POIMÊNICA
POIMÊNICA
POIMÊNICA
1. A palavra poimênica tem sua origem no grego, como vimos, e seu significado é pastor. No sentido lato significa o
trabalho e agir do pastor. Tem suas raízes na história da igreja, quando se procurava definir o trabalho pastoral na
comunidade. Sendo que Jesus é o pastor por excelência que deve ser o modelo de todo pastor.
2. No entanto quando se olha de modo mais estrito para a palavra em questão perceberemos que ela designa o
trabalho do pastor frente ao SOFRIMENTO. Tanto nas questão de fé, emoções, espiritualidade, família, vida
diária.
3. Além disso, é possível observar que poimênica aponta para o pastor como aquele que “CURA AS ALMAS”.
Basta olharmos para as palavras inglesas e alemãs, Soul Care (Inglês) e Seelsorger (alemão) que
perceberemos que o pastor é um cuidador de almas. Esse conceito tem sua origem no latim, cura animarum. Esta
indica o pastor no serviço do ministério pastoral e, no culto e ensino designam o trabalho do pastor.
4. Percebemos que a palavra em questão designa a ampla tarefa do pastor, no entanto na presente matéria nos
voltaremos principalmente para o aconselhamento pastoral
5. As definições acima tem sua origem no site: Quem Somos – Instituto Poimênica (institutopoimenica.com Acesso
dia 11/05/2021 as 10h46min).
POIMÊNICA
Pode-se dizer que os seres humanos criaram várias teorias (hipóteses e especulação sobre a
realidade) e as testaram. Elaboraram regras, descobriram fatos e aperfeiçoaram as teorias
até elas se tornaram uma espécie de sistema que explica algo. Assim existem várias teorias
sobre a personalidade. As implicações das teorias podem ser verdearias ou falsas.
Averiguaremos a teoria de psicanalítica de Freud e a teoria analítica de Jung na presente
matéria.
PERSONALIDADE
Originalmente a palavra persona significava mascara, mas foi empregada para descrever
essa parte imaterial do ser humano. O correspondente grego, prósopon, fala de rosto. Mas
ao mesmo tempo pró sopom, também da origem ao nome de uma figura de linguagem:
prosopopeia. É quando damos vida a coisas inanimadas. Assim pode-se dizer que
personalidade é uma mascara que se usa para representar diante dos outros, damos vida ao
nosso ser perante os outros
PERSONALIDADE
Para um melhor entendimento desses três grandes sistemas iremos descrever cada um de
forma isolada. O Id “é o sistema original da personalidade; é a matriz, a partir da qual o
ego e o superego se diferenciam. O id é formado pelos aspectos psicológicos herdados e
presentes no nascimento, inclusive instintos. É o reservatório de energia física que põe em
funcionamento os outros sistemas. Está em relação estreita com os processos corporais,
dos quais retira sua própria energia. Freud chamava o id de “a verdadeira realidade
psíquica ” (HALL, 1984, p.26)
Id: Em alemão “Es”, o termo comum para “it” (‘It’, inglês, e “Es’, alemão, ~são um
mesmo pronome neutro, que se traduz por ele, ela, isto. Id é a forma latina do mesmo
pronome. (FREUD, Sigmund. Edição Standar brasileira das obras psicológicas completas d
Sigmund Freud, Imago Editora LTDA, Rio de Jnaeiro.1969)
PERSONALIDADE: ID
O id pode ter sua tensão aumentado na medida que sofre estímulos internos ou externos.
Quando isso acontece ele, o id, busca maneiras de baixar essa tensão e “esse princípio de
redução da tensão, pelo qual o id opera, é denominado de princípio do prazer” (HALL,
1984, p.26)
O id sempre vai buscar o prazer e evitar a dor para isso ele trabalha com, de acordo com
Hall (1984) a “ação reflexa e o processo primário” As ações reflexas são o piscar o respirar
denominadas de automáticas ou inatas. Por outro lado, o processo primário busca
descarregar as tensões formulando uma imagem que irá remover essa tensão.
PERSONALIDADE: ID
A pessoa está com fome e então forma a imagem de um alimento. Assim existe uma
realização de desejo. Isso pode acontecer com o sonho, pois ele forma imagem mentais e
assim revela desejos profundos que são de certa forma satisfeitos em sonho. O mesmo
pode acontecer com as alucinações e as visões que os psicóticos tem. No entanto é
importante lembrar que o processo primário, por si só, não é capaz de reduzir a tensão. Por
isso é que se desenvolve um “processo secundário e, quando isso acontece, a estrutura do
segundo sistema da personalidade – o ego– começa a formar-se” (HALL, 1984, p.27)
PERSONALIDADE: EGO
É importante destacar que o “ego obedece ao principio da realidade e opera por meio do
processo secundário.” (HALL, 1984, p.27). O principio da realidade vai agir para que haja
descarga da tensão formada no interior do indivíduo. Assim sendo ele temporariamente
suspende o princípio do prazer (id), pois o prazer será satisfeito tão logo se encontre o
objeto almejado e a tensão será reduzida. O princípio da realidade vai ser o agente
verificador da realidade ou falsidade de uma experiência. Ao passo que o princípio do
prazer busca apenas saber se uma experiência é agradável ou desagradável.
PERSONALIDADE: EGO
Além disso, não podemos nos esquecer que “o processo secundário é o pensamento
realista” (HALL, 1984, p.27). O processo secundário é o responsável pela elaboração do
plano de ação para atingir o objetivo de aliviar a tensão interna ou externa que gerou
desconforto na pessoa. Assim sendo ela irá imaginar onde possa, no caso do alimento,
encontrar o mesmo e depois será em busca do nutriente. Tal fato, imaginar e buscar o
alimento é chamado de teste da realidade. Para que aja êxito neste processo o ego controla
as funções intelectuais e cognitivas, os quais são considerados processos mentais
superiores os quais passam a trabalhar no processo secundário.
PERSONALIDADE: EGO
Devemos levar em consideração, entretanto, que o ego é a parte organizadora do id, que
existe para realizar os objetivos do id e não para frustrá-los, e que toda a sua força se
origina do id. Ele não tem existência à parte do id, nunca se torna completamente
independente dele. Seu papel principal é o de intermediário entre as exigências instintivas
do organismo e as condições do ambiente. Seus objetivos consistem em manter a vida do
indivíduo e garantir a reprodução da espécie.” (HALL, 1984, p.28-29)
PERSONALIDADE: SUPEREGO
Carl Gustaf Jung, nasceu em 26/07/1875 em Kesswyl, Thurgau, Suíça. Filho de pastor da
Igreja Reformada Suíça.
“ o ponto de vista de Jung sobre a personalidade é prospectivo, porque pensa nas linhas de
desenvolvimento futuro do indivíduo, e retrospectivo, porque leva em consideração o
passado. Parafraseando Jung, “ o indivíduo vive pelos alvos assim como pelas causas”
Jung insistia fortemente no papel do destino no desenvolvimento humano diferente de
Freud, pois para este “há somente uma repetição incessante dos temas instintivos até que a
morte intervenha. Para Jung há um processo constante e muitas vezes criador, uma busca
de integração e complementação e uma aspiração ao renascimento.” (HALL, 1984, p.87).
PERSONALIDADE
Para Jung a personalidade envolve forte ênfase aos fundamentos raciais e filogenéticos
(A filogenia tenta traçar a história evolutiva de toda a vida no planeta.) A personalidade é
como um “produto, mas também um continente do passado. O homem atual foi moldado pelas
diversas experiencias acumuladas de gerações passadas, recuando até as origens obscuras e
desconhecidas do homem [...] Freud acentua a origem infantil da personalidade, enquanto Jung
dá ênfase às origens raciais da personalidade [...] há uma personaliade coletiva, racialmente
preformada, que atua seletivamente no mundo da experiência e é modificada e elaborada pelas
experiências que recebe.” (HALL, 1984, p.87).
PERSONALIDADE: EGO
Ego: Para Jung o ego nãda mais é que a mente consciente. E esta é “constituída por
percepção, memórias, pensamentos e sentimentos conscientes. O ego é responsável por
nossos sentimentos de identidade e continuidade e, do ponto de vista da própria pessoa, é
encarado como snedo o centro da personalidade.” (HALL, 1984, p.88).
PERSONALIDADE: O inconsciente individual
Em uma entrevista a BBC, Jung disse que o inconsciente é inconsciente. Para Hall (1984,
p.88) “o inconsciente é uma região adjacente ao ego. Compõ-se de experiências que foram
reprimidas, suprimidas, esquecidas ou ignoradas, e de experiências inicialmente muito
fracas para marcar a consciência do indivíduo.” O inconsciente pode estabelecer trocas
com o ego.
Complexo: “um complexo pode comportar-se como uma personalidade autônoma, que tem
vida própria e dinamismo próprio. Pode apoderar-se do controle da personalidade. (HALL,
1984, p.89).
PERSONALIDADE: O inconsciente coletivo
O inconsciente coletivo é uma ideia original e controvertida. Pode ser definido como “o
resíduo psíquico da evolução do homem, um resíduo que se acumulou em consequência de
experiências repetidas durantes várias gerações. É quase inteiramente distinto de qualquer
fato individual e é, aparentemente, universal. Todos os seres humanos têm, até certo ponto,
o mesmo inconsciente coletivo.” (HALL, 1984, p.89).
Isso não quer dizer que a pessoa herda memórias, mas a “possibilidade de reviver
experiências passadas. São predisposições que nos fazem reagir seletivamente frente ao
mundo. (HALL, 1984, p.89).
PERSONALIDADE: O inconsciente coletivo
Exemplo: O homem nasce predisposto a ter medo de cobras, escuro, pois no processo
evolutivo presume-se que o homem encontrou dificuldades no escuro e com cobras.
No entanto esses medos podem não aparecer a não ser que a pessoa seja exposto ao escuro
e a cobras
“O inconsciente coletivo é o alicerce racial herdado de toda a estrutura da personalidade .”
(HALL, 1984, p.90).
A pessoa terá experiências no mundo, mas internamente ela já tem predisposições para se
relacionar com este, portanto “nossa experiência do mundo está, em grande parte –
eportanto não inteiramente -, moldada pelo inconsciente coletivo” (HALL, 1984, p.90).
PERSONALIDADE: Os benefícios
inconsciente individual e coletivo
Tanto o consciente individual como o coletivo podem ser de grande valai para a pessoa,
pois nelas há coisas negadas, esquecidas, ignoradas e no inconsciente coletivo há a
sabedoria do passado.
Quando uma pessoa ignora o inconsciente ele pode “romper o processo racional
consciente, apoderando-se fortemente dele e distorcendo-o. Sintomas, fobais, ilusões e
outras manifestações irracionais resultam de processos inconscientes negligenciados
PERSONALIDADE: ARQUÉTIPOS
Arquétipos: “os componentes estruturais do inconsciente coletivo são chamados por vários
nomes: arquétipos, dominantes, imagens primordiais, imagos, imagens mitológicas e
padrões comportamento.” (HALL, 1984, p.90).
Exemplo: arquétipo de mãe. Cada pessoa tem esse arquétipo interiormente, uma mãe
genérica, quando a criança vê sua mãe ela interage com a mãe real.
É importante destacar que “mitos, sonhos, visões, rituais, sintomas neuróticos e psicóticos
e trabalhos de arte contém uma grande quantidade de material arquetípico” (HALL, 1984,
p.90-91).
PERSONALIDADE: PERSONA