06 EMADEIRAI-Apresentacao TRACAO

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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ


INSTITUTO DE TECNOLOGIA
FACULDADE DE ENGENHARIA CIVIL FEC/ITEC/UFPA
GRUPO DE ANÁLISE EXPERIMENTAL DE ESTRUTURAS E MATERIAIS

Prof. Dr. Alcebíades Negrão Macêdo


TRAÇÃO
Dimensionamento de peças tracionadas 

- Estados Limites Últimos (ELU)


Nas barras tracionadas axialmente os ELU se configuram p/ ruptura das fibras na
seção líquida, ou na seção bruta quando não houver furos, c/ o material seguindo um
comportamento elastofrágil e a condição de segurança é:

Nsd ft 0 ,k
 t ,d   ft 0 ,d  k mod 
Awn  wt
onde:

td é a tensão solicitante de cálculo decorrente do esforço de tração.

ftd é a resistência de cálculo à tração.

Awn é a área líquida da seção.

Nsd é o esforço normal solicitante de cálculo

 = 1,8 é o coeficiente de ponderação para tração paralela às fibras.


• Expressão de Hankinson ( > 6o  ftd = ft0,d):

ft 0 ,d  ft 90 ,d
ft ,d 
ft 0 ,d  sen 2  ft 90 ,d  cos 2 

 Determinação da área líquida para ligações com Pinos:


a) Seção transversal reta b) Seção transversal ziguezague
1 s 1

h h g

t 2
t 2

Awn = Aw - n Af Awn = Aw - Af { 1+(n-1)[(4/3) -( s/g)]}


• df = diâmetro do furo • s = projeção no sentido das fibras
• g = projeção normal às fibras
• Aw = área bruta da seção = b h
• df = d + 0,5 mm (parafusos)
• n = número de furos da seção
• df = d (pregos)
• Af = t . df (área de um furo)
- Estados Limites de Utilização
• Limitar a esbeltez da peça tracionada ao comprimento máximo de 50 vezes a
dimensão da seção transversal correspondente:

Lf 50  t
max    50 12  173
rmin t
12
• 7.1.3 Disposições Construtivas
A NBR 7190/97 estabelece dimensões mínimas para as seções das peças de
madeira serrada, conforme apresentado na tabela a seguir:

Dimensões mínimas para as peças estruturais de madeira serrada


Finalidade Dimensões Mínimas
Peças principais simples Aw  50 cm2  5,0 cm
Peças secundárias simples Aw  18 cm2  2,5 cm
Peças principais múltiplas Aw  35 cm2  2,5 cm
Peças secundárias múltiplas Aw  18 cm2  1,8 cm
Exercícios Resolvidos
 Exercícios em situação duradoura de projeto
1. A linha de uma tesoura está submetida ao esforço solicitante de cálculo
Nsd = 50 kN, verifique se a seção 7,5 cm x 10 cm atende a este esforço e
se quantidade de parafusos é suficiente, considerando:
a) a) Conífera classe C-30;
b) b) Carregamento de longa duração;
c) c) Classe 4 de umidade;
d) d) Peças de 2a categoria;
e) e) Parafusos de diâmetro 12.5 mm com tensão de escoamento fy =250
MPa
N sd N sd

Solução

k mod  k mod1 .k mod2 .k mod3  0,7  0,8  0,8  0,45


fc0, k 30
ft0,d  fc0,d  k mod   0,45   9,64 MPa
γwc 1,4
d f  d  0,5 mm  12,5  0,5  13 mm
Af  t.d f  7,5 1,3  9,75 cm 2
Seção reta:
Awn  Aw - nAf  7,5x10  2x9,75  55,5 cm 2
Seção ziguezague:
4 s 4 5
Awn  Aw - Af  [1  (n - 1)  (  )]  75  9,75  [1  2  (  )]  78,25 cm 2
3 g 3 2,5
Nsd 50 kN
σtd    0,90  9 MPa  ft0, d  9,64 MPa Ok!
Awn 55,5 cm 2

Verificação do Parafuso
t 2 7,5 t 3,75
t  t1    3,75 cm  β   3
2 2 d 1,25
fyk 250
fe0,d  fc0,d  9,64 MPa e fyd    227,27 MPa
γ s 1,1
fyd 227,27
β lim  1,25  1,25   6,06  β  β lim (Embutimento na madeira)
feO,d 9,64
t2 3,75 2
Rv,d  2  0,40   fe0,d  2  0,40   0,964  3,62 kN
β 3
NRd  6  Rv,d  6  3,62  21,72 kN  Nsd  50 kN Não atende !
2 ) Dimensione uma seção retangular para o montante mais solicitado da
treliça da figura, adotando :
a) Conífera C-40 ;
b) Q = 5 kN = sobrecarga de longa duração ;
c) G = 8 kN = permanente de grande variabilidade ;
d) Classe 4 de umidade e de 2a categoria ;
e) Área líquida igual a 80% da seção bruta
G,Q
• Solução:

Fazendo uso do método de Ritter, temos:

G G G G G

NG

F  0
v

NG -5G = 0  NG= 5.G = 5.8 = 40 kN

Do mesmo modo  NQ= 5.Q = 5.5 = 25 kN

Nsd=1,4.NG + 1,4.NQ = 1,4.(40 + 25)= 91 kN

kmod = kmod1.kmod2.kmod3 = 0,7.0,8.0,8 = 0,45


fc 0 ,k 40
ft0,k    51,95 MPa
0 ,77 0 ,77

ft 0 ,k 51,95
ft 0 ,d  k mod   0 ,45   12 ,99
 wt 1,8
Nsd 91
Awn    70 ,05 cm 2
ft0,d 1,299

Awn  0,8 Aw

Aw  1,25  70 ,05  87 ,56 cm 2  seção 7,5x15

L  12 150  12
   69  173 Ok!
t 7 ,5
3)Verifique se a emenda no banzo inferior da treliça, detalhe na figura,
atende as exigências da NBR 7190/97. Considere :

Dicotiledônea C60 de 1a categoria;

Local da estrutura : Belém-PA;

Seção 7,5 cm x 15 cm de madeira serrada;

Parafusos de diâmetro 16 mm e de aço MR 250;

G = 3 kN = permanente de grande variabilidade;

Q = 1 kN = sobrecarga em cobertura.
G,Q

Det. A
•Solução:
Utilizando o método de Ritter para determinação dos esforços na linha

G
G
G d
G c
b
a e f g NG
Va=9G/2=4,5G

M  0
d

 4,5.G.3,75 – G.(1,25 + 2,50 + 3,75) - NG.0,75.1,50 = 0


NG = 9,375.G/1,125 = 9,375.3/1,125 = 25 kN

NQ = 9,375 Q/1,125 =9,375.1/1,125= 8,33 kN

Nsd = 1,4.NG + 1,4.NQ = 1,4.(25 + 8,33) = 46,662 kN

 df = d + 0,5 = 16 + 0,5 =16,5 mm

Af = t.df =7,5x1,65 =12,375 cm2


Seção reta:

Awn = Aw – n.Af = 7,5.15 – 2.12,375 = 87,75 cm2 

Seção ziguezague:

Awn = Aw - Af .{1 +(n-1).[(4/3)-(s/g)]} =112,5 12,375.{1+2.[(4/3)-(6/5)]} = 96,82cm2

Resistencia dos parafusos


fed 227,27
βlim  1,25   1,25   3,84
t 2 7,5 fed 24
t   3,75
2 2    lim (Embutimento na madeira)
t 3,75
β   2,34 t2 3,75 2
d 1,6 Rv,d  2  0,40  fed  2  0,40   2,4 
β 2,34
fe0,d  fc0,d  24 MPa
 11,53 kN
fyk 250
fyd    227,27 MPa NRd  5  Rv,d  5 11,53  57,65 kN  Nsd 
γs 1,1
 46,26 kN Ok!
4) Dimensione o montante mais solicitado da treliça abaixo, para madeira de
conífera C30 de 2a categoria, para região de classe 4 de umidade,
admitindo seção retangular de madeira serrada obedecendo a relação
h=2b e as disposições construtivas da NBR-7190/97.
G = 0,60 kN = Permanente de grande variabilidade
Q = 0,75 kN = Sobrecarga em cobertura
W = 1,20 kN = Vento sobrepressão

G,Q,W

Det. B
Det. B

Solução:
Novamente usando o método das seções, encontra-se:
F  0
v

NG = 4.G = 4.0,60 = 2,40 kN

NQ = 4.Q = 4.0,75 = 3,00 kN

NW = 4.W= 4.1,20 = 4,80 kN


1,4  NG  1,4   NQ  0 ,5  NW   1,4  2 ,40  1,4   3 ,00  0 ,5  4 ,8   10 ,92 kN

Nsd  1,4  NG  1,4   0 ,75  NW  0 ,4  NQ   1,4  2 ,40  1,4   0 ,75  4 ,8  0 ,4  3 ,0 
 10 ,08 kN

