Poder Familiar

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DIREITO CIVIL VI – Direito de Família –

Poder Familiar

Poder familiar é um efeito jurídico natural que decorre da existência de parentesco na


linha descendente de primeiro grau, ou seja, da relação entre pais e filhos.
Trata-se de um poder-dever (múnus público) específico dos pais em relação aos filhos
enquanto eles forem menores, independentemente de viverem em companhia ou não. O
conceito legal de poder familiar, portanto, é: o conjunto de direitos e deveres atribuídos
aos pais, no tocante à pessoa e aos bens dos filhos menores, no interesse dos filhos e da
família, não em proveito dos genitores. Princípio da paternidade responsável.
São características do poder familiar:
a. Irrenunciável
b. Intransacionável

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Poder Familiar

c. Indelegável,
d.intransferível e
e.inalienável
f. Imprescritível: seu não exercício não sujeita o poder à extinção. O poder familiar
somente se extingue por decisão judicial ou pela maioridade.
Vejamos outros pontos do poder familiar:
a. Destinatários: são filhos menores naturais ou adotivos.
b. Titulares: são os pais, independentemente de casados ou em união estável.

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Poder Familiar

c. Separação, divórcio e dissolução da união estável não acarretam em extinção do poder


familiar, mas somente na modificação da guarda.
d. Crianças sem genitores: para elas, nomeia-se um tutor que terá o poder familiar.
Os deveres e direitos decorrentes do poder familiar estão definidos no art. 1.634 do CC:
Art. 1.634. Compete a ambos os pais, qualquer que seja a sua situação conjugal, o
pleno exercício do poder familiar, que consiste em, quanto aos filhos: I - dirigir-lhes a
criação e a educação; II - exercer a guarda unilateral ou compartilhada nos termos do art.
1.584; III - conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para casarem; IV - conceder-lhes
ou negar-lhes consentimento para viajarem ao exterior; V - conceder-lhes ou negar-lhes
consentimento para mudarem sua residência permanente para outro Município.
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VI - nomear-lhes tutor por testamento ou documento autêntico, se o outro dos pais não
lhe sobreviver, ou o sobrevivo não puder exercer o poder familiar; VII - representá-los
judicial e extrajudicialmente até os 16 (dezesseis) anos, nos atos da vida civil, e assisti-
los, após essa idade, nos atos em que forem partes, suprindo-lhes o consentimento; VIII
- reclamá-los de quem ilegalmente os detenha; IX - exigir que lhes prestem obediência,
respeito e os serviços próprios de sua idade e condição.
Os bens de propriedade dos filhos, em regra geral, estão sujeitos a simples
administração e usufruto dos pais. As exceções encontram-se no art. 1.693 do CC.
Suspensão do poder familiar
O mau exercício do poder familiar pode acarretar em sua suspensão. Identifica-se o
mau exercício na omissão dos pais (em educar, criar, dar alimento, abrigo, etc) ou no
abuso (dilapidação do patrimônio, colocação do bem em risco, etc).
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Nesse sentido, vejamos o CC: Art. 1.637. Se o pai, ou a mãe, abusar de sua autoridade,
faltando aos deveres a eles inerentes ou arruinando os bens dos filhos, cabe ao juiz,
requerendo algum parente, ou o Ministério Público, adotar a medida que lhe pareça
reclamada pela segurança do menor e seus haveres, até suspendendo o poder familiar,
quando convenha.
A suspensão, portanto, tem como fim proteger a criança do mau exercício do poder
familiar, porém não tem natureza de sanção, mas sim de medida de proteção à criança.
Ela tem caráter temporário e pode ser restituída se o juiz verificar o desaparecimento
da situação que colocava o menor em risco.
Cabe ao juiz (em sua prudência judicial) a análise da aplicabilidade da suspensão, bem
como de seus limites. Por exemplo, a suspensão pode se dar sobre determinados bens do
menor ou sobre apenas um dos filhos do genitor suspenso.
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Poder Familiar

