História Da Arte No Brasil

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Histó ria da Arte no Brasil

Prof. Geovane Queiroz


Índice
• 1. Arte Nassoviana

• 2. Barroco Brasileiro

• 3. A Missão Artística Francesa

• 4. O Romantismo no Brasil

• 5. Arte no Brasil do final do século XIX e início do


século XX
Arte Nassoviana
 Aconteceu graças a um conflito entre União Ibérica (Espanha e
Portugal) e as Províncias Unidas (Holanda).

 os holandeses vão invadir e se estabelecer na América Portuguesa, a


partir de 1630, através do príncipe Maurício de Nassau (1605-1679).

 Durante a estada do renomado líder holandês, ele buscou transformar


Recife numa cidade cosmopolita, tal qual uma metrópole europeia.

 com ele vieram inúmeros cientistas e artistas, para documentar e


registrar os fatos e aspectos da América Portuguesa por meio da
Pintura.

 Pode-se afirmar que o Barroco de fato chegou ao Brasil pelas mãos dos
holandeses.
Albert Eckhout (Groningen, 1610 — 1666)
• pintor, desenhista, artista plástico e botânico neerlandês. É autor de
pinturas do Brasil neerlandês envolvendo a população, os indígenas
e paisagens da região Nordeste do Brasil.

• Os seus personagens, solitários, ocupam exatamente o centro do


espaço pictórico e parecem fitar, face a face, o espectador.

• Entre suas obras destacam-se Dança dos Tapuias, Composição com


cabaças, frutas e cactos; Os dois touros; Mameluca; Mulato; Índia
Tapuia; Índios; Mulher Africana.

• As vinte e uma telas de Eckhout podem ser divididas entre nove


obras etnográficas, onde são retratados os nativos e mestiços do
Brasil, e doze naturezas-mortas, frutas, legumes, vegetais em geral,
até hoje bem preservadas e catalogadas.
Frutas
brasileiras
Homem Tupinambá
Frans Post (Leyden, 1612 — Haarlem, 1680)

 Junto com Albert Eckhout, é considerado o mais


relevante artista neerlandês a serviço de Nassau.

 A pintura de gênero, holandesa por excelência, era


característica de suas obras, que ele pintava com
pinceladas ligeiras.

 preferia representar no primeiro plano as ramagens


duras da flora de caatinga

 O desenho é sempre perfeito e sólido, a composição é


que muitas vezes perde a verossimilhança, resultando os
acessórios mal arrumados na paisagem.

 Sua obra tinha uma homogeneidade que se assinala pelo


Frans Post
verde-azulado da vegetação longínqua, que tão bem
acentua a sensação de perspectiva aérea.
Engenho com capela - Frans Post
Fortaleza de São Sebastião, 1613
Barroco Brasileiro
• ganhou relevância com a chegada dos colonizadores
portugueses, tendo seu apogeu no século XVIII. 

• O nordeste e o sudeste do Brasil reúnem grande parte do


legado de obras barrocas brasileiras. 

• O artistas do Barroco Brasileiro conferiam características


étnicas do povo brasileiro aos seus personagens.

• Principais artistas: Mestre Aleijadinho, Mestre Ataíde, Mestre


Valentim.
Aleijadinho
 Antônio Francisco Lisboa, mais conhecido como Aleijadinho, (Ouro Preto,
c. 29 de agosto de 1730 ou, mais provavelmente, 1738 — Ouro Preto, 18
de novembro de 1814)
 foi um importante escultor, entalhador e arquiteto do Brasil colonial.
Suas principais obras são a Igreja de São Francisco de Assis de Ouro Preto
e o Santuário do Bom Jesus de Matosinhos.
 Com um estilo relacionado ao Barroco e ao Rococó, é considerado pela
crítica brasileira quase em consenso como o maior expoente da arte
colonial no Brasil.
 para alguns estudiosos estrangeiros é o maior nome do Barroco
americano, merecendo um lugar destacado na História da Arte do
ocidente.
 Germain Bazin (1901-1990), o considerou como o Michelangelo brasileiro.
Relevo no pórtico da
Igreja de São Francisco
em São João del-Rei

Igreja de São Francisco de Assis em


São João del-Rei, projeto de
Aleijadinho modificado por Cerqueira
Projeto para
a fachada da
Igreja de São
Francisco
em São João
del-Rei

Retábulo da capela-mor da
Igreja de São Francisco em
São João del-Rei
Cena do carregamento da cruz, na Via Sacra de Congonhas
Isaías
Um profeta do
Antigo
Testamento ,
Isaías, abre a série
de honra na
entrada da
escadaria do lado
esquerdo do
Santuário.
MESTRE VALENTIM
Valentim da Fonseca e Silva, mais conhecido como Mestre
Valentim (Serro, MG, c. 1745 — Rio de Janeiro 1813),

foi um dos principais artistas do Brasil colonial, tendo atuado como


escultor, entalhador e urbanista no Rio de Janeiro.

