Redação Da UECE
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A R E D A Ç Ã O N O V E S T I B U L A R D A U E C E
Características Gerais
• A prova consiste na produção de um texto de no mínimo 20 e no máximo 25 linhas
sobre um determinado tema.
Além disso,
Progressão temática.
Colocação pronominal.
Pontuação.
Translineação.
Inicial maiúscula.
Omissão/Repetição de palavras.
GÊNEROS TEXTUAIS SOLICITADOS
• A comissão de elaboração da prova costuma apresentar ao candidato várias propostas de
produção textual para que seja escolhida apenas uma.
• Geralmente, cada proposta representa um gênero textual, isto é, cada proposta traz a
solicitação de um texto específico, o que exige que os candidatos dominem o máximo de
gêneros textuais possíveis dentro da tipologia narrativa, descritiva ou dissertativa, que são
as mais cobradas.
• Presença de personagens
• Possui um enredo
• A narração é um tipo de texto que consiste em
• Realiza-se com o discurso direto ou indireto
narrar fatos ou acontecimentos em uma
• Pode haver um narrador
sequência.
• Situa o tempo e o lugar onde ocorrem as ações
• Essa sucessão de acontecimentos é contada por
• Cria diversos gêneros textuais
um narrador e geralmente está estruturada em
introdução, desenvolvimento e conclusão. • Traz sequência de fatos reais ou imaginários
Trabalhei como vendedor durante muitos anos e estou desempregado há seis meses. Há algumas semanas, vi o anúncio de uma vaga
para o setor comercial de uma loja próxima de onde moro. Era o emprego perfeito para mim, pois eu tinha a experiencia requerida pelo
empregador. Fui confiante para a entrevista. Enquanto aguardava minha vez no processo seletivo, fiquei conversando com outros
concorrentes e conheci uma moça que também estava disputando pela oportunidade de trabalhar.
Ela era negra e aparentava ser jovem – por educação, não perguntei a idade dela. A candidata contou-me que era mãe, solteira e que
nunca havia trabalhado como vendedora. Além disso, ela reportou que, embora soubesse do pré-requisito da experiencia na função,
estava disposta a tentar obter o emprego, pois precisava sustentar o filho. Horas depois, logo após o término de todas as entrevistas, o
recrutador anunciou o resultado. Para minha alegria, eu fui o selecionado. Nesse momento, percebi que a moça com quem eu tinha
conversado começou a chorar copiosamente.
Diante dessa cena, pensei nos obstáculos que ela precisava superar para com seguir ser contratada: pouca idade, inexperiência e,
possivelmente, preconceito racial. Subitamente, falei com o selecionador e, usando meu poder de persuasão – fruto da minha expertise
com vendedor- convenci-o a contratá-la em meu lugar. A felicidade dela era notável! Dispensei uma oportunidade, mas sei que para
mim é mais fácil conseguir um emprego do que para outros. Essa empatia é o que nos torna humanos. Um dia, quem sabe, eu também
posso precisar que alguém faça o mesmo por mim.
Gênero Relato
O relato é um gênero muito comum no nosso cotidiano, pois relatamos fatos aos nossos amigos e familiares, ouvimos relatos nos noticiários,
buscamos relatos de pessoas notórias como inspiração para nossa vida, ou para saber experiências vividas em lugares que desejamos
conhecer. Sendo assim, falamos, lemos e escrevemos um relato em diversas situações e em diferentes suportes: revistas, jornais, telefone,
redes sociais, sempre com o objetivo de narrar um acontecimento específico para outrem.
Título;
Os elementos gramaticais e de linguagem que o compõem são:
Introdução: contexto, personagem,
O narrador será protagonista, ou participante da ação; tempo/espaço, fato/ problema
Verbos e pronomes são empregados predominantemente na 1ª pessoa;
Desenvolvimento: construção da
Os verbos oscilam entre o pretérito imperfeito e pretérito perfeito (tempo passado); trama, clímax
T Ó P I C O 1 3
Retrato verbal
DESCRIÇÃO
Foca-se na caracterização
Uso da argumentação
• Tipologia textual mais comum, o texto
Linguagem impessoal
dissertativo não está preocupado em contar um
fato ou descrevê-lo, mas sim opinar sobre um fato Análise crítica do assunto
reflexão e da observação dos fatos que acontecem Tipologia mais comum solicitada na UECE, o texto
ao redor do sujeito. São características da dissertativo é proposto através de gêneros como o artigo
de opinião, a carta, editorial e crônica, sendo cada um
dissertação: desses textos escritos com um objetivo diferente.
