Doenças Exantemáticas

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Doenças

Exantemáticas

Maria Carolina Guimarães Santos


Orientadora: Dra. Elisa de Carvalho
Escola Superior de Ciências da
Saúde/SES/DF
Conceitos
 Exantema: Presença de manchas eritematosas
disseminadas na pele de evolução aguda.
- Rubeoliforme: Entre as manchas eritematosas
disseminadas na pele, existem áreas de pele
normal.
- Escarlatiforme: Manchas eritematosas
confluem, não se observando áreas de pele
normal entremeadas.
 Eritema: Mancha vermelha decorrente de
vasodilatação que desaparece a digitopressão.
Mecanismos de erupção
cutânea
 Invasão e multiplicação direta na própria
pele (ex: varicela zoster);
 Ação de toxinas (ex: escarlatina);
 Ação imunoalérgica com expressão na
pele (ex: viroses exantemáticas);
 Lesão vascular (ex: meningococcemia).
Classificação conforme tipo
de erupção
 Erupção maculopapulosa:
-Exantema Obrigatório: Sarampo, rubéola,
escarlatina, eritema infeccioso, exantema súbito.
-Exantema eventual: Mononucleose
infecciosa, toxoplasmose, meningococcemia,
infecções por enterovírus, tifo exantemático,
síndrome da pele escaldada estafilocócica,
citomegalovírus.
- Não infecciosa: Queimadura solar, erupção
medicamentosa, eritema tóxico, miliária.
 Erupção Papulovesiculosa:
- Exantema obrigatório: Varicela,
herpes zoster, herpes simples,
riquetsiose variceliforme, impetigo.
- Exantema eventual: Coxsackioses,
molusco contagioso.
- Não infecciosa: Picada de inseto,
urticária papulosa, erupção por droga.
Avaliação
 Idade;
 Raça;
 Febre (início, duração entre seu início e o
aparecimento da erupção cutânea);
 Sinais e sintomas que acompanham a febre (calafrios,
sudorese, mal-estar, mialgias, artralgias, alterações de
sensório);
 Adenomegalias (relação com início do exantema);
 Exantema (tipo, local de início, disseminação,
comportamento da curva térmica);
 Antecedentes de infecção e imunização prévia;
 Dados epidemiológicos;
 Uso de medicamentos.
Erupção Maculopapulosa
Sarampo
 Agente mixovírus ( um tipo antigênico
estável);
 Reservatório: Homem;
 Grupo etário: 95% antes dos 15 anos;
 Transmissão: -Secreções nasofaríngeas
expelidas ao tossir, espirrar, falar ou
respirar;
-Inicia-se 4 a 6 dias antes
do início do exantema e dura 4 a 5 dias
após seu surgimento.
Erupção Maculopapulosa
Sarampo
 Patogenia:
-Vírus: Nasofaringe ou conjuntiva
-Rápida multiplicação local
-2º e 3º dias: Viremia 1ª (tec. Linfóides)
-3º e 5º dias: Multiplicação ativa
-5º e 7º dias: Viremia 2ª ( vírus: pele,
conjuntiva, trato respiratório)
-11º e 14º dias: Pico da viremia
-15º e 17º dias: Redução brusca da viremia
 Replicação viral: Células endoteliais e epiteliais,
nos monócitos e macrófagos.
Erupção Maculopapulosa
Sarampo
 Manifestações Clínicas:
Período de incubação:
-7 a 18 dias;
-Intensa replicação viral;
-Raramente há manifestações clínicas.
Período prodrômico:
-1 a 7 dias;
-´´Rush`` transitório macular ou urticariforme
que desaparece antes do início do exantema
típico;
Erupção Maculopapulosa
Sarampo
-Febre: Dura de cerca de 4 a 5 dias,
chega a 39,5 / 40°C e cai rapidamente
no 2º ou 3º dia do exantema;
-Congestão nasal e coriza (mucosa
/amarelada) que melhora após tornar-se
afebril;
-Tosse seca com pico durante
aparecimento do exantema e cede
gradualmente em 2 semanas;
Erupção Maculopapulosa
Sarampo
-Intensa hiperemia conjuntival com
secreção amarelada, lacrimejamento e
até fotofobia.
-Manchas de Koplik: Pequenas
manchas irregulares, de 2 a 3mm de
diâmetro, esbranquiçadas e brilhantes,
discretamente elevadas, com base
eritematosa, que iniciam na mucosa em
região oposta aos dentes pré-molares.
Desaparecem no 2º dia do exantema.
Erupção Maculopapulosa
Sarampo
Período exantemático:
-3 a 4 dias após início dos sintomas
prodrômicos;
-Duração de 4 a 7 dias;
-Erupção eritematosa maculopapular, inicia em
região retroauricular e fronte, em 24h se
espalha pela face, tronco, MMSS e MMII;
-Lesões isoladas, circundadas por pele não
comprometida e desaparece à compressão;
-Febre permanece até 3º dia do exantema.
Erupção Maculopapulosa
Sarampo
Erupção Maculopapulosa
Sarampo
 Complicações ( Febre após o 3º dia do
exantema): Otite média aguda,
laringotraqueíte aguda, tuberculose,
pneumonia / broncopneumonia,
encefalite aguda, panencefalite
esclerosante subaguda.
 Gestação: Aumento de parto prematuro,
abortamento espontâneo e baixo peso
ao nascer.
Erupção Maculopapulosa
Sarampo
 Diagnóstico laboratorial:
HC: -Sem complicação: Leucopenia com
neutropenia absoluta e linfopenia;
-Com complicação bacteriana:
Leucocitose, neutrofilia e desvio à esquerda;
Anticorpos IgM (coletar amostra entre 4 e 11
dias após início do exantema);
Isolamento do vírus de células mononucleares
de sangue periférico, secreções respiratórias,
conjuntiva e urina.
Erupção Maculopapulosa
Sarampo
 Tratamento (É sintomático e de sustentação):
-Repouso relativo;
-Antitérmico;
-Higiene dos olhos e pele;
-Dieta branda voluntária e hidratação;
-Umidificação das secreções das VAS;
-Antibióticos: Complicação bacteriana;
-Vitamina A : Recuperação mais rápida dos
linfócitos e melhora na resposta de anticorpos
IgG na fase aguda;
Erupção Maculopapulosa
Sarampo
 Prevenção: -Vacina: Evita a doença se
administrada dentro de 72h após contato
com o doente;
-Imunoglobulina humana:
Para suscetíveis com idade inferior a 6
meses. Dose de 0,25ml/kg em dose
única.
Erupção Maculopapulosa
Rubéola
 Agente togavírus;
 Com a vacinação (1960) , a incidência foi
deslocada para adolescentes e adultos jovens;
 Transmissão: -Via respiratória através de
fômites devido alta concentração viral em
secreções faríngeas;
-Inicia-se 1 semana antes do
início do exantema e dura até 6 dias após seu
aparecimento.
Erupção Maculopapulosa
Rubéola
 Patogenia:
Via respiratória

