Limites - 8 - 11 Anos

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Felipe Biasus

Psicólogo
Mestre em Psicologia – UFSC
Prof. do Curso de Psicologia - URI
Antes de falar em limites... O
contexto...
• Quais as características do mundo de
hoje?

• Como é viver neste mundo?

• Qual o motivo que nos faz ter tantas


dúvidas?
Limites,
Limites, sim ousim
nãoou não
Antigamente , ninguém discutia o assunto.

Criança não sabia e, portanto precisava aprender e os adultos


tinham que ensinar.

Exemplos:

Se o menino fazia algo errado, respondia mal a vovó, agredia


um coleguinha ou não queria fazer o “dever de casa” os pais
não tinham dúvidas – agiam, corrigiam “castigavam” muitos
até batiam e as professoras usavam palmatórias.
Limites, sim ou não

• Atualmente , tanto no campo das relações humanas


como no da educação as pessoas mudaram,
aprenderam a respeitar as crianças, entendendo que
elas têm sim, querer, como: gostos, aptidões próprias
e até indisposições passageiras, como nós adultos.
Limites,
Limites, sim ousim
nãoou não
• Muita coisa melhorou para as crianças e para os
adultos também. O poder absoluto dos pais sobre os
filhos foi substituído por uma relação democrática,
tornando assim o relacionamento entre pais e filhos
mais autêntico e menos autoritário.
Limites,
Limites, sim ousim
nãoou não
• É possível ser um pai moderno , sem perder a
autoridade, sem deixar que os filhos cresçam sem
limites e sem capacidade de compreender e
enxergar o outro.
• É fundamental os pais acreditarem que dar limites
é importante, é iniciar o processo de
compreensão e apreensão do outro.
Limites,
Limites, sim ousim
nãoou não

• Os pais querem muito verem os filhos


crescendo rumo a felicidade, por isso é
necessário ajudá-los. Porque ninguém, ao vir
ao mundo, sabe o que é certo e o que é errado.
Dar limites é ...
• Ensinar aos filhos que os direitos são iguais para todos e que
existem outras pessoas no mundo.

• Fazer a criança compreender que seus direitos acabam onde


começam os direitos dos outros.

• Dizer “sim” sempre que possível e “não” sempre que


necessário, só dizer “não” aos filhos quando houver uma
razão concreta.

• Ensinar a tolerar pequenas frustrações no presente para que,


no futuro, os problemas da vida possam ser superados com
equilíbrio e maturidade.
Dar limites não é ...
• Bater nos filhos para que eles se comportem.

• Fazer só o que o pai ou a mãe, querem ou até estão com


vontade de fazer.

• Ser autoritário ou provocar traumas emocionais.

• Deixar de explicar o “porquê” das coisas, apenas impondo a


“lei do mais forte”.

• Gritar com as crianças para ser atendido.

• Invadir a privacidade a que todo ser humano tem direito.


O que pode acontecer quando não se
dá limite
A criança que não aprende a ter limites para o seu querer,
para os seus desejos e vontades, tende a desenvolver um
quadro de dificuldades.
Exemplos:
• Descontrole emocional, histeria e raiva.

• Dificuldade crescente de aceitação de limites.

• Distúrbios de conduta, desrespeito aos pais, colegas e


autoridades, incapacidade de concentração, dificuldade
para concluir tarefas, excitabilidade baixo rendimento.
O que pode acontecer quando não se
O que pode acontecer quando
dá limite não se
dá limite

• Agressões físicas se contrariado, descontrole,


problemas de conduta, problemas
psiquiátricos nos casos em que há
predisposição.
Por que não bater
• Porque bater nada tem a ver com ensinar a ter limites, na
verdade , são atitudes até opostas. Quem bate dá uma aula
de falta de limites próprios e de covardia.

• Existem formas mais eficientes e humanas de manter a


disciplina, com mensagens bem mais positivas do que
agressão física.

• Com o tempo a palmadinha leve no bumbum deixa de


surtir efeito, se transformando em palmadas cada vez mais
fortes e depois em verdadeiras surras.
Por que Por
não que
baternão bater
• A criança deixa de fazer certas coisas por medo de
apanhar , a criança não aprende verdadeiramente.

• Bater não resolve os problemas da relação. Apenas


encobre os conflitos e, ainda assim, por pouco tempo.

• Depois que os pais se acalmam, sentem-se culpados e


tendem a “afrouxar” de novo os limites , para aplacar a
sensação aflitiva de culpa, perpetuando a situação de
conflitos.
O que a palmada realmente ensina é...
• A perda de interesse pela atividade que estava
desenvolvendo no momento em que apanhou.

