Animaao em Lares e Centros de Dia Corrigido

Fazer download em pptx, pdf ou txt
Fazer download em pptx, pdf ou txt
Você está na página 1de 122

Animação

em Lares e Centros de Dia

Susana Tamagnini
Introdução ao módulo

O desenvolvimento de atividades de lazer têm vindo


atualmente a revelar-se, como um fator essencial à vida e
quotidiano do individuo, sendo transversal a sua importância
independentemente da idade, nível de atividade ou grau de
limitação que aquele comporte.
Os benefícios do lazer para o individuo associam-se desde logo ao
aumento da qualidade do estado de espirito que, por sua vez,
minimiza os efeitos decorrentes do processo de envelhecimento,
muitas vezes, encarados com alguma dureza, mesmo que
inconscientemente.
O lazer parece não fazer parte das prioridades da pessoa idosa,
uma vez que, não foi ainda vivenciado e por isso existe uma
resistência natural, que acontece em várias dimensões da vida
do individuo.
Através de atividades espontâneas e naturais podemos
compreender melhor a relação entre o idoso e o lazer, percebendo
também a influência das mesmas sua autorrealização e melhoria
da qualidade de vida.
Objetivos

Objetivo geral
- Desenvolver atividades de animação/ocupação de tempos de lazer
para idosos.
Objetivos

Objetivos específicos
- Reconhecer a importância da comunicação com a pessoa idosa.
- Reconhecer a importância da animação nas atividades com idosos.
- Identificar e reconhecer tempos de lazer e de ócio;
- Identificar e organizar instrumentos e técnicas específicas na área
da animação de idosos.
- Planificar atividades de lazer na área da animação de idosos.
- Reconhecer a importância da socioterapia como forma integradora
da pessoa idosa.
Conteúdos

- Introdução à Animação de Idosos

Breve abordagem ao conceito e objetivos


• Perfil do Animador
• Papel do Animador nos Lares e Centros de Dia
Conteúdos

- Velhice e Envelhecimento
• Conceitos e análise
• Fatores biológicos, psicológicos e sociais
associados ao processo de envelhecimento
• Direitos e Valores
Conteúdos
– Envelhecimento ativo

• Fatores sociais e ambientais


• Lazer e Ócio
• O lazer na prespetiva do idoso
Conteúdos
- Animação em Lares e Centros de Dia

Técnicas de animação para idosos


• Técnicas de Animação de grupos
• Motivação
• Dinâmica de grupos
• Avaliação da aplicação das técnicas
• Elaboração de um guião de entrevista
Conteúdos
- Os idosos e as atividades de lazer nos
Lares e Centros de Dia
• Atividades na Instituição – Planificação e
participação
• Atividades no Exterior – Socioterapia

- Avaliação das competências adquiridas


Introdução à Animação de Idosos

Conceito e Objetivos
Introdução à Animação de Idosos

Conceito

A animação de idosos define-se, de uma forma


geral, na forma de agir no âmbito das dimensões
do desenvolvimento físico, mental e afetivo da
pessoa idosa, promovendo a sua qualidade de
vida.
Introdução à Animação de Idosos

A animação de idosos representa assim, um conjunto de

ações que visam facilitar o acesso a uma vida mais ativa e


criadora, que permita melhorar as relações e comunicação

com os outros, assim como, a sua participação e


integração na comunidade, desenvolvendo desta forma

competências pessoais que favoreçam a autonomia do


individuo.
Introdução à Animação de Idosos
Para Jacob (2007, p.31) a animação de idosos define-se como,

“(…)a maneira de atuar em todos os campos do


desenvolvimento da qualidade de vida dos mais velhos,
sendo um estímulo permanente da vida mental, física e
afetiva da pessoa idosa.”.
Introdução à Animação de Idosos

Hervy (2001, p.31) refere que,

“A importância da animação social das pessoas mais velhas é


facilitar a sua inserção na sociedade, a sua participação na
vida social e, sobretudo, permitir-lhes desempenhar um papel,
inclusive reativar papéis sociais.”
Introdução à Animação de Idosos

Objetivos:

- Promover a inovação e novas descobertas;