Via linfática / Viremia transitória

Gânglios linfáticos regionais ( Reprodução : Aumento volume


ganglionar)

+ 7 / 9 dias após contato (Nova viremia): Vírus na mucosa


respiratória em reprodução ativa
Erupção Maculopapulosa
Rubéola
 Manifestações Clínicas:
Período de incubação:
-14 a 21 dias.
Período prodrômico:
-Na criança não existe;
-Adolescentes e adultos ( 1 a 5 dias antes da
erupção): Febre baixa, cefaléia, coriza, mal-
estar, anorexia, conjuntivite leve, tosse, dor de
garganta, linfadenopatia e náuseas.
Desaparecem após 1º dia de “rash’’.
Erupção Maculopapulosa
Rubéola
Exantema: Maculopapular róseo-avermelhado
discreto. Inicia-se na face e alastra-se
rapidamente para região cervical, braços,
tronco e extremidades, estando todo corpo
coberto no final do 1º dia.
2º dia o “rash” começa desaparecer,
inicialmente na face, lesões do tronco podem
coalescer, lesões das extremidades geralmente
não coalescem.
3º dia o “rash’’ desaparece, podendo haver
descamação fina.
Erupção Maculopapulosa
Rubéola
Erupção Maculopapulosa
Rubéola
 Complicações: Artrite, artralgia, púrpura,
encefalite.
 Rubéola congênita: Infecção fetal que
ocorre até a 12ª semana de gestação,
podendo resultar em abortamento
espontâneo, natimortalidade ou
nascimento de criança com múltiplas
malformações.
Erupção Maculopapulosa
Rubéola
 Diagnóstico diferencial: Toxoplasmose,
escarlatina, sarampo, roséola, eritema
infeccioso e enteroviroses.
 Diagnóstico clínico:
-Não há achados patognomônicos;
-Inverno e primavera;
-Período de incubação mais
prolongado;
-Febre baixa ou ausente.
Erupção Maculopapulosa
Rubéola
 Diagnóstico laboratorial:
-Isolamento do vírus (amostra de região nasal,
faringe);
-Detecção de anticorpos (Inibição da
hemaglutinação, fixação de complemento,
neutralizaçao de vírus da rubéola,
imunofluorescência indireta e ELISA);
-Aumento dos títulos de IgG de 4 vezes ou
mais, comparando amostra da fase aguda com
a da fase de convalescença ou presença de
anticorpos IgM específicos para rubéola.
Erupção Maculopapulosa
Rubéola
 Imunização:
-MMR (rubéola + sarampo + caxumba)
-MMR-V (rubéola + varicela)
-Contra indicada em grávidas.
 Tratamento:
-Não há tratamento antiviral específico;
-Artrite: Antiinflamatório não hormonal e
repouso;
-Púrpura trombocitopênica: Transfusão de
plaquetas e corticoterapia.
Erupção Maculopapulosa
Escarlatina
 Agente: Estreptococo beta-hemolítico do grupo
A de Lancefield;
 É preciso que indivíduo infectado não tenha
imunidade antibacteriana contra o estreptococo
e nem imunidade antitóxica contra a toxina
eritrogênica;
 Grupo etário: 3 a 12 anos;
 Período de incubação: 2 a 4 dias;
 Transmissão: Até 24h após início da
antibioticoterapia;
 Período prodrômico: 12 a 24h com febre
variável, dor de garganta, mal-estar e vômitos;
Erupção Maculopapulosa
Escarlatina
 Manifestações
clínicas:
-Língua: Saburrosa nos 2
