Água

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ÁGUA

A água é um recurso renovável limitado e crítico em várias


regiões da Terra.

Para entender a água como uma necessidade, um recurso ou


como uma questão importante no problema da poluição, deve-se
conhecer suas características, seu papel na biosfera e na
sustentação da vida.
●Comparada com outros líquidos comuns, a água tem uma alta capacidade
de absorver e de armazenar calor.
○Importante significado climático.
○A energia solar aquece os oceanos do mundo, que armazenam enorme
quantidade de calor. O calor pode ser transferido para a atmosfera,
desenvolvendo furacões e outras tempestades.
●A água é um solvente universal.
○Algumas fontes de águas naturais são levemente ácidas, elas podem
dissolver uma grande quantidade de compostos, incluindo o cloreto de
sódio (sal de cozinha comum) e carbonato de cálcio (calcita) em pedra
calcária.
●Entre os compostos comuns, a água é a única em que as formas sólidas
são mais leves que suas formas líquidas.
○Ela se expande cerca de 8% quando se congela, tornando-se menos
densa. É por isso que o gelo flutua.
ciclo hidrológico
1. Evaporação da água das camadas
líquidas superficiais do solo, por
efeito dos raios solares.

2. Seguindo-se a formação de nuvens e


sua condensação e precipitação sob
a forma de chuva, granizo ou neve.

3. Uma parcela da água que se


precipita sobre o solo infiltra-
se, promovendo a sua rehidratação
e o recarregamento das reservas
freáticas.

4. Uma outra parcela, escoa


superficialmente formando os
córregos, rios e lagos.

A proporção de água de escoamento


superficial em relação à infiltração é
influenciada pela presença de cobertura
vegetal
Distribuição das águas na Terra

Fonte: http://water.usgs.gov/edu/graphics/portuguese/earthwheredistribution.gif
Água no mundo
Continente População Recursos Hídricos
Ásia 60% 36%
América do Sul 6% 26%
América do Norte 8% 15%
África 13% 11%
Europa 13% 8%
Austrália e Oceania <1% 4%
Fonte: http://www.daescs.sp.gov.br/index.asp?dados=ensina&ensi=planeta
Situação brasileira
● De acordo com relatório divulgado pela UNESCO, o Brasil é o país
mais rico do mundo em recursos hídricos com 6,2 bilhões de m3 de
água doce (12% do total disponível no planeta).

● Porém, a distribuição de água em nosso país é bastante desigual.

O Brasil possui 12% da água


doce disponível no mundo

70% na região amazônica 30% no resto do país

Atende 7% da população Atende 93% da população


Fonte: http://www.daescs.sp.gov.br/index.asp?dados=ensina&ensi=planeta
Uso da água por setor no mundo

8%

22%
70%

Fonte: Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).


Principais usos da água
❖ Usos consuntivos – usos que retiram a água de sua fonte natural diminuindo
suas disponibilidades quantitativas, espacial e temporalmente.
✔Dessedentação de animais;
✔Uso para fins domésticos;
✔Agricultura, Pecuária, Irrigação;

❖ Usos não consuntivos - usos que retornam à fonte de suprimento, praticamente a


totalidade da água utilizada, pode haver alguma modificação no seu padrão temporal
de disponibilidade quantitativa.
✔ Navegação;
✔Piscicultura;
✔Recreação;
✔Transporte, diluição e depuração de efluentes.
Perfil do consumo de água
● Consumo crescente:
○ aumento da população
○ desenvolvimento industrial
○ outras atividades humanas
 
Aumento da retirada no sistema natural

Retorno na forma de efluentes

Alterações na qualidade
Água potável
● Água própria para o consumo humano.

● Para ser considerada como tal, ela deve obedecer a certos


padrões de potabilidade necessitando muitas vezes de
tratamento para se adequar ao consumo.

Portaria do Ministério da Saúde 2.914/2011

● Os métodos de tratamento vão desde a simples fervura até


operações mais complexas.
Parâmetros indicadores da qualidade da água
● PARÂMETROS FÍSICOS
Cor: derivada da existência de substâncias em solução,
sendo, na maioria dos casos, de natureza orgânica.

