Cibercondria
Cibercondria
Cibercondria
era digital
Profª Suzeli Santana
Proposta de Redação
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos
conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto
dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua
portuguesa sobre o tema “Cibercondria: a doença da era digital”,
apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos
humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa,
argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO I
Cibercondria: a saúde em segundo plano
[...] Indubitavelmente, a Internet revolucionou os modelos de comunicação, permitindo
também que novas formas de entretenimento fossem desenvolvidas, assim como o acesso
às informações dos mais variados conteúdos. A World Wide Web remodelou também os
antigos padrões de relacionamentos, seja por meio das redes sociais, dos fóruns ou dos
programas de interação em tempo real, disseminados também nos celulares. Não apenas
essas modificações foram provocadas pelo avanço da cibercultura como também o acesso
à saúde foi reformulado para novos padrões. Atualmente, é possível, por exemplo, verificar
resultados de exames de sangue no endereço eletrônico do laboratório ou acessar sites
sobre saúde mental e de planos de saúde sem sair de casa. Apesar dos diversos benefícios
da Internet para a saúde humana, outra manifestação psicopatológica (vinculada ao campo
eletrônico) vem sendo discutida, além da dependência de jogos eletrônicos, Internet,
cibersexo e celular: a cibercondria. O nome é um neologismo dos termos ciber e
hipocondria. Apesar de parecer ofensivo, pesquisadores revelam que a intenção é que a
etimologia da cibercondria não seja compreendida como sendo pejorativa.
Disponível em: https://www.pragmatismopolitico.com.br/2015/04/como-a-industria-farmaceutica-prejudica-
a-sua-vida.html (Adaptado)
TEXTO II
A cada 10 brasileiros, 8 tomam remédio por conta própria, diz pesquisa
A automedicação é praticada por 79% dos brasileiros com mais de 16
anos. É o que revela pesquisa do ICTQ (instituto de pós-graduação para
profissionais do mercado farmacêutico), feita em setembro deste ano, em
129 municípios das cinco regiões do país. Para o cardiologista Marcos
Vinícius Gaz, do Hospital Israelita Albert Einstein, o fácil acesso é uma das
razões para o uso indiscriminado de remédios no Brasil. O índice de quem
admite tomar remédio sem prescrição médica chega a 91% na faixa etária
de 25 a 34 anos. Foram ouvidas 2.126 pessoas, e a margem de erro do
levantamento é de dois pontos. "Qualquer pessoa pode comprar um
analgésico no balcão da farmácia como se fosse um chiclete. Muitas vezes,
até sem a orientação do farmacêutico", afirma o médico.
Disponível em: https://www.portalt5.com.br/noticias/geral/2018/10/151566-a-cada-10-
brasileiros-8-tomam-remedio-por-contapropria-diz-pesquisa
TEXTO III
Perigos do DR. Google
1. Concluir que tem uma doença Você faz uma busca a partir dos seus sintomas e já se
convence nos primeiros textos, que apontam um determinado problema de saúde.
Não leva em conta que há sintomas parecidos para diferentes doenças. Já procura o
médico desesperado, achando que a doença é fatal, quando o caso pode ser uma
simples virose
2. Interpretar exames de forma errada Você pega o resultado de um laudo de imagem
ou de laboratório e, em vez de levar ao médico, vai primeiro ao Google. Exames têm
termos médicos que um leigo dificilmente consegue interpretar. Ao se basear no
que lê na internet, você pode ser levado ao erro
3. Ficar confuso e mudar o tratamento Enquanto se trata de um problema de saúde,
você recorre ao Google para tirar uma dúvida e, por conta própria, muda a forma de
tomar o remédio, inclui outra medicação ou adere a uma solução alternativa. O risco
é grande de você comprometer todo o seu tratamento ou até piorar suas condições
4. Ignorar uma doença grave Você digita seus sintomas e pronto, lá vem um site
com conteúdo tranquilizador mostrando que se trata de uma virose simples, que
não há necessidade de ir ao médico. Você simplesmente confia nisso, ignorando a
possibilidade de que você possa ter algo grave, o que só um médico poderia
diagnosticar;
5. Se automedicar Diante de um problema de saúde que você julga bobo, simples,
você busca a solução na internet. Uma pomadinha aqui, um anti-inflamatório ali e
pronto: problema resolvido. Será? Além de se autodiagnosticar, você vai tomar um
remédio por conta própria, o que pode ter consequências sérias para seu
organismo e ainda complicar seu problema;
6. Seguir tratamento alternativo Em vez de ir ao médico, você vai ao Google
pesquisar sobre um problema. Vê várias pessoas elogiando uma receita caseira. O
risco é você aderir a um tratamento sem a menor comprovação científica e deixar
de começar a tomar logo o medicamento mais indicado para seu caso.