Extinção do poder familiar


A extinção do poder familiar é o desaparecimento da relação de obrigação e dever dos
pais em relação aos filhos. Nos termos do CC:
Art. 1.635. Extingue-se o poder familiar:
I - pela morte dos pais ou do filho; (causa natural)
II - pela emancipação, nos termos do art. 5o, parágrafo único; lavrada a escritura de
emancipação e feito seu registro, cessa-se o poder familiar que passa a ser incompatível
com a capacidade plena do emancipado.
III - pela maioridade; (causa natural)
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Poder Familiar

IV - pela adoção; a adoção estabelecida em sentença determina o fim do vínculo de


filiação da criança com os genitores (para transferi-la para os pais adotivos)
V - por decisão judicial, na forma do artigo 1.638.
Art. 1.638. Perderá por ato judicial o poder familiar o pai ou a mãe que:
I - castigar imoderadamente o filho;
II - deixar o filho em abandono;
III - praticar atos contrários à moral e aos bons costumes;
IV - incidir, reiteradamente, nas faltas previstas no artigo antecedente.

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Poder Familiar

A destituição do poder familiar, portanto, tem natureza de sanção e é, por regra,


irrevogável (definitiva). A destituição atinge todos os filhos que estejam sob o poder
familiar, no entanto, não altera a relação de parentesco existente entre eles e seu genitor.
A sentença de destituição é averbada no registro de nascimento da criança.
GUARDA
A guarda é um elemento essencial do poder familiar que diz respeito ao gerenciamento
do dia a dia da criança. Quem detém a guarda deve oferecer proteção para que a
criança se desenvolva, vá à escola, etc. Trata-se de uma decorrência do poder familiar,
que não desaparece com o fim da sociedade conjugal. Inclusive, no momento do
divórcio, o casal deve estabelecer como se dará a guarda dos filhos menores.
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Guarda
A guarda pode ser:
a. Guarda unilateral: é aquela atribuída a um só dos cônjuges ou alguém que o
substitua.
b. Guarda compartilhada: nesse caso, a responsabilização é conjunta e o exercício de
direitos e deveres do pai e da mãe que não vivam sob o mesmo teto, concernentes
ao poder familiar dos filhos comuns.
A guarda compartilhada é a regra, e a unilateral somente será escolhida quando um
deles não puder ou não querer exercer o poder familiar. Porém, se nenhum deles puder
exercer guarda, mesmo que conjuntamente, haverá a intervenção de um tutor. Na
guarda compartilhada, o tempo de convívio com os filhos deve ser dividido de forma
equilibrada com a mãe e com o pai, sempre tendo em vista as condições fáticas e os
interesses dos filhos.
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Guarda

O direito de visita existe automaticamente na guarda unilateral, mas pode ser limitado
quando houver abuso (fizer mal à criança). O direito de visita, ainda, é extensível aos
avós e outros parentes com quem a criança tenha vínculo de afinidade. O direito de
guarda permanece mesmo com um novo casamento do genitor.

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Adoção

ADOÇÃO
Adoção é um ato jurídico (decisão judicial) solene que cria vínculo de parentesco civil
de filiação entre adotado e adotante e sua família, de forma irrevogável e definitiva. Em
outras palavras, é uma forma de constituição do vínculo de parentesco por decisão
judicial. A adoção extingue as relações jurídicas consanguíneas do adotado, salvo para
fim de impedimentos matrimoniais (art. 227, §§ 5º e 6º, CF).
Quando o adotado é menor de 18 anos, a adoção por si só é plena e legitimante e seu
procedimento é exclusivamente judicial. Já a adoção de um maior de 18 anos depende
de assistência do poder público e sentença constitutiva que aplique o ECA. Ela se inicia
com manifestação de vontade do adotante e adotado e depois passa pelo crivo judicial.

