Tendências Pedagógicas 2020

Fazer download em pptx, pdf ou txt
Fazer download em pptx, pdf ou txt
Você está na página 1de 15

Mapas Mentais

LDB

Atualização 2019
Tendências Pedagógicas na Prática
Escolar

Resumo Pedagógico
Atualização: 2020
Olá, querido aluno!

Permita que me apresente neste momento: meu nome é Fábio


Luz, filho da Maria, minha maior professora, pai da Luana, da Maitê e
esposo da Lorena (S2). Mas isso é assunto para outra conversa...

Bem, faz mais de 15 anos que me dedico a concursos públicos. Já


desempenhei essa função (de me dedicar a concursos) como concurseiro,
como concursado, como professor e como coach especializado em concursos
públicos.

Nesse sentido, tenho dado mais passos para que você, que me
conhece pois já teve aulas comigo ou mesmo esteja me conhecendo agora,
torne-se um SERVIDOR PÚBLICO em breve, um Professor Concursado ou
Servidor da Área de Educação.

O Resumo Pedagógico é a realização de um grande sonho, o de


poder levar a minha experiência em concursos na área de educação para fora
da sala de aula. E, por isso, agradeço imensamente a sua confiança e
também a ajuda das pessoas que estão envolvidas nesse projeto e que
colaboram para que esse trabalho funcione e aconteça, além de agradecer à
Deus e à minha família.

Eu costumo dizer que "não vou parar até você passar" e isso é
verdade. Mas, lembre-se: é necessário fazer a sua parte. Estude, mas estude
com vontade. Ninguém poderá roubar de você o conhecimento. E é ele que
vai fazer a sua vida mudar.

Um forte abraço,

Fábio Luz
Idealizador do Resumo Pedagógico.
ASPECTOS PEDAGÓGICOS E SOCIAIS DA PRÁTICA EDUCATIVA DE ACORDO COM AS
TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS

RELAÇÃO DE: EDUCAÇÃO – SOCIEDADE – TEMPO HISTÓRICO


As tendências pedagógicas são teorias que visam direcionar o trabalho educacional, orientando o professor,
por meio de metodologias que tem por objetivo concretizar o processo de ensino e aprendizagem.

o Libâneo (1985) apresentou a seguinte classificação: Pedagogias Liberais, sendo subdivididas em: Tradicional,
Renovada Progressista, Renovada não-diretiva e Tecnicista e Pedagogias Progressistas que se subdividem em:
Libertadora, Libertária e Crítico-Social dos Conteúdos.

Tradicional

Tendência ou Renovada Progressivista


Pedagogia Liberal
Renovada não-diretiva

Tecnicista

Libertária
Tendência ou Pedagogia
Libertadora
José Carlos Libâneo Progressista
Crítico-social dos conteúdos

o Saviani (1985) propôs a classificação das tendências em: teorias Não-Críticas: Pedagogia Tradicional,
Pedagogia Nova e Pedagogia Tecnicista e as teorias Crítico- Reprodutivistas: Teoria do Sistema de Ensino como
Violência Simbólica, Teoria da Escola como Aparelho Ideológico de Estado (AIE) e Teoria da Escola Dualista;
Teoria Crítica: Tendência Histórico-Crítica.

Tradicional

Teorias não-críticas Escola Nova

Tecnicista

• Teoria da Escola como Violência Simbólica


Teorias Crítico-Reprodutivistas • Teoria da Escola como Aparelho Ideológico do Estado
• Teoria da Escola Dualista
Não há proposta de educação

Dermeval Saviani Teoria crítica Pedagogia Histórico-crítica


TEORIAS NÃO-CRÍTICAS / TENDÊNCIAS LIBERAIS

Características gerais:

Não traduzem inovação, democracia ou vanguarda. São conservadoras!

Premissa de educação como mecanismo de adaptação social, harmonia social, coesão social, manutenção
da ordem social, sem contradições, conflitos ou movimentos sociais.

Adequação do indivíduo à sua própria classe social, que está relacionada à sua origem.

Educação como mecanismo de manutenção do “Status-Quo” (manter a sociedade tal qual ela se encontra,
ou seja, ricos, cada vez mais ricos e pobres cada vez mais pobres).

Alguns homens foram feitos para mandar e outros para obedecer. Não há a necessidade de modificar essa
harmonia.

