Aula 3 - Orientação e Alinhamentos

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TOPOGRAFIA E GEORREFERENCIAMENTO

AULA 3 – ORIENTAÇÃO E ALINHAMENTOS

Prof.: Fabrício Vieceli Gonzeli


ORIENTAÇÃO E
ALINHAMENTOS
 Azimutes, Rumos e Alinhamentos

 Alinhamento topográfico: Segmento de reta


materializado por dois pontos nos seus extremos.
 Possui extensão, sentido e orientação.

 Extensão: 20 m;
 Sentido: A -> B;
 Orientação: 45°.
NORTE MAGNÉTICO E VERDADEIRO

 O planeta terra pode ser considerado um gigantesco


imã, devido à circulação da corrente elétrica em seu
núcleo formado de ferro e níquel em estado líquido.
Tais correntes criam um campo magnético.
 Campo magnético ao redor da Terra é parecido com o
campo magnético em volta de um imã de barra simples.
 Tal campo exerce uma força de atração sobre a agulha
da bússola, fazendo com que a mesma entre em
movimento e estabilize quando sua ponta imantada
estiver apontando para o Norte magnético.
NORTE VERDADEIRO
 Fundamentado em determinações astronômicas e
utilizando o sistema GPS ou um giroscópio, é mais
preciso que a técnica que se baseia na determinação
para uma posterior transformação.
 Norte Verdadeiro é a direção que, no local onde
estamos, aponta para o Polo Norte (Verdadeiro ou
Geográfico).
 Ou seja, para qualquer ponto da Terra, sua direção
será sempre a mesma, permanecendo invariável,
independente do tempo.
NORTE MAGNÉTICO
 O meridiano magnético não é paralelo ao
verdadeiro e sua direção não é constante, ainda
assim, ele é empregado como uma linha de
referência constante em um levantamento
topográfico.
 Por haver diferença entre as indicações, Pólo Norte
magnético (bússola) e o Pólo Norte geográfico, tal
diferença denomina-se inclinação magnética.
BÚSSOLA
 Instrumento utilizado para determinar a direção dos
alinhamentos em relação à meridiana dada pela
agulha magnética;
 Consiste essencialmente de uma agulha
magnetizada, livremente suportada no centro de um
círculo horizontal graduado, também conhecido
como limbo;
BÚSSOLA
BÚSSOLA
 No visor, encontram-se gravados os valores de graus e
minutos (0° à 360°) e os quatro pontos cardeais (Norte
“N”; Sul “S”; Leste “E” e Oeste “W”);
 Importante: Determinados tipos de bússolas possuem
os pontos cardeais “E e W” invertidos na sua
representação gravada no limbo. Com isso, alinha-se a
marcação da direção Norte, dada pela agulha da
bússola, com o alinhamento, e, onde a agulha
estabilizar-se faz-se a leitura do rumo da direção.
BÚSSOLA
 Pelo equipamento conter uma agulha imantada,
deve-se evitar a denominada atração local.
 Influência de objetos metálicos: relógios, canivetes;
 Minerais: pirita e magnetita;
 Campos magnéticos anômalos: redes de alta tensão,
torres de transmissão e retransmissão, sistema de
aterramento.
 Tais fatores podem causar variações ou
interferências na bússola.
UTILIZAÇÃO DA BÚSSOLA
 Sensibilidade: ao soltar a agulha de uma bússola de
boa qualidade, a mesma realiza aproximadamente
25 oscilações até estabilizar;
 Centragem: duas leituras opostas devem diferir de
180°, caso contrário a agulha ou seu eixo
provavelmente estão tortos ou o eixo está
inclinado;
 Equilíbrio: ao nivelar-se o prato da bússola, a altura
dos extremos da agulha deve ser igual.
DECLINAÇÃO MAGNÉTICA
 Ângulo formado entre o meridiano verdadeiro e o
meridiano magnético;
 Ou desvio entre o azimute ou rumo verdadeiro e os
correspondentes magnéticos.
 Varia com o tempo e com a posição geográfica,
podendo ser:
 Ocidental: negativa quando o Pólo magnético estiver a
Oeste (W) do geográfico (caso do Brasil);
 Oriental: quando o Pólo magnético estiver a Leste (E).
DECLINAÇÃO MAGNÉTICA
 Representação em cartas:
 Curvas isogônicas: Curvas de igual valor de variação
anual em graus;
 Isopóricas: Curvas de igual variação em minutos.
 A interpolação das curvas do grau e posteriormente
no minuto, para uma dada posição na superfície
física da Terra, nos permite a determinação da
declinação magnética com precisão na ordem do
minuto.
DECLINAÇÃO MAGNÉTICA
 No Brasil, o órgão responsável pela elaboração das
cartas de declinação é o Observatório Nacional e a
periodicidade de publicações da mesma é de 10
anos.
Transformação de Norte Magnético em Verdadeiro