Mestre Valentim era mulato, filho de um fidalgo português e de


uma africana.
Detalhe do portal principal trazido de Lisboa em 1761. O medalhão
mostra São Francisco, a Virgem e o Menino.
Interior da igreja visto em
direção a capela-mor.

Fachada da Igreja de
Santa Cruz dos Militares.
Do Memorial Mestre Valentim, no Jardim Botânico
do Rio de Janeiro. O Memorial, inaugurado em
1997, foi criado para dar maior proteção e
condições de conservação às peças originais de
Mestre Valentim, como as estátuas de Eco e
Narciso e as esculturas das aves pernaltas.
MESTRE ATAÍDE

 Manuel da Costa Ataíde, mais conhecido como Mestre Ataíde, (Mariana, 18 de outubro de 1762
– idem, 2 de fevereiro de 1830), foi um pintor, dourador, encarnador, entalhador e professor
brasileiro.

 teve uma grande influência sobre os pintores da sua região, através de numerosos alunos e
seguidores, os quais, até à metade do século XIX, continuaram a fazer uso de seu método de
composição, particularmente em trabalhos de perspectiva no teto de igrejas.

 No inventário de suas posses relacionam-se manuais técnicos e tratados teóricos como o de


Andrea Pozzo - "Perspectivae Pictorum Architectorum" -, nos quais deve ter estudado a sua arte.

 Uma das características da sua expressão era artística era o emprego de cores vivas,
principalmente o azul, a sua preferida. Em seus desenhos, os anjos, as madonas e os santos
apresentam traços de povos africanos.

 Foi contemporâneo e parceiro de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho. No período de 1781 a


1818, encarnou e dourou as imagens de Aleijadinho para o Santuário do Bom Jesus de
Matosinhos, em Congonhas do Campo.
A última Ceia, a única obra de cavalete de Mestre Ataíde. Colégio do Caraça.
A visita dos anjos a Abraão. Acima a gravura de Demarne;
Ataíde: O Batismo de Cristo abaixo, a interpretação de Ataíde num painel lateral da
(detalhe), Catedral de Mariana capela-mor da Igreja de São Francisco, Ouro Preto
Ascensão de
Cristo, Matriz
de Santo
Antônio em
Santa Bárbara
A Missão Artística Francesa
A Missão Artística Francesa
• A Missão Artística Francesa, aportou nos trópicos em 25 de março de 1816, trazida por
Dom João VI.

• Seu principal objetivo era dar início ao ensino regular das artes no Brasil,

• Com a vinda de Dom João VI e da Família Real Portuguesa para a colônia.

• Vieram ao Brasil para institucionalizar o ensino da arte. 

• Os artistas traziam a influência do Iluminismo, de substituição do pensamento filosófico da


Igreja Católica pelo saber acadêmico e científico.

• Chefiada por Joachim Le Breton e tendo como principais representantes os pintores Jean
Baptiste Debret e Nicolas Antoine Taunay; os escultores Auguste Marie Taunay, Marc
Ferrez e Zépherin Ferrez; e o arquiteto Grandjean de Montigny.

• Criaram as estruturas necessárias para o ensino acadêmico no Brasil e inauguraram a


Academia Imperial de Belas-Artes, em 1826.
Marc Ferrez
• (Saint-Laurent, França, 1788 — Rio de Janeiro, Brasil,
1850) foi um escultor, gravurista e professor franco-
brasileiro

• Formou-se em arte na École des Beaux-Arts de Paris.

• Participou dos preparativos da chegada da futura


imperatriz Dona Leopoldina, ornamentando a cidade
junto com Auguste-Marie Taunay, Debret, o irmão
Zéphyrin e Grandjean de Montigny.