Manifestação própria da organização da sociedade capitalista, com base na propriedade privada dos meios
de produção e sociedade de classes.

Não há um posicionamento de crítica à sociedade vigente.

É função da escola, através da cultura individual, preparar os alunos para o desempenho de funções
sociais, de acordo com aptidões individuais, adaptando-os aos valores e normas vigentes numa sociedade
de classes.

A educação brasileira sempre foi marcada pelas tendências liberais, nas suas formas, ora conservadora, ora
renovada.

Liberalismo econômico – sociedade dominada por quem possui o maior poder econômico - Capitalismo

O liberalismo se apoia em cinco princípios: individualismo, liberdade, propriedade, igualdade e democracia.

Existe proposta pedagógica: SIM


Saviani dividiu esse período em três teorias não-críticas (tradicional, escola nova e tecnicista), ao passo que
Libâneo, em quatro tendências não-críticas ou liberais (tradicional, renovada progressivista, renovada não-
diretiva e tecnicista.
TEORIAS NÃO-CRÍTICAS / TENDÊNCIAS LIBERAIS

Libâneo classificou essa tendência como liberal tradicional.

Início em aproximadamente 1530 com a chegada dos jesuítas (Companhia


de Jesus), até 1759 com a expulsão dos jesuítas pelo Marquês de Pombal.

Tendência Reina por aproximadamente 250 anos e deixa muitos reflexos.

Tradicional Surge como um antídoto à ignorância.

Democracia burguesa: transformação do súdito em cidadão.

Difundir os conteúdos acumulados pela humanidade.

Organiza-se centrada no professor, que é o detentor de conteúdos.

Papel da escola O saber popular não tem espaço. Reina apenas o conhecimento enciclopédico.

Desconsidera as características individuais dos alunos e a relação professor-


aluno é verticalizada. Autoritarismo.

Para o professor, o aluno aprendia passivamente (sem questionar ou


refletir) quando repetia e memorizava, sem realizar análises ou reflexões.

o
u ad r o Teoria Não-crítica
Q
um Tendência Liberal
res
TRADICIONAL
Preparação intelectual e moral dos alunos para assumir seu papel na sociedade
Transmissão de conteúdos e formação clássico-humanista
Ensino profissionalizante para os menos capazes
PAPEL DA ESCOLA
Caráter elitista
Compromisso apenas com a cultura e não com problemas sociais
Saber igual para todos
Conhecimentos e valores sociais acumulados pelas gerações adultas
Verdades absolutas
CONTEÚDOS Separados das experiências dos alunos e realidades sociais
Intelectualista
Determinados pelos órgão oficiais
Aula expositiva oral com repetição de exercícios
MÉTODO
Memorização
Professor autoritário e aluno passico
RELAÇÃO PROFESSOR-
ALUNO Professor Transmissor
Disciplina imposta pela coação
PRESSUPOSTOS DE A capacidade de assimilação da criança é idêntica à do adulto, apenas menos
APRENDIZAGEM desenvolvida
Programas organizados em sequência lógica, sem considerar idade dos alunos
MANIFESTAÇÕES Escolas religiosas ou leigas
REPRESENTANTES Escolas que adotam filosofias humanistas, clássicas ou científicas e o filósofo Herbart
TEORIAS NÃO-CRÍTICAS / TENDÊNCIAS LIBERAIS
Também chamado de Movimento Escolanovista.

Diretivismo: o aluno é um
Libâneo classificou Renovada Progressivista ser ativo na construção do
esse período histórico conhecimento
em duas tendências
Baseada nos
não-críticas liberais: Renovada não-diretiva
aspectos psicológicos

Surge pela inquietação de um professor americano chamado John Dewey


no final do século XIX. Para ele, a escola é um grande laboratório que vai
contribuir para grandes mudanças sociais.

A escola tradicional não consegue formar o homem sintonizado com o novo


tempo. É necessário pensar em uma nova escola – ESCOLA NOVA.

Escola Nova A escola NÃO elimina privilégios da burguesia.

Propõe um homem sintonizado com um mundo em constantes transformações.


Somente uma nova escola, que valorizasse a EXPERIÊNCIA, criasse condições
para o desenvolvimento de um ser humano AUTÔNOMO e fosse um AMBIENTE
DE VIVÊNCIA DEMOCRÁTICA, poderia educar indivíduos capazes de influir
positivamente na sociedade, tornando-a mais cooperativa e participativa.

