COSMETOLOGIA

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Biocosméticos e Fitocosméticos

TEMA: QUÍMICA DAS FRAGÂNCIAS, AROMAS E ÓLEOS


ESSENCIAIS

Profa. Dra. Helilma Pinheiro


ROTEIRO
 A CONTRIBUIÇÃO DO OLFATO E DO PALADAR NA PERCEPÇÃO DOS AROMAS
 Aromas: Uma Percepção do Mundo
 Características e Propriedades das Moléculas: Requisitos Necessários Para que Elas
Estimulem Nossos Sentidos Químicos
 COMPONENTES BÁSICOS DE UM PERFUME
 COMPOSIÇÃO QUÍMICA DAS FRAGRÂNCIAS
 A QUÍMICA DOS PERFUMES
 EXTRAÇÃO DE ÓLEOS ESSENCIAIS
 DIFERENÇA ENTRE PERFUME E COLÔNIA
A CONTRIBUIÇÃO DO OLFATO E DO PALADAR NA
PERCEPÇÃO DOS AROMAS

É através dos cinco sentidos: O aroma de uma substância é gerado pela fusão de
tato, audição, visão, olfato e dois sentidos químicos: o olfato, responsável pela
paladar, que o ser humano percepção do cheiro, e o paladar, responsável pela
interage com o mundo a sua detecção do gosto dos alimentos, a partir do contato
volta. com moléculas de diferentes compostos químicos
(WOLKE, 2003; Oliveira, 2014).

Conseguem detectar moléculas


pois, têm uma natureza
química.

A Química é uma grande aliada dos sentidos, pois


auxilia a captar as diversas sensações e a partir
delas o cérebro gera as percepções acerca das
substâncias que ingerimos ou simplesmente temos
contato.
Aromas: Uma Percepção do Mundo

Mas e por que as pessoas têm diferentes reações ao mesmo alimento? Por que isso
ocorre? Afinal, uma pessoa pode gostar muito de chocolate, enquanto outra pode achar
que é muito doce. Algumas adoram queijo enquanto outras acham seu sabor e
cheiro desagradável.

O aroma é atribuído à combinação do gosto e do cheiro, ou seja, a mistura


dessas duas sensações (olfato e paladar) gera nossa percepção, o aroma.
Aromas: Uma Percepção do Mundo
Há uma confusão entre as sensações dos aromas e as dos sabores, na prática cotidiana
parecem ser sinônimas, mas não são.

É comum escutarmos uma pessoa


dizer que vai à sorveteria, pois lá existe uma infinidade de
sabores de sorvete.

Na realidade, o que ela tentou dizer é que existe uma porção de


aromas diferentes, afinal
o sabor de um sorvete tradicional é um só, o doce.
Aromas: Uma Percepção do Mundo
Nosso paladar através da língua é capaz de detectar apenas cinco sabores: o umami, o doce, o amargo, o azedo e o
salgado como mostra a figura.

Umami um sabor básico, ele está associado à


alimentos salgados, que incluem carne,
tomate, e ao aditivo alimentar glutamato
monossódico.
ABORDAGEM

Características e Propriedades das Moléculas: Requisitos


Necessários Para que Elas Estimulem Nossos Sentidos
Químicos.
Características e Propriedades das Moléculas: Requisitos
Necessários Para que Elas Estimulem Nossos Sentidos Químicos.
Tanto o paladar quanto o olfato são sentidos químicos, ou seja, dependem da interação de moléculas com receptores
neuronais específicos e interligam-se através do rinencéfalo na hora da formação da nossa percepção sobre o aroma.

Dessa forma, as sensações obtidas por esses sentidos são fortemente dependentes das estruturas
e das propriedades físico-químicas das moléculas que irão ativar esses receptores.

Em relação ao paladar a principal propriedade a ser compreendida é a


solubilidade e a partir dela podemos compreender como e qual a quantidade de um
determinado soluto pode se dissolver em um solvente a dada temperatura.
Características e Propriedades das Moléculas: Requisitos
Necessários Para que Elas Estimulem Nossos Sentidos Químicos.

Já para entendermos a dinâmica de nosso olfato, a principal propriedade físico-química a ser


estudada é a volatilidade dos componentes do objeto que está sendo cheirado.

