Unidade - 3 - Lúdico e Musicalização

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M A R I A E D I L E N E S I LVA

L Ú D I C O E M U S I C A L I Z A Ç Ã O N A E D U C A Ç Ã O I N FA N T I L – U N I D A D E 3
Tópico 1 – A história da música
» A história da música está separada nos períodos:
» Música Pré-histórica (das origens do homem a 4000 a.C.);
» Música da Antiguidade (4000 a.C. a 476 d.C.);
» Música Medieval (476 a 1453);
» Música Renascentista (1453 a 1600);
» Música Barroca (1600 a 1750);
» Música Clássica (1750 a 1810);
» Música Romântica (1810 a 1900);
» Música Moderna (1900 em diante) (MENUHIN, 2015, p. 2).
A história da música
A história da música
» Mourão (2017), dividiu o contexto histórico da música em três grandes eras:
» Primitiva (relativa aos povos primitivos) – que compreende os inícios das
atividades laborais de adaptação da natureza as suas necessidades,
realizadas pelo homem pré-histórico.
» Cultural (relativa ao domínio de técnicas rudimentares para manipulação dos
metais) – que compreende a chamada música antiga realizada por povos
denominados de média cultura tais como: caçadores, agricultores, pastores
etc. E os de alta cultura como os chineses, indianos, egípcios e gregos.
» Científico-cultural – que compreende os períodos medieval, renascença,
barroco, clássico, romântico, pós-romântico, nacionalismo e contemporâneo
(MOURÃO, 2017, p. 9).
A história da música primitiva
» Compreende a era pré-histórica, há cerca de dois milhões de anos.
» Tem relação com as primeiras emissões sonoras humanas feitas de forma
intencional, como gritos e grunhidos.
» Ao passar dos anos o homem primitivo vai transformando a natureza e
criando suas ferramentas e utensílios necessários a sua sobrevivência e,
nessa caminhada, construindo os primeiros instrumentos musicais.
» Na pré-história a música era usada para várias situações, por exemplo:
“para celebrar a caça, para realizar rituais de agradecimento, para aplacar
a fúria ou fazer pedidos aos deuses. Nesse sentido a música era usada
como um meio de comunicação com o divino” (FONTOURA, 2019, s.p.).
» A primeira flauta
A história da música cultural
» Graças ao domínio do fogo o ser humano descobre que é
possível manipular os metais e começa a construir ferramentas
e produzir instrumentos musicais que vão se tornando mais
elaborados.
» Nesse período vão aumentando as relações entre as
comunidades próximas, “difundiram-se seus saberes culturais
de forma a dar novas roupagens aos conhecimentos
compartilhados, conforme a região” (MOURÃO, 2017, p. 12).
» Por essa razão esse período recebeu o nome de era cultural da
música.
A história da música cultural
» Na linha do tempo histórica esse é o período
da antiguidade (4000 a.C. a 476 d.C.).
» Os registros que temos desse período estão
representados em desenhos, esculturas,
escrita iconográfica ou relatos bíblicos.
» No Egito (4.000 a.C.) a música ocupava um
espaço importante, principalmente na religião.
Era utilizada nos rituais sagrados, bem como
na agricultura.
A história da música cultural
» Os instrumentos musicais daquela época eram os mais variados: a
harpa, a cítara ou lira, o alaúde ou pandora, a flauta, o trompete, o
sistro, crótales e tambores.
A história da música cultural
» Na Ásia, há 3.000 a.C., a música se desenvolveu expressivamente nas
culturas chinesa e indiana fortemente ligada à espiritualidade.
» Os chineses acreditavam no poder mágico da música, como um espelho fiel
da ordem universal.
» De todos os povos antigos, os gregos foram os que mais se destacaram na
música.
» Na antiga Grécia, a música estava relacionada a fenômenos divinos, magia e
a mitologia.
» Alguns instrumentos e modos eram associados a certas divindades.
