Radiologia Veterinária: Aula 02

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Radiologia

Veterinária
Aula 02
CONTEÚDO
 RESOLUÇÃO DA ATIVIDADE DA
AULA ANTERIOR
 EXAMES CONTRASTADOS
 DIFERENTES CRÂNIOS CANINOS
 RADIOGRAFIA CARDÍACA
CONTEÚDO
• O que é uma radiografia contrastada?

*Os exames com contraste, também


chamados de contrastados, são exames
de imagem feitos com o uso de
substâncias que ajudam a obter uma
melhor definição das imagens formadas, o
que facilita a avaliação do médico
CONTEÚDO
• O que é uma radiografia contrastada?

*Estas substâncias são chamadas de


"meios de contraste", pois são capazes de
absorver radiação ionizante do exame e
gerar imagens definidas na tela do
aparelho. 
CONTEÚDO
• O que é uma radiografia contrastada?

* Em virtude de não ter uma densidade que o


diferencie muito dos tecidos ao redor, nem sempre
um determinado órgão ou estrutura se torna visível
numa radiografia simples.

* No entanto, quando se precisa estudar esse órgão


ou estrutura seus contornos podem se tornar visíveis
pela introdução neles de substâncias (contrastes)
que não se deixam atravessar pelos raios X.
Importante
 Antes da realização de qualquer exame
radiográfico contrastado é indispensável
fazer o exame radiográfico simples, nas
projeções necessárias, imediatamente
antes da administração do contraste

NÃO serve radiografia simples feita no dia


anterior ou muitas horas antes!!!
RADIOGRAFIA
CONTRASTADA
 CONTRASTES
RADIOLÚCIDOS (NEGATIVOS/NEGRO)
○ AR
○ ANIDRO CARBÔNICO
○ OXIGÊNIO
○ ÓXIDO NITROSO
RADIOOPACOS (POSITIVO/BRANCO)
○ SULFATO DE BÁRIO
○ IODADOS IÔNICOS: Triysom, Urografina, Hypaque
○ IODADOS NÃO IÔNICOS: Iopamidol, iohexol, Iodixanol
RADIOGRAFIA
CONTRASTADA
 CONTRASTES
RADIOLÚCIDOS (NEGATIVOS/NEGRO)
○ AR
○ ANIDRO CARBÔNICO
○ OXIGÊNIO
○ ÓXIDO NITROSO
RADIOOPACOS (POSITIVO)
○ SULFATO DE BÁRIO: BARIOGEL E NEOBAR
○ IODADOS IÔNICOS: Triysom, Urografina, Hypaque
○ IODADOS NÃO IÔNICOS: Iopamidol, iohexol, Iodixanol
RADIOGRAFIA
CONTRASTADA
 CONTRASTES
RADIOOPACOS (POSITIVO)
○ SULFATO DE BÁRIO
 Pó
 Preparar na hora
 Diferentes concentrações --- Diferentes estruturas
- Pasta = esofagografia
- Sol. 30% para seriadas do TGI
- Sol. 10 a 20% para enemas
RADIOGRAFIA
CONTRASTADA
 CONTRASTES
RADIOOPACOS (POSITIVO)
○ IODADOS IÔNICOS: Triysom, Urografina, Hypaque
○ De modo geral, é usado em exames do sistema
digestivo (via oral) e para órgãos internos, como rins,
artérias e útero (via venosa).
RADIOGRAFIA
CONTRASTADA
 CONTRASTES
DUPLO CONTRASTE
○ 2 TIPOS JUNTOS
 EX.: Sulfato de bário e o ar
RADIOGRAFIA
CONTRASTADA
 CONTRASTES MAIS UTILIZADOS NA
MEDICINA VETERINÁRIA
SULFATO DE BÁRIO
SOLUÇÕES IODADAS
SULFATO DE BÁRIO
Sulfato de Bário conhecido como bário (BaS04)

 É um sal insolúvel que, misturado á água é utilizado como meio de


contraste radiológico radiopaco.

 É inerte, ou seja, não é absorvido pelo organismo, sendo


eliminado in natura(naturalmente). 

