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    Aula 8 - Avaliação Laboratorial Do Pancreas

    Enviado por

    Bruno Machado Bertassoli
    O documento resume as principais funções e avaliações laboratoriais do pâncreas endócrino e exócrino. É descrito que o pâncreas exócrino produz enzimas digestivas e o endócrino regula a glicose por meio da produção de insulina e glucagon. São apresentados testes para avaliar a função pancreática como a atividade da lipase, tripsina e imunorreatividade, assim como exames para avaliar o metabolismo glicídico.

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    Aula 8 - Avaliação Laboratorial Do Pancreas

    Enviado por

    Bruno Machado Bertassoli
    135 visualizações33 páginas
    O documento resume as principais funções e avaliações laboratoriais do pâncreas endócrino e exócrino. É descrito que o pâncreas exócrino produz enzimas digestivas e o endócrino regula a glicose por meio da produção de insulina e glucagon. São apresentados testes para avaliar a função pancreática como a atividade da lipase, tripsina e imunorreatividade, assim como exames para avaliar o metabolismo glicídico.

    Título original

    Aula 8 - Avaliação laboratorial do pancreas

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    O documento resume as principais funções e avaliações laboratoriais do pâncreas endócrino e exócrino. É descrito que o pâncreas exócrino produz enzimas digestivas e o endócrino regula a glicose por meio da produção de insulina e glucagon. São apresentados testes para avaliar a função pancreática como a atividade da lipase, tripsina e imunorreatividade, assim como exames para avaliar o metabolismo glicídico.

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    Aula 8 - Avaliação Laboratorial Do Pancreas

    Enviado por

    Bruno Machado Bertassoli
    O documento resume as principais funções e avaliações laboratoriais do pâncreas endócrino e exócrino. É descrito que o pâncreas exócrino produz enzimas digestivas e o endócrino regula a glicose por meio da produção de insulina e glucagon. São apresentados testes para avaliar a função pancreática como a atividade da lipase, tripsina e imunorreatividade, assim como exames para avaliar o metabolismo glicídico.

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    Avaliação laboratorial do

    pâncreas
    Fabiana Rocha Araújo
    Introdução

     Porção endócrina

    ▷ Atividade hormonal
    ○ Produção de insulina e glucagon
    (regulação da glicose).

     Porção exócrina

    ▷ Produção de enzimas digestivas


    ○ Amilase, lipase e proteases (tripsina,
    quimotripsina, carboxipeptidases A e B).
    Pâncreas exócrino

    ▷ Células acinares => enzimas

    ▷ Zimogênios: proenzimas inativas


    ○ Tripsinogenio, quimiotripsina e procarboxipeptidades)

    ▷ Lipase e amilase: secretada na forma ativa => atividade


    exacerbada pelos sais biliares

     Controle hormonal da secreção: secretina e colecistoquinina


    Doenças do pâncreas exócrino

    ▷ Pancreatite aguda
    ○ Ativação e liberação de enzimas pancreáticas =>
    ativação de diversas vias inflamatórias.

    ▷ Insuficiência pancreática exócrina


    ○ Destruição progressiva do tecido pancreático
    ○ Insuficiente produção e secreção das enzimas
    pancreáticas => atividade digestiva inadequada (má
    digestão)
    Detecção da lesão pancreática

    ▷ Sinais clínicos inespecíficos: dor abdominal aguda, vômitos,


    apatia e anorexia.

    ▷ Amilase, lipase => baixa sensibilidade e especificidade

    ▷ Métodos imunodiagnósticos
    Atividade sérica da lipase

     Teste bioquímico

     Sem valor diagnóstico para gatos, cavalos e bovinos


    ○ Geralmente valores normais

     Cães: baixa especificidade e sensibilidade!

    ▷ Pode estar normal!!

    ▷ Aumento de 3 a 5 vezes: sugestivos de pancreatites


    Atividade sérica da lipase

    ▷ Aumenta em outras condições!!


    ○ Cães com azotemia: redução da TFG (geralmente aumento
    menor que de 4x)
    ○ Administração de corticosteroides
    ○ Neoplasias (pâncreas, fígado, trato gastrointestinal e coração)
    ○ Doença hepática
    ○ Enterites, manipulação de vísceras durante laparotomia
    Atividade sérica da amilase
     Teste bioquímico

     Sem valor diagnóstico para gatos, cavalos e bovinos


    ○ Geralmente valores normais

     Cães: baixa especificidade e sensibilidade!

    ▷ Atividade sérica inferior a atividade da lipase

    ▷ Aumento de 3 a 5x podem ser interpretados como sugestivos de pancreatite

    ▷ Alteração nas mesmas condições que lipase (exceto corticoide)

    ▷ Diminuição: IPE ?????


