Aula 3 - Gerenciamento de Rejeitos

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PROTEÇÃO E HIGIENE

RADIOLÓGICA
Autor: Colégio Cenep
GERENCIAMENTO DE REJEITOS

Qualquer material resultante de atividades humanas, que


contenham radioisótopos em quantidades superiores aos limites de
isenção especificados na Norma CNEN-NE-6.02- Licenciamento de
Instalações Radioativas, e para o qual a reutilização é imprópria ou
não prevista, é considerado rejeito radioativo.
O conjunto de atividades técnicas e administrativas envolvidas na
coleta, na segregação no manuseio, no transporte, no
armazenamento, no controle e na disposição final dos rejeitos
radioativos compõe o gerenciamento de rejeitos radioativos.
Os métodos que, na prática, podem ser utilizados para garantir a
segurança no ambiente de trabalho e a minimização do volume e
dos custos no gerenciamento são parte do programa de
otimização e gerenciamento.
ETAPAS DO GERENCIAMENTO SEGREGAÇÃO E
COLETA

 Estado físico dos rejeitos: sólidos líquidos, sólidos biológicos.


 Tempo de meia-vida do radioisótopo: curta ou longa (T¹/²> 60
dias).
 Compactáveis ou não compactáveis
 Orgânicos ou inorgânicos; putrescíveis ou patogênicos se
preciso; demais características perigosas (explosividade,
combustibilidade, inflamabilidade, corrosividade e toxidade
química).
 Após a segregação, os rejeitos devem ser identificados com
etiqueta mencionando suas características. Devem, ainda, ser
armazenados em recipientes adequados para que sejam
asseguradas suas condições de integridade.
Para que haja otimização no gerenciamento, é necessária a
caracterização. Ela é a etapa do gerenciamento, quando se determina a
concentração radioativa, ou seja, determina-se a atividade específica do
rejeito. Portanto, torna-se necessário conter todas as informações sobre
os procedimentos do experimento. A determinação da concentração
radioativa é essencial para definir o destino dos rejeitos.
TRATAMENTO
O tratamento dispensado aos rejeitos do Grupo C- Rejeitos
Radioativos- é o armazenamento, em condições adequadas para o
decaimento do elemento radioativo. O tratamento para o
decaimento deve prever mecanismo de contenção, de maneira a
garantir que a exposição ocupacional esteja de acordo com os
limites estabelecidos na norma NE- 3.01 da CNEN. Quando o
tratamento for realizado na área de manipulação, devem ser
utilizados recipientes blindados individualizados.
Quando for feito em sala de decaimento, esta deve possuir
paredes blindadas ou os rejeitos radioativos devem estar
acondicionados em recipientes individualizados com blindagem.
De acordo com a norma CNEN-NE- 6.05, o limite de descarte para os
rejeitos sólidos é de 74 Bq/g (2nCi/g), para qualquer radioisótopo.
Isso significa que os rejeitos cuja atividade específica seja inferior
a 74 Bq/g são considerados resíduos e podem ser eliminados na
coleta de lixo urbano ou hospitalar.
Os rejeitos com atividade específica superior a esse limite devem ser
armazenados na própria instalação por um período que permita o
decaimento de sua atividade até valores inferiores ao limite de
descarga.
Os rejeitos com concentração de atividades ou atividade total
superior aos limites apresentados devem ser armazenados na própria
instalação por um período que permita o decaimento de sua
atividade até valores inferiores ao limite de descarga.
LOCAL DE ARMAZENAMENTO PARA
DECAIMENTO

O local de instalação destinado ao armazenamento dos


rejeitos deve atender a diversos critérios estabelecidos na
norma CNEN-NE- 6.05
ELIMINAÇÃO

Para os rejeitos sólidos, em geral, o período máximo de


armazenamento é de dois anos. Os rejeitos com concentração de
atividade superior ao limite de descarte e que necessitem de um
período de armazenamento superior a dois anos deve ser enviado
ao instituto da CNEN para tratamento.
Enquadram-se nessa categoria, sobretudo, os rejeitos contendo
3H e 14C.
BIOSSEGURANÇA/INTRODUÇÃO
Biossegurança compreende o “conjunto de ações voltadas para a
prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes ás
atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento
tecnológico e prestação de serviços, riscos que podem comprometer
a saúde do homem, dos animais, do ambiente ou a qualidade dos
trabalhos desenvolvidos” (Comissão de Biossegurança – Fiocruz).
A qualidade em biossegurança, por sua vez, compreende o “conjunto
de ações voltadas para a prevenção, minimização ou eliminação de
riscos inerentes às atividades de pesquisa, ensino, desenvolvimento,
tecnologia e prestação de serviços visando à saúde do homem, dos
animais, à preservação do ambiente e à qualidade dos resultados”
(Comissão de Biossegurança – Fiocruz).
Por biossegurança hospitalar entende-se a área responsável por
sensibilizar e informar os profissionais que trabalham em
estabelecimentos de saúde, norteando- o quanto á minimização dos
riscos ocupacionais causados por material biológico, químico e físico:
quanto às condutas, já preconizadas pelo Ministério da Saúde,
referente aos acidentes com material biológico: ao uso abusivo de
produtos químicos; ao controle da infecção hospitalar; ao descarte de
resíduos; à contaminação do ambiente e, finalmente, ao uso
adequado de equipamentos de proteção individual e coletiva.
REFERÊNCIAS

BITELLI,T. DOSSIMETRIA e higiene das radiações. Brasil: Grêmio


Politécnico, 1982.548p.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Diretrizes de proteção radiológica em radiodiagnostico médico.Brasil:
Anvisa, 1988. (Portaria n.453).
Serviços de radioproteção. Serviços de Resolução. Rio de Janeiro:CNEN,
1988. (CNEN-NE-3.02).
MEDEIROS, R. B. Radioproteção no manuseio de radioisótopos: guia
prático. Publicação CEDESS/Unifesp,1998.
OKUNO, E.; CHOW, C.; CALDAS, L. Física para ciências biológicas e
biomédicas. São Paulo: Harbra, 1982.
SOARES, F.A.; LOPES, H.B. Radiodiagnóstico: fundamentos físicos.2. ed.
Santa Catarina: Insular, 2006.

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