Cap. III - Há Muitas Moradas Na Casa de Meu Pai
Cap. III - Há Muitas Moradas Na Casa de Meu Pai
Cap. III - Há Muitas Moradas Na Casa de Meu Pai
CAPÍTULO III
Para que possamos entender melhor sobre o tema desta noite, vamos fazer
um narrativa rápida dos diferentes mundos que nem imaginávamos existir
e, mais a frente vamos voltar de como foi a transformação da terra até os
dias de hoje.
1
Existem regiões agrestes e destituídas de belezas naturais. Trevosas
Nebulosas (Como nos relata André Luiz)
Mas também por outro lado, existem lugares que primam pela harmonia,
pela ordem, e beleza da natureza. Habitam ali seres benfazejos alegres e
felizes consequentemente belos de físico e de alma. São esses os mundos
Superiores e Celestes onde o bem reina sem qualquer mistura.
Sabemos que mundos físicos tal como a Terra, passam por modificações
físicas. Modificações essas que acompanham a evolução dos seres que o
habitam. Assim é que a terra, há milênios foi um Planeta Primitivo. Seu
aspecto era então muito diferente do que é hoje. Na sua origem, foi uma
massa incandescente. Foi esfriando pouco a pouco e sua superfície,
principiou a endurecer. Pode-se compara-la diz a (Gênese) a um bloco de
carvão ao sair da fornalha e cuja superfície se apaga e esfria ao contato
com o ar. Mantendo-se lhe o interior em estado de ignição. E em
conseqüência do esfriamento, os elementos formaram novas constituições
ou combinações. O ar muito dilatado, decerto se estendia a uma distância
imensa e toda água forçosamente transformada em vapor se encontrava
misturada com o ar. As matérias suscetíveis de se volatilizarem, tais como
os metais o enxofre e o carbono se achavam em estado de gás. A
atmosfera nada tinha de comparável ao que é hoje. A densidade de todos
esses vapores lhe dava uma opacidade que nenhum raio de Sol podia
atravessar. A atmosfera era uma fornalha abrasadora. Esse foi o período
primitivo da Terra. Sucederam-se depois outros períodos.
Creio eu, que não temos muito que comemorar pois, espiritualmente
estamos crescendo muito vagarosamente. Nossa moral que é
predominante para o nosso progresso espiritual ainda está em baixa,
devemos melhorar em muito nossa conduta. Por outro lado, sejamos
esperançosos, por que, esta maravilhosa doutrina dos espíritos que ainda é
nova, veio para nos auxiliar. Nossa modificação através de seus
ensinamentos nos dá a condição de crescimento sólido, pois o que
prevalece é o espírito.
3. Do ensino dado pelos Espíritos, resulta que muito diferentes umas das
outras são as condições dos mundos, quanto ao grau de adiantamento ou
de inferioridade dos seus habitantes. Entre eles há-os em que estes últimos
são ainda inferiores aos da Terra, física e moralmente; outros, da mesma
categoria que o nosso; e outros que lhe são mais ou menos superiores a
todos os respeitos. Nos mundos inferiores, a existência é toda material,
reinam soberanas as paixões, sendo quase nula a vida moral. A medida
que esta se desenvolve, diminui a influência da matéria, de tal maneira que,
nos mundos mais adiantados, a vida é, por assim dizer, toda espiritual.
7. Faria dos habitantes de uma grande cidade, idéia muito falsa quem os
julgasse pela população dos seus quarteirões mais íntimos e sórdidos. Num
hospital, ninguém vê senão doentes e estropiados; numa penitenciária,
vêem-se reunidas todas as torpezas, todos os vícios; nas regiões
insalubres, os habitantes, em sua maioria são pálidos, franzinos e
enfermiços. Pois bem: figure-se a Terra como um subúrbio, um hospital,
uma penitenciaria, um sítio malsão, e ela é simultaneamente tudo isso, e
compreender-se-á por que as aflições sobrelevam aos gozos, porquanto
não se mandam para o hospital os que se acham com saúde, nem para as
casas de correção os que nenhum mal praticaram; nem os hospitais e as
casas de correção se podem ter por lugares de deleite.
Ora, assim como, numa cidade, a população não se encontra toda nos
hospitais ou nas prisões, também na Terra não está a Humanidade inteira.
E, do mesmo modo que do hospital saem os que se curaram e da prisão os
que cumpriram suas penas, o homem deixa a Terra, quando está curado de
suas enfermidades morais.
Julho/2008
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