Esses princípios foram trazidos por educadores que sofreram a influência de


Dewey, em especial Anísio Teixeira, constituindo, aqui, um ideário próprio à
realidade nacional, carente de espaços públicos de educação para todos .

A ideia de educação como ponto de partida, como direito de todos e de cada


um, foi o que inspirou o lançamento de MANIFESTO DOS PIONEIROS DA
EDUCAÇÃO NOVA, em 1932. Em defesa de uma educação pública, gratuita,
laica, com igualdade para ambos os sexos, obrigatória e dever do Estado.

No Brasil O papel da escola seria então incluir o indivíduo ao grupo a partir dos seus
interesses sociais, mediante adequação do comportamento às exigências do
grupo social ou sociedade. A educação passa a ser um instrumento de correção
da marginalidade.

Centro do processo pedagógico passa a ser o aluno. Professor passa a ser o


estimulador.

Nessa época há um grande avanço nos estudos de biologia e psicologia –


aluno passa a ser indivíduo – fenômeno da BIOPSCICOLOGIZAÇÃO. O
indivíduo precisa ser tratado a partir de suas diferenças individuais.

Reflexão: Por que a escola nova com todas essas características bacanas é considerada uma pedagogia liberal e
uma teoria não-crítica de educação? Porque a escola nova não conseguiu trabalhar o aluno dentro do seu
contexto social. Não propõe a transformação social. Não trabalhava a mudança social. Não atendia os interesses
coletivos, apenas os individuais. Porém ela avançou em relação à concepção tradicional.
Teoria Não-crítica
o
u ad r o Tendência Liberal
Q
um RENOVADA PROGRESSIVISTA
res
PAPEL DA ESCOLA Adequar as necessidades individuais ao meio social e preparação para a vida
Estabelecidos em função das experiências (vida prática) dos indivíduos
CONTEÚDOS
Valoriza mais os processos mentais do que o próprio conteúdo
Método ativo; aprender fazendo; aprender a aprender
MÉTODO
Valorizam-se as tentativas experimentais, a pesquisa, a descoberta.
RELAÇÃO PROFESSOR-
Professor Auxiliador no desenvolvimento livre da criança
ALUNO
PRESSUPOSTOS DE
Baseada na motivação e na estimulação dos problemas
APRENDIZAGEM
Difundida amplamente nos cursos de licenciatura, mas pouco aplicada na prática da docência.
Adotada em escolas particulares (Método de Montessori, de Dewey e de Decroly). A psicologia
MANIFESTAÇÕES genética de Piaget tem larga aceitação na educação pré-escolar. Inclui-se também as “escolas
experimentais", as "escolas comunitárias” e mais remotamente (década de 60) a "escola
secundária moderna"
Dewey (1859-1952)
Decroly (1871-1932)
REPRESENTANTES Montessory (1870-1952) - Métodos ativos e individualização do ensino
Piaget (1896-1980) - Estudos sobre processos de construção do pensamento na criança
Brasil: Anísio Teixeira, Lourenço Filho, Fernando Azevedo, Lauro Oliveira Lima

Teoria Não-crítica
o
ad r Tendência Liberal
Q u mo
u
res RENOVADA NÃO-DIRETIVA
Autorrealização e formação de atitudes
PAPEL DA ESCOLA
Acentua mais os problemas psicológicos do que os pedagógicos ou sociais
A transmissão de conteúdos é secundária (dispensável)
O foco está em valores e atitudes
CONTEÚDOS Ênfase nos processos de desenvolvimento das relações e da comunicação
Parte dos interesses do educando
Baseia-se na busca dos conhecimentos pelos próprios alunos
Ajudar o alunos a se organizar, utilizando técnicas de sensibilização onde os sentimentos de
MÉTODO
cada um possa ser exposto, sem ameaças
O aluno necessita de atenção plena
RELAÇÃO PROFESSOR-
Professor Facilitador (é especialista em relações humanas)
ALUNO
O aluno continua sendo o centro do ensino, que agora busca a sua autorrealização
PRESSUPOSTOS DE Aprender é modificar suas próprias percepções; daí que apenas se aprende o que estiver
APRENDIZAGEM significativamente relacionado com essas percepções
MANIFESTAÇÕES Orientadores educacionais e psicólogos escolares que se dedicam ao aconselhamento
REPRESENTANTES Carl Rogers e A. Neil (Escola de Summerhill )

A Escola Summerhill foi fundada em 1921 na Inglaterra,


pelo Escocês Educador e Jornalista Alexander Sutherland
Neill (1883-1973). Para Neill o objetivo de Escola era o
equilíbrio emocional, como principal fonte definidora do
jovem, para torná-los felizes.
TEORIAS NÃO-CRÍTICAS / TENDÊNCIAS LIBERAIS

Libâneo classificou essa tendência como liberal tecnicista.