- Valorizar a formação ao longo da vida;
- Proporcionar uma vida mais harmoniosa, atrativa e dinâmica
com a participação e envolvimento do idoso;
- Incrementar a ocupação adequada do tempo livre para evitar
que o tempo de ócio seja alienante, passivo e despersonalizado.
- Rentabilizar os serviços e recursos comunitários para
melhorar a qualidade de vida do idoso.
- Valorizar as capacidades, competências, saberes e cultura do
idoso, aumentando a sua autoestima e autoconfiança.
Introdução à Animação de Idosos
Existem algumas regras fundamentais:

1. Perguntar-lhes o que gostam de fazer e querem fazer;


2. Não desistir de trabalhar com eles mas ao mesmo tempo não
insistir demasiado;
3. Tentar realizar as atividades no mesmo horário, não alterando
muito as rotinas;
4. Muitos dos jogos para crianças e jovens podem ser adaptados aos
idosos;
5. Ser paciente e alegre;
Introdução à Animação de Idosos
6. Que seja do interesse dos participantes para poder contar com a máxima
atenção;
7. Que desenvolva a sociabilidade e seja adequada à idade com a qual
estamos a trabalhar;
8. Que trace metas exequíveis em recursos e tempo;
9. Que desenvolva a iniciativa pessoal e grupal;
10. Que envolva a todos no projeto, no qual desde o início se delegarão
responsabilidades, autoridade e direção da atividade;
11. Que se desenvolva em local adequado, significando isto, livre de
distrações, com iluminação, assentos suficientes e espaço adequado para a
aplicação das técnicas, com boa acústica e ventilação.
Introdução à Animação de Idosos

Perfil do Animador
Introdução à Animação de Idosos
• Perfil do Animador

O Animador Social, Cultural, Sociocultural ou Socioeducativo é um


profissional que organiza, coordena e/ou desenvolve atividades de
animação e desenvolvimento sociocultural com grupos e comunidades,
inseridas em estruturas ou respostas sociais geridos pela administração
local e/ou serviços públicos ou privados de carácter educativo, social e
cultural.
Introdução à Animação de Idosos
• Perfil do Animador

Deve possuir características que promovam:

1. Entusiasmo – adquirir estratégias de motivação, estimulando os idosos para a


participação;
2. Empatia – demonstrar compreensão, interesse e atenção às sugestões, dúvidas ou
curiosidades dos idosos; ter a capacidade de se colocar/tentar colocar no lugar do
outro;
3. Atitude construtiva - demonstrar seriedade no desenvolvimento do seu trabalho,
apresentando/aceitando críticas construtivas e positivas, no sentido de o melhorar;
4. Resiliência e Flexibilidade – demonstrar capacidade adaptativa em situações adversas,
de mudança, de maior desafio, por forma a superar obstáculos e/ou frustrações;
Introdução à Animação de Idosos
5. Planeamento e Organização – capacidade de planear e preparar as
atividades com antecedência; organizar/adequar os espaços às mesmas;
6. Criatividade - possuir um vasto conhecimento de jogos e atividades
adequadas a cada grupo;
7. Comunicação assertiva – possuir capacidade de comunicação clara e
objetiva, adequada e percetível por todo o grupo, nomeadamente, na
apresentação e descrição das atividades/jogos a desenvolver;
8.Cooperação/Participação – capacidade de observação/ação/participação;
observação do grupo/ação ou execução da atividade/participação na
mesma enquanto membro do grupo.
Introdução à Animação de Idosos

Papel do Animador
Introdução à Animação de Idosos
• Papel do Animador nos Lares e Centros de Dia

Ao animador compete apresentar propostas e sugestões de atividades que


criem movimento e dinâmica no grupo e instituição. Para isso, é
importante que enquanto agente social e de mudança, o animador crie
mecanismos que desenvolvam no grupo interesses comuns e / ou
diversificados, que se complementem, para que possam ser criadas ações
que privilegiem de forma livre e voluntaria o desenvolvimento pessoal e
coesão do grupo.
Introdução à Animação de Idosos
• Papel do Animador nos Lares e Centros de Dia

O animador deve definir programas e atividades


recreativas, culturais e/ou desportivas adequadas
às características do grupo, visando assim,
estimular as capacidades cognitivas, físicas e
emocionais de cada um.
Introdução à Animação de Idosos
• Papel do Animador nos Lares e Centros de Dia

