Tentação e Pecado

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Tentação e Pecado

Tentação
O pecado não é algo instantâneo, é sempre precedido pela tentação e
pelo processo de reagirmos a ela. Ou seja, ser tentado não é pecado. E
toda tentação pode ser vencida, por isto, todo pecado pode ser evitado.
Não podemos de maneira alguma fazer da tentação um pretexto para o
pecado. "Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua
própria concupiscência. Depois, havendo a concupiscência concebido, dá
à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte." (Tg 14,15)
Este texto mostra a tentação, bem como nossa reação a ela como o
processo de gravidez do pecado.
Concupiscência-"concupiscência" significa apenas um desejo forte, uma
propensão ou inclinação acentuada.
Quatro fases do Pecado
• 1. Uma concupiscência-Um simples desejo seja ele mal ou bom que
entra nos nossospensamentos. Nem sempre somos responsáveis
pelos pensamentos e desejos que chegam à nossa mente. Eles podem
vir, tanto de fora, como também podem proceder do nosso próprio
coração (Mc 7:21- 23). Mas, com certeza, somos responsáveis pelo
modo como reagimos a este pensamento.
• 2. Atraídos pela concupiscênciaNos interessamos pela nova idéia e
consideramos sua conveniência. A voz do egoísmo emite sua opinião
que parece ser convincente. Nossa consciência também se manifesta,
e assim, um certo conflito interno começa a se desenvolver.
• 3. Seduzidos pela concupiscência- O pensamento nos cativou e
começa a assumir um controle sobre a nossa mente. Gostamos da
idéia. Outros pensamentos e sentimentos começam a orbitar em
torno da sugestão inicial que vai se fortalecendo. A voz da consciência
sofre um abafamento. Nosso domínio próprio é colocado em cheque.
• 4. Cativados pela concupiscência Casamos nossa vontade com aquele
desejo inicial, nos subjugando a todas as suas sugestões. É só uma
questão de tempo e o ato pecaminoso concebido interiormente vai se
evidenciar.
• Este processo pode dar-se todo na mente e tornar-se pecado sem exteriorizar-se.
• A tentação pode vir tanto de dentro de nós, como de uma influência externa.
Muitas vezes, atribuímos ao diabo tentações que brotam em nós mesmos, que
na verdade são frutos dos nossos próprios desejos egoístas. No caso dos anjos
que caíram, por exemplo, eles nunca haviam pecado antes e não tiveram
nenhuma influência externa de tentação, e, no entanto, foram tentados. É certo
também que Satanás está constantemente analisando nossos pontos fracos e
disparando seus dardos inflamados, tentando furtar nossa autoridade através do
pecado
• O grande segredo de vencer a tentação está na velocidade com a qual reagimos
a ela.
Tentação
• Quanto mais resistimos à tentação mais imunidade adquirimos em
relação àquela área. A mente é o campo de batalha, por isto
precisamos bombardear os pensamentos de tentação com verdades
vivas da Palavra de Deus como Jesus fez com o diabo.
• Para isto acontecer na prática, é indispensável uma vida devocional
diária. Um relacionamento responsável com Deus na Palavra e na
oração redunda numa vida plena de discernimento espiritual e
domínio próprio.
Atração e intenção
• "Eu, porém, vos digo que qualquer que atentar numa mulher para a
cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela". (Mt 5:28).
Neste texto, Jesus não confronta a atração, mas a intenção sexual
desordenada e ilícita.
• Para esclarecermos as relações intersexuais é relevante distinguirmos
estes dois conceitos: atração e intenção. Atração e intenção estão na
base da tentação e pecado respectivamente. Atração corresponde à
tentação, assim como a intenção ao pecado. Atração e tentação são
involuntários, intenção e pecado, por suavez, obviamente são
conseqüência de um ato voluntário, e portanto, da nossa
responsabilidade.