» A música era usada pelos gregos nos rituais religiosos, nos jogos olímpicos,
nas festas cívicas e nas atividades de lazer.
» Fragmento de um coro de Orestes
A história da música científica-cultural
» O cristianismo (em 323) foi instituído como a religião oficial do estado.
» O império ia avançando e os ritos cristãos iam se apropriando de elementos
musicais dos territórios conquistados.
» Durante esse período, a música era monofônica.
» A música religiosa dessa época era conhecida como Cantochão.
» No século VI, o Papa Gregório I classificou e organizou as regras para o
canto na Igreja dando o nome de Canto Gregoriano, um canto que não tinha
acompanhamento, nem harmonização.
» A partir do século XIII, a igreja começa a perder seu poder de influência,
assim os instrumentos musicais podiam ser usados nos cultos religiosos
cristãos.
A história da música científica-cultural – Idade Média
» Toda a notação gregoriana, assim como a própria concepção de música,
destinava-se ao divino.
» Em paralelo, uma música que não era destinada aos rituais da igreja
também era cultivada: a música profana, presente em festividades
populares e também no teatro.
» A música profana medieval era condenada pela Igreja, que via nesta
manifestação um desvio de espiritualidade e censurava qualquer iniciativa
musical que não fosse destinada à Igreja.
» O uso de instrumentos para acompanhar a voz torna-se algo habitual, e
muitas vezes para substituir a voz.
» Saltarello
A história da música
científica-cultural -
Renascimento » A partir do século XV até o século XVII, iniciou-se a
Renascença, um período em que os artistas almejam
uma música mais universal, se distanciando da igreja.
»“Na renascença, a música instrumental começa a
ganhar corpo. Nas composições, os instrumentos
passam a ter famílias, ou seja, o mesmo instrumento
em diversos tamanhos” (MOURÃO, 2017, p.22).
»Adieu Ces Bons Vins De Lannoys (Guillaume Dufay)
A história da
música científica-
cultural - Barroco » Entre o século XVI e XVII temos o Movimento
Barroco.
»Foi um período marcado pelo uso exagerado
de enfeites ou ornamentos, na arte
arquitetônica, nas roupas e na música.
»A paixão segundo São Mateus (J. S. Bach)
A história da
música científica-
cultural » Foram criadas as primeiras Óperas na Itália, a partir
de Pastorelas – poemas sobre a vida dos pastores e
outros temas campestres, contados de forma fantasiosa
e amorosa.
»L’Euridice (Jacopo Peri)
A história da música
científica-cultural -
Classicismo » Entre o século XVIII até o início do século XIX,
destaca-se o período Clássico (Classicismo).
»Corresponde ao período em que a música se torna
mais objetiva, equilibrada e com clareza formal,
conceitos já utilizados na Grécia Antiga.
»Nesse período temos como um dos grandes
compositores Wolfgang Amadeus Mozart.
»Eine kleine Nachtmusik KV 525 (Mozart)
A história da música
científica-cultural -
Classicismo » E Ludwig van Beethoven.
» Quinta Sinfonia (Beethoven)
A história da música » No século XIX, período chamado de Romantismo,
acontece um movimento literário chamado de Sturm und
científica-cultural -
Drang (Tempestade e Estresse) que permitiu uma liberdade
Romantismo de expressão dos sentimentos, rompendo com o
engessamento do período clássico.
»A música do romantismo tinha como principais
características a liberdade e a fluidez.
»Os compositores românticos tinham uma necessidade de
revelar seus pensamentos, sentimentos e emoções de uma
forma profunda e intensa.
»Grota do Lobo (Weber)
»A música instrumental e as orquestras ganham ainda mais
destaque.
A história da música
científica-cultural -
Nacionalismo » Na segunda metade do século XIX, surge o
Nacionalismo, como uma forma de fuga do
romantismo.
»No nacionalismo houve a valorização da
música de cada país.
