Videoaula 7 - Ergonomia Do Produto
Videoaula 7 - Ergonomia Do Produto
Videoaula 7 - Ergonomia Do Produto
Ergonomia do Produto
Objetivos de aprendizagem
1) Conhecer os principais aspectos
relacionados a um projeto ergonômico
de um produto
2) Estar apto a identificar e a aplicar
critérios ergonômicos no
desenvolvimento de produtos.
Usabilidade
Usabilidade (usability)
Eficiência, facilidade, comodidade e segurança no
uso dos produtos, tanto no ambiente doméstico
como no profissional.
Inclui a facilidade de manuseio, adaptação
antropométrica e biomecânica, compatibilidades de
movimentos, fornecimento claro de informações,
facilidade de “navegação” e demais itens de
eficiência, conforto e segurança.
Usabilidade
Características
Qualidade funcional – o produto ou serviço deve ter
funcionalidade, flexibilidade, confiabilidade e
facilidade de manutenção
Alcance dos objetivos – devem ser alcançados com
eficiência, eficácia e satisfação, permitindo economia
de recursos, energia e menos desgaste físico e
mental do operador
Uso amigável – boa adaptação ergonômica (física e
cognitiva), com conforto, fácil identificação das
informações, manejo adequado dos controles,
facilidade de aprendizagem e tolerância a erros.
Princípios da Usabilidade
1) Os produtos devem ser previsíveis
A configuração do produto deve induzir à sua função
e ao modo de operação, eliminando-se ambiguidades
e atendendo às expectativas do usuário
Previsibilidade - a própria forma do objeto induz o
usuário para o uso correto (Ex. Tela touch screen)
Reduz o tempo de aprendizagem e facilita a
memorização
Reduz erros de operação
Princípios da Usabilidade
2) Resultados de uma ação devem ser
compatíveis com as expectativas
Deve haver compatibilidade entre uma ação e os
resultados dela, atendendo às expectativas do
usuário
Expectativas do usurário – dependem de fatores
fisiológicos, culturais e experiências anteriores
Estereótipos populares (associações entre ação e
resultado)
Ex.: Cor vermelha associada a perigo ou proibição
em oposição ao verde (segurança ou liberação)
Princípios da Usabilidade
3) Transferências positivas de
aprendizagem
Ocorre quando o repertório já existente, é
aproveitado na aprendizagem de novos
procedimentos semelhantes
Aproveitar a experiência anterior adquirida na
execução de tarefas semelhantes
Ex.: Uso de menu de computadores, aberturas de
portas
Princípios da Usabilidade
4) Respeitar os limites de cada variável
fisiológica
O usuário possui determinados limites fisiológicos
para as capacidades cognitivas, energéticas e
neuromusculares, que não devem ser ultrapassados.
Essas variáveis referem-se aos órgãos sensoriais, à
força, à pressão, precisão, velocidade e alcance dos
movimentos musculares, limites energéticos
(capacidade aeróbica)
Ex.: dirigir um automóvel com as mãos ocupadas,
exceto ao mudar as marchas
Princípios da Usabilidade
5) Prevenir e facilitar a correção dos
erros
Os produtos devem impedir ou dificultar
procedimentos errados e caso ocorram permitir fácil
correção ou rápido retorno ao estado anterior
Ex.: Bifurcação de uma estrada deve haver retornos
para aqueles que entrarem no caminho errado.
Falta do cinto de segurança aciona um alarme
Princípios da Usabilidade
6) Emitir sinais de realimentação
Os produtos devem emitir sinais de realimentação
(feedback) aos usuários, indicando a realização da
ação
Ex.: Bip de confirmação em aparelhos eletrônicos
Usabilidade
Teste de usabilidade
A usabilidade deve ser testada em situações reais de uso
1) Objetivo – qual o objetivo do teste?
2) Treinamento inicial – execução de uma tarefa simples
para familiarizar-se com o produto, esclarecimento de
dúvidas dos objetivos e procedimentos
3) Experimentação – ensaio propriamente dito, execução
das tarefas previstas e registro do desempenho
4) Avaliação pessoal – avaliação de forma livre,
respondendo um questionário
5) Análises e conclusões – coleta de dados e análises
estatísticas
https://oglobo.globo.com/economia/carros/spin-se-rende-ao-
enfeite-do-estepe-na-tampa-traseira-em-versao-activ-14593816
Agradabilidade
Agradabilidade
Ergonomia: melhorar a funcionalidade, segurança e
conforto dos produtos e serviços
Agregar prazer (agrabilidade) a produtos e serviços
(a partir da década de 90)
Mudança do nível físico/fisiológico para
psicológico/emocional
Aspectos estéticos: combinação de formas, cores,
materiais e texturas, acabamentos e movimentos
Técnicas de Design emocional
Agradabilidade
Características
Engenharia de produto: Identificar e
descrever as características que incluirão nos
projetos
Natureza funcional: fácil de elaboração
Natureza emocional: complexas, subjetivas e
difícil avaliação
Adaptação ergonômica de produtos
Características cognitivas
Referem-se aos conhecimentos do usuário sobre o
modo de usar o produto, baseando-se em
experiências anteriores
Estereótipos:
Abrir a porta: girar a alavanca para baixo, maçaneta
para a esquerda ou puxar uma alça
Adaptação ergonômica de produtos
Características emocionais
Cognição: processo voluntário, lógico, discernível,
controlável, que se aprende
Emoção: de natureza autônoma, não controlável
Cognição e emoção interagem continuamente, a
resposta emocional muitas vezes é mais rápida que a
cognitiva
Emoções positivas influenciam no modo como as
pessoas interagem com os produtos
Adaptação ergonômica de produtos
Contribuições da ergonomia
Características de uso – faz descrição e análise das
tarefas e características dos usuários do sistema
Usabilidade e agradabilidade – elabora propostas de
interfaces e alternativas para melhorar a usabilidade e
agradabilidade
Análise do processo produtivo – elabora alternativas que
facilitem a produção, montagem, descarte e reciclagem
Análise dos riscos – examina as características para
prevenir e eliminar eventuais riscos e erros e acidentes
na operação e uso do produto
Avaliação ergonômica do produto – faz a avaliação do
produto do ponto de vista ergonômico (hardware e
software)
Adaptação ergonômica de produtos
Contribuições da ergonomia
Ergonomia do Produto
REFERÊNCIAS
• IIDA, Itiro; BUARQUE, Lia. Ergonomia:
Projeto e Produção. 3ª ed. São Paulo:
Blucher, 2016
• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS. NBR 9050: Acessibilidade a
edificações, mobiliário, espaços e
equipamentos urbanos. Rio de Janeiro,
2020.