• Novamente nas bodas imperiais realizou os mesmos


trabalhos.

• foi nomeado professor pensionista substituto na


Academia Imperial de Belas Artes.
Busto de Martim Francisco , s.d. , Marc Ferrez Reprodução fotográfica César Barreto/Itaú Cultural
Cópia anônima em
biscuit de escultura em
gesso de Marc Ferrez:
Busto de Dom Pedro I,
1826,
Museu Histórico Nacion
al
Debret
• Jean Baptiste Debret (1768-1848) Pintor e desenhista,
foi um dos principais nomes da Missão.

• Deixou amplo registro sobre os costumes e a paisagem


brasileira.

• Frequentou a Academia de Belas Artes na França, na


qual foi aluno do pintor Jacques-Louis David, o principal
nome do neoclassicismo francês.

• Atuou como professor de pintura histórica na Academia


Imperial de Belas Artes no Brasil, entre 1826 e 1831.

• No ano de 1829, promoveu a Exposição da Classe de


Pintura Histórica da Imperial Academia das Belas Artes,
que se tornou a primeira mostra pública em território Autorretrato
nacional.

• Retornou à França, em 1831, e editou o livro Viagem


Pitoresca e Histórica ao Brasil, em três volumes. 
Jean-Baptiste Debret: castigo de escravo.
Dom João VI,
Museu Nacional d
e Belas Artes
Nicolas Antoine Taunay
• Nicolas Antoine Taunay (1755-1830) foi,
assim como Debret, um importante pintor
e ilustrador.

• Registrou alguns momentos da campanha


de Napoleão Bonaparte.

• Com o fim do império napoleônico, veio ao


Brasil com a Missão Francesa em 1816.

• Atuou como professor de pintura de Autorretrato


paisagem na Academia Imperial de Belas
Artes. Por divergências com a
administração da Academia, retornou à
França em 1821. 
Largo da Carioca (1816), Museu Nacional de Belas Artes – Rio de Janeiro
Morro de Santo Antônio
Auguste Henry Victor
Grandjean de Montigny
• (1776-1850) Arquiteto e urbanista, formou-se pela
École d'Architetucture [Escola de Arquitetura] de
Paris.

• Profissional influente no império napoleônico, Com a


derrocada de Napoleão, Grandjean de Montigny
aceitou o convite para integrar o grupo de franceses
que viriam ao Brasil.

• Atuou na Academia Imperial como professor de


arquitetura.

• Permaneceu no País até sua morte e deixou como


obras, na cidade do Rio de Janeiro, o edifício da Praça Retrato de Grandjean de
do Comércio, atual Casa França Brasil; o Solar Montigny pintado cerca de 1843
pelo alemão Augusto Müller.
Grandjean de Montigny, no bairro da Gávea; e a
Academia Imperial de Belas Artes, da qual só
permaneceu o portal, hoje instalado no Jardim
Botânico, na cidade do Rio de Janeiro.
Fachada da
Academia
Imperial de
Belas-Artes
fotografada
por Marc
Ferrez em
1891
Fachada principal da Praça do Comércio (1819-1820), atualmente Casa França-Brasil.
O Romantismo no Brasil
Vítor Meirelles
• Victor Meirelles de Lima Florianópolis, 18 de Agosto de 1832 —
Rio de Janeiro, 22 de Fevereiro de 1903) foi um pintor brasileiro.

• formou-se na Academia Imperial de Belas-Artes. Pintou várias


obras históricas entre 1852 e 1900.

• Ligado ao Romantismo brasileiro, ocorrido na segunda metade


do século XIX, Victor Meirelles ganhou notoriedade a partir da
década de 1870, ao lado de Pedro Américo e Almeida Júnior.

• Apesar de sua educação neoclássica tingida pelo Romantismo,


desenvolveu um estilo cujas influências formais maiores são mais
antigas.

• Dava enorme ênfase ao desenho, característica típica do


neoclassicismo.

Retrato de Victor Meirelles


• organizava suas grandes composições com grupos opostos se na década de 1860
equilibrando mutuamente formando um movimento em grandes
curvas, bem como o tratamento basicamente pictórico e não
gráfico da pintura o aproximam da produção do barroco
veneziano e espanhol.
O combate naval do Riachuelo, 1882-83. Museu Histórico Nacional.
A primeira missa no Brasil, 1861. Museu Nacional de Belas Artes.
Retrato de Dom Pedro II, 1864.
Museu de Arte de São Paulo.
Pedro Américo
• Pedro Américo de Figueiredo e Melo (Areia, 29 de abril de
1843 - Florença, 7 de outubro de 1905) foi um pintor,
romancista e poeta brasileiro.