Editorial
Texto de caráter dissertativo que expressa a opinião de um jornal ou revista a respeito de tema da atualidade, veiculado por
ele mesmo ou por outro órgão. Trata-se de uma dissertação- argumentativa de um editor na defesa de um ponto de vista
(na verdade, ele representa um grupo, por isso o gênero não leva assinatura). Segue o esquema do artigo de opinião.
Características
• Vale-se, notadamente, da persuasão, pois visa à tomada de atitude (por parte do leitor) ou à reflexão quanto a um ponto-
de-vista instituído, normalmente de interesse coletivo;
• É escrito na 3ª. pessoa do singular, alternando, normalmente, em 1ª do plural, com leves traços de impessoalidade.
Funciona basicamente como um artigo de opinião, diferenciando-se desse por ser mais curto e enfático.
Proposta: Escreva um editorial sobre a escolha de Fortaleza como cidade sede para os jogos da Copa do Mundo de 2014.
Crônica argumentativa
Texto de cunho dissertativo, mas que permite, de forma moderada, pequenas sínteses
narrativas. A crônica argumentativa tem por finalidade a discussão de um determinado tema
polêmico da atualidade.
Características
Argumentação.
Características
Proposta: Com base no texto da Revista Veja, de 30/09/2009, que ironizava Sobral e Cid Gomes,
escreva uma carta de leitor posicionando-se sobre a matéria lida.
United interesses of de quem?
Na VEJA, de 30 de setembro de 2009, uma matéria muito curiosa chamou-me bastante a atenção.
Com o irônico título de “The United States of Sobral”, o jornalista Leonardo Coutinho apontava para a megalomania do governador Cid Ferreira Gomes que, desde os tempos em que
era prefeito da cidade de Sobral, na zona norte do estado, já tentava fazer de sua pequena província um tipo de imitação do modo de vida americano, por introduzir o “beisebol” nas
escolas, comprar school buses para transportar alunos, apoiar um centro hípico e implementar o inglês no ensino fundamental.
O texto é deveras oportuno, principalmente em um momento em que o nosso país passa por um surt o de megalomania coletiva, com o Pré-sal, a Copa do Mundo, os Jogos Olímpicos,
de uma forma que só foi vista nos tempos contraditórios de Juscelino e Médici. Mas, como a análise parcial e obscurecida de um profissional inglório pode estar a serviço do
Jornalismo responsável, quando o sensacionalismo pernicioso, em tempos de política, permeia-lhe a dubiedade do discurso?
O que acontece em Sobral pode ser comentado por qualquer individuo portador ou não de diploma de jornalista, mas só pode ser entendido quando o que é dito vem respaldado pelo
saber de uma cultura e de uma longa trajetória, pois a história do povo sobralense é uma história de distinção que já se pode perceber no nome: Vila Distinta e Real de Sobral, por
decreto monárquico de 05 de julho de 1773. Como as festividades começavam na noite do dia 04, a comparação com a festa americana, ao longo dos tempos, foi inevitável.
Posto isso, o que o equivocado jornalista chama de megalomania, nas terras ao norte da belle epoque estagnada, recebe o nome simpático de “sobralidade”, entendido por gente
realmente esclarecida como tradição, exatamente o que falta hoje à maioria dos diários associados. Sobral nasceu na distinção e no cosmopolitismo de seus idealizadores, e nisso não
diferia de Fortaleza ou do Rio de Janeiro do século XIX, qualquer historiador sabe disso, alguns jornalistas não.
Quanto aos school buses, se o distinto jornalista precisasse ir à escola debaixo de um sol de 40º, saberia bem para que eles servem; se conhecesse o Centro de Línguas teria escrito
base ball sem medo, ao contrário do que fez na matéria. Quanto ao referido esporte e, particularmente quanto ao hipismo, uma tradição sertaneja desde o século XVIII, o senhor
Leonardo Coutinho deveria perceber que é preferível a prática desses esportes americanizados à imitação de circo dos sinais da nossa metrópole.
Oportuno, então, é saber a quem interessa esse tipo de matéria, que mais parece endereçada ao presidencialismo de um irmão que às excentricidades cosmopolitas do outro. E esse
tipo de mensagem subliminar até quem não tem curiosidade consegue perceber.