Turbidez: propriedade de desviar raios luminosos, é


decorrente da presença de materiais em suspensão na
água.
Parâmetros indicadores da qualidade da
água
● PARÂMETROS FÍSICOS

Sabor e Odor: presença de poluentes industriais ou


outras substâncias indesejáveis, tais como matéria
orgânica em decomposição, algas, etc.

Temperatura: influi em algumas propriedades da água


(densidade, viscosidade, oxigênio dissolvido), com
reflexos sobre a vida aquática. 
● A temperatura pode variar em função de fontes
naturais (energia solar) e fontes antropogênicas
(despejos industriais e águas de resfriamento de
máquinas).
Parâmetros indicadores da qualidade da
água
• PARÂMETROS QUÍMICOS

○ pH: indica se uma água é ácida (pH inferior a 7), neutra (pH igual a 7) ou
alcalina (pH maior do que 7);
■ o pH da água depende de sua origem e características naturais, mas
pode ser alterado pela introdução de resíduos;
■ pH baixo torna a água corrosiva; águas com pH elevado tendem a
formar incrustações nas tubulações;
■ a vida aquática depende do pH, sendo recomendável a faixa de 6 a 9.
Parâmetros indicadores da qualidade da água
• PARÂMETROS QUÍMICOS
○ Alcalinidade: causada por sais alcalinos, principalmente de sódio e cálcio;
■ mede a capacidade da água de neutralizar os ácidos;
■ em teores elevados, pode proporcionar sabor desagradável à água,
Parâmetros indicadores da qualidade da água
•PARÂMETROS QUÍMICOS
○ Dureza – concentração de íons de determinados minerais dissolvidos como sais alcalinos
terrosos (cálcio e magnésio), ou de outros metais bivalentes
■ em teores elevados; causa sabor desagradável e efeitos laxativos;
■ reduz a formação da espuma do sabão, aumentando o seu consumo s.

Classificação das águas, em termos de dureza (em Carbonato de cálcio):


⮚ Menor que 50 mg/L CaC03 - água mole
⮚ Entre 50 e 150 mg/L CaC03 - água com dureza moderada
⮚ Entre 150 e 300 mg/L CaC03 - água dura
⮚ Maior que 300 mg/L CaC03 - água muito dura
Parâmetros indicadores da qualidade da água
•PARÂMETROS QUÍMICOS
● Cloretos: dissolução de minerais ou da intrusão de águas do mar; podem advir dos
esgotos domésticos ou industriais;
○ em altas concentrações, conferem sabor salgado à água ou propriedades laxativas.

● Ferro e manganês: dissolução de compostos do solo ou de despejos industriais;


○ causam coloração avermelhada à água, no caso do ferro, ou marrom, no caso do
manganês, manchando roupas e outros produtos industrializados;
○ conferem sabor metálico à água;
○ as águas ferruginosas favorecem o desenvolvimento das ferrobactérias, que causam
maus odores e coloração à água e obstruem as canalizações.
Parâmetros indicadores da qualidade da água
•PARÂMETROS QUÍMICOS

●Nitrogênio: pode estar presente na água sob várias formas: molecular, amônia, nitrito, nitrato;
○ é um elemento indispensável ao crescimento de algas, mas, em excesso, pode ocasionar um
exagerado desenvolvimento desses organismos, fenômeno chamado de eutrofização;
○ são causas do aumento do nitrogênio na água: esgotos domésticos e industriais, fertilizantes,
excrementos de animais.