»Uma vida pelo Czar (Glinka)
A história da
música científica-
cultural » No final do século XIX, em meio a uma diversidade de
manifestações e rupturas com a tradição musical, surge
a Música Contemporânea que segue até os dias atuais.
»No século XX, a música ganha nova roupagem e uma
grande transformação vai surgindo, principalmente, com
o advento do rádio.
»A Música no Século XX resultou na criação de novos
sons.
»Quarteto de Cordas nº 4 (Arnold Schoenberg)
A história da
música científica-
cultural » A música eletrônica, originou-se na Alemanha,
na década de 1950, e inclui todos os sons
registrados por microfones e, também, aqueles
produzidos por geradores eletrônicos de sons.
» First Construction (John Cage)
A evolução da educação musical no Brasil
» Os indícios sobre o ensino da música no Brasil coincidem com o
período do descobrimento, principalmente após a chegada dos
jesuítas de Portugal.
» A música era usada em igrejas, conventos e colégios, bem como
para catequizar os índios e multiplicar a educação e a cultura
europeia.
» Em 1808, com a chegada da família real ao Brasil, a música sai da
Igreja e vai para os teatros.
» O ensino de música tinha ênfase na memorização.
» Na década seguinte, Heitor Villa-Lobos coordena o
projeto de educação musical nas escolas por meio do
O canto orfeônico canto orfeônico.
» O projeto possuía um repertório de canções com
acentuado teor nacionalista.
» Tinha como objetivo difundir uma cultura genuinamente
brasileira para todo o território nacional.
» A música passou oficialmente a integrar as políticas de
educação pública, em nível federal, a partir da inserção
do canto orfeônico como disciplina obrigatória nos
currículos escolares.
» O canto orfeônico ganhou força no cenário educacional
brasileiro nas décadas de 1920 a 1940.
O canto orfeônico
» Com o Canto Orfeônico foi fundado em 1932 o Serviço de Música e
Canto Orfeônico (SEMA) que juntamente com Villa-Lobos almejavam
que o canto educasse a escola brasileira.
» Desenvolveram um programa de canto coletivo com um repertório
composto de hinos patrióticos e escolares que eram obrigatórios, bem
como outros cantos organizado por Villa-Lobos com colaboração de
professores do SEMA (FUKS, 1997).
» Com o fim do Estado Novo em 1945, a Educação Musical vai
perdendo a força.
» Com a criação da LDB em 1961, o canto orfeônico é substituído pela
disciplina educação musical.
Tópico 2 – As propriedades do som
» Ao ouvir o som podemos distinguir quatro propriedades:
» Altura – Um som pode ser grave ou agudo, dependendo
da frequência de suas vibrações por segundo. Quanto
menor for o número de vibrações, ou seja, quanto menor a
frequência da onda sonora, mais grave será o som, e
quanto maior for a frequência da onda sonora, mais agudo
será o som. O som que produz um violino é agudo, o som
que produz o contrabaixo é grave. Repare que o
instrumento maior produz um som mais grave, e o
instrumento menor produz um som mais agudo.
As propriedades do som
» Duração – O som pode ser medido pelo seu tempo de
duração, pela sua ressonância e, assim, ser classificado como
curto ou longo. Quando se sopra um apito, por exemplo,
poderão ser emitidos sons curtos, à medida que se controla o
sopro, e sons longos, de acordo com a constância de ar
liberado.
» Intensidade – Um som pode ser medido pela amplitude de sua
onda e classificado como forte ou fraco. Por exemplo, tocar,
num mesmo tambor, sons com diferentes intensidades, dos
mais fracos aos mais fortes.
As propriedades do som
» Timbre – É a característica típica de cada som. Podemos dizer
também que é a personalidade de cada material ou fonte
sonora. Por exemplo, percebemos que o timbre da flauta é
diferente do timbre do cavaquinho, a voz de uma criança é
diferente da voz de um adulto, ou então podemos perceber,
nitidamente, a diferença entre o som da buzina e o do latido de
um cachorro.