No âmbito do seu trabalho no terreno, ou seja, trabalho


direto com o grupo, no contexto institucional,
compreendemos que o animador de idosos acaba por
desempenhar outros papéis, que muitas vezes vão além
do desenvolvimento de atividades.
Introdução à Animação de Idosos
• Papel do Animador nos Lares e Centros de Dia

Neste sentido, e num contexto em que a exigência emocional


é elevada, o animador pode por vezes, desempenhar um
papel de ouvinte, confidente e “amigo”, …alguém com quem
os idosos acabam por sentir maior proximidade e desta
forma, por criar laços de confiança e/ou identifica-lo como
pessoa de referencia, na sua vida e /ou na própria instituição.
Introdução à Animação de Idosos

A intervenção na área da animação de idosos, assim como na


animação de uma forma geral, dirige-se ao trabalho
desenvolvido com grupos, contudo pode desenvolver-se
também, com o individuo de forma isolada, dependendo dos
objetivos e da situação em que este se encontre.
Introdução à Animação de Idosos

O animador deve identificar as necessidades, definir objetivos


e determinar a metodologia de intervenção para trabalhar o
individuo (ex. se na instituição existir um único idoso que
goste de ler, deve-se promover a atividade de leitura).
Velhice e Envelhecimento
Velhice e Envelhecimento
• Conceito e análise

A conceção de velhice humana sustenta-se na perceção empírica dos


sinais exteriores que têm tradução na componente física do humano, seja
ela o aspeto (ex. ficar com rugas; ficar curvado; ter cabelos brancos; ter
dificuldades de visão;…), ou a limitação das capacidades (ex. perder a
agilidade; ter dificuldade a andar e ser lento;…), ou na componente
mental (ex. esquecimentos; perda de memória; diminuição de forças
intelectuais;…).
Velhice e Envelhecimento
• Conceito e análise

É esta dimensão do envelhecimento como algo que


se passa no corpo e na mente que é imediatamente
identificada pelos discursos como a primeira imagem
associada ao conceito de velhice.
Velhice e Envelhecimento
• Conceito e análise

A conceção de velhice associa-se à partida, à idade do individuo,


identificando-a com o processo de envelhecimento inevitável e com a
diminuição de capacidades físicas e mentais, que vão sendo
manifestadas pelo organismo e acompanhadas muitas vezes, pela noção
social do aumento da probabilidade de adoecer como um processo
inerente ao envelhecimento.
Velhice e Envelhecimento
• Conceito e análise

A idade pode ter várias dimensões:

Cronológica;
Biológica;
Funcional;
Psicológica;
Velhice e Envelhecimento
• Conceito e análise

Dimensão Cronológica - Tempo que decorre desde o


nascimento até à morte;

Dimensão Biológica - Refere-se aos diversos


níveis de maturidade física;
Velhice e Envelhecimento
• Conceito e análise

Dimensão Funcional - Conjunto de indicadores que


permitem compreender como se podem criar condições para
um envelhecimento satisfatório;

Dimensão Psicológica - Capacidade de adaptação do


comportamento, associado à evolução dos processos
cognitivos e emotivos.
Velhice e Envelhecimento
• Conceito e análise

O envelhecimento é um processo dinâmico e progressivo, com


modificações morfológicas, funcionais, bioquímicas e psicológicas que
determinam perda da capacidade de adaptação do individuo ao meio
ambiente ocasionando maior vulnerabilidade e maior incidência de
processos patológicos que terminam por levá-lo à morte.
Velhice e Envelhecimento
• Conceito e análise

Não existe uma idade específica que transforme


o individuo num idoso, embora esta se
estabeleça frequentemente nos 67 anos, por ser
a idade habitual da reforma.
Velhice e Envelhecimento
• Conceito e análise

Diversos autores defendem a divisão do processo de envelhecimento em


três componentes:

- o envelhecimento biológico;
- o envelhecimento social;
- o envelhecimento psicológico.
Velhice e Envelhecimento
• Conceito e análise

Ao longo do processo de envelhecimento, as capacidades de


adaptação do individuo vão diminuindo, tornando-o cada vez
mais sensível aos fatores ambientais que o rodeiam que,
conforme as restrições implícitas ao seu funcionamento,
podem ser um elemento facilitador ou um obstáculo para a
sua vida.
Velhice e Envelhecimento
• Conceito e análise