 Para ser utilizado como meio de contraste radiológico o sulfato de


bário deve ser misturado á água, formando uma solução coloidal,
ou seja, ele não se dissolve, ficando em suspensão na água.
 Por isso sempre antes da sua utilização a solução deve ser agitada
vigorosamente. 
SULFATO DE BÁRIO
 A diluição do sulfato de bário(+ ou - concentrado) é determinada em
função do exame radiográfico a ser realizado.

 No mercado pode ser encontrado o sulfato de bário


diluído(suspensão baritada) em diversas concentrações cada qual
para uma determinada região a ser examinada.

 Pode também ser encontrado o sulfato de bário em pó para diluição


em água.

 O sulfato de bário é indicado como meio e contraste radiopaco nos


estudos radiológicos do tubo digestivo (deglutição, esôfago,
estômago, duodeno, intestino delgado e intestino grosso) 
SULFATO DE BÁRIO
 O contraste baritado não deve ser usado quando o paciente
estiver no estado de pós-operatório imediato de alguma
cirurgia do tubo digestivo, suspeita de alguma perfuração
intestinal ou esofagiana ou algum caso em que o animal deva
ser operado logo após a realização do estudo radiológico.
 Nesses casos é usado contraste iodado hidrossolúvel. 

 Dificilmente causam efeitos colaterais

 O sulfato de bário tende a se tornar endurecido, nas fezes


tornando difícil a evacuação. Sendo necessário aumentar a
ingestão de líquidos ,e algumas casos, fazer uso de
laxativos(ou óleo mineral). 
CONTRASTE IODADO
 Os meios de contraste iodados são substâncias radiodensas que possuem o
elemento iodo (I) na sua molécula, capazes de melhorar a especificidade das
imagens obtidas em exames radiológicos, pois permitem a diferenciação de
estruturas e patologias vascularizadas das demais.

 Podem ser utilizados por via oral ou na veia. 

 Quando utilizados por via oral, servem para demonstrar melhor o tubo
digestivo, porém, diferentemente do bário, o iodo é parcialmente absorvido
pelo organismo. 

 Já quando utilizado na veia, eles servem para demonstrar melhor os diversos


órgãos internos do corpo, bem como veias,artérias e alguns tipos de lesões. 
 Ao serem injetados na veia, eventualmente podem causar algumas sensações que são
consideradas sem maior importância, como calor no corpo, leve aceleração dos
batimentos cardíacos, vontade de urinar, náuseas e vômitos.
CONTRASTE IODADO
 Os contrastes a base de iodo podem ser
utilizados por via oral ou na veia. Quando
utilizados por via oral, servem para demonstrar
melhor o tubo digestivo, porém,
diferentemente do bário, o iodo é parcialmente
absorvido pelo organismo. Já quando utilizado
na veia, eles servem para demonstrar melhor
os diversos órgãos internos do corpo, bem
como veias, artérias e alguns tipos de lesões.
CONTRASTE IODADO
 Ao serem injetados na veia, eventualmente podem causar algumas
sensações que são consideradas sem maior importância, como calor no
corpo, leve aceleração dos batimentos cardíacos, vontade de urinar,
náuseas, vômitos e gosto ruim na boca. Porém, além destas sensações
consideradas normais, eventualmente podem ocorrer alergias leves e
raramente alergias graves (para termos uma comparação, é o mesmo
risco que se tem quando utilizamos uma injeção de Benzetacil®). Além
disso, estes contrastes também podem desencadear crise de “falta de ar”
em pacientes com asma. Sendo assim, qualquer história de asma ou de
alergia a alimentos, medicações ou a ocorrência desses sintomas em
exames que tenham sido realizados previamente devem ser informados
ao médico antes da realização de um novo exame. Em alguns casos
específicos, medicações anti-alérgicas podem ser utilizadas antes dos
exames para reduzir o risco de alguma reação, as quais devem ser
sempre prescritas por um médico especialista.
CONTRASTE IODADO
 Existem, basicamente, dois tipos de contraste
a base de iodo: os iônicos e não-iônicos. Os
primeiros, por serem mais antigos, causam
mais sintomas e têm maior risco de ocasionar
alergias. Já os não-iônicos, são contrastes de
última geração e raramente causam reações
alérgicas
CONTRASTE IODADO
 Os contrastes a base de
gadolínio são utilizados apenas na veia
em exames de ressonância magnética.
São contrastes extremamente seguros e
que dificilmente causam alergias e
raramente têm contra-indicações.
Efeitos tóxicos da substância

• Pele: dor no local da aplicação, vermelhidão, inchaço ou formação


de caroços;

• Estômago e intestino: vômitos ou diarreia;

• Rins: redução da formação de urina ou insuficiência renal;

• Cérebro: dor de cabeça, tontura, convulsão;

• Pulmões: falta de ar

• Coração: aumento da pressão arterial, arritmias parada cardíaca.