• Aos 11 anos, foi mandado para o Rio de Janeiro, para estudar


no Colégio Pedro II, destacando-se entre os colegas por sua
aplicação e inteligência. Ingressando na
Academia Imperial de Belas Artes, seu progresso foi igualmente
brilhante, conquistando 15 medalhas e prêmios, e mesmo
antes de terminar o curso obteve uma pensão do Imperador
Dom Pedro II para ir aperfeiçoar-se na Europa.

• Lá demorou-se de 1859 a 1864, cursando a École des


Beaux-Arts de Paris, o Instituto de Física de Ganot e a Sorbonne
, sendo discípulo de Ingres, um dos maiores nomes do
neoclassicismo francês, e também de Coignet, Hippolyte
Flandrin e Horace Vernet. Durante sua estada europeia visitou
outras capitais a fim de ampliar seus horizontes culturais.

• Pedro Américo inseriu-se na tradição acadêmica de índole


neoclássica que foi estabelecida pela Academia Imperial, que
privilegiava temas históricos e personificações alegóricas em Autorretrato, 1895
abordagens idealistas, mas quando sua carreira realmente
tomou alento o estilo geral já havia evoluído para o
Romantismo, tendência que ele rapidamente pôde
acompanhar e onde deixou sua melhor produção.
A Batalha do Avaí, 6×11m, 1877, Museu Nacional de Belas Artes
Independência ou Morte!, também conhecido como O Grito do Ipiranga,
4,15×7,6m, 1888, Museu Paulista
ARTE no Brasil do final do
século XIX e início do século XX
Almeida Jú nior
• José Ferraz de Almeida Júnior (Itu, 8 de Maio de 1850 —
Piracicaba, 13 de Novembro de 1899), foi um pintor e
desenhista brasileiro da segunda metade do século XIX.

• Considerado precursor da abordagem de temática


regionalista, introduzindo assuntos até então inéditos na
produção acadêmica brasileira

• Foi certamente o pintor que melhor assimilou o legado do


Realismo de Gustave Courbet e de Jean-François Millet,

• De forma semelhante, sua biografia é até hoje objeto de


estudo, sendo de especial interesse as histórias e lendas
relativas às circunstâncias que levaram ao seu
assassinato: Almeida Júnior morreu apunhalado, vítima
de um crime passional.

• O Dia do Artista Plástico brasileiro é comemorado a


8 de maio, data de nascimento do pintor.
O Violeiro, 1899 Pinacoteca do Estado, São Paulo
João Zeferino da Costa
• João Zeferino da Costa (Rio de Janeiro, 25 de agosto de 1840 — Rio de Janeiro,
24 de agosto de 1916) foi um pintor, professor e decorador brasileiro.

• Em 1857 ingressou na Academia Imperial das Belas Artes (AIBA), onde se destacou
como aluno de Victor Meirelles.

• Um dos grandes mestres de sua geração, foram seus alunos Rodolfo Amoedo,
Henrique Bernardelli, Lucílio de Albuquerque, Rodolfo Chambelland, Castagneto,
entre diversos outros.

• São de sua autoria os murais da Igreja da Candelária, considerada uma de suas obras
mais importantes. Nesse monumental trabalho contou com a colaboração de
Henrique Bernardelli, Oscar Pereira da Silva, Giovanni Battista Castagneto e outros
artista de não menor valor.

• Escreveu o livro Mecanismos e proporções da figura humana, publicado dois anos


depois de sua morte em 1917, e que apresenta muito de seu credo artístico.
A caridade, 1872
Henrique Bernardelli
• Henrique Bernadelli (Valparaíso, 15 de julho de
1858 — Rio de Janeiro, 6 de abril de 1936) foi um
pintor brasileiro.

• Em 1870 matriculou-se na Academia Imperial de


Belas Artes, estudando com pintores de
destacada importância, como Victor Meireles e
Agostinho José da Mota.

• Em 1891 tornou-se professor de pintura na


recém-inaugurada Escola Nacional de Belas Artes.