• É fundamental compreendermos que a atração intersexual é algo
instintivo, natural, biológico e hormonal. Todo ser humano normal,
em relação ao sexo oposto, está sujeito à atração física. Precisamos
trabalhar com a intenção. A intenção vai governar ou desgovernar a
atração. A intenção vai governar ou desgovernar a atração. Por isto, o
pecado é a rigor, uma questão de intenção e não de atração. O desejo
sexual em si não deve ser castrado. Neste caso estaremos pondo
sobre nós um jugo que agride nossa própria natureza. Atração sem
uma intenção ilícita não tem nenhuma conotação pecaminosa.
Podemos e devemos satisfazer nossa sexualidade dentro de suas leis
e limites.
Pecado
• É muito importante entendermos também o que é o pecado. Acredito que
estaríamos sendo muito superficiais e até mesmo injustos definindo o
pecado simplesmente através de uma lista legalista de "não podes". Vamos,
portanto, estabelecer a definição de pecado a partir do nosso
relacionamento com os nossos sentimentos e desejos juntamente com o
respectivo efeito colateral disto, ou seja, "quem governa quem?"
Governamos nossos desejos ou nossos desejos nos governam, ou melhor,
nos desgovernam? Paulo aborda esta questão de uma maneira muito clara:
"Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convém: todas as
coisas me são lícitas; mas eu não me deixarei dominar por nenhuma". (I Co
6:12) Portanto, pecado é o resultado de falharmos diante deste conflito:
Dominamos sobre nossos desejos e sentimentos ou somos dominados?
Desejos e Leis
• É bastante simples: Deus não apenas nos criou desmedidamente
dotados de desejos e sentimentos. Ele nos fez, àsua imagem e
semelhança, como seres morais responsáveis pelo nosso
comportamento. Nossas escolhas fatalmente vão determinar o nosso
caráter e destino. Concluí-se facilmente, então, acerca da importância
de algo que possa controlar e manter esta potencialidade de desejos,
apetites e sentimentos fora de uma zona de risco. Ou seja, para todos
desejos são necessários limites. Amor é a justa medida de afeição e
limites. A lei, quando obedecida, tem a capacidade de salvaguardar
nossas vidas, nossos direitos e relacionamentos em todos os níveis.
Obediência à lei significa amor ávida.
• Tente imaginar uma sociedade que inconstitucionalizou os dez
mandamentos e passa a valer tudo: adorar a demônios e ídolos,
mentir, roubar, extorquir, adulterar, violentar, matar, etc, e
simplesmente não existe ninguém que possa por um limite nestas
coisas. Obviamente que ninguém teria um milímetro de segurança ou
privacidade. Quando não há limites para os desejos, não há dimensão
para o mal e a injustiça.
Formas da lei
• Estas leis, às quais nossos desejos devem estar submetidos, se
expressam sob duas formas: "Ouviste que foi dito (1) aos antigos... Eu,
porém, vos digo (2) que..." (Mt 5:21,22)
• 1. A forma exterior através da lei moral de Deus primeiramente
expressa no decálogo e posteriormente revelada na encarnação do
verbo divino: Jesus, o Evangelho em pessoa.
• 2. A forma interior através da nossa consciência -"... Os quais
mostram a obra da lei escrita em seus corações, testificando
juntamente a sua consciência, e os seus pensamentos, quer
acusando-os, quer defendendo-os". (Rm 2:15)
A força da Lei
• "Não me temereis a mim, diz o Senhor, não temereis diante de mim, que
pus a areia por limite ao mar, por ordenança eterna, que ele não
traspassará? ainda que se levantem as suas ondas, não prevalecerão; ainda
que bramem, não a traspassarão". (jr 5:22) Deus está dizendo que
desobedecer aos limites que ele estabeleceu para os nossos desejos é uma
maneira de violentar nossa própria natureza. É como dar murros em pontas
de faca.
• Por mais que as ondas do mar bramem e estourem, elas não ultrapassam o
limite das praias, entretanto, o homem que não teme a Deus simplesmente
ignora as leis, traspassa os mandamentos, e fatalmente sofre a pena. Apesar
do mundo espiritual não ser imediato, ele não tolera a impunidade.
• não é o homem que quebra a lei, mas é a lei que quebra o homem: "Tomará
alguém fogo no seu seio, sem que os seus vestidos se queimem? Ou andará
alguém sobre as brasas, sem que se queimem os seus pés?" (Pv 6:27,28). Ou seja,
existe uma lei da termodinâmica que diz que, se você colocar sua mão no fogo, vai
se queimar. Você pode até tentar provar o contrário, mas não é aconselhável.