primeiros dias e
vermelha carnosa com
pupilas tumefeitas no
3º e 4º dias;
-Palato: Eritema
puntiforme;
Erupção Maculopapulosa
Escarlatina
-Amigdalas: Aumento de volume, hiperemia e
exsudato mucopurulento;
-Adenopatia: Cervical anterior e mandibular;
- Eritema difuso da face, com palidez perioral
(Sinal de Filatow);
-Linhas transversais de hiperemia que não
empalidecem à compressão, nas pregas
articulares (Sinal de Pastia);
- Descamação laminar que inicia no final da 1ª
semana;
Erupção Maculopapulosa
Escarlatina
-Exantema: Surge 12-
48h após início da
doença. Eritema
puntiforme que
empalidece à
compressão, inicia
no tronco e
generaliza-se rápido,
mais intenso nas
dobras cutâneas e
pele com aspecto
áspero.
Erupção Maculopapulosa
Escarlatina
 Diagnóstico diferencial: Mononucleose, difteria,
queimadura solar, miliária, alergia.
 Diagnóstico:
-Isolamento do estreptococo beta-hemolítico
do grupo A, da secreção amigdaliana ou
nasofaringe;
-Elevação do título antiestreptolisina O.
 Tratamento:
-Penicilina benzatina (2 doses com intervalo
de 4 dias);
-Amoxicilina VO 10 dias.
Erupção Maculopapulosa
Eritema Infeccioso
 Agente: Parvovírus B19;
 Faixa etária: 5 a 15 anos;
 Período de incubação: 6 a 14 dias;
 Período prodrômico: Pode ter febre baixa 2 dias
antes;
 Manifestações clínicas:
-Eritema quente nas bochechas 1 a 4 dias;
-Eritema maculopapular tronco, nádegas e
membros;
-Com a progressão do exantema as lesões
iniciais dos braços e coxas esmaecem deixando
uma zona central clara.
Erupção Maculopapulosa
Eritema Infeccioso
Erupção Maculopapulosa
Exantema Súbito
 Agente: Herpesvírus 6 e 7;
 Faixa etária: 6 meses a 3 anos;
 Período de incubação: 5 a 15 dias;
 Período prodrômico: Febre alta e
persistente por 3 a 4 dias, pode ocorrer
convulsão;
 Manifestações clínicas:
-Estado geral conservado;
-Gânglios occipitais aumentados;
-Edema palpebral na véspera da erupção;
Erupção Maculopapulosa
Exantema Súbito
-Após 3 dias de febre,
essa cai em crise e
surge um exantema
macular, cor rósea,
que inicia no tronco e
se estende para
pescoço e braços,
desaparecendo em
24 a 48h.
Erupção Maculopapulosa
Exantema Súbito
 Diagnóstico diferencial: Sarampo,
rubéola e exantemas virais de verão.
Erupção Maculopapulosa
Mononucleose
 Agente: Vírus Epstein-Barr;
 Transmissão: Orofaringe (crianças) e beijo
(adolescentes);
 Período de incubação: 10 a 50 dias;
 Período prodrômico: Febre, dor de garganta e
adenomegalia cervical;
 Manifestações clínicas: Exantema variável e
inconstante (morbiliforme, escarlatiniforme,
hemorrágico, urticariforme ou nodular);
Erupção Maculopapulosa
Mononucleose
 Diagnóstico: -HC: Linfócitos atípicos;
-Anticorpos ao vírus EB.
 Tratamento: -Repouso;
-Acetaminofeno ou AAS:
Febre ou dor de garganta.
Erupção Maculopapulosa
Toxoplasmose
 Agente: Toxoplasma gondii (protozoário)
 Hospedeiros: -Gato (definitivo)

