Fisiologia Da Visão - Questão 2
Fisiologia Da Visão - Questão 2
Fisiologia Da Visão - Questão 2
da Visão
Como as imagens são
formadas, transmitidas
e processadas.
01
Radiação
eletromagnética
A Luz Visível
• Os olhos são responsáveis pela detecção da luz visível, a
parte do espectro eletromagnético com comprimentos de
onda (a distância entre 2 picos consecutivos de uma onda
eletromagnética) variando entre 400 e 700 nm – na imagem
ao lado, podemos perceber que a cor da luz visível depende
de seu comprimento de onda.
• O espectro eletromagnético consiste na variação de
radiação eletromagnética.
• A radiação eletromagnética consiste na energia na forma
de ondas que é irradiada pelo sol.
02
Formação de
Imagens
Para entender como o olho forma imagens claras de objetos na retina, é preciso avaliar 3
processos: Refração ou desvio de luz (pela lente e pela córnea); Acomodação (mudança
no formato da lente); e constrição ou estreitamento (da pupila).
Acomodação
• Quando um objeto está a 6 metros ou + de um observador, os raios de luz refletidos
são praticamente paralelos uns aos outros.
• Quando um objeto está a – de 6 metros de um observador, seus raios de luz são
divergentes e devem ser refratados adicionalmente para que sejam focados na
retina, num processo chamado acomodação.
• Uma superfície que forma uma curva para fora é chamada de convexa. Quando uma
lente é convexa, ela refrata os raios de luz que chegam um em direção aos outros, de
uma maneira que eles sofrem um cruzamento – chamado interseção.
• A lente do olho é convexa em ambas as suas faces (anterior e posterior).
Acomodação
• A capacidade de foco aumenta conforme a curvatura convexa da lente aumenta.
• Quando o olho está focando em um objeto próximo, a lente fica + curva – causando uma
refração maior dos raios luminosos (esse aumento é chamado de acomodação.
• O ponto próximo de visão é a distância mínima do olho a partir da qual um objeto
pode ser focalizado, com nitidez, com acomodação máxima. Essa distância é de cerca de
10 cm.
• Como ocorre a acomodação?
o O músculo ciliar do corpo ciliar está relaxado e a lente se encontra mais
achatada porque ela é alongada em todas as direções pelas fibras zonulares.
o Quando você observa um objeto próximo, o músculo ciliar se contrai, puxando
o processo ciliar e a corioide na direção da lente, o que libera a tensão sobre a
lente e as fibras zonulares.
o A lente fica + esférica (convexa), aumentando a convergência dos raios de luz.
o As fibras parassimpáticas do nervo oculomotor (NC III) inervam o músculo
ciliar do corpo ciliar, controlando esse processo.
Constrição da Pupila
• A constrição da pupila é a diminuição no diâmetro da circunferência através da qual a luz entra no olho e que é causada
pela contração dos músculos circulares da íris – que também desempenham um papel na formação de imagens claras na
retina.
• Esse reflexo autônomo ocorre simultaneamente com a acomodação e evita que raios de luz entrem no olho através da
periferia da lente.
Convergência
• Nos seres humanos, ambos os olhos focam em apenas um conjunto de objetos,
permitindo a percepção de profundidade e a apreciação da natureza tridimensional
dos objetos, o que é chamado de visão binocular.
• Quando olhamos para a frente e vemos um objeto distante, os raios de luz que
chegam são direcionados diretamente em ambas as pupilas e são refratados para
pontos comparáveis nas retinas de ambos olhos.
• Entretanto, conforme nós nos aproximamos de um objeto, os olhos devem girar
medialmente para que os raios de luz dos objetos alcancem os mesmos pontos em
ambas as retinas.
• O nome desse movimento medial de ambos os bulbos oculares é convergência.
• As ações coordenadas dos músculos extrínsecos do bulbo ocular permitem a
convergência.
03
Fisiologia da
Visão
Fotorreceptores e Fotopigmentos
• Os bastonetes e os cones foram assim nomeados por causa da aparência de
seus segmentos externos [em vermelho] – a extremidade distal de cada tipo
de fotorreceptor.
o Os segmentos externos dos bastonetes são cilíndricos (formato de
bastão);
o Os dos cones são achatados (formato de cone).
• A transdução da energia luminosa em um potencial receptor ocorre nesses
segmento externo.
• Os fotopigmentos são proteínas integrais embutidas na membrana
plasmática do segmento externo.
o Nos cones, a membrana plasmática é dobrada para frente e para trás
em um formato pregueado (formando pregas).
o Nos bastonetes, as pregas se destacam da membrana plasmática e
formam discos – o segmento externo de cada bastonete contém uma
pilha com cerca de 1000 discos empilhados.
• Os segmentos externos são renovados em um ritmo rápido.
o Nos bastonetes, 1 a 3 discos são adicionados à base do segmento
externo a cada hora. Os discos antigos se soltam e são fagocitados
pelas células epiteliais pigmentadas [em verde] do estrato
pigmentoso da retina.
• O segmento interno [em azul] contém o núcleo celular, o complexo de
Golgi e muitas mitocôndrias – ou seja, toda a maquinaria metabólica para a
síntese dos fotopigmentos e produção de ATP.
• Em sua parte proximal, o fotorreceptor se expande em terminações
sinápticas semelhantes a botões repletos de vesículas sinápticas [em
amarelo].
Transdução Visual
• O primeiro passo é a absorção da luz por um fotopigmento – uma
proteína colorida que sofre mudanças estruturais quando absorve a
luz.
• O único tipo de fotopigmento nos bastonetes é a rodopsina.
• 3 dos diferentes tipos de fotopigmentos dos cones estão presentes na
retina - que respondem à luz de comprimentos de ondas (λ): o
cianopigmento – cones S (λ curto) – sensível a cor azul, o
cloropigmento – cones M (λ médio) – sensível a cor verde e o
eritopigmento – cones L (λ longo) – sensível a cor vermelha.
• Todos os fotopigmentos associados à visão possuem 2 partes: a opsina
(uma glicoproteína) e o retinal (um derivado da vit.A).
o Existem 4 tipos de opsinas (a rodopsina e as 3 dos cones, já
supracitadas);
o O retinal é a parte responsável por absorver a luz de todos os
fotopigmentos visuais.
Processo
1. No escuro, o retinal apresenta um formato dobrado chamado de cis-
retinal (que se encaixa na parte opsina do fotopigmento) [em
vermelho]. Quando o cis-retinal absorve um fóton de luz, ele muda sua
conformação – ficando reto e passando a ser chamado de trans-retinal.
Essa conversão é chamada de isomerização. Após esse processo, vários
intermediários químicos instáveis são formados e desaparecem –
essas mudanças químicas levam à produção de um potencial receptor
[em azul].
Processo
2. Em cerca de 1 minuto, o trans-retinal se separa completamente da
opsina. O produto final é incolor, de modo que essas parte do ciclo é
chamada de clareamento (ou alvejamento) do fotopigmento [em
verde].
3. Uma enzima chamada de retinil isomerase converte o trans-retinal em
cis-retinal [em amarelo].
4. O cis-retinal então pode se ligar novamente à opsina, restaurando o
fotopigmento funcional. Essa parte do ciclo é chamada de regeneração
[em rosa].
6. Os axônios dos neurônios talâmicos formam as radiações ópticas (axônios que se estendem do tálamo para o lobo occipital)
que se projetam para as áreas visuais primárias no córtex cerebral no mesmo lado e começa a percepção visual.
Vídeo
https://www.youtube.com/watch?v=SSeEqeeh8rg