a equação (4) seria escrita como:


y = 0 + 1(y – τ) + 0 + 1y + 2r + g
2. Modelos clássico e keynesiano em
uma economia fechada
Resolvendo para y, tem-se que

y = [1/ (1- 1 - 1)](0 + 0 +2r + g - 1 τ) (5)

Através de (5) pode-se afirmar que a curva IS mantém uma inclinação


negativa, supondo que

2  0 e (1- 1 - 1)  02

2
As suposições afirmam que 0  1  1, e então 1 - 1  0. Mas sabe-se também
que 1  0. Portanto, não é possível ter certeza quanto ao sinal de 1- 1 - 1.
Ainda assim, em geral, é consenso entre os macroeconomistas que, nestes casos,
o valor de 1- 1 - 1 é positivo (McCallum, 1989, p. 81).
2. Modelos clássico e keynesiano em
uma economia fechada
r

Sendo 1/(1-1-1) o coeficiente


de g em (5), variações positivas
em g irão deslocar a curva IS
para a direita. Enquanto isso,
(g1, τ0) sendo - 1/(1- 1 - 1) o
coeficiente de τ em (5), um
g0 , τ 0 aumento em τ irá se refletir em
g0 , τ 1 um deslocamento da curva IS
y para a esquerda. Esses
movimentos são ilustrados na
Figura 2, considerando g1  g0 e
Figura 5.2. Deslocamentos da Curva IS τ 1 τ 0.
2. Modelos clássico e keynesiano em
uma economia fechada
Em geral, não se presume que (2) e (3) são lineares e, portanto,
(5) não seria aplicável. Mas uma função mais geral com as
mesmas propriedades qualitativas seria dada por:

y =  (r, g, τ) (6)

Em que as derivadas parciais correspondem a


1 0, 2  0 e 3  0.
Se fosse adotada a especificação (2’) de consumo, as propriedades
qualitativas não seriam alteradas e, portanto, a representação (6)
pode ser usada mesmo que as decisões de consumo e poupança
sejam afetadas pela taxa de juros.
2. Modelos clássico e keynesiano em
uma economia fechada
A Função LM

Outro comportamento importante na determinação da demanda


agregada é a demanda por moeda.
Vamos supor uma economia em que as famílias mantém sua
riqueza apenas sob duas formas, moeda ou títulos.

Os títulos correspondem a ativos de empréstimos para o governo ou


para as firmas e rendem juros à taxa r. E é exatamente essa
promessa que leva as famílias a optar por essa forma de riqueza.
Por outro lado, a moeda corresponde ao meio de troca da economia,
e não rende quaisquer juros. A opção em manter parte da riqueza
em moeda é simplesmente o fato de facilitar transações e ser aceita
como pagamento em qualquer tipo de aquisição .
2. Modelos clássico e keynesiano em
uma economia fechada
Assim, pode-se dizer que, ceteris paribus, a quantidade de
moeda mantida pelas famílias é menor quanto maior a taxa
de juros paga pelos títulos, e vice-versa. Além disso, outro
fator importante é o volume de transações que as famílias
pretendem realizar. Para representar esse fator, usa-se o y,
que corresponde à medida de todas as transações finais.
Quanto maior esse valor, maior a quantidade de moeda
mantida pelas famílias.
Supõe-se, portanto, que a quantidade de moeda que as
famílias mantém num determinado período é positivamente
relacionada a y e negativamente relacionada a r. Vale
observar que y e r são determinantes da quantidade real de
moeda demandada.
2. Modelos clássico e keynesiano em
uma economia fechada
Por isso, se M é o estoque de moeda em termos nominais e P é o
nível de preços da economia, a função de demanda por moeda será
da seguinte forma:

Md/P = L (y, r), L 1  0  L2 (7)

Mesmo que cada família escolha a quantidade de moeda que


manterá, o governo é quem controla a quantidade de moeda total
existente na economia, Ms. Supondo que a quantidade de moeda
demandada para cada família corresponde à quantidade de moeda
adquirida por elas, em nível agregado tem-se que:

Md = M s (8)
2. Modelos clássico e keynesiano em
uma economia fechada
Da mesma forma, que a quantidade demandada de moeda é
igual à quantidade ofertada. Sendo assim, para simplificar,
pode-se dizer que Md = Ms = M. Combinando (7) e (8) tem-se:

M/P = L(y,r) (9)

Para qualquer valor determinado de M/P, (9) define a relação


entre y e r. Como L1 0  L2, então essa relação define uma
inclinação positiva quando plotada no gráfico, como pode ser
observada na Figura 5.3.
2. Modelos clássico e keynesiano em
uma economia fechada
r (Taxa de juros)
LM

Y (Produto)
Figura 5.3. Curva LM
2. Modelos clássico e keynesiano em
uma economia fechada
r (Taxa de juros)

(M0/P1) A posição da curva LM de


(M0/P0) uma economia depende do
valor de M/P. Sendo L1  0,
(M1/P0)
pode-se afirmar que a curva
LM irá se deslocar para a
direita quando M/P
aumentar. Por sua vez, se
M1  M0
P1  P0
M se mantém constante e o
nível de preços, P, cresce,
então a curva LM se
desloca para a esquerda,
Y (produto)
conforme apresentado na
Figura 5.4. Deslocamentos da Curva LM Figura 5.4.
2. Modelos clássico e keynesiano em
uma economia fechada
A Função de Demanda Agregada
Após a descrição geral dos mercados de bens e financeiros
através das curvas IS e LM, analisa-se a interação entre essas
duas relações. Unindo (6) e (9), tem-se que:

y =  (M/P, g, τ) (10)

Devido as suposições já assumidas de (6) e (9), afirma-se que


y é uma função crescente de M/P e g, e decrescente de τ.
Supõe-se, portanto, que y é negativamente relacionado a P,
dados M, g e τ.
2. Modelos clássico e keynesiano em
uma economia fechada
Essa relação se refere à função de demanda agregada (AD), e
suas propriedades estão ilustradas na Figura 5.5 e 5.6.

P (Nível de preços) M1  M0
P
g1  g0
τ1  τ0

(M0, g1, τ0) ou

(M1, g0, τ0)

(M0, g0, τ0)

AD (M0, g0, τ1)


y y
Figura 5.5. Curva de Demanda Agregada Figura 5.6. Curva de Demanda Agergada
2. Modelos clássico e keynesiano em
uma economia fechada
r (M0/P1)
IS (M0/ P2)
(M0/P3) Como a função de demanda
A
agregada é derivada das curvas
● B IS e LM, existe uma relação
● c
● lógica entre elas que pode ser
(g0, τ0)
expressa graficamente. Por
LM exemplo, para determinadas
y
curvas IS e LM, as combinações
P de valores de y e P que
P1  P2  P3 descrevem a curva AD podem
A
ser derivadas considerando
P1 ● B valores alternativos hipotéticos
P2 ● c de P, dados valores de M, g e τ.

P3 Isso implica em diferentes
(M0, g0, τ0)
y posições da curva LM, conforme
Figura 5.7. Curva de Demanda Agregada Figura 5.7.
2. Modelos clássico e keynesiano em
uma economia fechada
É igualmente possível ilustrar a curva de
demanda agregada conforme diferentes valores
de M, g, τ e P simultaneamente, como
apresentado nas Figuras 5.8 e 5.9.
2. Modelos clássico e keynesiano em
uma economia fechada
r

(M0/P*)
(M1/P*)
(M0/P+)
(M1/P+) A Figura 5.8 mostra o efeito de
um aumento na oferta monetária
de M0 para M1. Para dado P, M/P
(g0, t0) se eleva, deslocando a curva de
y Demanda agregada para a direita.
P
M1  M0
P*