-Homem (intermediário)
 Transmissão: Ingesta de carne mal-cozida
com cistos, via transplacentária e em
imunodeprimidos por ativação de infecção
latente;
 Período de incubação: ?
Erupção Maculopapulosa
Toxoplasmose
 Manifestações clínicas: Maculopápulas
generalizadas vermelho vivo/ rosa pálido e algumas
esbranquecem à pressão. Não acometem couro
cabeludo, palma das mãos e planta dos pés.
 Diagnóstico: Reação
de imunofluorescência indireta.
 Tratamento:
-Sulfadiazina 100mg/Kg/dia em 2 doses
-Pirimetamina 2 mg/Kg/dia, 2 dias →1mg/Kg/dia
-Ácido folínico 1 a 3mg/dia VO.
Erupção Maculopapulosa
Meningococcemia
 Agente: Neisseria meningitidis;
 Faixa etária: Principalmente < 5 anos;
 Período de incubação: 1 a 10 dias;
 Período prodrômico: 24h com febre,
vômitos, cefaléia, mal-estar e anorexia;
 Contagioso até 24h após início do
antibiótico;
Erupção Maculopapulosa
Meningococcemia
 Manifestações clínicas:
-Erupção maculopapulosa pode tornar-
se petequial e purpúrica;

-Comprometimento sistêmico;
-Sinais meníngeos.
 Diagnóstico: -Hemocultura;
-Exame do líquor.
 Tratamento: Cefotaxima ou ceftriaxona.
Erupção Maculopapulosa
Enteroviroses
 Agente: ECHO, Coxsakie;
 Faixa etária: Crianças pequenas;
 Período de incubação: Variável;
 Período prodrômico: Febre;
 Manifestações clínicas: Maculopápulas
discretas, não pruriginosas,
generalizadas, não há descamação.
Erupção Maculopapulosa
Enteroviroses
 Diagnóstico:
-Isolamento do vírus de fezes,
garganta, sangue ou líquor;
-Aumento anticorpos neutralizantes;
-PCR;
-Sorologia.
 Tratamento: Sintomático e de suporte.
Erupção Maculopapulosa
Tifo exantemático
 Agente: Salmonella typhi;
 Transmissão: Água e alimentos contaminados
com excretas de doentes agudos e portadores
crônicos sadios;
 Período de incubação: 8 a 14 dias;
 Manifestações clínicas:
-Início gradual com anorexia, prostração, dores
generalizadas, cefaléia intensa e contínua;
-Febre progressiva;
-Desconforto, dor abdominal e náuseas;
Erupção Maculopapulosa
Tifo exantemático
-Obstipação ou diarréia (20%);
-Tosse não produtiva e bronquite;
-Epistaxes;
-Roséolas tíficas (10%) em abdome e tronco,
persistem por 2 a 4 dias;
-2ª semana: Febre elevada, fraqueza,
prostração, confusão mental e delírio;
-3ª semana: Febre continua e o estado geral
piora;
-4ª semana: Se não ocorrerem complicações,
o paciente melhora e a febre declina;
Erupção Maculopapulosa
Tifo exantemático
 Complicações: Hemorragia intestinal, perfuração
intestinal, tromboflebite, meningite, endocardite,
abscessos;
 Diagnóstico:
HC: -Anemia normocrômica;
-Leucopenia moderada (raramente abaixo
de 2500/mm3), neutropenia, desvio para
esquerda, linfocitose relativa, aneosinofilia,
plaquetopenia e até leucocitose moderada
(12000/mm3);
Hemocultura;
Coprocultura;
Erupção Maculopapulosa
Tifo exantemático

