Coleta de Agua
Coleta de Agua
Coleta de Agua
Mayana Silva Bessa Leite1, Flávia Mariani Barros2, Danilo Paulucio da Silva3, Fábio
Welligton Andrade de Jesus4, Stênio Rocha de Carvalho5.
1
Mestranda, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Itapetinga – Bahia, Brasil
[email protected]
2
Pós-doutora, Docente na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Itapetinga –
Bahia, Brasil
3
Doutor, Docente na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Itapetinga –
Bahia, Brasil
4
Mestre, Docente na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Itapetinga –
Bahia, Brasil
5
Graduando, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Itapetinga – Bahia, Brasil
Recebido em: 06/05/2013 – Aprovado em: 17/06/2013 – Publicado em: 01/07/2013
RESUMO
A maioria dos rios brasileiros, que são a principal fonte de abastecimento de água
para a população, não possuem sistemas de monitoramento da qualidade da água,
algo preocupante tendo em vista a vasta importância dos recursos hídricos para o
desenvolvimento da vida humana, atividades agrícolas e industriais. A confiabilidade
de um plano de amostragem, para a avaliação da qualidade de um corpo d’água,
depende fundamentalmente, das técnicas de amostragem envolvendo uma seleção
criteriosa dos locais de coleta e o uso correto das técnicas de coleta e sua
preservação. Este trabalho apresenta uma descrição dos principais procedimentos
desde a elaboração do plano de amostragem até a análise dos dados obtidos.
Destina-se a todos os profissionais envolvidos com a pesquisa realizada em corpos
hídricos.
PALAVRAS-CHAVE: Pontos de amostragem, coleta de água, variáveis
limnológicas, bacias hidrográficas.
ABSTRACT
Most Brazilian rivers, which are the main source of water supply for the population,
do not have systems for monitoring water quality, something disturbing in view of the
vast importance of water resources for the development of human life, agricultural
activities and industrial. The reliability of a sampling plan for assessing the quality of
a water body, depends essentially on sampling techniques involving a judicious
selection of sampling sites and the use of appropriate techniques for collecting and
preservation. This paper presents a description of the procedures from designing the
sampling plan to analyze the data obtained. It is intended for all professionals
involved with the research conducted in water bodies.
KEYWORDS: Sampling points, water collection, variables limnological, watersheds.
ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.9, N.16; p.2136 2013
INTRODUÇÃO
ASPECTOS GERAIS
BACIAS HIDROGRÁFICAS
POLUIÇÃO DA ÁGUA
VARIÁVEIS LIMNOLÓGICAS
PLANO DE AMOSTRAGEM
PLANEJAMENTO
AMOSTRAGEM
AMOSTRAGEM EM RIOS
ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.9, N.16; p.2143 2013
Tabela 1. Parâmetros de qualidade da água do IQA e respectivo peso
Parâmetro de Qualidade da Água Peso (w)
Oxigênio dissolvido 0,17
Coliformes termotolerantes 0,15
Potencial hidrogeniônico - pH 0,12
Demanda Bioquímica de Oxigênio - DBO5;20 0,10
Temperatura da água 0,10
Nitrogênio total 0,10
Fósforo total 0,10
Turbidez 0,08
Resíduo total 0,08
Fonte: ANA (2009) Adaptado.
wi
IQA = ∏ qi
Onde:
De acordo com a NBR 9896 (ABNT, 1993), vazão é o volume de fluido que
passa por unidade de tempo, através da seção transversal de um escoamento. A
medida da vazão é um dos parâmetros mais importantes no estudo de rios, pois
influencia tanto em parâmetros bióticos como abióticos.
A concentração de oxigênio dissolvido é uma das variáveis fortemente
influenciadas pelo volume de água. Em um estudo realizado por BICUDO (2004) no
rio Piracicaba, observou-se que a concentração de oxigênio dissolvido variou
diretamente em função da descarga, ou seja, as maiores concentrações de oxigênio
foram notadas quando ocorreram as maiores vazões e vice-versa.
De acordo com a CETESB; ANA (2011), rios, córregos e ribeirões constituem
canais abertos cujas vazões podem ser determinadas direta ou indiretamente por
vários métodos, podendo-se citar como os principais: volumétricos; com flutuadores;
convencional com molinete hidrométrico; acústico; traçador e com dispositivos de
geometria regular. A medição de vazão em canais abertos considera parâmetros
característicos da seção de interesse, relacionados à geometria da seção: área
molhada, largura superficial, profundidade, dentre outros; e ao escoamento:
distribuição de velocidades da massa líquida na seção.
O método volumétrico consiste em se medir o tempo necessário para o
enchimento de um reservatório de volume conhecido, a vazão será obtida pela
divisão do volume coletado pelo tempo medido. Já a estimativa da velocidade com o
uso de flutuadores é uma alternativa simples e rápida, mas com precisão limitada;
recomenda-se escolher um trecho de curso d’água retilíneo, que apresente margens
paralelas, declividade do leito constante e profundidade uniforme no sentido
longitudinal. Em contrapartida, o método convencional de medição de vazões com
molinete hidrométrico é bastante utilizado e serve de referência aos demais
métodos, consistindo em se determinar a área molhada e a velocidade média na
seção transversal de interesse, obtendo-se a vazão como o produto dessas duas
grandezas (CETESB; ANA 2011).
BICUDO (2004), afirma que para estudos que necessitem de medidas
ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.9, N.16; p.2145 2013
eventuais de descarga, pode ser utilizado molinete ou flutuador. Por outro lado,
estudos que necessitem de maior frequência de medida devem utilizar a curva -
chave. Essa curva estabelece uma relação entre altura d’água e descarga. Para
construir essa curva, devem ser realizadas várias medidas de descarga ao longo de
um ano hidrológico, utilizando molinete, e relacioná-las a profundidade medida com
régua disposta próxima às margens dos rios gerando, a partir desses dados uma
curva por meio de regressão.
COLETORES
ANÁLISE DE DADOS
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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(eds) Chemical water and wastewater treatment. Springer, Berlin, 1990.
ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.9, N.16; p.2150 2013
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PALHARES, J.C.P.; SCANDOLERA, A.J.; LUCAS JÚNIOR, J.; COSTA, A.J. da.
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ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.9, N.16; p.2153 2013