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Adoção

Condições pessoais do adotante


a. O adotante deve ser maior de 18 anos, pouco importando seu estado civil.
b. Quando um casal quiser adotar, deverá ser comprovado seu matrimônio ou união
estável. Além disso, um dos adotantes deverá ter 18 anos.
c. O adotante deverá comprovar estabilidade familiar (através de estudos psicológicos e
sociais)
d. Se um casal se divorciar durante o processo de adoção, ele poderá continuar correndo
normalmente se os cônjuges apresentarem um planejamento de guarda da criança.

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Adoção
Adoção unilateral e família monoparental
A adoção unilateral ocorre quando a pessoa adota seu enteado. Ressalta-se que isso não
extingue o parentesco da criança com seu pai biológico.
Observações
a. O tutor e o curador podem adotar seu pupilo/curatelado com uma condição
suspensiva:
a adoção somente será autorizada após a prestação de contas e liquidação de eventual
débito existente.
b. É proibida a adoção de irmãos e ascendente do adotado, porque isso alteraria o grau
de parentesco da família. Essa vedação, no entanto, tem sido mitigada pelo STJ, que
está autorizando algumas adoções de netos pelos avós.
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Adoção

c. Não existe nenhuma limitação quanto a estado civil ou orientação sexual do adotante.
d. O adotante deverá ser, no mínimo, 16 anos mais velho que o adotado.
Consentimento
a. Adotado maior de 18 anos: é obrigatória a autorização do adotado.
b. Adotado maior de 12 anos: é obrigatória a autorização do adotado e de seus
representantes legais (que ainda tenham o poder familiar).
Atuação do juiz
A intervenção judicial é sempre obrigatória na adoção. A adoção de menores tramitará
na Vara da infância e juventude e a de maiores, na Vara da família e sucessões.
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Adoção

O registro da adoção no RCPN não poderá apontar a sentença, devendo indicar somente
a existência da nova relação de parentesco, a fim de evitar tratamento desigual à pessoa
que foi adotada. A adoção é irrevogável. A única forma de desconstituí-la seria por ação
anulatória ou rescisória da sentença de adoção.
Adoção pos morten
Se o adotante falecer no decorrer do processo, o juiz poderá reconhecer a adoção
desde que o adotante já tenha manifestado sua vontade no ato de forma inequívoca.
Nesse caso, a sentença constitui o parentesco com efeito retroativo à data do óbito. Já
se o adotado falecer ao longo do processo, ele será automaticamente extinto.

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Tutela

TUTELA
Tutela constitui um conjunto de direitos e obrigações relativas à proteção e
administração de bens de menores não emancipados no caso de morte, ausência ou
destituição do poder familiar dos seus pais.
O tutor, portanto, recebe o múnus público de deveres de exercer bem e fielmente
obrigações inerentes ao poder familiar (educação, alimentação, guarda, et c) e
administração dos bens do tutelado.
Classificação:
a. Tutela testamentária - é instituída pelos pais através de testamento ou ato de última
vontade. A doutrina aceita a nomeação por apenas um dos pais no caso de
incapacidade ou pré-morte do outro.
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Tutela
b. Tutela legítima: É a tutela deferida pelo juiz, ouvido o menor, no caso de morte ou
destituição do poder familiar dos pais com a existência concomitante de parentes do
menor aptos à tutela. A ordem preferida pelo juízo entre esses parente é: ascendentes;
irmãos ou tios. O mais próximo exclui o mais remoto e, em havendo parentes do
mesmo grau na concorrência, o mais velho prefere ao mais novo. Essa ordem, contudo,
pode ser alterada pelo juiz.
c. Tutela dativa: Essa tutela é instituída na ausência de tutela testamentária ou legítima
(quando inexistem parentes aptos ou disposição), nomeada pelo juiz do local do
domicílio do menor ou do local do inventário dos bens dos pais. Por exemplo, menores
abandonados, órfãos ou não, terão tutor dativo ou serão entregues a estabelecimento
de guarda.
d. Tutela irregular - Essa tutela existe de fato, porém sem determinação por sentença
ou termo judicial. 17
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Tutela