Com a diminuição progressiva das suas capacidades, principalmente a


nível físico, o idoso vai alterando os seus hábitos e rotinas diárias,
substituindo-as por ocupações e atividades que exijam um menor grau
de esforço e / ou atividade.
Velhice e Envelhecimento
• Conceito e análise

A diminuição de atividade (ou mesmo inatividade) pode resultar em


consequências, como:
- Redução da capacidade de concentração, coordenação e reação;
- Autodesvalorização;
- Diminuição da autoestima;
- Apatia;
- Desmotivação;
- Solidão;
- Isolamento social;
- Depressão.
Velhice e Envelhecimento
• Conceito e análise

Quando as pessoas envelhecem os défices de funcionamento físico e


mental são frequentemente compensados pela sua maior sabedoria,
decorrente da experiência de vida.

O envelhecimento está também associado à acumulação de


competências e amadurecimento progressivo de questões e desafios,
que para as gerações mais novas ainda são vistos como obstáculos
muitas vezes intransponíveis.
Velhice e Envelhecimento
• Conceito e análise

Assim…

… o envelhecimento prossupõe o alcance de um nível de


experiência, maturidade, dignidade e compreensão acerca do
mundo que nos rodeia, de forma elaborada e integrada num

crescimento pessoal interno, construído pela história de


vida de cada um.
Velhice e Envelhecimento
• Fatores biológicos, psicológicos e sociais associados ao
processo de envelhecimento

Segundo Schroots e Birren (1980) (cit in Paúl, s.d.) o processo de


envelhecimento desenvolve-se em três áreas fundamentais:

- biológica;
- psicológica;
- social.
Velhice e Envelhecimento
• Fatores biológicos, psicológicos e sociais associados ao
processo de envelhecimento

- O processo de envelhecimento biológico, que resulta das mudanças


operadas no organismo devido aos efeitos da idade avançada,
fazendo com que o indivíduo perca a capacidade de manter o equilíbrio e
diminuindo as funções fisiológicas. É importante separar o envelhecimento
de doença, pois existem transformações nesta fase da vida que não devem
ser consideradas como patológicas (por exemplo, as rugas).
Velhice e Envelhecimento
• Fatores biológicos, psicológicos e sociais associados ao
processo de envelhecimento

- O processo de envelhecimento psicológico, que está associado à

diminuição e alteração de faculdades psíquicas que


podem resultar em dificuldade de adaptação a novos papéis, em falta de
motivação e dificuldade de planear o futuro, em perdas orgânicas, afetivas e
sociais, em baixa autoimagem e autoestima e em dificuldade de adaptação a
mudanças rápidas, no entanto, sempre que trabalhadas, a inteligência e a
capacidade de aprendizagem podem continuar a progredir.
Velhice e Envelhecimento
• Fatores biológicos, psicológicos e sociais associados ao
processo de envelhecimento

- O processo de envelhecimento social, que é relativo a mudanças


nos papéis sociais no contexto em que o indivíduo está inserido,
que coincidem com as expectativas da sociedade para este nível etário,
algo que se pode tornar complicado de gerir, uma vez que, o idoso se
confronta diariamente com ideias pré-concebidas e erradas sobre a
velhice.
Velhice e Envelhecimento
• Direitos e Valores

O confronto com uma institucionalização é determinado,


normalmente, por um momento psicologicamente “violento” e
de sofrimento emocional, em que o individuo experiencia
sentimentos, que considera de abandono por parte da família,
mesmo que não sejam efetivamente reais, podendo ainda ficar
fragilizado psicologicamente e sofrer de depressão.
Velhice e Envelhecimento
• Direitos e Valores

Trata-se de uma mudança que requer uma reorganização


profunda, tanto a nível interno (psicológico e emocional)
como ao nível externo (nova casa, novas regras), que nem
sempre é aceite pelo idoso e gera atitudes de resistência,
conflito e revolta.
Velhice e Envelhecimento
• Direitos e Valores

A transição de um modo de vida independente - na comunidade


- para um modo de vida dependente - numa instituição - implica
em muitos casos perda de autonomia e liberdade,
comprometendo assim, os objetivos e interesses pessoais de
cada um.
Velhice e Envelhecimento
• Direitos e Valores

O suporte afetivo e psicossocial que o ligava ao mundo exterior


pode em muitos casos diminuir com a institucionalização da

pessoa idosa, pelo que a animação de idosos deve

salvaguardar os seus direitos implicando-os no processo de


acolhimento e integração, com base no respeito das suas
escolhas, privacidade e participação ativa.
Velhice e Envelhecimento
• Direitos e Valores