    Imunorreatividade da lipase pancreática
    ▷ Imunoensaios espécie-específicos
    ○ Lipase pancreática canina
    ○ Lipase pancreática felina

    ▷ Sensibilidade
    ○ Cães: 65 a 82%
    ○ Gatos: 54 a 100%

    ▷ Especificidade
    ○ Cães: Superior a 95%
    ○ Gatos: 91%
    Imunorreatividade da lipase pancreática

    ▷ Teste laboratorial quantitativo

    ▷ Teste rápido (Snap) para uso em clínica (qualitativo)


    ○ Descartar pancreatite
    ○ Ideal confirmar com o teste quantitativo

     ↑ Pancreatite
    Imunorreatividade semelhante à tripsina sérica

    ▷ Imunoensaio espécie-específicos: tripsinogênio e tripsina

    ▷ Tripsinogênio produzido pelo pâncreas => Tripsina (ID)

    ▷ Sensibilidade para o diagnóstico de pancreatite


    ○ Cães e gatos: 33 a 36%

    ▷ Especificidade para o diagnóstico de pancreatite


    ○ 65 a 90%

    ▷ Sensibilidade e especificidade para IPE


    ○ 100%
    Imunorreatividade semelhante à tripsina sérica

    ▷ ↓ Insuficiência pancreática exócrina

    ▷ Depuração: filtração glomerular


    ○ Distúrbio que resulte em diminuição da taxa de filtração
    glomerular => mascara a redução de tripsina
    Outras alterações laboratoriais

    ▷ Nenhuma das alterações dos exames laboratoriais são


    específicas!

    ▷ Alterações + exame físico + testes específicos => diagnóstico

    ▷ Podem estar presentes em quadros de pancreatite

    ▷ Podem estar normais em quadros de pancreatite


    (principalmente crônica) e IPE.
    Outras alterações laboratoriais

     Leucocitose por neutrofilia com ou sem desvio a esquerda (inflamação)

    ▷ Pancreatite grave

    ▷ Neutrofilia induzida por epinefrina (excitação)

    ▷ Neutrofilia, linfopenia (estresse)


    Outras alterações laboratoriais

     Aumento do hematócrito (Policitemia relativa) =>


    desidratação (vômitos)

     Anemia discreta

     Azotemia pré-renal: desidratação e hipovolemia =>


    redução de TFG. (densidade urinaria aumentada)

     Aumento das enzimas hepáticas, bilirrubina

     Hiperglicemia, hipocalcemia, hipercolesterolemia,


    hipertrigliceridemia
    Pâncreas endócrino

    ▷ Ilhotas pancreáticas (ilhotas de langerhans)


    ○ Células α: glucacon
    ○ Células β: insulina
    ○ Células δ: somatostatina
    ○ Células PP: polipeptídio pancreático

    ▷ Anormalidade funcional mais comum: Células β => 60 a


    80% das células da ilhotas => Metabolismo glicose!!
    Pâncreas endócrino

     Metabolismo da glicose

    ▷ Fontes da glicose
    ○ Absorção intestinal
    ○ Produção hepática (gliconeogênese e glicogenólise)
    ○ Produção renal (gliconeogênese no túbulo proximal)
    Pâncreas endócrino
     Regulação da concentração de glicose sanguínea

    ▷ Insulina
    ○ Absorção da glicose pelo fígado, musculatura
    esquelética e tecido adiposo
    ○ Inibe a gliconeogênese hepática ↑ captação hepática de
    glicose
    ○ Promove formação e estocagem de glicogênio no ↑ uso da glicose periférica
    ↓ síntese hepática glicose
    fígado
    ○ Acelera conversão glicose => gordura
    ○ Acelera a oxidação da glicose
    Pâncreas endócrino

    ▷ Glucacon (em resposta à hipoglicemia)


    ○ Estimula gliconeogênese e glicogenólise
    hepática ↑ glicose no sangue

    ○ Inibe síntese hepática de glicogênio


    Pâncreas endócrino
    ▷ Glicocorticóide => promove liberação de glucacon, ↑
    gliconeogênese hepática e induz um estado
    resistência insulínica

    ▷ Catecolaminas (epinefrina e norepinefrina) => ↑


    glicogenólise hepática, inibe a insulina, estimular GH ↑ glicose no sangue

    ▷ Hormônio do crescimento (GH) => inibe captação


    de glicose nos hepatócitos, miócitos e adipócitos, ↑
    produção glicose hepática.
    Causas de hipoglicemia
    Insuficiência hepática
    Hipoadrenocorticismo
    Hipoglicemia lactacional
    Sepse
    Neoplasia (Insulinoma)
    Medicamentos ( Superdosagem de insulina, Sulfonilureias)
    Exercício intenso
    Doenças do armazenamento de glicogênio
    Hipopituarismo
    Hipoglicemia juvenil ou neonatal
    Hipoglicemia gestacional
    Inanição ou má absorção
    Causas de hiperglicemia
    Medicamentos ou toxinas (detomidina, cetamina, xilazina, morfina, glicocorticoides,
    glucagon,progestágenos....)
    Fisiológicas ( diestro, excitação/dor, pós-prandial, estresse)
    Patológicas
    - Diabetes Melito
    - Sindrome hepatocutanea (cães)
    - Hiperamonemia (cavalos e bovinos)
    - Síndrome metabólica (cavalos)
    - Febre do leite (bovinos)
    - Animais moribundos
    - Neopasia (acromegalia, glucagonoma, feocromocitoma)
    - Hiperadrenocorticismo, hipertireoidismo