Governo JK: Desenvolver o país 50 anos em 5.

Lei 5.692/1971: Criação do 1º grau (8 anos) e 2º grau técnico (3 ou 4


anos obrigatoriamente profissionalizante). Criados no Brasil mais de
120 cursos técnicos de acordo com as localidades e perfil econômico.

Neutralidade científica, racionalidade, eficiência e produtividade.

Objetivação do trabalho pedagógico/ Diminuição da subjetividade.

Tendência
Mecanização do processo pedagógico e padronização do ensino.
Tecnicista
Enfoque sistêmico, microensino, telensino, instrução programada e outros.

Inspiração no modo de produção Fordista, e também pela teoria da


administração taylorista que tem como foco a racionalidade e eficiência.

Conteúdos são organizados em uma sequência lógica e psicológica.


Psicologia behaviorista.

Escola que modela comportamento de acordo com a necessidade da


indústria.

Aluno aprende quando se torna produtivo. Por meio da fixação e repetição.

O intuito é modelar comportamento dos alunos pela tecnologia comportamental embasada no


psicólogo Skinner que trabalha o condicionamento operante.

o
u ad r o Teoria Não-crítica
Q Tendência Liberal
um
res TECNICISTA
Formação de mão de obra
PAPEL DA ESCOLA
Funciona como modeladora do comportamento humano por meio de técnicas específicas
CONTEÚDOS Informações, princípios científicos e Leis, em uma sequência lógica e psicológica
MÉTODO Consistem nos procedimentos e técnicas necessárias ao arranjo e controle das condições
ambientais que assegurem a transmissão/recepção de informações
RELAÇÃO PROFESSOR- O aluno é um produto para o trabalho
ALUNO O professor é um modelador, um administrador
PRESSUPOSTOS DE Aprender é uma questão de modificação do desempenho. Segundo Skinner, o comportamento
APRENDIZAGEM aprendido é uma resposta a extímulos externos.
MANIFESTAÇÕES Remontam ao regime militar
REPRESENTANTES Skinner, Gagné, Bloom e Lei 5.692/71
TEORIAS CRÍTICO-REPRODUTIVISTAS

Características gerais:

Base Marxista.

A escola é vista pelos teóricos como uma instância que reproduz as desigualdades sociais que ocorrem fora
dos muros da escola, ou seja, na sociedade.

Os teóricos não concordam com o caráter reprodutor da classe dominante, conduzido pela escola.

Os teóricos investigam, constatam e denunciam o caráter reprodutivista da escola, por meio de seus
manuscritos.

Teorias muito importantes, pois funcionaram como armas teóricas que embasam as teorias críticas.

Essas teorias são baseadas em três estudos de grandes pensadores franceses.


• Teoria do sistema de ensino enquanto violência simbólica (Bourdieu e Passeron)
• Teoria dos Aparelhos Ideológicos do Estado (Louis Althusser)
• Teoria da Escola Dualista (Baudelot e Establet)

Existe proposta pedagógica: NÃO


Os teóricos apenas a constatam e denunciam o caráter reprodutor da classe dominante, conduzido pela
escola.
TEORIAS CRÍTICO-REPRODUTIVISTAS

Teoria do sistema de ensino enquanto violência simbólica (Bourdieu e Passeron)

- Teoria que estuda a Violência simbólica que a escola exerce.