• O artista manteve vivo o contato com a cultura


figurativa italiana, viajando constantemente para
cidades como Roma, Nápoles e Veneza. Lecionou
na Escola até ser substituído por Eliseu Visconti,
em 1906
Marechal Deodoro,
Academia Militar das Agul
has Negras
Rodolfo Bernardelli
•  escultor e professor mexicano naturalizado
brasileiro. Também, esporadicamente, transitou pela
pintura e pelo desenho.

• Formou-se na Academia Imperial de Belas Artes sob


a égide dos princípios classicistas e aperfeiçoou-se na
Itália, onde absorveu influências das escolas 
naturalista e realista, construindo uma obra eclética.

• Tornou-se o maior nome da escultura brasileira entre


o fim do Império e o início da República, deixando
obra extensa e qualificada em vários gêneros e
recebendo vários prêmios.

• Lecionou na Academia Imperial e na sua sucessora,


a Escola Nacional de Belas Artes, e dirigiu esta
instituição ao longo de 25 anos, implementando uma
importante reforma modernizadora do currículo e da
metodologia de ensino e colaborando na construção
de uma nova sede. Envolveu-se em várias polêmicas,
numa fase de grandes mudanças estéticas e culturais
no Brasil.
• Monumento a Pedro
Álvares Cabral,
bronze, Lisboa.
BENEDITO JOSÉ TOBIAS
• BENEDITO JOSÉ TOBIAS (1894-1963) – O artista é mais
conhecido pelos pequenos retratos de negros e
negras realizados a óleo sobre madeira ou a guache
sobre papel, “com maestria e com uma certa tensão
expressionista”, segundo avaliação de Emanoel
Araujo.

• Tobias tem obra pouco pesquisada ainda, apesar da


qualidade e do empenho do artista em desenvolver a
técnica pictórica.

• Foi membro da Comissão Organizadora do XXV Salão


Paulista de Belas Artes, em 1958.

• Em novembro de 1960 recebeu a Medalha Cultura


Comemorativa do Jubileu de Prata do Salão Paulista
de Belas Artes.
Retrato de mulher. Óleo sobre
cartão. 1930
BENEDITO JOSÉ de ANDRADE
• BENEDITO JOSÉ de ANDRADE (1906-
1979) – Pouco conhecido ainda, o
artista paulista realizou obras entre as
décadas de 30 e 40.

• Frequentou o Liceu de Artes e Ofícios,


sendo aluno de Viggiani, Panelli e
Enrico Vio.

• Recebeu vários prêmios e está


inserido historicamente numa
circunstância de intensa produção
artística.
O comício. 119 cm x 79 cm. Óleo sobre Tela
Benedito Calixto
• Benedito Calixto de Jesus (Itanhaém,
14 de outubro de 1853 — São Paulo, 31 de maio
de 1927) foi um pintor, desenhista, professor,
historiador e astrônomo amador brasileiro.

• No final de século XIX e início do século XX,


quatro gigantes das artes plásticas se
destacaram no cenário paulista: Almeida Júnior,
Pedro Alexandrino, Oscar Pereira da Silva e
Benedito Calixto.

• Calixto é o que se pode chamar de um talento


nato. Autodidata, começa seus primeiros
esboços ainda criança, aos 8 anos. Aos 16 anos
muda-se para Santos onde tem um começo de
vida difícil, chegando a pintar muros e placas de
propaganda para sobreviver. Benedito Calixto
Proclamação da República
Pedro Alexandrino
• Pedro Alexandrino Borges dos Santos Fernandes (
São Paulo, 26 de novembro de 1856 — São Paulo,
19 de julho de 1942) foi um pintor, desenhista, decorador
e professor brasileiro.

• nasceu na cidade de São Paulo, na rua Libero Badaró, filho


de Francisco Joaquim Borges e Rosa Francisca de Toledo.
1867 Com 11 anos começa a trabalhar com o decorador
francês Claude-Paul Barandier na decoração da catedral de
Campinas.

• Foi discípulo de Almeida Júnior, em São Paulo, depois de


cursar a Academia Imperial de Belas-Artes, no
Rio de Janeiro onde foi aluno de José Maria de Medeiros,
em desenho, e de Zeferino da Costa, em pintura.