kmod = kmod1.kmod2.kmod3 = 0,7.0,8.0,8 = 0,45
fc0,k 30
ft0,d  fc0,d  k mod   0,45   9,64 MPa
γ wc 1,4
Nsd 10,92
Awn    11,32 cm 2  seção mínima : 5x10
fto,d 0,964
d f  d  0,5  16  0,5  16,5 mm  Af  t  d f  5 1,65  8,25 cm 2
Awn  Aw - 2Af  50  2  8,25  33,5 cm 2  11,32 cm 2 Atende!
L  12 80  12
λ   55,4  173 OK!
t 5
Exercícios Propostos
1) Dimensionar a barra 1-10 da treliça da figura a seguir, considerando:
a) Dicotiledône classe C-40, classe de umidade 2, madeira de 1a categoria,
16,0 mm e fyk =250 MPa;
b) Peso próprio (telhas, madeiramento e aço das ligações) NPP= 40 kN;
c) Peso de água absorvido pelas telhas NAT= 12 kN;
d) Vento de pressão NVP = 32 kN;
e) Vento de sucção NVS = - 10 kN;
f) Considerar seção simples com base de 5cm e no máximo 3 parafusos
tanto para seção reta quanto zigue-zague.
2,06
5
2,06
4 6
2,06
3 7

1,9
2,06
2 8
9
1
10 11 12 13 14 15 16

2 2 2 2 2 2 2 2

(Dimensões em metros)
2) Verificar se a barra tracionada de uma treliça de seção 10 cm x 25 cm e
comprimento L=350cm, dicotiledônea C40, atende os requisitos da NBR
7190/97 em relação aos estados limites últimos e de utilização. As
ações de tração são: NP = 90kN (permanente), NV = 60kN (vento) e NS =
40kN (sobrecarga de manutenção). A ação permanentes é de grande
variabildade, o ambiente em que a estrutura será empregada está
protegido das intempéries, a madeira é de 1ª categoria, o diâmetro dos
parafusos é  = 12,5mm e as menores projeções paralela e normal às
entre linhas de parafusos são S = 6cm e G = 4cm, respectivamente.

Cobrejunta
metálica
Exercícios: Exemplo de Sala de Aula
1) Verificar se a barra de uma treliça submetida aos esforços de tração de N G
= 360kN (ação permanente), NSB = 180kN (sobrecarga em piso de biblioteca)
e NSM = 130kN (sobrecarga de manutenção) atende os requisitos da NBR
7190/97 em relação aos E. L. Últimos e E. L. de Utilização, considerando:
•A seção é simples de 15cm x 50cm em MLC, figura;
•Ação permanente de grande variabilidade;
•A estrutura estará devidamente protegida e revestida;
•Dicotiledônea C40, p = 16,0mm, s = 7cm e g =3,5cm.
Exercícios: Exemplo de Sala de Aula
2) O Banzo Inferior de uma treliça de sustentação de piso de oficina é
submetido aos esforços de tração de 550 KN devido às ações permanentes
e de 300 KN devido a sobrecarga de piso de oficina. Verifique se a seção
dupla de 15 cm x 45 cm,figura , atende as exigências da NBR 7190/97 e
determine o comprimento máximo que a barra pode ter, considerando:
a) Classe de umidade 2 e ação permanente de grande variabilidade
b) Parafuso = 25 mm e fyk = 260 MPa
c) MLC é de conífera C30 e a cobrejunta é de dicotiledônea C60.
Cobrejunta
Exercícios: Exemplo de Sala de Aula
3) Verificar se a barra de uma estrutura treliçada (figura) submetida aos
esforços de tração de NG = 600kN (ação permanente), NS = 400kN (sobrecarga
de piso de oficina) atende a NBR 7190/97 em relação aos estados limites
últimos e de utilização, considerando:
- Seção tripla 3 x 15cm x 45cm (C40) e a cobrejunta 2 x 18cm x 45cm (C60);
- Cobrejunta e seção tripla de madeira de 1ª categoria, ação permanente de
grande variabilidade, estrutura devidamente protegida e revestida;
- O diâmetro do parafuso 16,0mm, s e g indicados na figura;
Cobrejunta

Cobrejunta 7,6

2,85
Cobrejunta 7,6
45

2,85
45
5,7

5,7
15 18 15 18 15 15 60,8 15 15 60,8 15

15

Ng = 600 KN
Ns = 400 KN
15 18 15 18 15 15 60,8 15 15
15
15
5
Cobrejunta

Cobrejunta 7,6

2,85
45

5,7

15 18 15 18 15 15 60,8 15 15 60,8 15
15

Ng = 600 KN
Ns = 400 KN
15
15
brejunta 7,6

2,85
5,7

15 60,8 15 15 60,8 15

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