- Essa violência é dupla, pois privilegia capitais culturais e omite esse
privilégio.
- Na escola há diversos capitais culturais, com primazia do dominante.
- Imposição arbitrária da cultura dos grupos dominantes sobre os dominados.
- Os grupos dominados são marginalizados socialmente, pois não possuem
força material e culturalmente, pois não possuem força simbólica (cultura).
Pierre Bourdieu - E quais são esses símbolos culturais presentes no currículo da classe
(1930-2002) dominante? Linguagem, valores, identidade e expressão de arte e cultura.
- Crianças jovens das camadas médias e altas entendem mais facilmente estes
códigos e respondem a eles, uma vez que na sua formação familiar, pré-
escolar, foram introduzidas neste universo de símbolos e códigos que mais
facilmente identificam e dominam.
- As crianças das classes populares têm sua cultura nativa desvalorizada, sua
Jean Claude Passeron linguagem desqualificada, sua origem diminuída.
(1930)

Teoria dos Aparelhos Ideológicos do Estado (Louis Althusser)

- O Estado tem aparelhos para manter o “Status-quo”:


- ARE – Aparelhos repressivos do Estado - (para manter o “Status-quo” por
meio da repressão, força, coerção, aparelhos polícia, tribunais, forças
armadas, leis).
- AIE – Aparelhos Ideológicos do Estado – para inculcar ideologias. (quais são
esses aparelhos? Família, igreja, escola (escola é o maior aparelho que impõe
Louis Althusser ideologia pela inculcação), sindicatos, empresa etc.)
(1918-1990) - Inculcação ideológica – fazer Imposição arbitrária da cultura dos grupos
dominantes sobre os dominados.

Teoria da Escola Dualista (Baudelot e Establet)

- Constatação e denúncia que escola não é unitária, mas sim dualista, ou seja,
possui duas redes.
- Escola SS: Primária Profissional – Forma o proletariado
- Escola PP: Secundária Superior – Forma a burguesia
- Contribui para a formação da força de trabalho e inculcação da ideologia
burguesa.
- Qualifica o trabalho intelectual e desqualifica o manual.
Christian Baudelot
(1938)
e
Roger Establet
(1938)
TEORIAS CRÍTICAS / TENDÊNCIAS PROGRESSISTAS

Características gerais:

Base Marxista.

Os teóricos concordam que a escola, de fato, reproduz a cultura da classe dominante, mas essa mesma
escola, também pode ser palco para a transformação social. Trata-se de uma contradição, que, contudo, é a
base da escola crítica.

As teorias estabelecem um posicionamento de crítica à sociedade vigente.

As teorias atuam para a transformação das relações sociais da sociedade vigente.

As tendências pedagógicas partem da análise crítica da realidade social e sustentam as finalidades


sociopolíticas da educação.

Existe proposta pedagógica: SIM


Saviani dividiu esse período em apenas uma teoria não-crítica (Pedagogia histórico-crítica), ao passo que
Libâneo, em três tendências críticas ou progressistas (libertária, libertadora e crítico-social dos conteúdos.
TEORIAS CRÍTICAS / TENDÊNCIAS PROGRESSISTAS

Também chamada de educação libertadora ou


emancipatória, segundo Libâneo.

Tem por objetivo levar professores e alunos a atingir o nível


de consciência da realidade que vivemos em busca da
Paulo Reglus Neves Freire transformação social e não manutenção do “Status-quo”.
(1921-1997)
“Um dos grandes pecados da escola é
desconsiderar tudo com que a criança chega
a ela. A escola decreta que antes dela não Voltada para a relação Reflexão e ação: práxis (prática-
há nada.” teoria-prática): o aluno vai para a escola com sua
experiência de vida (a prática), recebe na escola o saber
elaborado ou erudito (a teoria) e ao voltar para sua
Tendência Progressista realidade tem uma nova prática, agora enriquecida pela
Libertadora teoria.

Relação professor-aluno de forma horizontal.


Dialógica: o professor ao mesmo
tempo que ensina, aprende com a
riqueza cultural que o aluno traz do
ambiente onde vive. Conteúdos formados a partir de temas geradores – que
fazem sentido, que possuem significante e significado.
Problematizadora: os temas Conteúdos extraídos da vida prática dos alunos. O
escolhidos para estudo devem estar de importante era fazer o aluno ter uma nova relação com sua
acordo com a realidade social vivida experiência de vida.
pelo aluno.