• Em 1897 viajou a Paris, onde permaneceu nove anos. De


volta ao Brasil, realizou individual com 110 quadros, 84
deles naturezas-mortas, gênero que o consagrou. Foi
professor particular de alguns modernistas como Pedro A Borges in Revista
Tarsila do Amaral, Anita Malfatti e Aldo Bonadei. Detentor Moderna (1899)
de várias premiações, expôs sua obra no Brasil e no
exterior.
Aspargos
Oscar Pereira da Silva
• Oscar Pereira da Silva (São Fidélis,
29 de agosto de 1865 ou 1867 — São Paulo,
17 de janeiro de 1939) foi um pintor,
desenhista, decorador e professor brasileiro da
passagem do século XIX para o século XX.

• Desde menino revelou gosto pelo desenho e


pela pintura. Assim, em 1882, matriculou-se na
Academia Imperial de Belas Artes onde teve
como contemporâneos Eliseu Visconti,
Eduardo Sá e João Batista da Costa.

• Foram seus professores Zeferino da Costa,


Vitor Meireles, Chaves Pinheiro e
José Maria de Medeiros. Em relação ao
primeiro, auxiliou-o, juntamente com
Castagneto, na decoração da
Autorretrato, Oscar Pereira da Silva
Igreja da Candelária.

• Em 1887, terminados os estudos na Academia,


obteve o cobiçado prêmio de viagem à Europa,
o último concedido na época do Império.
Oscar Pereira da Silva - Desembarque de Pedro Álvares Cabral em Porto Seguro em 1500
EMMANUEL ZAMOR
• Manuel Pierre Hubert Zamore (Salvador, BA, 1840 - Créteil, França,
1919). Pintor e cenógrafo. Negro, adotado pelos franceses Pierre
Emmanuel Zamor e Rose Neveu, na paróquia de Nossa Senhora da
Conceição da Praia, em Salvador, aprende música e desenho na
Europa, por volta de 1845.

• Em meados de 1860, em Paris, frequenta a Académie Julian, e trabalha


como cenógrafo. Presume-se que nesta época tenha convivido com
artistas como Cézanne (1839-1906), Renoir (1841-1919), Degas (1934-
1917), Pissarro (1803-1903), Sisley (1839-1899) e Monet (1840-1926).

• Voltou ao Brasil entre 1860 e 1862, quando parte de suas obras foi
destruída em um incêndio no Brasil.

• Especializou-se na pintura de paisagens e naturezas mortas, sofrendo


influências dos artistas ligados à escola de Barbizon e dos
impressionistas

• Pietro Maria Bardi elogiou sua "viva sensibilidade". Júlio Louzada o


define como "ótimo colorista" e elogia sua estética pré-impressionista:
"Zamor soube captar as tonalidades dos verdes, os claros e escuros,
que estão em contraste com a luminosidade das flores".
Crianças negras
ESTÊ VÃ O SILVA
• Primeiro pintor negro de destaque formado
pela Academia Imperial de Belas Artes,
notabilizou-se por suas naturezas-mortas,
sendo considerado um dos maiores
expoentes da arte brasileira no gênero.

• ESTÊVÃO SILVA (1845-1891) – Foi o


primeiro pintor negro a se formar na
Academia Imperial de Belas Artes e pode
ser considerado um dos melhores pintores
de natureza morta do século 19.

• Realizou igualmente pinturas históricas,


religiosas, retratos e alegorias. A crítica
ressalta a qualidade das composições do
artista, realizadas com prodigalidade de
vermelhos, amarelos e verdes.
Natureza-morta, 1888
Julieta de França

• Nascida em Belém em 1870, esta


escultora foi uma das primeiras
mulheres admitidas na Escola
Nacional de Belas Artes (que abriu
suas portas a elas apenas em 1889).
Também foi a primeira a conseguir
uma vaga numa das prestigiosas
viagens ao exterior promovidas pela
instituição.

• Se, no Brasil, trilhava um caminho


promissor como discípula de Rodolfo
Bernardelli, em Paris teve aulas com
ninguém menos que Auguste Rodin.
Julieta de França em seu ateliê. Crédito: reprodução
'Mocidade em flor', de Julieta de
França (1902)
JOÃ O TIMÓ THEO
• JOÃO TIMÓTHEO (1879-1932) –
Artista de produção numerosa
(deixou cerca de 600 obras),
iniciou o aprendizado na Casa da
Moeda do Rio de Janeiro.

• Pintor, decorador e gravador,


realizou paisagens, retratos,
marinhas, pintura histórica e de
costumes.

• Foi aluno de mestres como


Rodolfo Amoedo e Zeferino da
Costa. João Timóteo da Costa, por
Rodolfo Amoedo
Retrato de
mulher
Georgina de Albuquerque
• A paulista de Taubaté foi uma
das primeiras mulheres a
receberem o prêmio principal
da Escola Nacional de Belas
Artes pela sua pintura Sessão
do Conselho de Estado.

• Georgina retratou por outro


ângulo o processo de
independência do país paraa
além da triunfal
caracterização de Pedro I
com a espada às margens do
riacho Ipiranga.

• Na cena, a mulher de D.
Pedro I, a futura imperatriz
Leopoldina, ouve conselhos 'Sessão do Conselho de Estado', de Georgina Albuquerque (1922)
de ministros e
parlamentares.
Antônio Parreiras
• Antônio Diogo da Silva Parreiras (Niterói, 20 de janeiro de 1860 – Niterói, ?
de outubro de 1937) foi um pintor, desenhista e ilustrador brasileiro.

• Ingressou em 1882, aos 22 anos de idade, na


Academia Imperial de Belas Artes do Rio de Janeiro, que abandonou em
1884 para freqüentar o curso livre de pintura do professor alemão
Georg Grimm. Com a viagem de seu mestre para o interior do Brasil,
continou os seus estudos de forma autodidata em 1885.

• Viajou para a Europa em 1888, aperfeiçoando suas técnicas na Accademia di


Belle Arti di Venezia, na Itália.

• De volta ao Brasil em 1890, participou da Exposição Geral de Belas Artes no


Rio de Janeiro. No mesmo ano tornou-se professor de pintura de paisagens
na Escola Nacional de Belas Artes. Seguindo os ensinamentos de Grimm,
levou os seus alunos para pintar ao ar livre, expondo esses trabalhos em
1892.

• Artista da belle époque, em 1925 foi considerado o pintor mais popular do


país. Publicou a sua autobiografia em 1926 (História de um Pintor contada
por ele mesmo), com isso ingressando na Academia Fluminense de Letras.

• Participou em 1933 das exposições comemorativas do Jubileu Artístico em


São Paulo e em Niterói, onde veio a falecer em 1937. O seu ateliê foi
transformado, em 1941, no Museu Antônio Parreiras.
A sesta, 1900
Abigail de Andrade

• Esta carioca a se
especializou em
autorretratos. Foi premiada
no Salão Imperial de 1864, e
na época alcançou razoável
fama e prestígio.

• Com uma vida pessoal


turbulenta, envolveu-se com
seu professor Angelo
Agostini, então casado, e
engravidou dele.

'Sem título', de Abigail de Andrade (1889). Coleção Hecilda e


Sérgio Fadel, Rio de Janeiro
Giovanni Battista Castagneto
• Giovanni Battista Felice Castagneto, também conhecido como
João Batista Castagneto, (Gênova, 1851 — Rio de Janeiro,
1900) foi um pintor, desenhista e professor ítalo-brasileiro. Na
Itália, Castagneto era marinheiro.

• Nada se sabe sobre haver ele ou não frequentado academias


ou ateliês onde teria iniciado estudos artísticos. Porém, é
certo que possuia forte vocação para as artes, pois só esse
fato explica que, ao chegar ao Rio de Janeiro em 1874,
acompanhado de seu pai Lorenzo, também marinheiro, tenha
procurado ingressar na Academia Imperial de Belas Artes.

• Castagneto foi um dos participantes do "Grupo Grimm"


juntamente com Antônio Parreiras, Domingo Garcia y Vásquez,
Hipólito Boaventura Carón, Joaquim José de França Júnior e
Francisco Joaquim Gomes Ribeiro. Um outro alemão, Thomas
Driendl, fazia o papel de assistente e substituto do mestre.
Retrato do Pintor Castagneto.
Pintado por Estêvão Silva, 1880,
• Foi um importante pintor do estilo marinhista (representação
de cenas ligadas ao mar), assim como o também ítalo-
brasileiro José Pancetti, e seu estilo evidencia influências
desde o Romantismo, passando pelo Realismo, até incorporar
traços impressionistas.
"Uma salva em dia de grande gala na baía do Rio de Janeiro" de 1887, óleo sobre tela. Acervo do
Museu de Arte de São Paulo
Eliseu Visconti
• Eliseu d'Angelo Visconti (Giffoni Valle Piana, 30 de julho de 1866 —
Rio de Janeiro, 15 de outubro de 1944) foi um pintor e designer
ítalo-brasileiro ativo entre os séculos XIX e XX. É considerado um dos mais
importantes artistas brasileiros do período.