●Fósforo: é essencial para o crescimento de algas, mas, em excesso, causa a eutrofização;


○ suas principais fontes são:
■ dissolução de compostos do solo;
■ decomposição da matéria orgânica,
■ esgotos domésticos e industriais;
■ fertilizantes; detergentes;
■ excrementos de animais.
Parâmetros indicadores da qualidade da água
• PARÂMETROS QUÍMICOS
● Matéria Orgânica: a matéria orgânica da água é necessária aos seres heterótrofos, na
sua nutrição, e aos autótrofos, como fonte de sais nutrientes e gás carbônico;
○ em grandes quantidades podem causar problemas como: cor, odor, turbidez,
consumo do oxigênio dissolvido (na água) pelos organismos decompositores.
○ O consumo de oxigênio é um dos problemas mais sérios do aumento do teor de
matéria orgânica,
■ provoca desequilíbrios ecológicos, podendo causar a extinção dos organismos
aeróbios.
■ Geralmente, são utilizados dois indicadores do teor de matéria orgânica na água:
Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) e Demanda Química de Oxigênio (DQO).
Parâmetros indicadores da qualidade da água
• PARÂMETROS QUÍMICOS

Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) 


● Representa a quantidade de oxigênio que seria necessário fornecer às bactérias
aeróbias para consumirem a matéria orgânica presente em um líquido (água ou
esgoto).
● A DBO é determinada em laboratório, observando-se o oxigênio consumido em
amostras do líquido, durante 5 dias, à temperatura de 20 °C.

Demanda Química de Oxigênio (DQO)


● Quantidade de oxigênio necessária à oxidação da matéria orgânica através de um
agente químico.
● A DQO é determinada em laboratório, em prazo muito menor do que o teste da DBO.
Parâmetros indicadores da qualidade da água
• PARÂMETROS QUÍMICOS

Componentes Inorgânicos:
● Alguns metais pesados são tóxicos ao homem: arsênio, cádmio, cromo, chumbo,
mercúrio, prata, cobre e zinco;
● São incorporados à água através de despejos industriais ou a partir das atividades
agrícolas, de garimpo e de mineração.

Componentes orgânicos:
● Alguns componentes orgânicos da água são resistentes à degradação biológica,
acumulando-se na cadeia alimentar; entre esses, citam-se os agrotóxicos, alguns
tipos de detergentes e outros produtos químicos, os quais são tóxicos.
Parâmetros indicadores da qualidade da água
• PARÂMETROS QUÍMICOS

Fluoretos: os fluoretos têm ação benéfica de prevenção da cárie dentária; em


concentrações mais elevadas, podem provocar alterações da estrutura óssea ou a
fluorose dentária (manchas escuras nos dentes).

Oxigênio Dissolvido (OD):


● Águas com baixos teores de oxigênio dissolvido indicam que receberam matéria
orgânica; a decomposição da matéria orgânica por bactérias aeróbias é,
geralmente, acompanhada pelo consumo e redução do oxigênio dissolvido da
água;
● Dependendo da capacidade de autodepuração do manancial, o teor de oxigênio
dissolvido pode alcançar valores muito baixos, ou zero, extinguindo-se os
organismos aquáticos aeróbios.
Parâmetros indicadores da qualidade da água
● PARÂMETROS BIOLÓGICOS

Algas - em grandes quantidades, como resultado do excesso de nutrientes,


trazem inconvenientes:
● Sabor e odor; toxidez, turbidez e cor;
● Formação de massas de matéria orgânica que, ao serem decompostas, provocam
a redução do oxigênio dissolvido;
● Corrosão; interferência nos processos de tratamento da água
● Aspecto estético desagradável.

Coliformes Totais e Fecais - são indicadores de presença de microrganismos


patogênicos na água; os coliformes fecais existem em grande quantidade nas
fezes humanas e, quando encontrados na água, significa que a mesma recebeu
esgotos domésticos, podendo conter microrganismos causadores de doenças.
Política Nacional dos Recursos Hídricos

●Instituída pela Lei nº 9.433/1997.