P+
(M1, g0, τ0)
(M0, g0, τ0)
y
Figura 5.8. Curva de Demanda Agergada
2. Modelos clássico e keynesiano em
uma economia fechada
r
, (M0/P*)

(g1, τ0) A Figura 5.9 ilustra o efeito de um


(g , τ )
0 0
aumento nos impostos de τ0 para τ1
(g0, τ1) e de uma elevação nos gastos do
y
P governo de g0 para g1.
No primeiro caso, as curvas IS e AD
τ1  τ0
se deslocam para a esquerda.
g1  g0
No segundo, ambas as curvas se
deslocam para a direita.
P* (M0, g1, τ0)
(M0, g0, τ0)
(M0, g0, τ1)
y
Figura 5.9. Curva de Demanda agregada
2. Modelos clássico e eynesiano em
uma economia fechada
2.2 Modelo Keynesiano
A Função de Oferta Agregada Keynesiana

É, principalmente, na função de oferta agregada que se


distinguem os modelos macroeconômicos Keynesiano e
Clássico.
Uma diferença das hipóteses do modelo, apesar de não a única
distinção, é que a versão clássica supõe que os salários se
ajustam rapidamente para equalizar as quantidades de trabalho
ofertadas e demandadas em cada período, enquanto a versão
Keynesiana supõe que os salários nominais são rígidos.
2. Modelos clássico e keynesiano em
uma economia fechada
A idéia, por trás do modelo de oferta Keynesiano é que, por
uma variedade de razões institucionais e sociológicas, os
salários em economias industrializadas não flutuam de um
dia para o outro, ou de um mês para o outro, diante de
mudanças na demanda e na oferta de trabalho.

Supõe-se que muitos trabalhadores mantém acordos ou


contratos de trabalho de longo prazo, especificando a
magnitude do salário durante a vigência desses acordos.
2. Modelos clássico e keynesiano em
uma economia fechada
Para desenvolver as considerações a respeito da oferta agregada, pode-
se iniciar com a demanda por trabalho pelas firmas, que produzem o
produto da economia. A possibilidade de produção das firmas é
descrita pela função de produção do modelo Clássico já conhecida;

y = F(n,k) (10’)

em que n é a quantidade de trabalho empregada por período, k é a


quantidade de capital utilizada e y é a produção resultante. Suas
propriedades consideram que F1  0, F2  0, F11  0, F22  0, F12  0,
ou seja o produto marginal é positivo, mas decrescente para cada
insumo, enquanto um aumento na quantidade de um insumo eleva o
produto marginal do outro.
2. Modelos clássico e keynesiano em
uma economia fechada
Considerando o estoque de capital fixo, a função de produção
pode ser representada por:

y = f(n)
(11)

sendo que f(n) ≡ F(n,k) para um valor fixo de k, e f’


corresponde ao produto marginal do trabalho (MPL). Assim,
f’ 0 e f”  0, isto é, o MPL é positivo mas decrescente diante
de aumentos na quantidade de trabalho, conforme a Figura
5.10.
2. Modelos clássico e keynesiano em
uma economia fechada
y
f(n)

f’(n)
n

Figura 5.10. Função de Produção


2. Modelos clássico e keynesiano em
uma economia fechada
Supõe-se que as firmas buscam maximizar seu lucro, e que
elas compram e vendem em mercados competitivos. Deste
modo, os preços nesses mercados são W (salário nominal por
unidade de trabalho) e P (preço do produto por unidade).
Assim, o objetivo da firma no curto prazo seria

NR = Py – Wn – custos fixos (12)

em que NR representa a receita líquida (Lucros), Py é a receita


com vendas e Wn os gastos com trabalho. Para encontrar o
valor de n que maximize (12), substitui-se f(n) por y e
encontra-se a derivada de (12) com relação a N:

d(NR)/dn = Pf’(n) – W (13)


2. Modelos clássico e keynesiano em
uma economia fechada
Para maximização, iguala-se (13) a zero:

0 = Pf’(n) – W (14)
ou
f’(n) – W/P
(15)