A animação de idosos obedece aos direitos da pessoa idosa:

• Direito à privacidade e intimidade


• Direito à escolha do seu futuro
• Direito à satisfação das suas necessidades básicas
• Direito à individualidade e confidencialidade
• Direito a entrar ou sair de uma instituição
Envelhecimento ativo
Envelhecimento ativo
• Fatores sociais e ambientais

Envelhecimento ativo  é o processo de otimização das


oportunidades para a saúde, participação e segurança,
para melhorar a qualidade de vida das pessoas que
envelhecem. 
Organização Mundial de Saúde (OMS)
Envelhecimento ativo
• Fatores sociais e ambientais

O termo envelhecimento ativo foi adotado pela OMS, no final dos anos 90,
e procura transmitir uma mensagem mais abrangente do que a designação
envelhecimento saudável, reconhecendo que, para além dos cuidados com
a saúde, existem outros fatores que afetam o modo como os indivíduos e
as populações envelhecem.
Envelhecimento ativo
• Fatores sociais e ambientais

O conceito de envelhecimento ativo aplica-se tanto a


indivíduos quanto a grupos populacionais e permite que as
pessoas percebam o seu potencial para o bem-estar físico,
social e mental ao longo do curso da vida e inclui a
participação ativa dos idosos nas questões económicas,
culturais, espirituais, cívicas e na definição das políticas
sociais.
Envelhecimento ativo
• Fatores sociais e ambientais

O objetivo do envelhecimento ativo…


- aumento da expectativa de uma vida saudável e da
qualidade de vida.

Donald (1997) formulou cinco categorias gerais, que definem a qualidade


de vida dos idosos:

Bem-estar físico
Relações interpessoais
Desenvolvimento pessoal
Atividades recreativas
Atividades espirituais e transcendentais
Envelhecimento ativo
• Fatores sociais e ambientais

Bem-estar físico: conforto ao nível material, de saúde, higiene e de segurança.


Relações interpessoais: relações com familiares, com os amigos e a participação na
comunidade.
Desenvolvimento pessoal: oportunidades de desenvolvimento intelectual,
autoexpressão e empowerment.
Atividades recreativas: socialização e entretenimento passivo e ativo.
Atividades espirituais e transcendentais: atividades simbólicas, religiosas e o
autoconhecimento.
Envelhecimento ativo
• Lazer e Ócio

A palavra lazer deriva do latim: licere, ser lícito, ser permitido.

O tempo de lazer é caracterizado como um conjunto de ações e/ou ocupações


livres às quais o indivíduo pode entregar-se de forma voluntária e que
consistem em momentos prazerosos de repouso, diversão, recreação e
entretenimento.
Envelhecimento ativo
• Lazer e Ócio

O tempo de ócio é considerado como um tempo livre, com a particularidade


de ser um tempo de descanso, proporcionado ao individuo para não fazer
nada, sendo por isso, um tempo que é ocupado por momentos de
relaxamento e “preguiça”, caracterizado por um estado de inércia física e/ou
intelectual.
Envelhecimento ativo
• Lazer e Ócio

No contexto da animação de idosos, podemos


dizer que o lazer é a ocupação de tempos de
descanso através de estímulos agradáveis de
emoções, combinados com um elevado grau de
escolha individual por parte de quem o vivencia.
Envelhecimento ativo
• O lazer na prespetiva do idoso

Na prespetiva do idoso o tempo de lazer é


maioritariamente considerado como tempo de ócio, ou
seja, um tempo de “vazio” que à partida resistem que
possa ser preenchido com atividades, mesmo que
reconheçam poderem ser atividades prazerosas.
Envelhecimento ativo
• O lazer na prespetiva do idoso

O desenvolvimento de técnicas de animação


junto dos profissionais torna-se imperioso na

mudança do paradigma atual, no domínio da


animação em lares e centros de dia.
Animação em Lares e Centros de Dia

Técnicas de animação para idosos


Animação em Lares e Centros de Dia

Técnicas de animação para idosos


• Técnicas de Animação de grupos
• Motivação
• Dinâmica de grupos
• Avaliação da aplicação das técnicas
• Elaboração de um guião de entrevista
Animação em Lares e Centros de Dia
Técnicas de animação para idosos