 Tratamento:
-Notificação compulsória e internação
do paciente;
- Cloranfenicol: 100mg/Kg/dia, VO, de
6/6h, 15 dias.
Erupção Maculopapulosa
Síndrome da pele escaldada
estafilocócica
 Agente: Staphylococcus aureus;
 Faixa etária: RN e lactentes;
 Foco infeccioso: Otite, conjuntivite e
piodermite;
 Manifestações clínicas:
-Choro e irritabilidade;
-Febre ou afebril;
-Eritema escarlatiforme dolorido
periorbital, perioral, flexural (poupa mucosas);
-Esfoliação após 24 a 48h;
Erupção Maculopapulosa
Síndrome da pele escaldada
estafilocócica
-Sinal de Nikolki +: Descama em lâminas
de “papel molhado’’, deixa superfície
úmida e brilhante;
-Formação de crostas e fissuras em
torno da boca e olhos.
 Diagnóstico: -Clínico;
-Cultura de S. aureus.
 Tratamento: Oxacilina.
Erupção Maculopapulosa
Citomegalovírus
 Agente: Herpesvírus;
 Transmissão: Contato sexual, saliva,
urina, hemoderivados e transplacentária;
 Manifestações clínicas:
-Infecção congênita: Icterícia, petéquias,
hepatoesplenomegalia, microcefalia,
coriorretinite e calcificações cerebrais.
-Seqüelas: Surdez, cegueira, retardo
mental e paralisia espástica e flácida.
Erupção Maculopapulosa
Citomegalovírus
-Infecção adquirida: Quadro febril
prolongado, astenia, sudorese, hepato
e/ou esplenomegalia, icterícia e
exantema maculopapular (ampicilina).
 Diagnóstico:
-Isolamento do vírus de urina, saliva,
sangue ou biópsia;
-Anticorpos IgG e IgM;
-PCR.
 Tratamento: Ganciclovir
Erupção Maculopapulosa
Queimadura solar
 Não há infectividade;
 Confunde-se com Escarlatina,
principalmente se há angina;
 Laboratório não há.
Erupção Maculopapulosa
Erupção medicamentosa ou
Eritema tóxico
 Não há infectividade;
 Anamnese pode revelar ingestão de
medicamentos ou contato com tóxico;
 Laboratório não há.
Erupção Maculopapulosa
Miliária
 Não há infectividade;
 Causada pela retenção de suor na
epiderme;
 Coincide com altas temperaturas ou com
febre elevada;
 Lesões puntiformes restritas às áreas
flexoras;
 Laboratório não há.
Erupção Maculopapulosa
Miliária
 Conduta: -Local ventilado e roupas leves;
-Evitar exercícios físicos e
exposição solar;
-Evitar banhos quente e sabonetes
em excesso;
-Banho com maisena ou aveia;
-Talco (Cutisanol) ou pasta d’água
simples ou com 1% de hidrocortisona.
Erupção Papulovesiculosa
Varicela
 Agente: Vírus da varicela zoster (herpesvírus);
 É uma infecção primária;
 90% entre 1 e 14 anos;
 Transmissão: -Contato direto com as lesões ou
inalação de secreções respiratórias
contaminadas;
-Inicia-se 2 dias antes do início do
exantema, até que todas as lesões estejam em
fase de crostas ( cerca de 1 semana).
Erupção Papulovesiculosa
Varicela
 Período de incubação: 9 a 21 dias;
 Período prodrômico:
-Crianças: Geralmente ausente;
-Adolescentes: 1 a 2 dias com febre, mal-estar,
cefaléia e anorexia;
 Manifestações clínicas:
-Lesão clássica (2 a 3mm de diâmetro)
começa com um eritema que evolui para pápula,
vesícula, (pústula) e crosta, em cerca de 48h;
-Polimorfismo regional;
Erupção Papulovesiculosa
Varicela
-Após queda da
crosta a pele
permanece
despigmentada,
retornando ao
normal em semanas.
Em caso de infecção
secundária as
cicatrizes serão
permanentes.
Erupção Papulovesiculosa
Varicela
 Complicações:
-Infecção bacteriana (S. aureus e
estreptococo beta-hemolítico do grupo
A);
-SNC: Encefalite e Síndrome de Reye;
-Meningite linfomonocitária, Síndrome
de Guillain-Barré, cerebelite;
-Pneumonite.
Erupção Papulovesiculosa
Varicela
 Diagnóstico:
-Visualização do vírus em conteúdo vesicular sob
microscopia eletrônica;
-IgM ou ascensão de IgG.
 Imunização:
-Vacina: 0.5ml IM ou SC a partir de 12 meses;
-Vacina aplicada nos contatantes até 3 dias a
partir do contato é eficaz;
-VZIG (imunodeprimidos, gestantes, prematuros
hospitalizados, RN cuja mãe teve varicela 5 dias
antes e 48h após seu nascimento), aplicada
dentro de 48h após exposição, 125U/10Kg, IM,
máximo de 625U.
Erupção Papulovesiculosa
Varicela
 Tratamento:
-Boa higiene;
-Anti-histamínico oral;
- Acetoaminofeno para febre;
-Aciclovir: 30mg/Kg/dia EV, dividido em
3 doses, por 7 a10 dias.
Consulte: Varicela
  Autor (s): Flávia Carolina Dias Andrade

