Globalização
Globalização
Globalização
A globalização, ao invés de igualar e a universalização das culturas, ou seja, valor de troca das mercadorias como mediação
fundamental das relações sociais. Acabou gerando discórdias e radicalismo no seio das sociedades. Em todo o Ocidente,
houve um desequilíbrio de distribuição de riquezas acumulando nas mãos de poucos e degradando multidões para linha da
pobreza. Perda do poder aquisitivo, instabilidade no trabalho, desemprego e empobrecimento. É de crucial importância
ressaltar que, no cenário atual de globalização, os países estão cada vez ligados uns aos outros com relações políticas e
econômicas, e com tecnologias cada vez mais avançadas, com as informações praticamente instantâneas. Toda a tecnologia
que a globalização traz é muito benéfica, porém ela aumenta o abismo entre os países desenvolvidos e os
subdesenvolvidos.
A globalização tem duas faces: uma para os países desenvolvidos, na medida em que traz tecnologia, informação, facilidade
em transporte; contudo, para os países subdesenvolvidos, o mundo globalizado é excludente, pois os países ditos não têm
toda a tecnologia necessária para se desenvolver. Suas informações são descartáveis e manipuladas, e também não é
possível ter a facilidade em se transportar de um lugar para o outro. Milton Santos (2006) leciona que o mundo se tornou
com mais fácil acesso para quem tem dinheiro, fruto do globalismo. Porém é perverso com quem não possui dinheiro. As
diferenças entre as classes sociais estão cada vez maiores e toda a tecnologia da globalização se torna privada. Seria apenas
para um grupo de pessoas, uma minoria que pode ter acesso a todo esse poder e a revolução tecnológica dos dias atuais.
No que diz respeito às externalidades negativas advindas do processo de globalização, um exponencial estudo foi
desenvolvido pelo geógrafo Milton Santos. O autor apresenta a globalização como fábula, como perversidade e pontua
“uma outra globalização”. Nesse diapasão, Santos (2006, p. 10) sintetiza a temática ao explicar que:
De fato, para a grande maior parte da humanidade a globalização está se impondo como uma fábrica de perversidades.
O desemprego crescente torna-se crônico. A pobreza aumenta e as classes médias perdem em qualidade de vida. O
salário médio tende a baixar. A fome e o desabrigo se generalizam em todos os continentes. Novas enfermidades como
a SIDA se instalam e velhas doenças, supostamente extirpadas, fazem seu retorno triunfal. A mortalidade infantil
permanece, a despeito dos progressos médicos e da informação. A educação de qualidade é cada vez mais inacessível.
Alastram-se e aprofundam-se males espirituais e morais, como os egoísmos, os cinismos, a corrupção.
Santos traz dois fatores como forma de explicar o globalismo: A violência do dinheiro e a violência da informação.
Tratam-se dois fatores de muita importância em um mundo globalizado, pois o dinheiro é o motor do mundo atual e a
informação faz com que quem já possui poder, ganhe cada vez mais. Milton Santos (2006, p. 20) discorre sobre a
violência da informação:
O que é transmitido à maioria da humanidade é, de fato, uma informação manipulada que, em lugar de esclarecer,
confunde. Isso tanto é mais grave porque, nas condições atuais da vida econômica e social, a informação constitui um
dado essencial e imprescindível. Mas na medida em que o que chega às pessoas, como também às empresas e
instituições hegemonizadas, é, já, o resultado de uma manipulação, tal informação se apresenta como ideologia.
Portanto, em um mundo globalizado no qual os conflitos deveriam estar cada vez mais difíceis de ocorrer, eles ganham um
novo fôlego, uma nova onda de motivos para começar novas guerras. Separatismo e nacionalismo ganham muita força,
principalmente em áreas que foram muito exploradas por anos por europeus e estadunidenses. Áreas como o continente
africano seriam um bom exemplo das guerras que ocorrem devido à época de exploração em que os países europeus
dividiram o continente, unindo diferentes culturas e nações. Atualmente pode-se dizer que grande parte das guerras veio
a cabo devido a esses conflitos nacionais e separatistas.
Por fim, vale destacar a questão da soberania nacional. Os conflitos contemporâneos e o fenômeno da globalização,
Estado Moderno não tem a força que antes possuía, porém ainda é quem rege as leis internas para as transnacionais e
multinacionais, ainda dá a elas a infraestrutura para que possam produzir, na teoria seria simples olhar dessa maneira,
porém ao analisar mais cautelosamente, percebe-se que os países subdesenvolvidos, os Estados mais fracos não têm
forças para ir ao encontro das exigências dos países desenvolvidos e há casos em que algumas multinacionais, têm uma
economia mais forte do que alguns países subdesenvolvidos. Reitera-se que, para analisar os conflitos e suas
complexidades, devem ser observados muitos detalhes O poder de influência que a globalização exerce seria mais um
fator a acrescentar para a análise de conflitos atuais.
ATIVIDADE
1- No texto o mesmo autor nos diz que a Globalização é perversa, pois traz várias consequências para a
sociedade. Descreva essas consequências.