Classificação dos instrumentos musicais
» O sistema de classificação de instrumentos musicais chamado de
Hornbostel & Sachs, foi publicado em 1914.
» O sistema recebeu esse nome por conta dos seus criadores: o
etnomusicólogo austríaco Erich von Hornbostel e o musicólogo
alemão Curt Sachs.
» O sistema é utilizado até hoje e se baseia no modo de produção
dos sons.
» Os instrumentos musicais são classificados em cinco categorias
distintas: idiofones, aerofones, membranofones, cordofones e
eletrofones.
Idiofones
» São os instrumentos de
percussão cuja fonte sonora
é o próprio corpo do
instrumento.
Aerofones

» São os instrumentos de
sopro onde a fonte sonora é
uma coluna de ar vibrando
em um tubo.
Membranofones

» São os instrumentos de
percussão cuja fonte sonora
é uma membrana.
Cordofones

» Esses instrumentos têm


como fonte sonora uma ou
mais cordas vibrando.
Instrumentos musicais adequados para as crianças
» É preciso analisar as qualidades e possibilidades de cada
instrumento musical ou categoria e verificar qual é o adequado para
a faixa etária das crianças (BRITO, 2003).
» O instrumento musical não precisa ser industrializado, e pode ser
confeccionado pela criança ou pelo professor, com material seguro
e que produza um som interessante.
» Não é necessário que o instrumento tenha a aparência de um
instrumento musical tradicional, podem ser apenas objetos que
produzam sons ao serem manuseados.
Escuta e exploração sonora musical
» A exploração vocal deve ser um dos objetivos para a educação
infantil.
» Brito (2003, p. 87, grifo nosso) ressalta que “ao falar e cantar com
as crianças, atuará como modelo, sendo necessário cultivar bons
hábitos, como não gritar, não forçar a voz, apresentar tessitura
mais adequada para que as crianças cantem, respirem
tranquilamente, mantendo-se relaxado”.
» “A música vocal é uma das maiores fontes de expressão musical do
bebê, porque representa sua forte comunicação com os pais ou
responsáveis. Ele absorve qualquer som a sua volta e, aos poucos,
organiza-os para sua futura comunicação” (BRITO, 2003, p. 87).
Escuta e exploração sonora musical
» As músicas das crianças só fazem sentido quando incluem todo o
contexto do brincar.
» Por vezes isso é desconsiderado na escola, como por exemplo no
ensino de canções folclóricas.
» “Cantar canções tradicionais, no ensino de música, muitas vezes,
significa cantar temas melódicos, desconsiderando a música e o
brincar como produções culturais” (BEINEKE, 2011, p. 11).
» As crianças também costumam criar canções, assim é importante
que o professor possibilite essas construções.
Escuta e exploração sonora musical
» Brincar, cantar e escutar fazem parte da musicalização e as
crianças precisam aprender a escutar, com concentração e
disponibilidade “[...] faz parte do processo de formação de seres
humanos sensíveis e reflexivos, capazes de perceber, sentir,
relacionar, pensar, comunicar-se” (BRITO, 2003, p. 187).
» A escuta dos sons e das músicas é fundamental para a percepção
auditiva.
Sons, música e movimento
» O objetivo principal da musicalização não é formar músicos ou
ensinar a criança a tocar um instrumento musical.
» “Mas ajudar a criança em seu desenvolvimento integral (em seus
aspectos motores, cognitivos e emocionais) e fazer com que a
criança amplie seu repertório musical” (BARBONI, 2020, s.p.).
» A movimentação e a exploração das possibilidades motoras da
criança devem ser sempre utilizadas para promover a percepção
musical.
A música é um jogo
» François Delalande compara o fazer musical com as formas de
atividades lúdicas propostas por Jean Piaget:
» Jogo sensório-motor: corresponde à exploração do som e
do movimento.