                           
Erupção Papulovesiculosa
Herpes Zoster
 É uma infecção cutânea com
distribuição pelo dermátomo, resultado
da reativação do VZV que normalmente
se encontra latente nos gânglios
sensoriais após um ataque de varicela;
 Faixa etária: Raro na infância;
 Período prodrômico: 1 a 4 dias antes do
aparecimento das lesões pode haver
febre, mal-estar, cefaléia e disestesias
no dermátomo;
Erupção Papulovesiculosa
Herpes Zoster
 Manifestações clínicas:

-Agrupamento de
vesículas com base
eritematosa, as quais
tornam-se pústulas ao
redor do 3ºdia e crostas
ao cabo de 7 a 10 dias;
-50% dos casos há
comprometimento ocular,
neurológico ou visceral.
Erupção Papulovesiculosa
Herpes Zoster
 Diagnóstico:
-Distribuição característica por dermátomo;
-IgM positiva ou aumento da IgG entre 2
amostras.
 Tratamento: -Compressas com álcool
resorcinado a 1 %, 3x/dia;
-Analgésicos nos raros casos de
dor;
-Aciclovir EV, 10mg/Kg, 8/8h, por 7
a 10 dias.
Erupção Papulovesiculosa
Herpes Simples
 Agente: Herpes vírus hominis;
 Tipo 1: Lesões acima da linha da
cintura;
 Tipo 2: Lesões abaixo dessa linha e
pelas infecções do RN;
 Período de incubação: 2 a 12 dias;
 Período prodrômico: Queimação;
Erupção Papulovesiculosa
Herpes Simples
 Manifestações
clínicas: Vesículas
de parede fina com
conteúdo
hialinosseroso sobre
placa eritematosa,
cura em cerca de 10
dias.
Erupção Papulovesiculosa
Herpes Simples
 Diagnóstico: Anticorpos (Elisa) aumento
na 2ª amostra após 15 dias.
 Tratamento:
-Não há tratamento específico eficaz;
-Romper as vesículas e passar álcool a
70%;
-Aciclovir pomada.
Erupção Papulovesiculosa
Riquetsiose Variceliforme
 Agente: Rickettsia akari;
 Transmissão: O homen é infectado a
partir da picada de ácaro contaminado;
 Reservatório: Camundongos;
 Período de incubação: 1 semana;
Erupção Papulovesiculosa
Riquetsiose Variceliforme
 Manifestações clínicas:

-Pápula
eritematosa (1,0 a 1,5cm),
a pele afetada separa-se
gradualmente, dando
origem a uma vesícula,
que rompe formando uma
úlcera, cuja base é preta
e circundada por borda de
pele eritematosa (3 a 7
dias). Tronco e abdome;
Erupção Papulovesiculosa
Riquetsiose Variceliforme
-Início súbito de febre, calafrios, sudorese,
cefaléia, dor nas costas e mal-estar;
-Aumento dos linfonodos regionais.
 Diagnóstico: -Clínico;
-Reação de aglutinação para
riquetsia (1:100 suspeito e 1: 200 confirmado).
 Tratamento: Tetraciclina ou doxicilina por 3 ou
4 dias, reduz período febril e acelera
recuperação.
Erupção Papulovesiculosa
Impetigo
 Infecção superficial e contagiosa da pele
causada por estreptococos e/ou estafilococos;
 Predisponentes: Clima quente e úmido, higiene
pessoal deficiente, traumatismos ou
escoriações, resfriado prolongado e contato
com pessoas afetadas;
Impetigo não bolhoso (estreptocócico)
 Faixa etária: Pré escolares e escolares;
 Face (narinas e queixo), comissuras labiais;
Erupção Papulovesiculosa
Impetigo
 Manifestações clínicas:
-Pústulas, vésico-pústulas ou erosão,
isoladas ou confluentes;
-Rompimento precoce;
-Saída de líquido soropurulento;
-Crostas melicéricas (cor de mel);
-Deixa temporariamente manchas
eritematosas ou hipocrômicas.
Erupção Papulovesiculosa
Impetigo
Erupção Papulovesiculosa
Impetigo
Impetigo bolhoso (estafilocócico)
 Faixa etária: RN e púberes;
 Manifestações clínicas:
-Vesículas ou bolhas com conteúdo
límpido, que se torna purulento e ao se
romperem deixam uma base desnuda
vermelha;
-Evoluem centrifugamente.
Erupção Papulovesiculosa
Impetigo
Erupção Papulovesiculosa
Impetigo
 Diagnóstico diferencial: Tinea corporis
 Tratamento:
-Ruptura das bolhas e remoção das crostas;
-Compressa com solução de Burow 1:20 ou
água d’Alibour 1:10 ou 1:20;
-Pomada: Neomicina + Bacitracina, Fusidina
ou Mucopirocina;
-Deixar as lesões descobertas;
-Casos graves: Penicilina benzatina, IM, dose
única.
Erupção Papulovesiculosa
Molusco contagioso
 Tumoração causada por vírus;
 Faixa etária: Crianças;
 Transmissão: Contato direto, auto-inoculação
por arranhadura, epidemias em asilos e
escolas;
 Período de incubação: 15 a 50 dias;
 Manifestações clínicas: Pápulas brilhantes, cor
da pele, 2 a 8mm, forma esférica com
umbilicação central, assintomáticas, pode ter
prurido;
Erupção Papulovesiculosa
Molusco contagioso
 Localização: Tronco e face;
 Tratamento:
-Pincelar as lesões com ácido retinóico
(0.05% em álcool) ou tintura SAL,
diariamente por 2 ou 3 semanas;
-Curetagem.
Erupção Papulovesiculosa
Picada de inseto
 Reação de hipersensibilidade a picada de
insetos;
 Cada lesão pode representar uma picada ou as
lesões podem aparecer distante do lugar da
picada;
 Faixa etária:12 a 36 meses;
 Manifestações clínicas:
-Pápula-eritema-vesícula;
-Pápula edematosa ou indurada de contorno
circular de cerca de 1cm;
Erupção Papulovesiculosa
Picada de inseto
-No centro pode-se formar bolhas
tensas;
-Eritema em torno da pápula regride em
24h;
-Após 48 a 72h a lesão é uma mácula
acastanhada com pequena vesícula
dessecada no centro;
-Prurido intenso.
Erupção Papulovesiculosa
Picada de inseto
 Diagnóstico diferencial: Variela, urticária
e escabiose;
 Tratamento:
-Anti-histamínicos;
-Banhos com permanganato de
potássio a 1:40000.
Erupção Papulovesiculosa
Erupção por drogas
 Podem produzir erupções cutâneas
urticarianas, morbiliformes,
escarlatiniformes, bolhosas ou
purpúricas;
 A maioria das reações começa 7 a 14
dias depois da primeira administração;
 Penicilina, ampicilina, clorotiazidas,
difenantoína, anti-histamínico.
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