Efeitos tóxicos da substância

• Efeitos estão relacionados à dose ou à


concentração do meio de contraste utilizado, e
também podem variar de acordo com a velocidade de
infusão e forma de uso da substância, se oral ou
venosa, por exemplo
Importante
• Estabelecendo informações ao proprietário

• Formulários com esclarecimentos

• Riscos do contraste
• Riscos da anestesia

• Termos de autorização
APLICAÇÕES
•Sistema Digetivo
• Esofagograma, estômgo/intestino, enema baritado e
colecistografia

•Sistema Urinário
• Urografia excretora, cistografia, uretrografia

•Sistema Nervoso
• Mielografia

•Sistema Vascular
• Angiografia - venografia e arteriografia
APLICAÇÕES
•Trato Gastrintestinal
 Nas aves, sugere-se o volume de 25mL/kg a 50mL/kg de suspensão
de sulfato de bário de forma a preencher todo o tracto
gastrointestinal utilizando uma sonda gástrica directamente para o
papo.
 O tempo de trânsito nas aves assemelha-se ao dos pequenos
animais domésticos, sendo necessárias cerca de 2 horas e meia
para que ele se complete em psitacídeos, de 30 a 240 minutos em
pequenos psitacídeos e 2 horas nas aves de rapina.
 Para a realização das exposições radiográficas sugere-se um
intervalo de 30 min.
 Quando houver necessidade da utilização de um contraste iodado,
sugere-se o ioexol, 240mgI/mL na mesma dosagem descrita
anteriormente, para se obter um estudo seguro e eficaz

(Pinto 2007)
 Nos quelónios, a dose de contraste recomendada para a
realização do estudo contrastado é de 20mL/kg de peso.
 Nestes animais a avaliação dos segmentos intestinais é
dificultada uma vez que o tempo do trânsito gastrointestinal pode
ser muito lento, sendo de 24 a 40 dias nas espécies terrestres,
podendo ser mais rápido nas aquáticas.
 Outro aspecto que deve ser tido em conta é que a temperatura
ambiente, períodos de grande actividade (primavera e outono) e
a digestão dos alimentos podem interferir directamente no tempo
de progressão da coluna de contraste.
 Uma informação que poderá auxiliar a interpretação radiográfica
é que em animais com doença gastrointestinal o tempo de
passagem do contraste pode ser muito rápido
(Pinto 2007).
 Nos lagartos, o volume de sulfato de bário recomendado é de
cerca de 50mL/kg de peso, sendo que o tempo de trânsito
pode demorar 3 a 6 dias nos carnívoros, enquanto que nos
herbívoros pode demorar 15 a 30 dias.
 Este tempo pode ser variável já que depende da temperatura
e da sua actividade (hibernação, etc.).
 Animais que ingerem pouca quantidade de água e têm um
tempo demorado de progressão da coluna de contraste podem
sofrer desidratação e consequentemente surgir constipação
como efeito adverso.
 Assim, a estes pacientes é sugerido que se adicione ao sulfato
de bário 5% de contraste iodado e que se administre água.
 Nas serpentes, a passagem do contraste pode ser
acelerada com o posicionamento vertical do animal, com a
cabeça orientada para cima, e com a realização de uma
massagem do pescoço à cloaca.
 Pode-se também realizar o exame contrastado intestinal
retrógrado, infundindo-se pela cloaca sulfato de bário 30 a
50%, a fim de se avaliar as porções finais do trato
intestinal.
 Embora incomum, pode ser observada, como complicação,
a introdução do contraste nos ureteres e nos rins
(Pinto 2007)
APLICAÇÕES
•Trato Gastrintestinal
APLICAÇÕES
•Trato Gastrintestinal
 Esofagograma :
Administração de substância com
densidade diferente do órgão.
○ São elas sulfato de bário (rotina) e
soluções iodadas (casos de suspeita de
ruptura) na dose de 2 a 6 ml / Kg de peso .

