O documento discute a relação entre Ciência Política e Teoria Geral do Estado. A Teoria Geral do Estado é uma disciplina de síntese que estuda o Estado sob diferentes ângulos para compreender sua totalidade. A Ciência Política estuda a organização política e comportamentos políticos sem levar em conta elementos jurídicos. A Teoria Geral do Estado considera elementos jurídicos e não jurídicos para entender o Estado.
O documento discute a relação entre Ciência Política e Teoria Geral do Estado. A Teoria Geral do Estado é uma disciplina de síntese que estuda o Estado sob diferentes ângulos para compreender sua totalidade. A Ciência Política estuda a organização política e comportamentos políticos sem levar em conta elementos jurídicos. A Teoria Geral do Estado considera elementos jurídicos e não jurídicos para entender o Estado.
O documento discute a relação entre Ciência Política e Teoria Geral do Estado. A Teoria Geral do Estado é uma disciplina de síntese que estuda o Estado sob diferentes ângulos para compreender sua totalidade. A Ciência Política estuda a organização política e comportamentos políticos sem levar em conta elementos jurídicos. A Teoria Geral do Estado considera elementos jurídicos e não jurídicos para entender o Estado.
O documento discute a relação entre Ciência Política e Teoria Geral do Estado. A Teoria Geral do Estado é uma disciplina de síntese que estuda o Estado sob diferentes ângulos para compreender sua totalidade. A Ciência Política estuda a organização política e comportamentos políticos sem levar em conta elementos jurídicos. A Teoria Geral do Estado considera elementos jurídicos e não jurídicos para entender o Estado.
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Ciência Política e Teoria
Geral do Estado: Noção, Objeto e Método
Profa. Socorro Moura
A relação Teoria Geral do Estado e Ciência Política
• Parte da responsabilidade das disciplinas não-jurídicas no curso de Direito
• Refere-se à necessidade de conhecer as instituições e os problemas da sociedade contemporânea • Funções: levar a aquisição de consciência da organização da sociedade e do papel a ser desempenhado nela; • apreensão da forma e dos métodos de resolução dos problemas sociais, para impedir a mera reprodução de fórmulas importadas de realidades estranhas às particularidades sociais; • acessar o conhecimento que interfere na elaboração do direito. • Interesse mais acadêmico que prático: disciplina obrigatória [inserida nos currículos brasileiros como parte integrante da Ciência Política] A justificativa teórica para a relação Ciência Política e Teoria Geral do Estado
• É impossível desenvolver estudos da Ciência Política sem considerar o
Estado, dado que este tem poder jurídico sem perder seu caráter político • O conceito weberiano [Max Weber, 1903] de Política: conjunto de esforços feitos com vista a participar do poder ou a influenciar a divisão do poder, seja em Estados ou no interior de um único Estado; • Richard Bellamy [1993]: o Estado é de interesse central para a política, sendo ele o um locus para o exercício do poder, um produtor de decisões e a comunidade política primária para muitos seres humanos, contemporaneamente A Teoria Geral do Estado • Disciplina de síntese: sistematiza conhecimentos jurídicos, filosóficos, sociológicos, políticos, históricos, antropológicos, econômicos, psicológicos. • Objetivo: o aperfeiçoamento do Estado, como um fato social e uma ordem que procura atingir suas finalidades com eficácia e justiça • Objeto: o Estado em sua totalidade – todos os seus aspectos [origem, organização, funcionamento e finalidades], além da compreensão de que tudo que nele existe e tenha influência sobre ele é parte do seu âmbito. • Abrange elementos jurídicos e não jurídicos do Estado As abordagens acerca do estudo do Estado • Filosófica – Filosofia do Estado: enfatiza a busca por uma justificativa ética [humana] para o Estado[o dever-ser], se distancia excessivamente da realidade concreta [o ser], inferiorizando o caráter pragmático do Estado; • Sociológica – Sociologia do Estado: eminentemente realista, dá absoluta preponderância aos fatos concretos, ignorando os abstratos ou juízos de valor [faz um julgamento de fato – o ser]; • Jurídica – considera e admite apenas o Estado como realidade normativa, criado pelo direito para realizar fins jurídicos, afirmando-se como formalismo jurídico, e estuda o Estado a partir de considerações técnico-formais. • Culturalismo Realista – admite o Estado como um todo dinâmico, uma unidade indissociável, passível de ser estudado sob vários ângulos – a partir de sua gênese e evolução [doutrina sociológica], do ponto de vista da sua organização e personificação [doutrina jurídica] e observação dos seus fundamentos e fins [doutrina justificativa]. Cronologia da Teoria Geral do Estado Origem: fins do século XIX Raízes: Antiguidade greco-romana Platão, Aristóteles, Cícero – sem rigor científico, cunho filosófico [não há distinção entre a realidade observada e a realidade idealizada], enfoque ético [indica a melhor forma de convivência social – o dever-ser] Idade Média: Santo Agostinho, Santo Tomás de Aquino – Justificação da ordem existente com base em considerações teológicas Fim da Idade Média Marsílio de Pádua [O Defensor da Paz -1324] – reação inicial ao irrealismo, preconiza a separação Igreja/Estado, com independência recíproca A revolução maquiaveliana – o marco inicial • A revolução da Modernidade • Maquiavel [início do século XVI – 1513] - abandono dos fundamentos teológicos, busca de generalizações universais com base na própria realidade • A contribuição de Maquiavel: considera os valores humanos, faz uma observação aguda do seu contexto histórico-político e da organização/atuação do Estado; faz comparações históricas, vivencia a experiência política – funda a Ciência Política • Obra deturpada, proibida, condenada, porém, influenciadora da exigência do enfoque objetivo dos fatos políticos – ruptura com o irrealismo A Ciência Política
• Faz estudo da organização política e dos comportamentos políticos
• Utiliza a Teoria Política, mas não leva em conta os elementos jurídicos • Apresenta como limitação: o enfoque é insuficiente para a compreensão dos direitos, das obrigações e das implicações jurídicas contidas no fato político ou dele decorrentes As teorias posteriores • Século XVIII - Teoria da origem do Estado e da Sociedade civil • O Jusnaturalismo moderno – Hobbes, Locke e Rousseau • Influenciados pela ideia do Direito Natural • Busca fundamentar o direito por natureza, a organização social e a organização do poder político • Século XIX – sistematização jurídica dos fenômenos políticos • Surgimento da Teoria Geral do Estado como disciplina autônoma [1865] – objetivo: conhecer o Estado Conclusão • A Teoria Geral do Estado admite o Estado como um conjunto de fatos integrados numa ordem e ligados a fundamentos e fins, em permanente movimento. • Considera a impossibilidade de adoção de um método único: o método depende do ângulo enfocado ou associação permanente de métodos • Utiliza-se, via de regra, da indução [para obter-se generalizações], a partir de fatos considerados isolados e da dedução [para obter-se a explicação de fatos particulares], ou a fixação de perspectivas e, utiliza-se do método analógico [para estabelecer comparações]. • O resultado deve ser integrado em síntese – de uma lei geral [obtida por indução] tiram- se deduções que explicam outros fenômenos [a interação causal] • O Estado como a própria vida social submete-se permanentemente ao processo dialético, criando-se e recriando-se