Essa propriedade está diretamente relacionada às interações entre as moléculas dessas


substâncias, de forma a permitir a passagem do estado líquido ou do estado sólido
para a fase gasosa (evaporação e sublimação, respectivamente) e ser carreado pelo
ar até os bulbos olfativos no interior do nariz.
COMPOSIÇÃO QUÍMICA DAS FRAGRÂNCIAS

As fragrâncias características dos perfumes foram obtidas durante muito tempo exclusivamente a partir de
óleos essenciais extraídos de flores, plantas, raízes e de alguns animais selvagens.

Esses óleos receberam o nome de óleos essenciais porque continham a essência, ou seja,
aquilo que confere à planta seu odor característico.

Embora os óleos essenciais sejam ainda hoje obtidos a partir


dessas fontes naturais, têm sido substituídos cada vez mais por
compostos sintéticos, como veremos mais adiante.

Os químicos já identificaram cerca de três mil óleos essenciais, sendo que


cerca de 150 são importantes como ingredientes de perfumes
COMPOSIÇÃO QUÍMICA DAS FRAGRÂNCIAS

As técnicas usadas para isso baseiam-se em suas diferenças de solubilidade, volatilidade e temperatura de ebulição.

A extração por solventes, por exemplo, utiliza


o solvente éter de petróleo (uma mistura de hidrocarbonetos) para extrair óleos
essenciais de flores.

Já o óleo de eucalipto pode ser separado das folhas passando


através delas uma corrente de vapor de água (destilação por
arraste de vapor).
COMPOSIÇÃO QUÍMICA DAS FRAGRÂNCIAS

Uma vez obtido um óleo essencial, a análise química permite identificar quantos e quais componentes estão
presentes.

Antes do advento das técnicas modernas de análise de


óleos essenciais:
Hoje, é possível identificar todos os componentes
Cromatografia a gás;
de um óleo, mesmo aqueles que estão presentes em
quantidades mínimas. Alguns óleos essenciais
Espectrometria de massa;
chegam a ter mais
de 30 componentes.
Ressonância magnética nuclear;

Espectroscopia de infravermelho etc.)


COMPOSIÇÃO QUÍMICA DAS FRAGRÂNCIAS

Uma vez identificados os componentes de um óleo essencial, os químicos podem fabricá-los sinteticamente e torná-
los mais baratos.

Uma outra possibilidade é a síntese de novos compostos com


aroma similar ao produto natural, porém com estruturas
totalmente diferentes.

A grande maioria das fragrâncias usadas hoje em dia é fabricada em laboratório.

Os produtos sintéticos são usados para aromatizar


produtos de limpeza (sabões, detergentes, amaciantes de roupas) e
produtos de higiene pessoal (talcos, desodorantes), e para criar
ilusões, como deixar o plástico dos assentos de automóveis com
cheiro de couro.
COMPOSIÇÃO QUÍMICA DAS FRAGRÂNCIAS

Os produtos sintéticos talvez nunca substituam completamente os naturais.

Os perfumes mais caros usam os produtos sintéticos apenas para acentuar o aroma dos óleos naturais.

Para alguns óleos, como o patchouli e o de sândalo, os químicos ainda não encontraram substitutos
satisfatórios.

Uma grande contribuição da química sintética tem sido, sem sombra de dúvida, a
possibilidade de preservação de certas espécies animais e vegetais que corriam o
risco de extinção devido à procura desenfreada de óleos essenciais.

Uma outra contribuição é o barateamento dos


perfumes, permitindo seu uso por uma fatia mais ampla da população.
A QUÍMICA DOS PERFUMES

Os perfumes são formados principalmente por uma fragrância (que é a


essência ou óleo essencial), por etanol, que atua como solvente, e por um fixador.

As fragrâncias dos perfumes eram inicialmente extraídas dos óleos essenciais


de flores, plantas e animais.