Assim como existem leis físicas, existem também leis espirituais. Lei é lei e tem
penalidades imperdoáveis por definição. A lei não entende suas boas razões, não
perdoa, não regenera, não aconselha, não dá uma segunda chance. O ministério
da lei édefinir a transgressão bem como sua justa condenação. Não se iluda
pensando que o mundo espiritual tolera a impunidade. O próprio Jesus disse:"... A
pedra que os edificadores reprovaram, essa foi feita cabeça de esquina. Qualquer
que cair sobre aquela pedra ficará em pedaços, e aquele sobre quem ela cair será
feito em pó". (Lc 20:17,18)
A proteção da lei
• A lei protege. Ao definir a transgressão, ela estabelece um lugar seguro
para as nossas vidas e relacionamentos. Este chavão que diz: "É proibido
proibir", pode ser traduzido como: "É permitido sofrer".
• O pecado é concebido quando nossos desejos e sentimentos ultrapassam
os limites estabelecidos pela lei, ou seja, na linguagem paulina, quando a
carne usurpa o governo do espírito. O pecado, portanto, nada mais é do
que um desejo que não está sujeito ao governo espiritual da lei.
• Quando um desejo é submetido aos limites estabelecidos pela lei divina,
podemos mantê-lo numa posição de equilíbrio. Embora nossos desejos
sejam normais, e criados por Deus, se nós abusarmos deles, eles se
tornam em hábi
• Portanto, quando uma pessoa extrapola os limites da lei, sendo
subjugada pelos seus desejos, estará pisando num território muito
perigoso, denominado pecado, um lugar de morte e destruição cujo
dono é o próprio diabo. A autoridade que o diabo consegue sobre as
nossas vidas é proporcional aos nossos próprios pecados ainda não
resolvidos pelo sangue de Jesus
• Estes hábitos pecaminosos contra a vontade de Deus não são
vencidos automaticamente em virtude da experiência de salvação. É
indispensável tomarmos uma séria posição espiritual Desta forma,
podemos mantê-los no equilíbrio necessário através da disciplina em
obediência ao Espírito Santo, o que geralmente se consegue num
tempo menor que imaginamos. Por isto não devemos nos intimidar
achando que não conseguiremos vencer em áreas de total
descontrole. O papel da graça de Deus não é apenas comunicar
perdão, mas principalmente nos capacitar para uma vida de domínio
sobre o pecado.
TrÊs desejos básicos
• "Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer (1), agradável
aos olhos (2), e árvore desejável para dar entendimento (3)..." (Gn
3:6) "Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne (1),
a concupiscência dos olhos (2) e a soberba da vida (3), não é do Pai,
mas do mundo", (1 Jo 2:16) "Portanto, se a tua mão (1) ou o teu pé
(3) te escandalizar, corta-o, e atira-o para longe de ti... E se o teu olho
te escandalizar, arranca-o e atira-o para longe de ti. Melhor te é entrar
na vida com um só olho, do que, tendo dois olhos, seres lançado no
fogo do inferno". (Mt 18:8,9)
1. Concupiscência da carne
• É expresso nas palavras: "Vendo a mulher que a árvore era boa para
se comer" (Gn 3:6). Diz respeito ao desejo de "Obter satisfação". É um
desejo legítimo, dado por Deus. Tem a ver com as nossas
necessidades como ser humano. Ex: apetite alimentar, sono, prazer
sexual, aceitação (conforto emocional), etc. A tentação reside numa
instigação feita ao homem para queultrapasse os limites
estabelecidos pela palavra de Deus. . O resultado seria glutonaria,
bebedice, preguiça, fornicação, lascívia, manipulação, etc. Aqui se
aplica o conceito de carnalidade, que nada mais é que a idolatria do
desejo de obter satisfação.