    Pancreatite
    Avaliação laboratorial do metabolismo da glicose

     Glicose sanguínea

     Glicose urinária

     Insulina sérica

     Frutosamina

     Hemoglobina glicada

     Curva glicêmica

     Teste de tolerância a glicose


    Glicose sanguinea

    ▷ Teste bioquímico padrão

    ▷ Soro ou plasma (separados dos eritrócitos até 30 minutos


    após a coleta
    ○ Glicólise: -10% de glicose por hora no soro em
    contato com eritrócitos

    ▷ Tubo com fluoreto de sódio – inibe glicólise

    ▷ Hipoglicemia artefatual: consumo in vitro em casos de


    leucocitose acentuada
    Glicose urinária

    ▷ Mensuração concomitante à glicose sanguínea

    ▷ Diabetes: Hiperglicemia + glicosúria

    ▷ Glicosúria: diminuição da capacidade de reabsorção renal da


    glicose (anormalidades adquiridas ou congênitas)
    Insulina sérica

    ▷ Imunoensaio

    ▷ Animais hipoglicêmicos com suspeita de insulinoma

    ▷ Glicose baixa - Insulina baixa (normalidade)

    ▷ Glicose baixa – Insulina alta ( evidência de insulinoma)


    Frutosamina

    ▷ Qualquer proteína glicosilada (proteína ligada a carboidrato)


    ○ Albumina + glicose

    ▷ Concentração: indicador da [ ] glicose nas 2 a 3 semanas anteriores

    ▷ Hiperglicemia deve estar presente aproximadamente 4 dias antes de


    serem detectadas elevações na frutosamina
    ○ Auxilia a diferenciar hiperglicemia causada por excitação em gatos
    de diabetes.
    Frutosamina

    ▷ Auxilia no diagnostico de diabetes e a monitorar a terapia


    ○ Gatos: sensibilidade 93% e especificidade 86%
    ○ Cães: sensibilidade 88% e especificidade 99%

    ▷ Redução
    ○ hipoglicemia persistente (insulinoma)
    ○ Hipoproteinemia
    Hemoglobina glicada

    ▷ Reação irreversível entre hemoglobina e carboidratos (principalmente


    glicose)

    ▷ ↑ Eritrócitos velhos

    ▷ Proporcional a quantidade de glicose sanguínea

    ▷ Reflete o estado glicêmico durante período superior que a frutosamina


    ○ Hemácias: 110 dias nos cães
    70 dias nos gatos
    150 dias bovinos e equinos
    Curva glicêmica

    ▷ Mensuração da glicose sanguínea em intervalos de 1 a 2


    horas (glicosímetro)

    ▷ Animais diabéticos e em insulinoterapia inicial


    ○ Redução da glicose sem hipoglicemia

    ▷ Manutenção glicemia
    ○ Cães: 100 a 250 mg/dl
    ○ Gatos: 100 a 300 mg/dl

    ▷ Nadir: 100 a 125 mg/dl


    Teste de tolerância a glicose

    ▷ Resistência a insulina

    ▷ Trabalhosos e demorados => raramente utilizados na clinica de


    pequenos animais

    ▷ Administração de glicose e coleta do sangue em intervalos


    predeterminados
    ○ Mensuração da [ ] glicose e [ ] insulina
    Referências bibliográficas
    BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
    THRALL, M. A.; WEISER, G. ALLISON, R. W. CAMPBELL, T. W. Hematologia e Bioquímica Clínica Veterinária. 2. ed.
    São Paulo: Roca. 2015. 688p.
    STOCKHAM, S. L.; SCOTT, M. A. Fundamentos de Patologia Clínica Veterinária. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara
    Koogan. 2011. 729.
    ESTRIDGE, B. H.; REYNOLDS, A. P. Técnicas Básicas de Laboratório Clínico. 5. ed. São Paulo: Artmed, 2011. 800p.
    REGAN, W. J.; ROVIRA, A. R. I.; DeNICOLA, D. B. 2.ed. Atlas de Hematologia Veterinária. 2011. 120p.
     
     
    BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
    BUSH, B. M. Interpretação de resultados laboratoriais para clínicos de pequenos animais. 1.ed. São Paulo: Roca, 2004.
    376p.
    ALMOSNY, N. R. P. Hemoparasitoses em Pequenos Animais Domésticos e como Zoonoses. Rio de Janeiro: L.F. Livros.
    2002.
    COLES, E. H. Patologia Clínica Veterinária. 3. ed., São Paulo: Manole, 1984. FABRIZIO, G.; BESERRA, H. E. O.;
    COSTA, L. D. Citopatologia Veterinária Diagnóstica.1. ed. São Paulo: Medvet, 2014. 163p.
    VADEN, S. L.; KNOLL, J. S.; SMITH Jr., F. W. K.; TILLEY, L. P. Exames Laboratoriais e Procedimentos Diagnósticos em
    Cães e Gatos. 1. ed. São Paulo: Roca, 2014. 848p.

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