O seu uso originou-se provavelmente


Vem do latim per, que significa em atos religiosos, em que os deuses
A palavra eram homenageados pelos seus
“origem de”
“perfume adoradores por meio de folhas,
madeiras e materiais de origem
animal, que, ao serem queimados,
É “fumaça” liberavam uma fumaça com cheiro
doce, como o incenso.
fumare
A QUÍMICA DOS PERFUMES

Os perfumes são misturas Inicialmente, tais fragrâncias eram provenientes


complexas de compostos principalmente de óleos essenciais extraídos de flores,
orgânicos, sendo que plantas, troncos, raízes e de animais selvagens, o que levou
essas misturas são chamadas de alguns destes a quase serem extintos.
fragrâncias, que são as essências
que promovem Para se ter uma ideia, no ano de 1900, 50 mil veados-
um odor agradável. almiscareiros, animais que habitam a Ásia Central,
morreram para que fossem extraídos deles 1400 kg de óleo de
almíscar, uma secreção de cor marrom e odor pungente que é
excretada por uma glândula localizada
no ventre do animal, sendo muito usada em perfumaria.

Felizmente, o avanço da Química propiciou que os cientistas conseguissem identificar com precisão os
componentes de tais essências e, com isso, hoje são sintetizadas em laboratório
fragrâncias artificiais, que conseguem imitar as fragrâncias naturais e, assim, poupar
os animais. As flores e plantas também são poupadas.
A QUÍMICA DOS PERFUMES

O desenvolvimento de fragrâncias sintéticas traz Apesar de atualmente a grande maioria


benefícios econômicos para os produtores e das fragrâncias ser sintética, elas não substituem
consumidores de perfumes, pois como mostra o totalmente as fragrâncias naturais.
caso do óleo de jasmim, quando ele é natural, seu
preço chega a cinco mil reais, já o sintético chega a
custar apenas cinco reais.

A extração dos óleos essenciais de origem


vegetal pode ser feita por meio de técnicas que
levam em conta as propriedades da substância,
como a solubilidade, a
temperatura de ebulição e a volatilidade.
A QUÍMICA DOS PERFUMES

Alguns exemplos de técnicas usadas com essa


finalidade são a destilação por arraste de vapor e o
uso de solventes orgânicos, como o éter de petróleo.
Após a extração, a essência é analisada por meio de Alguns óleos possuem até 30 componentes
técnicas como espectrometria e cromatografia.

Exemplos são os compostos orgânicos do grupo dos fenóis,


como o eugenol (óleo de
cravo), e do grupo das cetonas cíclicas, como a cis-jamona
(óleo de jasmim), muscona
(presente no óleo do veado-almiscareiro (Moschus
morschiferus)) e a civetona (óleo
do civete (Viverra civetta)), do grupo dos alcadienos, como o
limoneno (óleo da
laranja) e o geraniol (óleo de rosas), entre outros.
A QUÍMICA DOS PERFUMES

Já entre as fragrâncias artificiais estão, por exemplo, o alfa amil cinamaldeído


(fragrância artificial do óleo de jasmim), trinitrobutil-meta-xileno (fragrância artificial do
almíscar – retirado do veado-almiscareiro), ácido fenilacético (fragrância artificial do
óleo da flor de laranjeira), benzoato de metila (fragrância artificial do cravo) e muitos outros.

Além das fragrâncias, os outros dois componentes principais


dos perfumes são um solvente e um fixador.

Geralmente o solvente utilizado é o etanol, que O fixador é usado para prolongar o efeito do aroma,
tambémpossui uma quantidade de água. tendo em vista que ele retarda a evaporação da
essência.
A QUÍMICA DOS PERFUMES
EXTRAÇÃO DE ÓLEOS ESSENCIAIS

Você sabe como o óleo essencial das plantas que contém os compostos
aromáticos, é extraído?

Deve-se o odor agradável nesses produtos deve-se


às fragrâncias, que podem ser de origem natural ou
artificial.

Assim, o primeiro passo para a fabricação dos perfumes é a


obtenção das fragrâncias, que, no caso dos naturais, são
obtidas por meio da extração dos óleos essenciais,
chamados também de essências, provenientes principalmente
dos vegetais, como
flores, folhas, raízes, caule, frutos e sementes.
EXTRAÇÃO DE ÓLEOS ESSENCIAIS

Três métodos principais usados para a extração de solventes de flores e folhas das plantas.

Como o próprio nome indica, essa técnica de extração a frio é usada para a extração
dos óleos essenciais de flores delicadas, sensíveis ao calor e que possuem um baixo
1- Enfloração (enfleurage):
teor desses óleos. Basicamente, consiste em colocar camadas das pétalas de flores
frescas sobre cera em uma placa de vidro.