• Que o comportamento agressivo é válido.

• Que a agressão física é uma atitude normal e


praticável (afinal se papai e mamãe estão
fazendo...).
Mas como disciplinar sem bater?
• Premiando ou recompensando o bom
comportamento.

• Entendendo que premiar não é


obrigatoriamente “dar coisas materiais”.

• Fazendo com que a criança assuma as


consequências dos seus atos (positivos ou
negativos).
Como fazer os filhos assumirem as
consequências de seus atos
• Usando prêmios ou recompensas.

• Lembrando que premiar é sempre melhor do


que castigar.

• Acreditando que responsabilização (ou


consequência) pode ser necessária algumas
vezes.

• Cumprindo e fazendo cumprir as regras.


Como fazer os filhos assumirem as
consequências de seus atos

• Lembrando que prêmios e recompensas podem não


ser coisas materiais - abraço de corpo e alma, beijo
estalado, elogio verbal, simples e direto, um
bilhetinho afetuoso, com elogios relacionados ao
fato.
Prêmios que agradam muito, sempre

• Assistir a um filme que o filho escolhe.

• Fazer companhia a ele no fim de semana, num


programa que ele escolha.
Prêmios que podem ser usados
apenas eventualmente
• Poder ficar mais tempo
brincando/conversando com os amigos.

• Um cd/dvd que a criança queria muito.

• Evite dar dinheiro ou presentes caros como


prêmios por bom comportamento.
Tenha sempre em mente
• Coerência, segurança, justiça e igualdade são
imprescindíveis.

• Toda consequência ou responsabilização deve ser


adequada, para pequenos deslizes, pequenas
consequências, para atos mais graves,
consequências mais sérias.

• Premiar atitudes positivas é tão importantes


quanto não deixar de corrigir os erros.
Como não perder a autoridade
ao disciplinar
• Cumpra o que disse (seja prêmio ou consequência).

• Seja coerente.

• Faça com seus filhos gradualmente assumam


responsabilidades.

• Cuidado com o que você diz e com o modo como diz.


A medida que passam os anos a
criança apresenta novas necessidades
• É fundamental distinguir entre necessidades e desejos.
desejos

• Necessidades é algo inevitável, algo que, se não


atendido, pode levar o indivíduo a ter problemas no seu
desenvolvimento, seja físico, intelectual ou emocional.

• Desejo é a vontade de possuir algo, de realizar algo,


que pode não ser importante para o desenvolvimento.
Está vinculado ao prazer.
Entre 08 e 11 anos
Necessidades:

• Grande atividade física.

• Sentir-se parte da família, tendo algumas


tarefas domésticas sob sua responsabilidade.

• Maior independência.

• Relacionar com os pais harmoniosamente.


Entre 08 e 11 anos
• Necessário estabelecer períodos de repouso
ou atividades mais sossegadas.

• Acostume seus filhos a dizerem onde


estarão e com quem.

• Tenha sempre um tempinho diário para


conversar com seu filho.
Entre 08 e 11 anos
• Alerte sobre a possibilidade de oferecerem drogas.

• Dê a seu filho a segurança de que, ao dizer “não” ele


não perderá o amigo.

• Deixe muito claro que ele deve recusar sempre.

• Fale claramente com seu filho a questão da


dependência.
Entre 08 e 11 anos
• Atenção com o que está ocorrendo na vida
dos seus filhos – não confunda respeito com
falta de supervisão.

• Supervisione a higiene pessoal .

• Reforce os valores éticos – oriente-os quanto


a competição sadia e honesta.
Tudo isso posto...

• Lembre-se de que, quando necessário,


embora com autoridade e não
autoritariamente, a última palavra para os
filhos, será a dos pais.
Tudo isso posto...
É importante que os filhos saibam que:
• Embora, pratiquem a democracia no lar;

• Que respeitem suas opiniões, sua personalidade;

• Que instituem o diálogo como marca maior na


família;

• Que haja respeito e harmonia que possível.


Limites dos pais
• Para dar limites os pais têm, também eles, que dar
limites – ninguém pode dar o que não tem, não é
mesmo?

• Especialmente ao usar seus direitos, não esqueça dos


direitos dos filhos.

• Amor – segurança – respeito – igualdade de


tratamento – justiça e disponibilidade de tempo dos
pais.
Portanto, a última palavra será dos pais,
até que eles sejam adultos independentes.
Sem autoritarismo e nada de violência ou
desrespeito.
Obrigado pela atenção.
Felipe Biasus
[email protected]

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