A radiografia simples deve preceder


sempre a contrastada.
APLICAÇÕES
•Trato Gastrintestinal - tempos
APLICAÇÕES
•Trato Gastrintestinal
• ENEMAS
• Limpeza do cólon
• Suspensão de sulfato de bário a 15%
• Dose: 10 a 20 mL/kg
• Esvaziar (seringa) e preencher com
mesma quantidade de AR
APLICAÇÕES
APLICAÇÕES
 Mielografia cervical
Doses: 0,30 mL/Kg

 Mielografia lombar
Doses: 0,45 mL/Kg
APLICAÇÕES
Enema de bário:
 Infusão retrógrada de contraste positivo, negativo ou duplo, para avaliação
morfológica do intestino grosso.
 Necessário jejum alimentar de 24 horas.
 Não é necessário jejum hídrico, mas somente pode ser ingerido água (leite,
sopinha, papinha NÃO).
 Animal deve defecar antes de vir para o exame.
 Caso seja necessário, deverá ser realizado um enema para eliminação das
fezes antes do exame contrastado.
 Radiografia simples deve ser realizada antes da administração do
contraste, até mesmo para verificar a presença de conteúdo fecal.
 Se for realizado o enema para eliminação de fezes, uma nova radiografia
simples deverá ser feita após a lavagem intestinal.
 Contrastes: sulfato de bário ou gás (havendo suspeita de ruptura intestinal
deve-se utilizar contraste iodado).
 A maioria das suspeitas clínicas é respondida pelo exame de colonoscopia,
muitas vezes dispensando a realização do enema de bário.
Esofagograma:
 Uso de contraste positivo para avaliar localização e morfologia do esôfago.
 Indicações: regurgitação, disfagia, engasgos, CE, estenose, traumas (ruptura),
posicionamento anormal por formações cervicais ou mediastinais, motilidade.
 Necessário jejum alimentar de 8 horas.
 Não é necessário jejum hídrico, mas somente pode ser ingerido água (leite,
sopinha, papinha NÃO).
 Contrastes: sulfato de bário líquido (pode-se adicionar açúcar ou alimento para
facilitar ingestão), bário em pasta, iodados em casos de suspeitas de perfuração
ou corpos estranhos perfurantes.
 Administração via oral de 5 a 20ml (dose total), proporcionalmente ao tamanho
do animal.
 Realização da radiografia imediatamente após a administração do meio de
contraste.
 Projeções: laterolateral direita.
 Importante radiografar a região cervical e torácica, tanto nas imagens simples
quanto contrastadas. • Deve-se ter cuidado ao administrar o contraste para não
promover aspiração do mesmo pelo animal.
Uretrocistografia
 Avaliação da morfologia, posição, integridade, distensibilidade,
espessura da parede e lesões intramurais ou intraluminais da bexiga e
da uretra, usando contraste positivo, negativo ou duplo contraste.
 Não é necessário preparo especial.
 Indicações: disúria, hematúria, infecção, incontinência, alteração
morfológica ao RX simples, pós-trauma – Ruptura, localização (hérnias).
 Técnica: - As radiografias devem ser realizadas em projeção
laterolateral direita e incluir a região pélvica, para não “cortar” o trajeto
da uretra (especialmente em cães machos). - Infusão do contraste por
sonda uretral – 2 a 4 ml/kg puro ou diluído em solução fisiológica ou
água para injeção na proporção 1:1 - Em machos: sonda uretral
colocada apenas na ponta da uretra peniana. - Radiografar com pressão
de injeção (durante final da injeção).
 OBS.: a avaliação da uretra em fêmeas e gatos pode ser difícil devido
ao comprimento da mesma nesses animais, pois o trajeto será
preenchido com a sonda.
EXAMES RADIOGRÁFICOS
CONTRASTADOS SERIADOS
Trânsito gastrointestinal - TGI:
 Uso de contraste positivo para avaliar localização, morfologia e função do TGI.
 Indicações: vômito, dor abdominal, anorexia, CE radiotransparente, traumas (ruptura),
obstruções intestinais e de piloro, deslocamentos gástricos, motilidade.
 Necessário jejum alimentar de 24 horas.
 Não é necessário jejum hídrico, mas somente pode ser ingerido água (leite, sopinha,
papinha NÃO).
 De preferência, o animal deve defecar antes de realizar o exame.
 Contrastes: bário líquido (pode adicionar açúcar) ou iodados em casos de suspeitas de
perfuração ou corpos estranhos perfurantes.
 Administração via oral de 2 – 3 mL/kg
 Projeções: laterolaterais direita e esquerda e ventrodorsal. • Radiografias sequenciais:
imediatamente / com 30 minutos / com 1 hora / com 2 horas / com 4 horas após a
administração do volume total do contraste. Se necessário, pode-se realizar controle com
24 horas.
 OBS.: a ingestão do meio de contraste impede a realização do exame ultrassonográfico
nas próximas horas, pois o bário prejudica a formação da imagem ultrassonográfica.
 A maioria das suspeitas clínicas pode ser respondida com um bom exame radiográfico
simples, juntamente com o exame ultrassonográfico bem realizado, muitas vezes
dispensando a necessidade do exame radiográfico contrastado.
EXAMES RADIOGRÁFICOS
CONTRASTADOS SERIADOS
Urografia excretora
 Estudo radiográfico progressivo através de injeção intra-venosa de contraste iodado para
visualização de silhuetas renais, ureteres e bexiga.
 Necessário jejum alimentar de 24 horas.
 Não é necessário jejum hídrico, mas somente pode ser ingerido água (leite, sopinha,
papinha NÃO).
 Animal deve defecar antes de vir realizar o exame.
 Radiografia simples deve ser realizada antes da administração do contraste, até mesmo
para verificar a presença de conteúdo fecal (conteúdo fecal em cólon e reto pode sobrepor
o trajeto de ureteres). Se for realizado o enema para eliminação de fezes, uma nova
radiografia simples deverá ser feita após a lavagem intestinal.
 Contra-indicações: anúria, desidratação grave, uremia grave, reação anterior ao meio de
contraste. • Contraste: iodados não-iônicos (OminipaqueR) dose 180 mg/kg
(aproximadamente 2,0 mL/kg) quando função renal normal (dose máxima de 90 mL para
cão e 15 mL para gato). •
 Técnica: RX simples em projeções lateralateral em decúbito direito e ventrodorsal. Infusão
do contraste e radiografias sequenciais em 5 minutos / 15 minutos / 30 minutos e 1hora
após o contraste. • Sugere-se realização de compressão abdominal para casos de
avaliação ureteral e pneumocistografia conjunta para avaliação de ureter ectópico.
RADIOLOGIA DO
ESÔFAGO
RADIOGRAFIA
CONTRASTADA
 Esofagograma :
Administração de substância com
densidade diferente do órgão.
○ São elas sulfato de bário (rotina) e
soluções iodadas (casos de suspeita de
ruptura) na dose de 2 a 6 ml / Kg de peso .

