Relatorio - 01 - Sensores e Transdutores
Relatorio - 01 - Sensores e Transdutores
Relatorio - 01 - Sensores e Transdutores
O efeito Seebeck têm como fundamento a difusão dos elétrons de maior energia, a
princípio concentrados na extremidade mais quente do condutor, em direção ao terminal de
menor temperatura, gerando então um déficit de elétrons na extremidade quente (ou lacunas)
fazendo com que esta extremidade tenha um potencial positivo em relação à extremidade fria.
Vale ressaltar que a relação entre a diferença de temperatura e a diferença de potencial entre
os terminais do condutor trata-se de uma característica intrínseca e exclusiva de cada material.
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Ao unir dois terminais de diferentes materiais condutores e expor este terminal
conjunto à uma dada temperatura (a este terminal conjunto é dado o nome de junção quente)
enquanto os outros dois terminais (de materiais distintos) são submetidos a uma mesma
temperatura que não a primeira (a estes terminais é dado o nome de junções frias), além de
existir uma diferença de potencial entre as junções quente e fria de cada condutor, existe
também uma diferença de potencial entre as junções frias dos condutores. Esta diferença de
potencial entre as junções frias permite determinar os coeficientes de Seebeck relativos e por
consequência, estimar a temperatura a qual a junção quente está exposta.
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Figura 3: Tabela de tensão termoelétrica para o termopar tipo K fornecido.
Metodologia
Os materiais utilizados para a realização do experimento são:
1 fonte DC de pelo menos 2 canais ajustáveis;
1 voltímetro portátil ou de bancada (neste caso, o multímetro Minipa® ET-2075B);
1 termômetro (o multímetro Minipa® ET-2075B possui tal função);
1 resistor de potência de 10Ω/5W;
1 resistor de 1KΩ;
1 resistor de 100KΩ;
1 amplificador operacional OP07;
2 termopares tipo K;
x Cabos banana-banana e/ou banana-jacaré.
O experimento é então dividido em duas etapas: a primeira consiste na medição da
temperatura e da tensão produzida pelos termopares quando estes estão com suas junções
quentes em contato com o corpo do resistor de potência, para isso foi construído o seguinte
arranjo experimental.
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Figura 4: Representação esquemática do arranjo experimental da primeira etapa.
Figura 5: Circuito utilizado para amplificação do sinal de TP2 para a segunda etapa.
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Resultados e Análise
De acordo com a metodologia, o primeiro dado a ser obtido é a temperatura da junção
fria, que medida com os terminais do multímetro em curto forneceu um valor de Tf de
aproximadamente 21°C, compatível com o esperado para o ambiente com ar-condicionado do
laboratório. Porém vale lembrar que a medição feita pelo multímetro esta sujeita às variações
de temperatura do próprio ambiente, por exemplo, devido alterações de umidade, correntes de
ar ou proximidade com equipamentos que geram calor. Este comportamento caótico por sua
vez tende a se manifestar na forma de erros de leitura.
Em seguida, o resistor de potência é exposto a um dado potencial da fonte DC de forma
que a temperatura medida em sua superfície seja de 60°C, em seguida 120°C e logo após de
180°C, e os valores de tensão obtidos para cada um destes valores de temperatura constam na
tabela abaixo.
Tabela 1: Tensões medidas e esperadas nos terminais do termopar TP2 para diferentes temperaturas.
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ambiente de aproximadamente 21°C resultaria numa temperatura da junta quente próxima de
187°C. Apesar dos erros durante o procedimento a temperatura obtida apresenta ordem de
grandeza similar aos 200°C esperados, porém como não foi possível determinar o erro
introduzido pelo amplificador uma análise mais detalhada dos dados seria imprudente.
Conclusão
Este experimento permitiu a observação da robustez e simplicidade dos sensores
termopares, além da previsibilidade de suas medições, caso estas sejam feitas com certo rigor.
Além disso foi possível avaliar a manifestação do fenômeno físico conhecido como efeito
Seebeck, que por sua vez é reverso ao efeito Peltier, e juntos caracterizam o que é conhecido
atualmente como efeito termoelétrico. Por fim, ao avaliar uma das formas mais recorrentes de
medição de temperatura no meio industrial é possível iniciar um estudo sólido a respeito das
características e aplicações dos diferentes tipos de sensores e transdutores existentes.
Referências
[1] Notas de aula - Teoria. Disponível em: https://sensores.webs.com. Acessado em:
21/09/2018;
[2] Notas de aula – Prática. Disponível em: https://sensores.webs.com. Acessado em:
21/09/2018;
[3] Termopar. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Termopar. Acessado em:
25/09/2018;
[4] Efeito Seebeck. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Efeito_Seebeck.
Acessado em: 25/09/2018.