●Art. 1º A PNRH baseia-se nos seguintes FUNDAMENTOS:
 I - a água é um bem de domínio público;
II - a água é um recurso natural limitado, dotado de valor econômico;
III - em situações de escassez, o uso prioritário dos recursos hídricos é o consumo
humano e a dessedentação de animais;
IV - a gestão dos recursos hídricos deve sempre proporcionar o uso múltiplo das águas;
 V - a bacia hidrográfica é a unidade territorial para implementação da PNRH e atuação do
Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos;
VI - a gestão dos recursos hídricos deve ser descentralizada e contar com a participação
do Poder Público, dos usuários e das comunidades.
Política Nacional dos Recursos Hídricos
●  Art. 2º São OBJETIVOS da Política Nacional de Recursos Hídricos:

I - assegurar à atual e às futuras gerações a necessária disponibilidade de água,


em padrões de qualidade adequados aos respectivos usos;

II - a utilização racional e integrada dos recursos hídricos, incluindo o transporte


aquaviário, com vistas ao desenvolvimento sustentável;

III - a prevenção e a defesa contra eventos hidrológicos críticos de origem


natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais.
Política Nacional dos Recursos Hídricos
●   Art. 5º São INSTRUMENTOS da Política Nacional de Recursos Hídricos:

 I - os Planos de Recursos Hídricos;


II - o enquadramento dos corpos de água em classes, segundo os
usos preponderantes da água;
III - a outorga dos direitos de uso de recursos hídricos;
IV - a cobrança pelo uso de recursos hídricos;
V - Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos.
Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos
Enquadramento dos corpos d’água em classes

● Resolução nº 357, de 17 de março de 2005.


○ Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e
diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como
I - águas doces: águas
estabelece ascom salinidade igual
condições e ou inferior ade
padrões 0,5 ‰;
lançamento de
II - águas salobras: águas com salinidade superior a 0,5 ‰ e inferior a 30 ‰;
efluentes.
III - águas salinas: águas com salinidade igual ou superior a 30 ‰;

○ O símbolo ‰ significa "partes por mil" ou"ppt”.


Enquadramento dos corpos d’água em classes

● Resolução nº 357, de 17 de março de 2005.


● Art.3º As águas doces, salobras e salinas do
Território Nacional são classificadas, segundo a
qualidade requerida para os seus usos
preponderantes, em treze classes de qualidade.

● Importância do enquadramento:
○ definição dos usos – conflitos;
○ programas de controle da poluição (busca ações preventivas e
corretivas).
Enquadramento dos corpos d’água em classes
● Art. 4º As águas DOCES são classificadas em:
❖ Classe especial: águas destinadas:
a) ao abastecimento para consumo humano, com desinfecção;
b) à preservação do equilíbrio natural das comunidades aquáticas; e,
c) à preservação dos ambientes aquáticos em UPI.

❖ classe 1: águas que podem ser destinadas:


a) ao abastecimento para consumo humano, após tratamento simplificado;
b) à proteção das comunidades aquáticas;
c) à recreação de contato primário, tais como natação, esqui aquático e mergulho;
d) à irrigação de hortaliças que são consumidas cruas e de frutas que se
desenvolvam rentes ao solo e que sejam ingeridas cruas sem remoção de película; e
e) à proteção das comunidades aquáticas em Terras Indígenas.
Enquadramento dos corpos d’água em classes
● Art. 4º As águas DOCES são classificadas em:

❖ classe 2: águas que podem ser destinadas:


a) ao abastecimento para consumo humano, após tratamento
convencional;
b) à proteção das comunidades aquáticas;
c) à recreação de contato primário, tais como natação, esqui
aquático e mergulho;
d) à irrigação de hortaliças, plantas frutíferas e de parques,
jardins, campos de esporte e lazer, com os quais o público possa
vir a ter contato direto; e
e) à aqüicultura e à atividade de pesca.
Enquadramento dos corpos d’água em classes
● Art. 4º As águas DOCES são classificadas em:

❖ classe 3: águas que podem ser destinadas:


a) ao abastecimento para consumo humano, após tratamento convencional
ou avançado;
b) à irrigação de culturas arbóreas, cerealíferas e forrageiras;
c) à pesca amadora;
d) à recreação de contato secundário; e
e) à dessedentação de animais.