A radiografia simples deve preceder


sempre a contrastada.
 Posicionamento : região cervical o
esôfago é dorsal à traquéia, na
entrada do tórax encontra-se
lateralmente à traquéia e na altura da
base do coração encontra-se dorsal à
traquéia
 trajeto : diâmetro do lúmen,
preenchimento do lúmen pelo
contraste, superfície mucosa e
progressão da coluna de bário
Radiografia de região cervical
Posicionamento para a projeção lateral da cavidade torácica
 Rotineiramente o diâmetro esofágico é
uniforme em toda sua extensão, podendo
ocorrer ondulações (peristaltismo)

Esôfograma normal em cão


 tempo : 5 a 15 minutos (início do trato digestório)

 Densidades anormais em radiografia simples superpondo-


se ao trajeto esofágico :
 radiopacos - corpo estranho, partículas alimentares,
neoplasias
 radiotransparentes - coleções gasosas (aerofagia) em animais
anestesiados

 Alteração de topografia ou densidade de estruturas


adjacentes como a traquéia são indícios de alteração
esofágica
 Trajeto em radiografia contrastada diâmetro
diminuição (estenose), aumento ou dilatação
pode ser segmentar, circunscrita (divertículo)
ou total (megaesôfago)
Processos obstrutivos
 Corpos estranhos

 Posicionamento : lateral e ventro dorsal


Estenoses cicatriciais :
 Decorrem de traumas causados pela ingestão de corpos estranhos cortantes
ou irritantes; o ponto de estenose geralmente está associado a dilatação
esofágica