Assim, para um determinado estoque de capital, as firmas


maximizam sua receita líquida produzindo a uma taxa
correspondente à utilização do trabalho em que f’(nd) é igual a
W/P, ou o salário real. Essa relação pode ser definida como a
quantidade demandada de trabalho representada pela Figura
5.11.
2. Modelos clássico e keynesiano em
uma economia fechada
W/P

A Figura 5.11 mostra que,


para qualquer valor de W/P, a
curva f’(nd) indica qual valor
de n irá satisfazer a condição
de maximização dos lucros.
(W/P)*
Esse valor de n será a
quantidade demandada de
nd trabalho pela firma ao salário
real em questão.
n
n*
Figura 5.11. Função de Demanda por trabalho
2. Modelos clássico e keynesiano em
uma economia fechada
De forma mais ampla, sob algumas condições, a função de
demanda agregada por trabalho corresponderá ao MPL para
uma função de produção agregada da economia como um todo.

Para determinar o emprego total, combina-se a função de


demanda por trabalho com uma função que representa a oferta
de trabalho, que pode ser representada por:

ns = h(W/P), h’ ≥ 0 (16)

supondo que a quantidade de oferta agregada de trabalho é uma


função crescente do salário real.
2. Modelos clássico e keynesiano em
uma economia fechada
Vale lembrar que no modelo Keynesiano os salários nominais
são rígidos e não se ajustam prontamente para igualar
demanda e oferta de trabalho. Assim,

W W (17)
sendo que W representa o valor pré-determinado de W.
2. Modelos clássico e keynesiano em
uma economia fechada
Como visto anteriormente, existe a distinção entre oferta de trabalho
(nd) e demanda por trabalho (ns), e a quantidade de emprego é
supostamente determinada no modelo Keynesiano pela demanda
por trabalho, pelas escolhas de maximização dos lucros das firmas,
ou

n = nd (18)

Resumindo os principais aspectos do mercado de trabalho, utilizando


(17), (18) e (15), tem-se que:
(15’)
W

f n  
P
2. Modelos clássico e keynesiano em
uma economia fechada
Desta forma, com um dado valor de W , o valor de n
será relacionado com o nível de preços P. Além disso,
a função de produção y = f(n) e (15’) supõe que y é
funcionalmente relacionado a P.

Assim, considerando diferentes níveis de preços, em


que P1  P2  P3, deduz-se que W P1  W P 2  W P.3
Graficamente, conforme a Figura 5.17, é possível
observar os valores resultantes de n1, n2 e n3, bem
como y1, y2 e y3, onde y1 y2  y3.
2. Modelos clássico e keynesiano em
W/P
uma economia fechada
A
W/P1
B
W/P2
C
W/P3
f’(n)
n

y
f(n)

y3 C
y2 B

y1 A

n
Figura 5.17. Função de Produção e Demanda por trabalho
2. Modelos clássico e keynesiano em
uma economia fechada
P
[W ] No modelo Keynesiano, a função
de oferta agregada pode ser
P3 representada pela Figura 5.18. Em
que, para um dado W , pode-se
relacionar valores de y com possíveis
P2
valores de P. Neste caso, a
quantidade de produto ofertado é
P1 uma função crescente do nível de
preços e, portanto, a curva é
y positivamente inclinada.
y1 y2 y 3

Figura 5.18. Função de Oferta Agregada


2. Modelos clássico e keynesiano em
uma economia fechada
A Economia no Modelo Keynesiano
Combinando as considerações a respeito da demanda
agregada e da oferta agregada da economia, tem-se o
seguinte sistema:

Y = C(y – τ, r) + I(y, r) + g (4)


M/P = L(y, r) (9)
y = f(n) (11)
W
f n  
(15’) P
W
Como observado anteriormente, é uma variável pré-
determinada. As variáveis de política M, g e τ são definidas
exogenamente e y, r, n, e P são variáveis endógenas.
2. Modelos clássico e keynesiano em
uma economia fechada
Apesar de constar no sistema, é importante lembrar que supõe-
se que a oferta de trabalho neste modelo não exerce qualquer
papel na determinação de n.