❖ classe 4: águas que podem ser destinadas:


a) à navegação; e
b) à harmonia paisagística.
Enquadramento dos corpos d’água em classes
● Art. 5º As águas SALINAS são classificadas em:

❖ Classe especial: águas destinadas:


a) à preservação dos ambientes aquáticos em UPI; e
b) à preservação do equilíbrio natural das comunidades aquáticas.

❖ classe 1: águas que podem ser destinadas:


a) à recreação de contato primário;
b) à proteção das comunidades aquáticas; e
c) à aqüicultura e à atividade de pesca.
Enquadramento dos corpos d’água em classes
● Art. 5º As águas SALINAS são classificadas em:

❖ Classe 2: águas que podem ser destinadas:


a) à pesca amadora; e
b) à recreação de contato secundário.

❖ classe 3: águas que podem ser destinadas:


a) à navegação; e
b) à harmonia paisagística.
Enquadramento dos corpos d’água em classes
● Art. 6º As águas SALOBRAS são classificadas em:

❖ Classe especial: águas destinadas:


a) à preservação dos ambientes aquáticos em UPI; e,
b) à preservação do equilíbrio natural das comunidades aquáticas.

❖ classe 1: águas que podem ser destinadas:


a) à recreação de contato primário;
b) à proteção das comunidades aquáticas;
c) à aqüicultura e à atividade de pesca;
d) ao abastecimento para consumo humano após tratamento convencional ou avançado; e
e) à irrigação de hortaliças que são consumidas cruas e de frutas que se
desenvolvam rentes ao solo e que sejam ingeridas cruas sem remoção de película, e à
irrigação de parques, jardins, campos de esporte e lazer, com os quais o público
possa vir a ter contato direto.
Enquadramento dos corpos d’água em classes

● Art. 6º As águas SALOBRAS são classificadas em:

❖ Classe 2: águas destinadas:


a) à pesca amadora; e
b) à recreação de contato secundário.

❖ classe 3: águas que podem ser destinadas:


a) à navegação; e
b) à harmonia paisagística
Usos que dependem de outorga
● A derivação ou captação de parcela da água existente
em um corpo d'água para consumo final, inclusive
abastecimento público, ou insumo de processo
produtivo;

● A extração de água de aqüífero subterrâneo para


consumo final ou insumo de processo produtivo;

● Lançamento em corpo de água de esgotos e demais


resíduos líquidos ou gasosos, tratados ou não, com o
fim de sua diluição, transporte ou disposição final;
Bacias hidrográficas
Atlântico
Nordeste- Atlântico
Amazônica
Ocidental Nordeste-
Parnaíba
Oriental
Tocantins-
Araguaia São Francisco
Atlântico
Leste
Paraguai

Paraná Atlântico
Sudeste

Uruguai
Atlântico Sul

Fonte: http://brasildasaguas.com.br/educacional/regioes-hidrograficas/
Bacia hidrográfica do Parnaíba
Área de Abrangência
Área Total: 344.112 km², 3,9% do território nacional
Estados: Piauí, Maranhão e Ceará
• A região hidrográfica do Parnaíba é hidrologicamente a
segunda mais importante da Região Nordeste.

• O percentual da população abastecida por água, em 2010,


apresentava uma média de 91%, equivalente à média
nacional.
•No entanto, a situação é crítica em relação a rede de
Fonte: esgotamento sanitário que apresenta um valor médio de
http://www2.ana.gov.br/Paginas/po 10%, muito abaixo da média nacional (62%) (ANA, 2013).
rtais/bacias/Parnaiba.aspx
Informações relevantes
● Um sexto da população mundial, mais de um bilhão de pessoas,
não têm acesso a água potável;

● 40% dos habitantes do planeta não têm acesso a serviços de


saneamento básico;

● Cerca de 6 mil crianças morrem diariamente devido a doenças


ligadas à água insalubre e a um saneamento e higiene
deficientes;
PEGADA HÍDRICA
A Pegada Hídrica de um indivíduo, comunidade ou empresa é
definida como o volume total de água doce que é utilizado
para produzir os bens e serviços consumidos (HOEKSTRA, 2009).

