Argamassa Armada..

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Argamassa Armada

Isabella Alves Ferreira


Luiz Fernando Pereira Belmiro
Plínio Luiz Vicente da Silva
Introdução
Joseph Louis Lambot, na França, em 1848, patenteou o Ferrocimento como “Succedané du bois de
construction”. Além de inventor, um ecologista.

“Conjunto de arames e barras metálicas cimentadas juntos com cimento hidráulico de tal maneira a formar vigas
e pranchas de qualquer tamanho desejado”.

Por sua grande versatilidade e pequena espessura das peças finalizadas, pode adaptar-se a infinitas formas,
sendo utilizada em: Divisórias, Pórticos/Monumentos, Lajes Nervuradas, Piso Elevado e Pré-moldados diversos.

No Brasil, é regida pela norma NB-1259 E NBR-11173/89 da ABNT.


O que é argamassa armada?
Nada mais do que um tipo
de concreto armado, mas
seus componentes
apresentam uma espessura
menor, ou seja, à mistura
de agregado miúdo,
cimento, areia e água
(estes três últimos, que
formam a argamassa), está
associada uma armadura
de aço com fios de
pequeno diâmetro.
Atualmente a argamassa armada é quase
sempre usada na construção de estruturas
de pequeno porte, como reservatórios de
água, peitoris, estábulos, painéis de divisão
ou telhados. Ela também pode ser uma
excelente opção de reforço para alvenarias,
visto que deixa as paredes mais resistentes.
Vantagens

• Flexibilidade;
• Baixo Custo (Preço);
• Leveza;
• Maior Conforto;
• Durabilidade;
• Não exige mão de Obra especializada.
• Menor resistência em relação ao concreto
armado, (não utiliza agregado graúdo);
• Maior superfície exposta;
• Corrosão;