2. Concupiscência dos olhos
• É apresentado nas palavras:"... agradável aos olhos..." (Gn 3:6b). Este é um outro desejo legítimo
concedido por Deus, de se "adquirir coisas", o desejo de aquisição, relacionado com necessidades
exteriores ao nosso corpo, coisas que almejamos conseguir. Existe um toque muito forte de realização
neste desejo. Nós podemos querer ter coisas, mas não devemos querer nada que Deus também não
queira para nós. Só na vontade de Deus, vamos experimentar o que verdadeiramente é bom, perfeito e
agradável (Rm 12:2). Por isto é tão cabível a admoestação de Paulo: "Pelo que não sejais insensatos,
mas entendei qual seja a vontade do Senhor (Ef5:17). Quando queremos muito, despertamos em nós
uma ambição que pode ser implacável e destrutiva. E este desejo pode crescer tanto, vindo a dominar-
nos através da inveja, ciúmes, roubo, homicídio, etc. Em Mt 4:8-10, vemos Jesus sendo tentado neste
desejo. Satanás mostrou-lhe todos os reinos do mundo, e disse: Tudo isto te darei se, prostrado, me
adorares". O diabo estava oferecendo a Jesus uma maneira fácil de atingir seus objetivos. Na verdade
ele estava tirando Jesus do caminho da cruz. O mandamento de Deus era que ele comprasse com seu
sangue pessoas de todas tribos,línguas, povos e nações. Tudo que queremos conseguir tem que ser
através da cruz, ou seja, precisamos, antes, entregar para Deus. Aqui percebemos como este desejo de
conquista está ligado com nossa vida de adoração. Jesus não negociou com a prioridade de ser um
verdadeiro adorador repelindo o diabo juntamente com sua "generosa" oferta.
Soberba da vida
• Expresso nas palavras seguintes: "e arvore desejável para dar
entendimento' (Gn 3:6c). Este é mais um desejo legítimo, concedido
ao homem por Deus, de saber e fazer. É importante querermos
realizar alguma coisa, adquirir conhecimento, ser alguém, ter
criatividade. Mas, aqui também precisamos nos afinar com a palavra
de Deus. A tentação reside no fato de abandonarmos os planos de
Deus e agirmos por conta própria. Alguns pecados nesta área seriam:
auto-afirmação, orgulho, superioridade, inferioridade, competição,
etc. É muito comum vermos pessoas fazendo a obra de Deus sem
Deus, por causa disto. Pessoas que colocam sua identidade nos seus
conhecimentos e se fecham para aprender e crescer no corpo.
• Em Mt 4:5-7, vemos Jesus sendo tentado também nesse desejo. Satanás levou-o ao mais alto pináculo do
templo. Jesus estava sendo tentado a impressionar as autoridades religiosas e convencê-los de seus poderes
sobrenaturais, atuando como um super-herói em busca da afirmação das pessoas. A fama não deve ser uma
causa, mas uma conseqüência nas nossas vidas. Se você se apresenta aprovado diante de Deus, o próprio
Deus é quem vai te apresentar aprovado diante das pessoas. Temos que tomar muito cuidado em relação à
motivação de usar os dons e ministérios que Deus nos tem dado. É aqui que somos tentados a tentar a Deus,
temendo aos homens e manipulando o favor deles. A motivação que prevalecia em Jesus era de agradar ao
Pai, por isto ele novamente resistiu à tentaçãoestabelecendo como prioridade o mandamento de Deus: "Não
tentarás o Senhor teu Deus" (Lc 4:12). É importante observarmos aqui, que quando Satanás citou as
Escrituras (Si 91:11,12), deixou de mencionar uma frase muito significativa; "...para que te guardem em
todos os teus caminhos". Apenas em harmonia com os propósitos e caminhos de Deus é que desfrutamos de
sua especial proteção. Isto revela a importância de andarmos em obediência ao chamado de Deus com todo
temor: "O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem, e os livra" (Si 34:7). Portanto, se queremos
uma vida espiritual vitoriosa, precisamos nos disciplinar em relação às insistentes pressões que nossos
desejos fazem sobre nós no sentido de nos levar ao desequilíbrio. Onde não há equilíbrio, existem extremos.
Extremos nos colocam à beira de abismos. Porém, onde existe domínio próprio, existe equilíbrio, respeito e
santidade.

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