Não poderão ser tutores nem permanecer como tais – Art. 1.735 CC
Escusa ou dispensa
Em regra, a tutela é irrecusável e irrenunciável porque constitui um múnus público.
Porém, são motivos para escusa ou dispensa dos tutores:
a. Mulher casada, por entender-se que ela já possui uma família para tomar conta.
b. Maiores de 60 anos, caso a idade seja um empecilho.
c. Ter mais de 3 filhos sob seu poder familiar.
d. Impossibilidade por enfermidade.
e. Domicílio longe do local onde deve ser exercida a tutela.
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Tutela
f. Os que já forem tutores ou curadores
g. Militares em serviço.
No caso da tutela dativa, o tutor estranho nomeado poderá se recusar quando houver
parentes do menor no local capazes de exercer a tutela em seu lugar.
O pedido de dispensa deve ser feito no prazo decadencial de 10 dias da designação pelo
juiz ou contados a partir do surgimento de uma justificativa de dispensa.
Exercício da tutela
O exercício da tutela pode ser fiscalizado por um protutor que receberá uma gratificação
módica. O poder da tutela é pessoal e intransferível, embora seja possível colocar a
guarda da criança sob uma instituição de ensino. A tutela dura 2 anos, podendo haver a
renovação.
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Tutela

O tutor, deferentemente dos pais, não tem o usufruto dos bens de seu pupilo, possuindo
apenas a mera administração. Os frutos produzidos deverão ser arrecadados e
apresentados na prestação de contas. O tutor, no entanto, terá direito ao reembolso das
despesas com a manutenção dos bens da criança.
A prestação de contas ocorre a cada dois anos e no final da tutela, quando o tutor
apresenta um balanço geral de sua administração. Eventual quitação que o tutelado lhe
dê ao final da tutela somente será eficaz após a aprovação judicial.
Extinção da tutela
A tutela será extinta pelas seguintes hipóteses: a. Em relação ao pupilo
I. Maioridade ou emancipação

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Guarda

II. Cair sob poder familiar


III. Prestação de serviço militar
IV. Morte
b. Em relação ao tutor:
I. Termo final (após 2 anos)
II. Escusa posterior
III. Remoção

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Curatela

CURATELA
Anteriormente, a curatela era a figura jurídica cabível na hipótese de um incapaz maior
de idade. Com o estatuto da pessoa com deficiência, a curatela deixou de ser uma
consequência imposta à pessoa deficiente, passando a ser medida substitutiva da
interdição de direitos. Assim, o deficiente é plenamente capaz, mas, se por algum motivo
não tiver condições de manifestar sua vontade, será protegido pela imposição da
curatela. A medida se funda, portanto, na sua vulnerabilidade social, e não mais na
sua incapacidade civil. Todo deficiente é plenamente capaz, porém, se por conta da
deficiência ele não conseguir exercer essa capacidade, impor-se-á a curatela.
O art. 6º do Estatuto do deficiente define que a deficiência não mais afeta a plena
capacidade civil da pessoa.

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Curatela

A limitação da capacidade ocorre somente quando o deficiente se valer da decisão


apoiada ou a instituição da curatela na ausência de condições de entender os fatos ao seu
redor ou expressar sua vontade.
Na sequência, o art. 84 define que o deficiente tem assegurado o direito ao exercício de
sua capacidade legal. Uma vez garantido o direito do exercício, a função do curador
agora é de auxílio a esse exercício.
O art. 85 também transformou o entendimento do Código Civil: anteriormente, o
deficiente não podia fazer nada além do que o juiz lhe permitisse, agora, pelo contrário,
ele pode fazer tudo, exceto o que o juiz o proíba. Inclusive, a curatela somente poderá
limitar atos patrimoniais e negociais.