• Técnicas de Animação de grupos

A intervenção do animador deve orientar-se pelo conhecimento do


grupo atendendo às suas capacidades e limitações, assim como, aos
seus desejos e interesses.
A aplicação de técnicas de animação junto dos idosos deve ser
cautelosa, organizada e estruturada.
Animação em Lares e Centros de Dia
Técnicas de animação para idosos

• Técnicas de Animação de grupos

Diferentes categorias da animação de idosos


1. Animação física ou motora
2. Animação cognitiva
3. Animação através da expressão plástica
4. Animação através da comunicação
5. Animação associada ao desenvolvimento pessoal e social
6. Animação lúdica
7. Animação comunitária
 
Animação em Lares e Centros de Dia
Técnicas de animação para idosos

• Técnicas de Animação de grupos

1. Animação física e motora - Implica a prática de exercícios de movimento


físico, através dos quais se trabalham aspetos relacionados com a
motricidade.

2. Animação cognitiva - Tem como principal objetivo estimular a memoria,


exercitando a atividade mental, no sentido de desenvolver as capacidades
cognitivas do individuo.
Animação em Lares e Centros de Dia
Técnicas de animação para idosos

• Técnicas de Animação de grupos

3. Animação através da expressão plástica - trabalha capacidades artística e através


exploração e experimentação de diferentes materiais. Permite trabalhar e estimular a
capacidade motora e cognitiva do idoso.

Algumas atividades de Expressão Plástica:


- Moldagem (de barro, plasticina, pasta de papel ou outro material)
- Bordados
- Pintura
- Desenho
- Colagem
Animação em Lares e Centros de Dia
Técnicas de animação para idosos

• Técnicas de Animação de grupos

4. Animação através da comunicação – Pretende-se estimular a capacidade


comunicativa, promovendo a inter-relação entre pares, através dos diferentes
tipos de comunicação: verbal e não-verbal.

Atividades de Expressão/Comunicação:
- Teatro – Dramatização – Dança – Prosa – Poesia – Fotografia – Canto
Animação em Lares e Centros de Dia
Técnicas de animação para idosos

• Técnicas de Animação de grupos

5. Animação associada ao desenvolvimento pessoal e social - O


desenvolvimento pessoal e social relaciona-se intimamente com o “eu” de
cada um.

O desenvolvimento pessoal implica conhecimento e reflexão sobre si próprio.


“O que faz parte de mim a pessoa que sou”; “O que sinto sobre mim
próprio”; “Sou capaz de identificar as minhas emoções” e por outro lado, de
que forma é que tudo isto influencia a minha relação com o outro e de que
forma eu identifico estas questões/emoções no outro.
Animação em Lares e Centros de Dia
Técnicas de animação para idosos

• Técnicas de Animação de grupos


6. Animação lúdica – Salienta a partilha de conhecimentos artes e saberes
explorados e construídos com e no grupo. Promove a aprendizagem e o
conhecimento de forma lúdica / a brincar, assim como, momentos de convívio
e lazer através de atividades como:
- Turismo sénior
- Jogos/dinâmicas
- Visitas culturais (museus, teatros, cinemas)
- Festas populares
- Gastronomia
Animação em Lares e Centros de Dia
Técnicas de animação para idosos

• Técnicas de Animação de grupos

7. Animação comunitária - Aquela em que o idoso participa ativamente no


seio da comunidade como elemento válido, ativo e útil.

Atividades comunitárias:
- Voluntariado
- Universidade sénior
- Dirigentes de instituições associativas
- Guias em museus e monumentos
Animação em Lares e Centros de Dia
Técnicas de animação para idosos
• Técnicas de Animação de grupos (outras atividades)

Atividades Gímnicas
- ginástica suave e criativa;
- atividade rítmicas e com música;
- danças populares e bailes;
- expressão corporal e mímica;
- atividades com material variado;
- trabalho de respiração e de relaxação;
- jogos e formas jogadas;
- passeios;
Animação em Lares e Centros de Dia
Técnicas de animação para idosos
• Técnicas de Animação de grupos (outras atividades)

Atividades Aquáticas
- aprendizagem;
- aperfeiçoamento;
- ginástica na água;
- jogos e formas jogadas;
Animação em Lares e Centros de Dia
Técnicas de animação para idosos
• Técnicas de Animação de grupos (outras atividades)