Pode ser medido para um único processo, como o cultivo de


arroz, para um produto, como um par de jeans, para o
combustível que colocamos em nosso carro ou para toda uma
empresa multinacional.

A pegada hídrica também pode nos dizer quanta água está sendo
consumida por um determinado país – ou globalmente – em uma
bacia hidrográfica específica ou de um aquífero.
pegada hídrica
A água é classificada de acordo com sua fonte e impacto em azul,
verde e cinza (LEÃO, 2013, p. 1):

• A PH verde: a quantidade de precipitação que é armazenada no


solo e que é consumida pelas plantas;

• A PH azul: água consumida que é extraída dos corpos hídricos


superficiais ou subterrâneos;

• A PH cinza: quantidade de água necessária para diluir os


poluentes presentes no efluente resultante do processo produtivo
que se está avaliando.Indicador de impactos sobre a qualidade da
água
No website Water Footprint Network

PEGADA
(WFN) está disponível uma
calculadora para computar a pegada
de água individual

HÍDRICA https://www.waterfootprint.org/

Os cálculos baseiam-se nas


necessidades de água por unidade de
produto no país de residência do
indivíduo que utiliza a
calculadora. Para obtenção da
referida pegada, é necessário o
fornecimento de informações
quantitativas sobre o consumo de
produtos alimentícios, de bens
industriais e o uso de água dentro
e fora de casa.
De acordo com o relatório “The
PEGADA HÍDRICA green, blue and grey water
footprint of farm animals and
animal products”, para a produção
de 1 kg de carne, no Brasil, são
necessários, aproximadamente, 20
mil L de água

A média global é de 15 mil L de


água. A variação desses valores é
justificada por fatores, como:
diferentes sistemas de produção,
composição e origem da
alimentação do gado entre os
diferentes países (MEKONNEN e
HOEKSTRA, 2010).
Bibliografia Consultada
Brasil (1998) Lei nº 9.433, de 08 de janeiro de 1997. Dispõe sobre a Política Nacional de
Recursos Hídricos. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9433.htm

Brasil (2005) Resolução nº 357, de 17 de março de 2005. Dispõe sobre a classificação dos
corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece
as condições e padrões de lançamento de efluentes. Disponível em:
http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=459
Alterada pela Resolução 410/2009 e pela 430/2011.

Brasil (2011) Portaria nº 2.914, de 12 de dezembro de 2012. Dispõe sobre os


procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e
seu padrão de potabilidade. Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt2914_12_12_2011.html
Bibliografia Consultada
HOEKSTRA, A. Y. Human appropriation of natural capital: A comparison of
ecological footprint and water footprint analysis. Ecological Economics, v. 68, p.
1963-1974, 2009.

LEÃO, R. S. Pegada Hídrica: visões e reflexões sobre sua aplicação. Ambiente &
Sociedade, v. XVI, n. 4, p. 159-162, 2013.

MEKONNEN, M.M., HOEKSTRA, A.Y. The green, blue and grey water footprint of farm
animals and animal products. Value of water research report series nº 48. UNESCO-
IHE Institute for Water Education, Delft, the Netherlands, 2010.

PALHARES, J. C. P. Pegada hídrica dos suínos abatidos nos estados da região centro-
sul do Brasil. Acta Scientiarum. Animal Sciences, v. 33, n. 3, p. 309-314, 2011.
Bibliografia Consultada

SOUSA JÚNIOR, W. C. D.; VIEIRA, B. C. Pegada hídrica como indicador:


concepções e crítica metodológica. In: JACOBI, P. R.; EMPINOTTI, V. Pegada
hídrica: inovação, corresponsabilização e os desafios de sua aplicação. São
Paulo: Annablume, p. 45-62, 2012.

WFN. Water Footprint Network. Your water footprint – quick calculator.


Disponível em:
http://www.waterfootprint.org/?page=cal/waterfootprintcalculator_indv

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