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Curatela

Art. 84. A pessoa com deficiência tem assegurado o direito ao exercício de sua
capacidade legal em igualdade de condições com as demais pessoas.
§ 1o Quando necessário, a pessoa com deficiência será submetida à curatela, conforme a
lei.
§ 2o É facultado à pessoa com deficiência a adoção de processo de tomada de decisão
apoiada.
§ 3o A definição de curatela de pessoa com deficiência constitui medida protetiva
extraordinária, proporcional às necessidades e às circunstâncias de cada caso, e durará
o menor tempo possível.
§ 4o Os curadores são obrigados a prestar, anualmente, contas de sua administração ao
juiz, apresentando o balanço do respectivo ano.
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Curatela

Art. 85. A curatela afetará tão somente os atos relacionados aos direitos de natureza
patrimonial e negocial.
§ 1o A definição da curatela não alcança o direito ao próprio corpo, à sexualidade, ao
matrimônio, à privacidade, à educação, à saúde, ao trabalho e ao voto.
§ 2o A curatela constitui medida extraordinária, devendo constar da sentença as
razões e motivações de sua definição, preservados os interesses do curatelado.
§ 3o No caso de pessoa em situação de institucionalização, ao nomear curador, o juiz
deve dar preferência a pessoa que tenha vínculo de natureza familiar, afetiva ou
comunitária com o curatelado.

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Curatela

Quem se sujeita à curatela


Nos termos do CC (art. 1.767), estão sujeitos à curatela:
a. Aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade;
b. Os ébrios habituais e os viciados em tóxico, desde que haja decisão judicial
reconhecendo sua manifestação de vontade;
c. Os pródigos
A avaliação da deficiência é feita por uma equipe profissional nos âmbitos social,
psicológico e médico, para que o juiz possa definir os limites da curatela. Aplicar-se-á à
curatela o mesmo regime da tutela.

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Curatela
Quem exerce a curatela
Poderá exercer a curatela:
a. Cônjuge ou companheiro não separado de fato. Se o regime do casal for o da
comunhão
universal e bens, o cônjuge não precisará prestar contas.
b. Pai ou mãe.
c. Descendentes, seguindo-se a regra de que os mais próximos excluem os mais remotos.
d. Curador dativo.
e. Curatela compartilhada (art. 1.755-A do CC).
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Curatela

Limites materiais
A curatela engloba:
a. Bem e pessoa do curatelado
b. Bens e pessoas dependentes do curatelado
Curatelas especiais: a. Curatela do nascituro: no caso de uma gestante incapaz, com a
morte do pai do nascituro, será nomeado um curador provisório para recolher a herança
do feto e transmiti-la após o nascimento.
b. Deficiência física por enfermidade: nesse caso, o curador será provisório enquanto a
ausência da manifestação de vontade perdurar pela impossibilidade física do curatelado.

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Curatela

Tomada de decisão apoiada


É um processo de indicação de uma pessoa com deficiência de pessoas de sua confiança
para aconselha-la na realização de negócios. O deficiente pede ao juiz para formalizar a
indicação de duas pessoas de confiança que funcionarão como seus conselheiros. Cabe
apenas ao deficiente optar pela tomada da decisão apoiada. Se não o quiser, seus atos
ainda serão válidos.
O apoiador não é obrigado a participar do negócio, embora a contraparte possa exigir
sua participação para dar maior segurança ao ato.
A tomada de decisão traduz uma situação complexa. Se existir a nomeação judicial de
um apoiador e este não participar de algum negócio do deficiente, o enfermo poderá
buscar a anulação do ato por não ter sido devidamente orientado por seu apoiador.
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Curatela

Além disso, a decisão judicial de indicação de apoiador não é registrada e, portanto,


inexiste sua publicidade a terceiros. Por conta disso, existe a discussão sobre a
possibilidade de registro no RCPN dessa decisão

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