Estenose por compressão ou aderência de estruturas anatômicas


adjacentes :
 Linfoadenopatias envolvendo linfonodos da região mediastinal

Alterações Anelares Vasculares -


 persistência de arco aórtico direito : ocorre geralmente em cães
pastores na idade de 3 a 6 meses e o principal sintoma é regurgitação
Sinais radiográficos : dilatação segmentar situada cranialmente à base
do coração (localização do arco comprimindo o esôfago nesta região),
com deslocamento ventral da traquéia devido a dilatação esofágica
Radiografia simples – dilatação esofágica
Esofagograma demonstrando dilatação
esofágica em sua porção cervical
Esofagograma demonstrando dilatação
total do esôfago (megaesôfago)
Ruptura esofágica
 utiliza-se solução iodada para exame
contrastado; há extravasamento de
contraste para a cavidade e alteração
na progressão da coluna de contraste
RADIOLOGIA DO
ESTÔMAGO
 Técnica contrastada : solução de
sulfato de bário na dose de 12 a 16
ml/Kg p.v. sequência de radiografia
em tempos de 5, 30 e 60 minutos
após a administração
 Aspectos normais : observar a posição do
estômago (bolha gasosa), e o preenchimento
pelo contraste deve ser homogêneo.

 A superfície mucosa apresenta ondulações


devido às pregas exuberantes nos carnívoros.

 Esvaziamento gástrico : o contraste vai do


fundo ao antro, do antro ao piloro em 5 min
atinge o início do intestino delgado.
 A forma e posicionamento do estômago
variam com a espécie.
 Corpo Estranho :
radiopacos ou radiolucentes apresentam
sintomatologia igual.
O diagnóstico radiográfico é importante para o
cirurgião.
Em exames contrastados são vistos como falhas
de preenchimento do contraste. Utiliza-se
posições lateral e ventro-dorsal
Linfoma (estômago e duodeno)
RADIOLOGIA DO
INTESTINO DELGADO
 Técnica : mesma do estômago.
Aos 5 min -início do estômago, aos 30 min - início
do intestino delgado, aos 60 min já percorreu todo
intestino delgado.

 A posição que fornece mais informações é a


latero lateral.
 Aspectos Normais
Conteúdo gasoso, líquido ou sólido (nas
porções finais) alças intestinais na porção
média da cavidade abdominal
diâmetro é uniforme em toda extensão
contraste permite estudo da topografia do
lúmen (preenchimento), superfície mucosa
(lisa) e progressão da coluna de bário
Trânsito gastrointestinal normal
 Considerações Gerais R-X
contrastado (trânsito intestinal e
enema de bário)
Alteração na posição (hérnias)
alteração no diâmetro:diminuição (estenose)
ou aumento (dilatação pode ser segmentar,
circunscrita ou generalizada)
alteração no preenchimento do lúmen
alteração na superfície mucosa
alteração na progressão da coluna de bário
 Processos Obstrutivos Intestinais
 Processos Obstrutivos Intestinais
Corpos estranhos radiopacos e
radiolucentes
intussuscepção
estenoses cicatriciais ou aderências (após
cirurgias ou devido a presença de
neoplasia)
Neoplasia (intestino grosso) Enema de Bário
TIPOS DE CRÂNIOS
EM CÃES
 1. Dolicocefálicos = Dolicocéfalos
A cabeça é longa e estreita com a testa
muito inclinada e focinho longo.
 Crânio Dolicocefálico
 2. Braquicefálicos = Braquicéfalos –
têm um focinho mais  encurtado.São
aqueles cães que parecem ter o focinho
achatado.
 3. Mesaticefálicos = Mesocefálicos =
Mesaticéfalos = Mesocéfalos
Este é um meio termo entre os outros dois tipos.
Eles tem uma cabeça média com comprimento
moderado e a largura sensivelmente maior que a
dos dolicocéfalos.  Focinho de comprimento igual
ao do crânio ou ligeiramente inferior.
 Site Interessante:

https://www.imaios.com/br/vet-Anatomy/Cao/Cao-Radiografias
RADIOLOGIA
CARDÍACA
 Posicionamento para a projeção
dorsoventral da cavidade torácica

Radiografias devem ser realizadas durante o


pico da pausa inspiratória, para se acentuar o
contraste entre as estruturas.