No entanto, a presença de ns possibilita a comparação com n,


oferecendo alguma idéia de taxa de desemprego.

Assim, o modelo Keynesiano pode ser exemplificado na Figura


5.19.
r
(M/P0)

W r0
P
(g, τ)
y
P
[W ]
W
ns
P0 P0

nd (M, g, τ)
n y
y y
f(n)

y
n y0
n0
Figura 5.19. Modelo keynesiano
2. Modelos clássico e keynesiano em
uma economia fechada
A Economia no Modelo Clássico
Combinando as considerações a respeito da demanda agregada
e da oferta agregada da economia, tem-se o seguinte sistema :

Y = C(y – τ, r) + I(y, r) + g
(4)
M/P = L(y, r)
(9)
y = f(n) (11)
f’(n) – W/P ou f’(n) = W/P
(15)
n = h(W/P) (16)

Aqui, W não é uma variável pré-determinada. As variáveis de


política M, g e τ são definidas exogenamente e y, r, n, P e W
são variáveis endógenas.
2. Modelos clássico e keynesiano em
uma economia fechada
Apesar de constar no sistema, é importante lembrar que a
demanda agregada não é fator determinante do nível de
produto da economia. São as condições de oferta (tecnologia e
estoque de fatores) que determinam o produto.

No entanto, a presença de da demanda agregada possibilita


definir o equilíbrio no modelo quando intercepta a oferta.

Assim, o modelo Clássico pode ser exemplificado na Figura


5.14.
r M/P*
W/P r*
ns

W/P* (g, τ)
y
P W/P
n d

n P*
y n (M,g, τ)
y
f(n) y
y*

n
n* y
y*
Figura 5.14. Modelo clássico - abordagem via IS/LM (Mc Callum)
2. Modelos clássico e keynesiano em
uma economiar
fechada
(M0/P0)
(M1/P1)
A (M1/P0)
W r0
c
P r1 B
(g, τ)
y
W P [W ]
P0 P1 c
W B
P0
P1 A
(M1, g, τ)
nd (M0, g, τ)
n y
y y
f(n)

y
n y y0 1
n 0 n1
Figura 5.20. Efeitos da elevação do estoque de moeda no Modelo keynesiano
2. Modelos clássico e keynesiano em
uma economia fechada
r (M0/P0)
0 (M1/P0)
W/P r0 A
ns

(g, τ)
W/P*
W/P
y
P
nd
P1 B
n A (M ,g, τ)
1

y n P0
0 (M0,g, τ)
y
f(n) y

n
n0 y
y0
Figura 5.16. Efeitos da elevação do estoque de moeda no Modelo clássico
2. Modelos clássico e keynesiano em
uma economiar
fechada
(M0/P1)
r2 c (M0/P0)
r10 A B
W r
P (g1, τ0)
(g0, τ0)
y
W P [W ]
P0 C
P1 B
W
P0
P1 A
(M0, g1, τ0)
nd (M0, g0, τ0)
n y
y y y0
f(n)

y
n y yy
0 2 1
n 0 n1
Efeitos da elevação dos gastos do governo no Modelo keynesiano
2. Modelos clássico e keynesiano em uma
economia fechada
r
(M0/P1)
B (M0/P0)
r 1
A
W/P r0
ns 0
(g1, τ0)
(g0, τ0)

W/P*
W/P
y
P
nd
B
n P1
A (M0,g1, τ0)
P0
y n 0 (M0,g0, τ0)
y
f(n) y

n
n0 y
y0
Efeitos da elevação dos gastos do governo no Modelo clássico
“Não se aprende nada senão pela experiência.
A sabedoria de um homem está no culto à
ciência.”
Francis Bacon

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