Características
Denúncia do problema;
Argumentação;
Conclamação.
Proposta: De forma geral, o Magistério vem sendo desvalorizado em nosso país. Escreva uma carta
aberta aos professores de seu estado por ocasião do Dia dos Professores.
Carta aberta aos professores do Ceará
Amigos,
O Dia dos Professores é, de fato, uma das datas mais importantes do nosso calendário. Avultam nos jornais e na mídia televisiva homenagens
de toda sorte. Mas de que nos vale comemorar quando não sabemos ou não temos mesmo motivos para festa? Como podemos comemorar se
a vida que levamos sequer nos dá tempo para isso?
Falta o devido reconhecimento ao magistério, seja ele de nível fundamental, básico, médio ou superior. Os anos de dedicação que votamos à
educação dos filhos dos outros, normalmente, faltam para os nossos próprios filhos. As “tias” do fundamental, por exemplo, estão mais para
babás que para professoras. E elas não pediram para fazer isso.
No Ensino Médio, os alunos desconhecem o papel importante do professor, negam-lhe a autoridade e ironizam o seu parco salário. Mas,
apesar de tudo isto, não desistimos, insistimos em nossa profissão e fazemos o nosso trabalho, oficio ou vocação, com a mesma severidade de
um pai que quer o melhor para seus filhos, permitindo-lhes sonhar...
E se algum deles ascende na vida, dificilmente volta à escola de onde saiu para rever o velho quadro, a cadeira onde sentou, o bebedouro
enferrujado, o balanço quebrado no pátio ou o velho professor, mais uma das coisas que ele deixou para trás. Rapidamente, o professor é
memória, história de uma cultura material.
Como podemos comemorar se aqueles que hoje exercem o poder nesse país, não conseguem lembrar do dia em que, timidamente,
levantavam a mão e perguntavam se podiam perguntar algo ou simplesmente ir ao banheiro. Esqueceram, depois que viraram senadores,
deputados e vereadores, que: se hoje assinam seus nomes em papéis importantes do governo, devem tudo isso ao professor que um dia lhes
ensinou as primeiras letras. Antes, tivessem continuado analfabetos.
Discurso
O discurso político é um texto argumentativo, fortemente persuasivo, em nome do bem comum, alicerçado em pontos de vista do emissor
que representam valores ideológicos, sociais, políticos, jurídicos, religiosos e outros. O discurso, político ou não, implica um espaço de
visibilidade para o falante, que procura impor as suas ideias, os seus valores e projetos, recorrendo à força persuasiva da palavra.
Características
• Necessita de argumentação;
• Estrutura-se pesa seguinte fórmula: X + Y + N = Z ( X ( o político) faz Y (o eleitor) acreditar em N (suas palavras) para obter Z (voto ou
apoio).
Proposta: Colocando-se no lugar do Dr. Gervásio, da peça “O morro do ouro”, escreva um discurso para ser lido no comício-novena que
está sendo organizado na favela.
Obs. O manifesto apresenta estrutura relativamente livre, mas com
alguns elementos indispensáveis: título, identificação e análise do
Na literatura, define-se Manifesto como um texto de natureza dissertativa e persuasiva, uma declaração pública de princípios e intenções,
que objetiva alertar para um problema ou fazer denúncia pública de um problema que está ocorrendo, normalmente de cunho político. O
manifesto destina-se a declarar um ponto de vista, denunciar um problema ou conclamar uma comunidade para uma determinada ação.
Características
Presença de vocativos;
Variação de linguagem, dependendo de alguns fatores: a quem o manifesto é dirigido? onde será divulgado? em jornal, rádio, televisão?
Costuma-se preferir a linguagem formal, com verbos
Como o texto é de caráter argumentativo (pretende convencer o leitor de algo), deve-se recorrer a argumentos sólidos;
Proposta: Elabore um manifesto cultural que tenha ligação direta com o seu estado.
Requerimento ou Petição
O requerimento, também chamado de petição, é um tipo de texto muito utilizado
por entidades oficiais, órgãos públicos ou Instituições. Trata-se de um documento
cuja função primordial é pedir, solicitar ou requerer algo. Características:
• Redação técnica;
• Linguagem formal;
• Solicitação de algo;
Na escola, ele pode ser escrito pelos professores quando requisitam algo, por exemplo, um
material. Para compreender como é produzido um requerimento, segue abaixo a estrutura
básica: