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Reconhecimento de

intoxicações

Professora Talita Vaz


[email protected]
Reconhecimento de intoxicações intencionais

Sistema Nacional de
Informações Tóxico-
Farmacológicas (Sinitox)
• coordenar a coleta
• compilação, análise e a
divulgação dos casos de
intoxicação e
envenenamento
notificados no país.
Incidência de intoxicações
e envenenamentos de
animais é subnotificada

https://sinitox.icict.fiocruz.br/dados-nacionais
Reconhecimento de intoxicações intencionais
• Casos são registrados pelo Renaciat
• Rede Nacional de Centros de Informação e Assistência Toxicológica
(Renaciat)
• Unidades presentes em todas as regiões do Brasil
• Região Sudeste é a que a possui maior número de unidades (13
centros)
Reconhecimento de intoxicações intencionais

Intoxicações acidentais X Intoxicações intencionais

“Intenção de causar dano ou


quando o animal é exposto ao
agente tóxico deliberadamente
para causar dano a sua saúde.”

SÃO NOTIFICADAS
Reconhecimento de intoxicações intencionais
• As intoxicações de natureza intencional são tratadas, sob o ponto de
vista legal, pela Lei Nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998.

• “dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de


condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras
providências”.
Reconhecimento de intoxicações intencionais
• O ideal para o reconhecimento de um caso de toxicologia veterinária forense
seria:
a) uma síndrome clínica, incluindo informações sobre o histórico, sinais clínicos, e
resposta ao antídoto ou à terapia aplicada, consistentes com o agente tóxico
suspeito;
b) achados anatomopatológicos ou clínico-patológicos consistentes com o toxicante
suspeito;
c) resultados analíticos que confirmem a presença de determinado agente tóxico
nos tecidos do animal com uma dose consistente com uma intoxicação.
Etapas para o reconhecimento da intoxicação
intencional
Quatro etapas imprescindíveis:

1) Informações do histórico (anamnese);


2) Avaliação clínica (sinais e sintomas clínicos, incluindo exame físico e
exames complementares)
3) Achados pós-morte (lesões macro- e microscópicas)
4) Exames toxicológicos (análises toxicológicas)
1)Informações do histórico (anamnese)
• Anamnese deve ser criteriosa para que todas as informações relevantes possam
ser obtidas.
• Busca de informações sobre todos os possíveis agentes tóxicos presentes no
ambiente do animal e que podem ter causado o quadro de intoxicação.
•Presenciou o animal entrando em contato com o agente tóxico?
•Qual o produto? Você possui a embalagem do produto?
•Qual a quantidade aproximada do agente tóxico com que o animal entrou em contato?
•Qual a via de exposição? É dérmica, oral ou inalatória?
•Qual a sintomatologia apresentada pelo animal?
•Há quanto tempo apresenta a sintomatologia?
•Há outros animais apresentando o mesmo quadro?
•Fez uso de alguma medicação? Qual?
•O animal é domiciliado ou não?
•O animal habita no meio rural ou urbano? É de guarda ou de companhia?
•Tipo de alimento foi consumido? Houve mudança de dieta? Presença de iscas?
2) Avaliação clínica
• Importante na busca de pistas para elucidar o quadro de intoxicação.
• Alguns agentes tóxicos causam um conjunto de sinais que leva o médico
veterinário a suspeitar de um determinado agente,
• Quando há suspeita e tratamento é instituído havendo remissão dos sinais
clínicos, consegue-se fazer o diagnóstico terapêutico do quadro de intoxicação.
• Durante o exame físico do animal, pode-se também coletar material biológico
para a realização do exame toxicológico.
3) Achados pós-morte
• Na intoxicação fatal, a necropsia deve ser feita por um médico veterinário
experiente, que deve descrever todas as alterações anatomopatológicas.
• Deve ser salientado tanto a presença como a ausência de lesões é importante
para auxiliar o diagnóstico de intoxicação.
• Ex.: torção gástrica, excluindo de maneira definitiva a hipótese de intoxicação
4) Exames toxicológicos
• Principal objetivo: detectar ou quantificar qualquer agente químico que possa ter
nexo causal com a morte ou com danos causados ao animal.
• Normalmente, as análises toxicológicas forenses são realizadas em material post
mortem.
• Como muitos agentes tóxicos não produzem lesões patológicas características,
somente a realização das análises toxicológicas pode comprovar a presença de
uma substância química nos tecidos e fluidos coletados.
Análises químicas
• O toxicologista deve ser responsável pelos cuidados com a amostra:
 qual a melhor amostra biológica a ser utilizada
 cuidados com identificação, armazenamento, preservação, transporte, entre
outros.
• Os métodos de análise que serão empregados dependerão das evidências que
podem indicar qual substância deve ser procurada.
Principais amostras ante mortem

FONTE: Adaptado de Oliveira et al. 2002; Gupta, 2012; Gwaltney-Brant, 2016


Principais amostras post mortem

FONTE: Adaptado de Oliveira et al. 2002; Gupta, 2012; Gwaltney-Brant, 2016


Principais amostras ambientais
Análises químicas
• Cada frasco ou tubo de amostra deve ser identificado com
 nome do animal e espécie
 número do caso
 data da coleta
 tipo de amostra: tecido, urina, sangue.

• Múltiplas partes do fígado e dos rins devem ser coletadas, pois estes são os
principais órgãos responsáveis pela biotransformação e excreção.
Análises químicas
Análise toxicológica sistemática (ATS):
• Pesquisa de alto rendimento que possibilita a detecção simultânea da maior
quantidade possível de toxicantes.
• Abrange substâncias básicas e neutras que englobam os toxicantes mais comuns.

Quando o toxicante é conhecido ou existe forte suspeita: são realizados métodos


específicos (seletivos) para quantificar a substância de interesse.
Substâncias comumente utilizadas no Brasil e em outros países em intoxicações intencionais.

FONTE: Adaptado de Oliveira et al.2002; Gupta, 2012


BIBLIOGRAFIA – 18 slides
• Tratado de Medicina Veterinária Legal. Raimundo Alberto Tostes, Sérvio Túlio Jacinto Reis e Valdecir Vargas
Castilho. – Curitiba: Medvep, 2017. Capítulo 15.

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