» Jogo simbólico: relacionado ao valor expressivo e à
significação do discurso musical.
» Jogo de regras: corresponde à organização e à
construção da linguagem musical.
A música é um jogo
A música é um jogo
A música é um jogo
» Paisagem sonora é um conceito criado por Murray
Paisagem sonora Schafer, que se caracteriza pelo estudo e análise do
universo audível que nos rodeia.
»A paisagem sonora da qual fazemos parte, nos traz o
sentimento de pertencimento, de fazer parte desse
ambiente, pois povos e culturas diferentes apresentam
paisagens sonoras diversas.
Paisagem sonora
» Os sons de uma paisagem sonora, podem ser
classificados conforme sua emissão:
» Sons de animais;
» Sons dos fenômenos da natureza;
» Sons vindos de objetos construídos pelos humanos;
» Sons dos seres humanos.
A voz infantil e problemas vocais
» Uma voz dita normal, aquela que requer o mínimo de
esforço possível, permitindo a comunicação de forma
eficiente (AZEVEDO, 2010).
» Falar não deve gerar desconforto.
» O professor deve estar atento à vocalização das crianças,
a alguma alteração da voz e até mesmo se alguma está
com atraso de fala.
A voz infantil e problemas vocais
» O professor é um exemplo para as crianças, assim se mantiver
esses hábitos estará ensinando as crianças e também estará
cuidando da sua saúde vocal:
» Falar num tom calmo e de intensidade mais baixa para a
criança, assim ajudará a criança a perceber que conversar é
uma atitude agradável;
» Prestar atenção ao que a criança quer dizer, ensinando-lhe a
esperar pela sua vez e a participar nas conversas;
» Controlar a sua atitude vocal: não use o grito para chamar, deste
modo a criança imitará esse comportamento;
» Incentivar as crianças a beber muita água;
A voz infantil e problemas vocais
» Estimular as crianças a comerem maçã porque possui
propriedades que ajudam na limpeza da boca e da faringe;
» Dizer às crianças para olharem para as pessoas quando
estão a falar;
» Estar atentos às alterações na voz da criança e se
notarem alguma alteração por um tempo prolongado
procurar um terapeuta da fala;
» Evitar ambientes frios, com ar-condicionado, pó, pois
secam a laringe e irritam-na.
Tópico 3 – Um breve histórico das legislações sobre
o ensino de música nas escolas brasileiras
» Em 1854 foi criado o Decreto nº 1.331, com as primeiras
definições, da legislação educacional brasileira, para o ensino
de música nas escolas.
» Em 1961 foi criada a primeira LDB, lei n° 4.024/61, que
substituiu o canto orfeônico pela disciplina de educação musical.
» Em 1971 foi criada a segunda versão da LDB, lei n°5291/1971,
no qual o ensino de música foi substituído pela Educação
Artística.
» Com essa lei, a formação do professor de educação artística
passou a ser polivalente.
Um breve histórico das legislações sobre o ensino
de música nas escolas brasileiras
» Em 1996 a terceira versão da LDB, lei n° 9.394/1996
estabelece que o ensino de arte se torna um componente
curricular obrigatório nos diversos níveis da educação
básica.
» Em 2008, a lei n° 11.769 torna a música um conteúdo
obrigatório, mas não exclusivo do componente curricular
arte.
» Em 2016, a lei n° 13.278 torna as artes visuais, a dança, a
música e o teatro as linguagens que constituem o
componente curricular arte.
Legislação e a musicalização na educação infantil
» Nas DCNEI, a música faz parte das manifestações
artísticas, mas não é apontada como conteúdo próprio de
aprendizagem e, normalmente, está incorporada ao
currículo de Educação Artística.
» O RCNEI reforça a importância da música para as
crianças, afirmando que a música é “[...] uma das formas
importantes de expressão humana, o que por si só justifica
sua presença no contexto da educação, de um modo
geral, e na Educação Infantil, particularmente (BRASIL,
1998, p. 57).