 Variações na silhueta cardíaca, no diafragma e parênquima


pulmonar
Radiografia torácica realizada em pico de pausa inspiratória
Radiografia torácica realizada em fase expiratória
Métodos de mensuração cardíaca
 Método empírico de mensuração
cardíaca
O coração na projeção latero-lateral deve
ocupar 3 espaços intercostais
 Variação Normal do Tamanho e Forma do
Coração
Nas raças de tórax afunilado (setter, collie,
afghan e galgos) na incidência LL o coração
aparece mais vertical e estreito ocupando 2,5 EIC
Na incidência DV é mais redondo e menor
 Variação Normal do Tamanho e Forma do
Coração
Desenho esquemático do aspecto
radiográfico do coração em cães de tórax
triangular
 Variação Normal do Tamanho e Forma do
Coração
Nas raças de tórax mais triangular
(dachshund, bulldog), na incidência LL, o
coração aparece mais redondo, em contato
com o esterno e ocupando de 3 a 3,5 EIC
Na incidência DV o coração é mais largo e
redondo
b

Efusão pericárdica
TRAQUEIA
Traqueia

Inicia-se a nível do axis e estende-se até aproximadamente a quinta vértebra torácica

 Aparência normal : melhor visualizada LL, onde o conteúdo de ar atua como meio
de contraste; na VD sobrepõe-se as vértebras e esterno; bifurca-se na base do
coração e relaciona-se dorsalmente com esôfago.

 Diâmetro luminal aumentado : obstrução respiratória superior; edema de laringe;


corpos estranhos; neoplasia

 Estenoses : hipoplasia, estenose e colapso

 Trajetos - desvio ventral ou lateral: corpo estranho esofágico, megaesôfago e


tumores cervicais

 Desvio dorsal do trajeto : massas no mediastino cranial, cardiomegalia;expiração


incidência oblíqua (cabeça e pescoço flex.)
Radiografia de tórax normal
Hipoplasia traqueal
SISTEMA URINÁRIO
 RADIOLOGIA DO SISTEMA URINÁRIO
Aspectos Radiográficos Normais de Rins e
Ureteres
○ Visualização variável da imagem renal quanto ao
número, forma, contorno, tamanho, posição e
densidade (intermediária entre água e gordura)

○ não visualização de ureteres em radiografia simples


 Radiografia da cavidade abdominal de gato em projeção
laterolateral
Técnica Contrastada : Urografia
Excretora
 Preparo prévio :
jejum sólido e limpeza de TGI
 Contraste :
composto hidrossolúvel triiodado dose de 2 ml/Kg pv (cães e gatos) A
injeção do contraste aumenta a densidade de outros órgãos também
(fígado e baço)
 Seqüência de radiografias :
5, 15 e 30 min.
5 min. - analisa aporte da substância, após filtração glomerular
observa-se as vias excretoras intra-renais, o parênquima apresenta
aumento da opacidade (divertículos, recesso da pelve e pelve renal)
15 min. - observa-se a condensação do iodo na bexiga; permite maior
número de informações
30 min.- diminui a opacidade renal e aumenta a vesical
Técnica Contrastada : Urografia
Excretora
 Em função da diferença de opacidade
podemos avaliar a função renal
 A melhor posição radiográfica é a latero-
lateral
 Obtém-se informações quanto a forma,
contornos, tamanho, posição, região cortical
e medular, eliminação do contraste, função
renal e geometria das vias excretoras intra-
renais
Urografia Excretora
Considerações Gerais sobre
Alterações Renais
 Radiografias simples :
alterações de número, forma, tamanho e
posição densidades anormais : localizada
ou difusa
 Radiografias contrastadas :
alteração do número (ausência da imagem
renal), de forma, de contornos,tamanho,
posição, densidade, capacidade de
eliminação do contraste e coleção de
contraste extra renal
Pielonefrite crônica
Discreta dilatação pielocalicial
Discreta dilatação de ureteres
Ruptura de bexiga
Próxima aula
CONTEÚDO
 RESOLUÇÃO DA ATIVIDADE DA
AULA ANTERIOR
 COMO CONTER PÁSSAROS
 ULTRASSONOGRAFIA VETERINÁRIA
 APRESENTAÇÃO DOS TRABALHOS
 PROVA

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