Todos os dias essa camada de flores é trocada


por novas e, lentamente, a cera extrai esses componentes
aromáticos, sendo posteriormente filtrada e destilada em baixa
temperatura.

O líquido oleoso obtido é misturado ao álcool e novamente


destilado.
EXTRAÇÃO DE ÓLEOS ESSENCIAIS

2- Hidrodestilação ou destilação por arraste de vapor d'água:

 Matéria-prima, geralmente folhas de plantas;


 Balão de fundo redondo misturado com água
destilada ;
 Balão é aquecido em uma manta térmica até
a ebulição;
 Vapor da água arrasta essas substâncias
aromáticas voláteis e chega ao condensador,
passando por um resfriamento, onde essa
mistura volta para o estado líquido;
 Óleos essenciais não se misturam com a
água, ocorrendo uma separação de fases, em
que a fase oleosa fica na parte de cima, e a
fase aquosa, na parte de baixo;
 O aparelho possui uma torneira que é aberta
e primeiro obtém-se a água; fecha-se a
torneira e obtém o óleo.
EXTRAÇÃO DE ÓLEOS ESSENCIAIS

O solvente usado varia conforme a necessidade. Pode, por


3. Extração por solvente: exemplo, ser o etanol ou o éter de petróleo, que é indicado para
a extração de óleos essenciais de flores.

 Solvente é colocado em um balão de fundo redondo que é


aquecido em uma manta aquecedora até a ebulição.

 O vapor do solvente sobe, sendo resfriado


no condensador de bolas ou tipo serpentina, e passa para a
região do Soxhlet, onde está a amostra da matéria-prima em
um papel de filtro.

 Assim, o solvente extrai os componentes aromáticos,


enchendo cada vez mais essa vidraria.
Quando ela enche por completo, o solvente com a essência
cai novamente para o balão e o processo continua quantas
vezes forem necessárias, extraindo cada vez mais compostos
aromáticos.

DIFERENÇA ENTRE PERFUME E COLÔNIA

A diferença entre perfume e colônia está simplesmente na porcentagem que o óleo essencial aparece na composição
do produto. Os perfumes são mais concentrados.

Quem nunca passou pela experiência de sentir o cheiro de um


perfume que nos faz lembrar de pessoas, emoções e sensações
já vividas?

Praticamente todo mundo já passou por isso, porque os


Os odores agradáveis ajudam a indicar esse
perfumes fazem parte das experiências humanas desde
aspecto de limpeza.
a antiguidade.
DIFERENÇA ENTRE PERFUME E COLÔNIA

Esse fator estético, aliado ao desenvolvimento de técnicas químicas que permitiram a síntese de mais fragrâncias,
resultou em uma grande quantidade de perfumes, águas-de-colônia, Deo Colônias, entre outros.

perfume é composto basicamente de três componentes


Mas você sabe qual é a diferença entre principais:
esses tipos de produto? (1) Fragrância: é a essência que promove o odor agradável, é o
odor básico extraído de vegetais ou animais, além daqueles
sintetizados em laboratório;
(2) Solvente: os perfumes contêm uma mistura de fragrâncias
dissolvidas em um solvente que geralmente é o etanol. Já o
etanol sempre contém determinada quantidade de água.
OBS:Outros álcoois também podem ser utilizados, como o
propileno glicol, para aumentar a solubilidade da essência no
solvente;
(3) Fixador: serve para diminuir a evaporação da essência e
aumentar o tempo que o perfume é sentido.
DIFERENÇA ENTRE PERFUME E COLÔNIA

Assim, todos os produtos que exalam odores agradáveis e têm essa finalidade
de perfumar são chamados de perfumes. No entanto, é de acordo com a sua
concentração que os perfumes são classificados nessas diferentes denominações.
DIFERENÇA ENTRE PERFUME E COLÔNIA

Queremos aqui chamar a atenção para o primeiro e o segundo


componentes dos perfumes mencionados acima, pois a
diferença entre os vários produtos de perfumaria deve-se
basicamente à diferença de porcentagens das essências, isto é, a
sua concentração na fórmula.

Veja a tabela para entender essa classificação, lembrando que o


tempo de duração média desses produtos na pele pode variar de
acordo com o tipo de pele, como o tempo de duração da
fragrância em peles secas é menor do que em peles oleosas.
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