Desvantagens
Norma Regulamentadora

• A NBR 11173 é a norma que regulamenta


a aplicação da Argamassa Armada, nela
estão descritas sua composição, as
dimensões permitidas das telas ou malhas
de aço utilizadas.
• Também se encontram informações sobre a
resistência mínima permitida.
• Ou seja, toda informação necessária
desde a Elaboração do projeto até a
Execução no canteiro!
Vale ressaltar que é de extrema importância, seguir as informações
descritas em norma, para que se evite a ocorrência de futuros
imprevistos, como as indesejadas tricas, fissuras, e até mesmo exposição
da armadura.
Tipologia de Armaduras
• As armaduras empregadas na argamassa armada podem ser divididas em dois tipos básicos:
armadura difusa e armadura discreta.
• A armadura difusa é constituída por fios de pequeno diâmetro ou lâminas de pequena espessura,
pouco espaçados e distribuídos uniformemente na argamassa.
• A armadura discreta pode ter função de esqueleto — arcabouço metálico rígido formado por
tubos e barra de aço servindo de suporte à armadura difusa — ou de armadura complementar —
barras de aço em acréscimo à armadura difusa para resistir aos esforços solicitantes —, e pode
também ter as duas funções anteriores.
Tipologia de Armaduras
• A tela hexagonal, ou tela de galinheiro como é popularmente
conhecida, é fabricada normalmente para construção de viveiros
para pequenos animais e aves. O processo de produção consiste no
entrelaçamento de arames galvanizados formando malhas
hexagonais.
• O fato de ser disponível no mercado, em praticamente qualquer
região do País, a facilidade no seu manuseio e a adaptação às mais
diversas formas são as principais vantagens deste tipo de tela. 12
Por outro lado, sua grande flexibilidade torna quase sempre
necessário o uso de esqueleto rígido sobre o qual as telas são
amarradas. Isto, e mais a necessidade de muitos pontos de
amarração, dificultam a sua utilização em processos de pré-
moldagem ou pré-fabricação. O emprego da tela hexagonal fica,
desta forma, restrito praticamente a moldagens artesanais sem uso
de formas. Com relação ao comportamento estrutural, algumas
observações devem ser feitas quanto às telas hexagonais. Por ser
destinada originalmente a usos sem função estrutural, o arame
empregado na fabricação das telas hexagonais não sofre controle
quanto à resistência, que além de ser relativamente baixa, pode
assim ser também muito variável. Portanto, no dimensionamento da
armadura, normalmente a tela hexagonal é desprezada, ficando-se
apenas com a parcela da armadura complementar
Tela de Aço Tecida de Malha Quadrada (Tela Entrelaçada)
• Também conhecida por tela de peneira, esta tela é
composta por arames, galvanizados ou não,
entrelaçados formando malhas quadradas 
• A tela entrelaçada tem boa adaptabilidade a formas,
porém o seu manuseio é um pouco mais difícil,
exigindo cuidados para a eliminação de ondulações
quando do seu posicionamento. Em virtude da sua
grande flexibilidade, normalmente é empregada
juntamente com armadura complementar para facilitar
a montagem. O módulo de deformação aparente desta
tela, em decorrência da maior deformabilidade dos fios
entrelaçados, a torna menos eficiente no controle da
fissuração. Há também que se considerar a ondulação
dos fios longitudinais, que quando tracionadas sofrem
tendência de retificação, provocando acréscimos de
tensões de tração na região dos fios transversais e
aumento na abertura das fissuras.
Tela de Aço Soldada
• A tela soldada é composta por fios retilíneos de aço, dispostos de maneira a formar malhas quadradas ou retangulares, eletro
soldados entre si nos cruzamentos
• A maior facilidade de montagem em superfícies planas e em elementos que não requeiram muitas dobras e a possibilidade de
utilização praticamente sem armadura complementar são vantagens que tornam a tela soldada bastante adequada à produção de
peças pré-moldadas ou pré-fabricadas. Por outro lado, a sua maior rigidez, que lhe confere estas vantagens, dificulta a sua
utilização em elementos com curvaturas mais acentuadas — principalmente dupla curvatura. Por ser destinada exclusivamente
à utilização como reforço estrutural, a qualidade dos fios empregados e do conjunto é mais adequada. Assim, os fios da tela
soldada podem sempre ser considerados na resistência aos esforços solicitantes, isoladamente ou em associação as barras de
armadura complementar. Muitas vezes o emprego de armadura complementar tem a finalidade de diminuir o número de telas
soldadas necessário, reduzindo com isto o custo do conjunto de armaduras.
Tela de Aço Expandida
• A tela de metal expandido, também conhecida como tela Deployée, é
obtida a partir de chapas finas de aço que sofrem perfurações e são
expandidas na direção perpendicular a estas. São produzidas em
chapas pretas ou galvanizadas e com malhas hexagonais ou losangular.
• Devido à perda de flexibilidade, exceto para as telas de menores
espessuras, o uso de metal expandido em elementos com formas
complexas ou curvas agudas é dificultado. Porém, pode ser
interessante o seu emprego em elementos pré-moldados ou pré-
fabricados com detalhes mais simples de armadura. A experiência, a
nível nacional, de utilização de metal expandido em argamassa
armada, é muito pequena até o presente, dificultando uma melhor
avaliação do seu desempenho. Porém, estudos realizados em outros
países chegaram a dados interessantes sobre o assunto, como os que se
apresentam a seguir. A tela de metal expandido, em sua orientação
normal (direção perpendicular à expansão da chapa) apresenta
resistência equivalente à da tela soldada. Além disso, proporciona
excelente resistência a impacto e eficiente controle de fissuração.
Watson
• um novo tipo de tela desenvolvido na Nova
Zelândia. É constituída por fios longitudinais
retilíneos de alta resistência dispostos em
dois planos paralelos, separados por fios
transversais de aço doce. Os fios
longitudinais e transversais retilíneos são
mantidos na posição por outros fios
transversais entrelaçados longitudinais e
esticados durante o processo de produção.
Este tipo de tela é interessante devido à
versatilidade de composição com relação ao
diâmetro dos fios e seu espaçamento e à
possibilidade — aparentemente viável — de
sua fabricação no próprio canteiro de obras.
Aplicação no Brasil
• No Brasil, a argamassa armada foi empregada pela primeira
vez em Escola de Engenharia de São Carlos da
Universidade de São Paulo, em 1960, na cobertura de 1000
m² de diversos pavilhões. A partir dessa experiência, o
formado Grupo de São Carlos, de estudo de argamassa
armada, vem contribuindo com a realização de inúmeras
outras obras. 
• Atualmente, como centros de pesquisa e desenvolvimento
da argamassa armada existem, além do Grupo de São
Carlos, o da Universidade Federal do Ceará - Projeto
Ferrocimento - e do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento
(CEPED), na Bahia, e ainda alguns polos irradiadores da
tecnologia em Abadiânia (GO), Rio de Janeiro (RJ), Brasília
(DF) e Salvador (BA), onde atua a Companhia de
Renovação Urbana (RENURB), empresa municipal que
desenvolveu um pioneiro projeto de saneamento, baseado
na aplicação da tecnologia da argamassa armada.
• A argamassa armada não se
emprega apenas o agregado miúdo
(que corresponde a elementos com
dimensões até 4,8 mm), mas também
os chamados agregados graúdos
(que chegam aos 9,5 mm).

• No Brasil, o trabalho do arquiteto


João Figueiras Lima é destaque.
Seus projetos são focados
na utilização de componentes leves e
com elementos pré-moldados de
concreto armado e
protendido, principalmente na cidade
de Brasília. Conhecido como Lelé, o
arquiteto trabalhou então com
a argamassa armada até chegar ao
sistema leve de aço. Entre as
construções que são exemplo de
seu trabalho estão fábricas em
Salvador, prédios da UnB e
mobiliários dos hospitais Sarah
Kubitschek.
Fim

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