 Processo simples, basta somar algebricamente a


declinação magnética;
 Quando a declinação magnética for positiva (Norte
magnético estiver a Leste do Norte Verdadeiro)
azimute é calculado por:
 Azv = Azm + D
 No Brasil, a declinação magnética é negativa (Norte
Magnético situado a Oeste do Norte Verdadeiro) o
azimute é obtido por:
 Azv = Azm + (-D)
EXEMPLO
Sabe-se que o azimute verdadeiro do painel do estádio
municipal de Arapongas é 33°22’ no dia 21/08/2017 e a
correspondente declinação magnética é 18°50’45’’.
Calcular o azimute magnético para a direção em
questão, tendo em vista que você só dispõe de bússola
para a orientação.
Azv = Azm + (-D)
Azm = Azv – (-D)
Azm = 33°22’ – (- 18°50’45’’)
Azm = 52°12’45’’
RUMOS
 É o menor ângulo formado pela meridiana que
materializa o alinhamento Norte Sul e a direção
considerada.
 Varia de 0° a 90°, sendo contado do Norte ou Sul
por Leste e Oeste.
 Apresenta o ângulo em função do quadrante em
que se encontra.
 Representatividade: Valor numérico e sigla:
 30°15’ SW
RUMOS
Exercício
 Desenhar os seguintes rumos:
 30°15’ NE;
 30°15’ SE;
 30°15’ SW;
 30°15’ NW;
ESCREVA OS RUMOS
AZIMUTE
 Azimute de uma direção é o ângulo formado entre
a meridiana de origem que contém os Pólos
(magnéticos ou geográficos) e a direção
considerada.
 É medido a partir do Norte;
 Sentido horário;
 Varia de 0° a 360°.
AZIMUTE
AZIMUTE RÉ E VANTE
 RÉ = VANTE ± 180°
Exercício
 Desenhar os seguintes azimutes:
 Az1: 30°15’
 Az2: 120°45’
 Az3: 210° 15’
 Az4: 310°15’
CONVERSÃO ENTRE RUMO E AZIMUTE

 Rumo -> Azimute:


 NE (Rumo) = Azimute;
 SE (Rumo) = 180° - Rumo;
 SW (Rumo) = 180° + Rumo;
 NW (Rumo) = 360° - Rumo.
 Azimute -> Rumo:
 0° à 90° = Rumo NE;
 90° à 180° = 180° - Azimute SE;
 180° à 270° = Azimute – 180° SW;
 270° à 360° = 360° - Azimute NW.
Transformação de rumos em azimutes

LINHA RUMO AZIMUTE


1–2 42°15’20’’ NW 317°44’40’’
2–3 00°15’30’’ SW 180°15’30’’
3–4 89°40’40’’ SE 90°19’20’’
4–5 10°15’40’’ SE 169°44’20’’
5–6 89°40’10’’ NE 89°40’10’’
6–7 00°10’20’’ NE 00°10’20’’
7-8 12° 00’20’’ NW 347°59’40’’
8–9 15°05’20’’ SW 195°05’20’’
9 – 10 00°50’30’’ NW 359°09’30’’
10 – 11 89°40’20’’ NW 270°19’40’’
11 - 12 12°35’20’’ SE 167°24’40’’
12 - 13 07°05’10’’ SE 172°54’50’’
Calcular os valores de azimute e desenhar cada
linha
DEFLEXÕES
 Deflexão é o ângulo formado entre o
prolongamento do alinhamento anterior e o
alinhamento que segue.
 Varia de 0° a 180° e necessita da indicação da
direita (sentido horário) ou da esquerda (sentido
anti-horário).
DEFLEXÕES
CALCULE OS AZIMUTES A PARTIR DAS
DEFLEXÕES DADAS

 Az1-2: 59°20’20’’
 Dd: 55°30’25’’
 De: 89°35’40’’

 Az2-3 = ?
 Az3-4 = ?
REFERÊNCIAS
 http://on.br/index.php/pt-br/
 Veiga, Zanetti e Faggion. Engenharia Cartográfica
e de Agrimensura. Fundamentos da Topografia.
UFPR. 2012.
 Corrêa. Topografia aplicada à Engenharia Civil.
13° Edição. UFRS. 2012.
 Pastana. Topografia I e II. UNIMAR. 2010.
 Junior. Topografia. UFES. 1998.

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