Metrologia
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Ávila
O Tempo
Evolução Histórica
O estudo do tempo é um tema importante da História. Afinal sem
o tempo, não existe passado e sem passado não existe História.
Fonte: mundoeducação.uol.com
As medidas de tempo tinham por base fenómenos naturais repetitivos. Antigamente,
antecedendo à invenção da escrita, a humanidade não detinha conhecimentos acerca da
construção de artefatos que os auxiliassem na medição do intervalo de tempo. Desta
forma, recorrer aos fenómenos naturais que fossem periódicos, tornava-se a ferramenta
mais favorável naquele momento onde despontava a aurora da nossa civilização. Os
fenómenos periódicos mais utilizados foram os movimentos dos corpos celestes e, a partir
daí, estes fenómenos passaram a determinar as estações do ano, os meses e os anos.
Fonte: mundoeducação.uol.com
Exemplificando, há cerca de 20.000 anos, os
caçadores faziam medição de tempo contando os dias
entre as fases da Lua, por meio de marcações em
gravetos e ossos.
Fonte: mundoeducação.uol.com
Isto foi muito importante para o crescimento da civilização Egípcia. Heródoto (historiador
grego) afirmou que “O Egito é um presente do Nilo.”, já que a região seria apenas deserto
se não houvesse este rio.
Instrumentos de medição do tempo.
Durante a História o homem criou variados instrumentos e formas de medir o tempo, utilizando-se desde
a sombra que a posição da luz solar emitia em algum objeto da superfície terrestre para se localizar em
qual a fase do dia ele estava, até ao relógio atómico que mede as trocas de energias no interior do átomo,
sendo a mais precisa forma de medir o tempo já criada pela mente humana. Veja alguns instrumentos
usados pelo homem através dos tempos para medir o próprio tempo.
Fonte: pt.Wikipédia.org
O relógio de Pêndulo foi criado no ano de 1656. Utiliza
pesos para fornecer a energia necessária para mover os
ponteiros. A partir e do século XX, este instrumento foi
superado em precisão pelo relógio de quartzo e depois
pelo relógio atômico, mas continua a ter certa utilização
pelo seu valor estético e artístico. A regularidade no
movimento de um pêndulo foi estudada por Galileu
Galilei no século XVI, mas a invenção do relógio de
pêndulo é atribuída ao holandês Christiaan Huygens.
Fonte: pt.Wikipédia.org
Relógio de pulso
Fonte: pt.Wikipédia.org
O Relógio Atómico foi criado em 1955. O seu funcionamento depende das propriedades do átomo. Desde 1967,
a definição internacional do tempo baseia-se num relógio atómico, assim como os relógios, satélites e aparelhos
de última geração. O Relógio Atómico é o mais preciso de todos os que existem atualmente. Mede as diminutas
trocas de energia do interior dos átomos do metal Césio. Por serem muito regulares, as trocas criam um
padrão preciso para medir o tempo. O Relógio Atómico mede as vibrações naturais dos átomos de Césio.
Vibram mais de 9 biliões de vezes por segundo. Por este motivo, o Relógio Atómico atrasará poucos segundos a
cada 100.000 anos.
Curiosidades.
Calendário
Juliano e
Gregoriano.
O calendário juliano foi o calendário adotado pelos romanos com a finalidade de
corrigir a discrepância que havia no calendário romano. Criado por Júlio César,
até hoje ele é usado por cristãos ortodoxos.
Fonte: calendar.com/brasil
Fonte: calendar.com/brasil
O número de dias dos meses intercalavam entre 30 e 31, com exceção de februaris,
que tinha 29 ou 30 dias. Com a evolução do calendário juliano, a distribuição de dias
passou a ser idêntica à que utilizamos hoje com o calendário gregoriano.
Calendário juliano primitivo Calendário juliano evoluído
Fonte: calendar.com/brasil
À semelhança do calendário gregoriano, os meses do calendário juliano eram
os seguintes: januaris, februaris, martius, aprilis, maius, junius, julius,
augustus, september, october, november e december.
Originalmente, os meses
correspondentes a julho e
agosto eram chamados de
quintilis e sextilis,
respectivamente.
Após a morte de Júlio César, a fim de homenageá-lo, quintilis recebeu o seu nome. Tempos
depois, o Senado romano quis prestar uma homenagem a César Augusto, o primeiro
imperador romano, dando o seu nome ao 8.º mês do ano.
Fonte: calendar.com/brasil
O Senado achou que os meses dedicados a Júlio César e César Augusto tinham que ter o
mesmo número de dias para que fossem considerados com o mesmo grau de importância.
Fonte: calendar.com/brasil
Por isso, augustus passou a ter 31 dias em vez de 30 para se igualar a julius. Com essa
alteração, februaris que inicialmente tinha 29 ou 30 dias, passou a ter 28 ou 29,
conforme a ocorrência de anos bissextos
Que calendário usamos hoje?
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Tempo_Universal_Coordenado
É o sucessor do Tempo Médio de Greenwich (Greenwich Mean Time), cuja sigla é GMT. A nova
denominação foi cunhada para eliminar a inclusão de uma localização específica num padrão
internacional, assim como para basear a medida do tempo nos padrões atómicos, mais do que nos
celestes.
Ao contrário do GMT, o UTC não se define pelo sol ou as estrelas, mas é sim uma medida derivada do
Tempo Atómico Internacional (TAI). Devido ao fato do tempo de rotação da Terra oscilar em relação
ao tempo atómico, o UTC sincroniza-se com o dia e a noite de UT1, ao que se soma ou subtrai
segundos de salto (leap seconds) quanto necessário.