 Nascido na região italiana da Campânia, emigrou com a família para o Brasil


entre 1873 e 1875. A família instalou-se no Rio de Janeiro, onde estudou no
Liceu de Artes e Ofícios (1883) e na Academia Imperial de Belas Artes (1885).
Foi discípulo de Zeferino da Costa, Rodolfo Amoedo, Henrique Bernardelli,
José Maria de Medeiros e Victor Meirelles.

 Frequenta também a Academia Julian, tendo como mestres Bouguereau e


Ferrier. De temperamento inquieto e espírito aberto às inovações, Visconti
mostra, em importantes trabalhos do período de sua formação na Itália,
influências dos movimentos simbolista, impressionista e art-nouveau.

 Sua produção nesse campo situa-o como introdutor do art-noveau nas artes
gráficas no Brasil. Desenhou selos, ex-libris, cerâmicas, tecidos, papéis de Autorretrato, 1902
parede, cartazes e luminárias.

 Em junho de 1906, Visconti foi eleito para substituir Henrique Bernardelli na


primeira cadeira de Pintura da antiga Escola Nacional de Belas Artes, cargo
que só veio a assumir no ano seguinte, e no qual permaneceu até 1913,
quando pediu exoneração. Entre seus discípulos podem ser destacados
Marques Júnior, Henrique Cavalleiro e Guttmann Bicho, entre outros artistas
que se afirmariam na cena artística carioca dos anos 1920.
Moça no trigal, 1916
Rodolfo Amoedo
• Nascido na Bahia, muda-se para o Rio de Janeiro quando
ainda criança, em 1868. Começou na profissão convidado
por um amigo pintor-letrista para trabalhar no extinto
Teatro São Pedro.

• Volta aos estudos somente em 1873, aos 16 anos,


matriculando-se no
Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro, onde foi aluno
de Costa Miranda, Sousa Labio e Victor Meirelles.

• No ano seguinte, ingressa na


Academia Imperial de Belas Artes (Aiba), onde estudou
com outros grandes artistas, como Zeferino da Costa,
Agostinho José da Mota e o escultor Chaves Pinheiro.

• Em 1878, ainda muito jovem e com uma tela retratando


O sacrifício de Abel, conquistou, em polêmico concurso, o
Prêmio de Viagem à Europa, no qual concorria com Rodolfo Amoedo
Henrique Bernardelli e o paisagista e pintor de assuntos
históricos Antônio Firmino Monteiro.
Más Notícias (1895)
Raimundo Cela
 Raimundo Brandão Cela (Sobral, 19 de julho de 1890 — Niterói,
6 de novembro de 1954) foi um pintor, desenhista, gravador,
professor e engenheiro brasileiro. Filho de um mecânico espanhol e
de uma professora brasileira.

 Com quatro anos de idade a família se mudou para a cidade


litorânea de Camocim onde o pai deveria assumir as oficinas da
estrada de ferro e a mãe lecionar na escola de primeiras letras. Foi aí
que Raimundo Cela e seus irmãos fizeram com a própria mãe os
estudos iniciais de escrita e leitura.

 No ano de 1906 é mandado para Fortaleza a fim de estudar no


conceituado Liceu Cearense onde diplomou-se bacharel em Ciências
e Letras.

 Em 1910 chega ao Rio de Janeiro e, atendendo a sua inata inclinação


para as artes, matricula-se na Escola Nacional de Belas Artes como
aluno livre. Teve por mestres Zeferino da Costa em modelo vivo, e
Eliseu Visconti e Batista da Costa em pintura. Ao mesmo tempo,
inscreve-se na Escola Politécnica pois era desejo de seu pai que se
tornasse engenheiro.

 Na Europa, estudou gravura com FRANE BRANGWYN, pintor,


gravador e litógrafo inglês.
Jangada Rolando para o Mar

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