Seminario
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Tratamento
de Parasita
O que é PARASITOLOGIA?
Amebíase
A amebíase é causada pela ameba Entamoeba
histolytica. A maioria das pessoas contaminadas não
apresenta sintomas. Quando são sintomáticas,
podem ter dor no abdômen e ao evacuar, febre,
diarreia, entre outros. A principal forma de
transmissão é via fecal-oral (das fezes para a boca) e o
diagnóstico é feito com o exame parasitológico de
fezes.
Ascaridíase (lombriga)
Mais conhecida como lombriga, ela é causada pelo
verme Ascaris lumbricoides. Contaminados podem ser
assintomáticos ou apresentar sintomas, como: dores
no abdômen, náuseas, vômitos, diarreia e outros. A
transmissão acontece quando os ovos desse parasita
chegam de algum jeito até a boca da pessoa. O
diagnóstico também é via exame parasitológico de
fezes.
Doença de Chagas (mal de Chagas)
O protozoário que causa a doença de Chagas é
a Trypanosoma cruzi (T. cruzi). Contaminados podem
ter sintomas na fase aguda, como: dor de cabeça,
fraqueza intensa, febre, entre outras. Uma das formas
de transmissão é via inseto barbeiro e o diagnóstico
pode ser feito pelo exame de sangue.
Escabiose (sarna humana)
É uma doença conhecida popularmente como
pereba ou sarna humana. Causada pelo
ácaro Sarcoptes scabiei, um dos seus sintomas
é a coceira. Uma das principais formas de
transmissão da escabiose é por meio do
contato próximo e prolongado, relações
sexuais e até por objetos, como roupas,
toalhas etc. O diagnóstico é clínico e pode ser
feito ao achar os “túneis” e os locais que são
característicos do surgimento das lesões da
doença.
Malária
É uma doença causada por protozoários do
gênero Plasmodium e registrou 145 mil casos
no Brasil em 2021. Ela pode causar febre alta,
calafrio, sudorese e outros sintomas. Existe o
risco de morte, mas a malária tem cura se for
tratada de modo adequado. Uma das formas
de transmissão é pela picada do mosquito
fêmea Anopheles. O diagnóstico é feito via
testes rápidos de diagnósticos (rapid diagnostic
tests – RDTs) e parasitológicos por microscopia.
Giardíase
É uma parasitose causada pela Giardia
lamblia. A maioria das pessoas
contaminadas com esse protozoário pode
ser assintomática. Se apresentarem
sintomas, alguns dos mais comuns são:
diarreia, mal-estar e cólica no abdômen.
A giardíase também é transmitida por via
fecal-oral e o diagnóstico é feito
pelo exame parasitológico de fezes.
Prevenção
A prevenção das parasitoses exige medidas
simples, mas é preciso que se crie o hábito de
executá-las rotineiramente. As principais são:
lavar as mãos antes das refeições, antes de
manipular e preparar alimentos, antes do
cuidado de crianças e após ir ao banheiro ou
trocar fraldas;
· andar sempre com os pés calçados;
· cozinhar bem os alimentos. Carnes somente
bem passadas;
· lavar com água potável os alimentos que serão
consumidos crus e se possível deixe-os de molho
por 30 minutos em água com hipoclorito de sódio
a 2,5%
beber somente água filtrada ou fervida;
manter limpa a casa e terreno ao redor, evitando
a presença de insetos e ratos;
· conservar as mãos sempre limpas, as unhas
aparadas, evitar colocar a mão na boca;
não deixar as crianças brincarem em terrenos
baldios, com lixo ou água poluída.
Do ponto de vista da comunidade, a
prevenção se faz através de:
· educação para a saúde;
· proibição do uso de fezes humanas para adubo;
· saneamento básico a toda população;
· condições de moradia compatíveis com uma
vida saudável.
Principais opções para o tratamento das parasitoses
Albendazol
O albendazol é um anti-helmíntico que pertence à classe dos
benzimidazólicos. Esse antiparasitário é um dos mais usados
na prática médica devido à extensa lista de vermes contra os
quais ele é eficaz.
O albendazol costuma ser indicado para o tratamento de
infecções por: Ascaris lumbricoides, Enterobius vermicularis,
Necator americanus, Ancylostoma duodenale, Ancylostoma
caninum, Ancylostoma brasiliense,Trichuris trichiura,
Strongyloides stercoralis, Echinococcus granulosus, Giardia
lamblia, Taenia spp., Toxocara canis e Hymenolepis nana
Os efeitos colaterais mais comuns do albendazol são: dor
abdominal, náuseas ou elevação das enzimas hepáticas.
Este medicamento deve ser evitado na gravidez, exceto em
situações extraordinárias, nas quais o médico avaliar que o
risco da parasitose para a gravidez é maior que o do
medicamento.
Mebendazol
Assim como o albendazol, o mebendazol também é um anti-
helmíntico que pertence à classe dos benzimidazólicos. O seu
espectro de ação é semelhante ao do albendazol, porém com
algumas restrições, como a falta de ação eficaz
contra Strongyloides stercoralis.
O mebendazol costuma ser indicado para o tratamento de
infecções por: Ascaris lumbricoides, Enterobius vermicularis,
Necator americanus, Ancylostoma duodenale, Ancylostoma
caninum, Ancylostoma brasiliense,Trichuris trichiura, Toxocara
canis, Giardia lamblia, Taenia spp. e Echinococcus granulosus.
Cambendazol
O cambendazol é o medicamento da classe dos
benzimidazólicos com menor espectro de ação. Este fármaco é
eficaz contra Ancylostoma brasiliense, Ancylostoma
caninum e Toxocara canis, mas a sua principal indicação é o
tratamento do Strongyloides stercoralis.
Os efeitos colaterais mais comuns do cambendazol são: dor
abdominal, náuseas, diarreia, vômitos, flatulência, anorexia,
tontura, sonolência e dor de cabeça.
Este medicamento deve ser evitado na gravidez, exceto em
situações extraordinárias, nas quais o médico avaliar que o risco
da doença para a gravidez é maior que o do medicamento.
Ivermectina
A ivermectina é um anti-helmíntico semissintético, produto da
fermentação da bactéria Streptomyces avermitilis. Além da
atividade contra helmintos, ele também age contra parasitos
não intestinais, como o piolho e a sarna.
A ivermectina é um antiparasitário de amplo espectro, eficaz
contra Strongyloides stercoralis, Ascaris lumbricoides,
Enterobius vermicularis, Trichuris trichiura, Onchocerca volvulus,
Pediculus humanus capitis (piolho), Sarcoptes scabiei (sarna) e
Wuchereria bancrofti.
Os efeitos colaterais mais comuns da ivermectina são: diarreia,
náusea, falta de disposição, dor abdominal, falta de apetite,
constipação e vômitos.
A ivermectina não deve ser administrada em grávidas, durante o
aleitamento materno nem em crianças com menos de 15
quilos.
Praziquantel
O praziquantel é um anti-helmíntico muito utilizado no
tratamento da teníase, cisticercose e esquistossomose.
Os efeitos colaterais mais comuns do praziquantel são: dor
abdominal, náusea, diarreia, vômitos, tonteira, sonolência, dor
de cabeça e sudorese.
O praziquantel pode ser administrado durante a gravidez.
Metronidazol
O metronidazol é um antibiótico que também possui ação
contra amebas e alguns protozoários.
Os efeitos colaterais mais comuns do metronidazol são:
náuseas, anorexia, vômitos, diarreia, cólicas abdominais,
constipação e gosto metálico na boca.