Os segundos de salto são definidos, por acordos internacionais, para o final de junho ou de dezembro como
primeira opção e para os finais de março ou setembro como segunda opção. Até hoje, somente junho e dezembro
foram escolhidos como meses para ocorrer um segundo de salto. A entrada em circulação dos segundos de salto é
determinada pelo Serviço Internacional de Sistemas de Referência e Rotação da Terra (IERS), com base nas suas
medições da rotação da Terra.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Tempo_Universal_Coordenado
Horas, minutos e segundos. Por mais que você não seja um “escravo do relógio” e tenha o seu próprio tempo para fazer
as coisas, é praticamente impossível para o ser humano não utilizar a ferramenta convencional para mensurar as
partes de um dia. Embora a definição de tempo seja algo extremamente complexa, e que provoca debates na
comunidade científica, podemos encarar as horas, os minutos e os segundos como uma espécie de ferramenta.
Mas como foi que se convencionou que um dia tem 24 horas – e não 20 horas, por exemplo – divididas em períodos de
60 minutos que, consequentemente, são divididas em períodos de 60 segundos? Para entender isso é preciso viajar no
tempo para encontrar os primeiros vestígios desse tipo de “classificação”.
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Com o avanço da tecnologia à época, os egípcios perceberam que, ao menos durante o dia, era possível dividir o tempo
em doze partes iguais, com pequenas marcas indicando o quanto do dia havia passado. Entretanto, à noite a situação
não era tão simples assim e eles continuavam sem uma solução para entender a passagem do tempo quando não havia
sol.
Então, os astrónomos da época observaram um grupo de 36 estrelas e escolheram 18 delas para marcar a passagem do
tempo depois de o Sol se por. Seis delas foram utilizadas para marcar o período do crepúsculo (momento em que o Sol
nasce ou se põe) e as outras 12 restantes foram usadas para dividir a escuridão em 12 partes iguais.
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Juntamente com outros astrónomos, Hipparchus usou um sistema de cálculo criado pelos babilónios que consistia numa
base de 60 – e não se sabe por que os babilónios escolherem o número 60 para ser base do sistema de cálculo deles, mas
presume-se que seja pela facilidade de expressar fracionamentos usando os números 10, 12, 15, 20 e 30.
Posteriormente, o astrónomo
Cláudio Ptolomeu expandiu
esse trabalho e batizou a
primeira divisão de “partes
minutae primae” e a
subdivisão desses períodos de
“partes minutae secundae”.
Apesar da divisão, essa
técnica foi deixada de lado e
somente no século XVI o
conceito foi retomado.
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Com o início da era industrial, a necessidade de precisão aumentou. Os
primeiros relógios mecânicos apresentavam a divisão de uma hora em duas
metades, três terços ou quatro quartos. Em 1956 o segundo foi definido em
função do período de rotação da Terra em torno do Sol.
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O dia possui 24 horas e cada hora possui 60 minutos, sendo que, por definição, cada minuto
possui 60 segundos. Essas definições possibilitam a conclusão de que a unidade de tempo
conhecida como "dia" pode ser transformada em segundos fazendo 24 x 60 x 60, o que dá um
total de 86.400 segundos.
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É essencial prestar atenção às unidades. Como a unidade de tempo para a velocidade da luz está em
segundos, transformamos a medida de um dia em segundos utilizando a informação, já calculada
anteriormente, de que 1 dia = 86.400 segundos.
Assim, aplicando a famosa regra de três simples, fazemos a pergunta: Se, num segundo, a luz se desloca
300.000 km, então quanto se deslocará em 86.400 segundos? Somos conduzidos ao cálculo de (300.000
Km/s) x 86.400 s = 25.920.000.000 km. Uma grande distância! Esses vinte e cinco biliões e novecentos e
vinte milhões de quilómetros equivalem, aproximadamente, à distância entre a Terra e o Sol multiplicada
dezassete vezes!
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Um exemplo de relação entre unidades.
Ao compararmos a velocidade média de um carro, de 90 km/h, com a de um homem caminhando na pacata
velocidade de 1 m/s, quantas vezes o carro é mais veloz do que o homem?
Para esse cálculo temos que transformar a velocidade do carro, dada em km/h, para m/s.
9 0 × 1 0 0 0 m 1 × 6 0 × 6 0 s = 9 0 0 0 0 m 3 6 0 0 s = = 2 5 m / s.
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Agora, queremos saber quantas vezes a velocidade do carro é maior do que a velocidade do homem.
Assim, fazemos a razão entre essas duas medidas, obtendo o valor de 25 vezes.
2 5 m / s : 1 m / s = 2 5.
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Relógios e divisão do tempo.
Começamos este texto com a antiga e conhecida definição de que
um dia possui 24 horas. Essas vinte e quatro horas estão
relacionadas com o movimento de rotação da Terra. Um tipo de
movimento que é aplicado com bastante frequência quando
mudamos de direção numa determinada trajetória. Para esse tipo
de movimento, que está associado ao movimento de rotação de
um corpo em relação a um ponto fixo, usamos o grau como uma
forma de medida. Assim, aprendemos que dar uma volta
completa é girar 360 graus.
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Essa informação, relacionada ao movimento de rotação que a Terra dá no seu próprio eixo, percorrendo um dia
completo, permite concluir que, se ficarmos parados num determinado local durante uma hora, poderemos afirmar
que a Terra, nessa hora, nos fez girar 15 graus em relação ao seu eixo.
Agora, se em vez de ficarmos parados num local qualquer, ficarmos parados diante dos relógios de ponteiros que ainda
são mantidos nas praças das cidades, poderemos construir outras relações matemáticas a partir de algumas
observações.
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