Crítica: no sentido de ser formadora Metodologia baseado em troca dialógica, grupos de


de cidadania, dando consciência da discussão.
responsabilidade social e política do
educando.

o
ad r Teoria Crítica
Q u mo Tendência Progressista
u
res
LIBERTADORA
PAPEL DA ESCOLA Questionar concretamente a realidade das relações do homem com a natureza e com outros
homens, visando uma transformação
CONTEÚDOS "Temas geradores", que são extraídos de problematização da prática de vida dos educandos
MÉTODO Diálogo e grupos de discussão
Professor é um animador, um incentivador
RELAÇÃO PROFESSOR-
ALUNO Relação horizontal e relação é dialógica
O aluno é educado para ser crítico
PRESSUPOSTOS DE Educação problematizadora e análise crítica da realidade
APRENDIZAGEM
MANIFESTAÇÕES Em diversos países e, no Brasil, em diversas níveis, etapas e modalidades escolares
REPRESENTANTES Paulo Freire
TEORIAS CRÍTICAS / TENDÊNCIAS PROGRESSISTAS

Também conhecida como Pedagogia Institucional.

Esta pedagogia busca a autogestão e autonomia na


Educação, em nítido confronto à burocracia do Estado.

Miguel González Arroyo


A pedagogia libertária espera que a escola exerça uma
transformação na personalidade dos alunos num sentido
libertário e autogestionário.

Tendência Progressista A relação professor-aluno é uma relação não-diretiva ou


seja sem obrigações.
Libertária
A ênfase na aprendizagem informal, via grupo, e a negação
de toda forma de repressão visam favorecer o
desenvolvimento de pessoas mais livres.

Os conteúdos são colocadas à disposição do aluno, mas


não são exigidos. Conteúdos resultam das necessidades
dos interesses que o grupo demonstra.

Célestin Freinet
(1896-1966)

o
ad r Teoria Crítica
Q u mo
u
res Tendência Progressista
LIBERTÁRIA
PAPEL DA ESCOLA Exercer uma transformação na personalidade dos alunos num sentido libertário e
autogestionário
CONTEÚDOS São colocados à disposição do aluno, mas não são exigidos
MÉTODO Vivência Grupal. Não existe avaliação
RELAÇÃO PROFESSOR- Professor é um orientador, um catalisador
ALUNO O aluno decide participar ou não (aluno participativo)
PRESSUPOSTOS DE Ênfase na aprendizagem informal, via grupo, e a negação de toda forma de repressão visam
APRENDIZAGEM favorecer o desenvolvimento de pessoas mais livres

MANIFESTAÇÕES Abrange quase todas as tendências antiautoritárias em educação, entre elas, a anarquista, a
psicanalista, a dos sociólogos e também dos professores progressistas
REPRESENTANTES Arroyo, Vasquez e Freinet
TEORIAS CRÍTICAS / PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA

Propõe uma síntese superadora das pedagogias tradicional


e renovada, valorizando a ação pedagógica enquanto
inserida na prática social concreta.

José Carlos Libâneo


Entende a escola como mediação entre o individual e o
social, exercendo aí a articulação entre a transmissão dos
conteúdos e a assimilação ativa por parte de um aluno
Tendência Progressista concreto (inserido num contexto de relações sociais); dessa
articulação resulta o saber criticamente reelaborado.
Crítico-Social dos
Conteúdos
Relação professor-aluno de forma horizontal. Professor
mediador

A difusão de conteúdos é a tarefa primordial. Não


conteúdos abstratos, mas vivos, concretos e, portanto,
indissociáveis das realidades sociais dos alunos.

o
u ad r o
Q Teoria Crítica
um
res Tendência Progressista
CRÍTICO-SOCIAL DOS CONTEÚDOS
PAPEL DA ESCOLA Difundir os conteúdos concretos de forma indissociável das realidades sociais e com
participação ativa dos alunos.
CONTEÚDOS Saberes concretos de base científica e valor histórico
MÉTODO Relaciona a prática vivida pelos alunos com os conteúdos propostos pelo professor
(conteúdo é indissociável da prática. Valoriza a práxis Marxista
RELAÇÃO PROFESSOR- Professor tem um papel mediador
ALUNO O aluno tem papel transformador
PRESSUPOSTOS DE O grau de envolvimento na aprendizagem depende tanto da prontidão e disposição do aluno,
APRENDIZAGEM quanto do professor e do contexto da sala de aula
MANIFESTAÇÕES Inúmeros professores da rede pública
REPRESENTANTES Snyders, Libâneo, Saviani, Makarenko, Manacorda

Você também pode gostar