BNCC e o desenvolvimento afetivo e cognitivo
musical
» Quanto à Educação Infantil e a musicalização, a BNCC ressalta que o
aprendizado da música é um dos direitos da criança, destacando os sons,
no Campo da Experiência – “Traços, Sons, Cores e Formas”, além do
movimento, no Campo da Experiência – “Corpo, Gestos e Movimentos”
(BRASIL, 2018).
» Conforme Loureiro (2003), a música na educação brasileira ainda é
utilizada apenas como “acessório” para o entretenimento das crianças.
» Alguns professores ainda utilizam uma forma mecânica de ensino musical
com modelos prontos, impedindo que os pequenos se expressem e
participem ativamente do processo. As crianças somente repetem,
reproduzem o que o professor está pedindo sem reflexão, e sem
construção alguma.
BNCC e o desenvolvimento afetivo e cognitivo
musical
» Conforme Brito (2003), a música vem seguindo presa a
concepções pedagógicas tradicionais que consideravam a
música como uma “bengala” para auxiliar a aprendizagem
de conhecimentos gerais, contribuindo com formação de
bons hábitos e atitudes, disciplina, para manter rotinas,
para apresentações em datas comemorativas etc.
» “Os cantos ou musiquinhas", como muitos ainda insistem
em dizer) eram quase sempre acompanhados de gestos e
movimentos que, pela repetição, tornavam-se mecânicos e
estereotipados [...]” (BRITO , 2003, p. 51).
“ A música não deve ser colocada a serviço de outras
disciplinas consideradas prioritárias porque ela é importante
por si mesma, para a vida. O ser humano é musical, no
decorrer da sua evolução transformou os sons de modo a criar
composições. Nunca ouvimos alguém dizer que a pessoa
aprende Matemática para desenvolver a capacidade musical,
mas o contrário, que essa arte é importante para o raciocínio
matemático ou porque estimula o processo de alfabetização.
Esse não deve ser o motivo de ela estar presente. Mas um
bom trabalho pode mesmo facilitar a aprendizagem de outros
conteúdos, pois você apura a sua audição e desenvolve o
sistema de relações entre som e silêncio (BRITO, 2012, p. 3).
Tópico 4 – Música e inclusão: reflexões para a
musicalização em sala de aula
» É fundamental que o docente conheça cada aluno individualmente,
o diagnóstico dos que apresentam alguma dificuldade ou transtorno
de aprendizagem, os que possuem alguma deficiência, entender
seus limites e possibilidades, para que seja possível identificar as
suas capacidades, e assim possibilitar a organização dos objetivos
e das estratégias da musicalização, confecção de material
alternativo, adaptado, caso seja necessário, e sempre seguir cada
ritmo de aprendizagem (POKER, 2008).
“ Incluir significa não apenas colocar todos juntos, mas
ter atitudes de respeito pelas diferenças, olhar para o
outro, valorizar as potencialidades e, principalmente,
reconhecer a diversidade como algo inerente ao ser
humano” (LOURO et al., 2009, p. 18).
Música e inclusão: reflexões para a musicalização
em sala de aula
» O educador deve pesquisar por estratégias que permitam, efetivamente, a
inclusão.
» É necessário permitir a criação e a execução de atividades musicais de
maneira lúdica e prazerosa.
» A musicalização possibilita a ampliação da percepção auditiva e rítmica.
Proporciona a exploração do prazer de brincar, cantar, conhecer e descobrir o
mundo em suas múltiplas possibilidades, facilitando as trocas afetivas,
linguísticas, motores e sensoriais.
» A sala de aula também é um lugar de diversidade, e nós, professores,
precisamos trabalhar com as diferenças com um olhar atento e sensível,
adaptando tudo que for necessário e possível, com o objetivo de promover a
inclusão.

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