Atividades Complementares
- desportos alternativos;
- desportos com raquetes (ténis, badminton, ping-pong);
- jogos com bola;
- golfe e minigolfe;
- tiro com arco;
Animação em Lares e Centros de Dia
Técnicas de animação para idosos
• Técnicas de Animação de grupos (outras atividades)

Atividades na natureza
- marchas de orientação;
- jogos de orientação em ruas, jardins e parques;
- excursões;
- circuitos naturais;
- banhos de sol e agua;
- bicicleta;
- passeios à praia;
Animação em Lares e Centros de Dia
Técnicas de animação para idosos

• Motivação
Motivação do Latim movere (mover) refere-se em psicologia,
em etologia (especialidade da biologia que estuda o comportamento
animal) e em outras ciências humanas à condição do organismo que
influencia a direção ou orientação do comportamento, face a um objetivo.
Animação em Lares e Centros de Dia
Técnicas de animação para idosos

• Motivação

Trata-se de um impulso interno que leva a uma ação, sendo


frequentemente, no âmbito da psicologia da motivação, levantada
a questão sobre "o porquê do indivíduo se comportar de
determinada maneira".
Animação em Lares e Centros de Dia
Técnicas de animação para idosos

• Motivação

Se considerarmos que estão reunidas as condições necessárias para


que o indivíduo demonstre um bom desempenho das suas
competências na execução de uma determinada tarefa ou atividade,
o grau de eficácia dessa mesma tarefa depende exclusivamente do
seu nível de motivação interior.
Animação em Lares e Centros de Dia
Técnicas de animação para idosos
• Motivação
Cinco princípios da motivação:

 O individuo é motivado quando tem a possibilidade de realizar as suas


próprias ideias (estimulo, confiança, reconhecimento de competências,
…);
 O individuo é motivado sempre que o seu comportamento é avaliado
por apreciações válidas, sejam estas, positivas ou negativas
(oportunidade de melhorar, reconhecimento de capacidade em fazer
melhor,…);
Animação em Lares e Centros de Dia
Técnicas de animação para idosos
• Motivação
 Para que um indivíduo se motive de forma estável, ele tem que ser
estimulado diversas vezes (reconhecimento do esforço, da capacidade,
alento para continuar, …);
 Uma apreciação negativa do indivíduo ou de um comportamento que ele
não pode ou não sabe como modificar faz com que ele perca a motivação
(reforço de competências, visões alternativas, disponibilidade para
experimentar diferente,…);
 A maior fonte de motivação para o individuo é conseguir atingir com esforço,
um objetivo que ele determinou a si próprio (dedicação, empenho,
responsabilidade, corresponder às suas expectativas e às dos outros).
Animação em Lares e Centros de Dia
Técnicas de animação para idosos
• Motivação

Uma das principais teorias existentes sobre a motivação

humana é a Pirâmide das Necessidades de Maslow.


Animação em Lares e Centros de Dia
Técnicas de animação para idosos
• Motivação
Animação em Lares e Centros de Dia
Técnicas de animação para idosos
• Motivação

Na Pirâmide das Necessidades de Maslow, são apresentados cinco níveis de


necessidades do ser humano:
- a necessidade fisiológica;
- a necessidade de segurança íntima (física e psíquica);
- a necessidade de amor e relacionamentos (participação);
- a necessidade de estima (autoconfiança);
- a necessidade de autorrealização.
As necessidades fisiológicas e de segurança íntima são primárias, enquanto
as restantes são secundárias.
Animação em Lares e Centros de Dia
Técnicas de animação para idosos
• Motivação
A teoria de Maslow sustenta-se em dois princípios:
- a dominância e a emergência.

O princípio da dominância refere que, se uma necessidade básica não


estiver satisfeita, as restantes não têm força para dirigir o
comportamento;

O princípio da emergência refere que assim que uma necessidade é


satisfeita, surge imediatamente uma nova necessidade.
Animação em Lares e Centros de Dia
Técnicas de animação para idosos
• Dinâmica de grupos

A dinâmica de grupos consiste no estudo das interações e inter-relações


estabelecidas entre seus membros num determinado contexto real ou
recriado.

É uma prática experimental e participativa que deve adequar-se segundo as


características grupais e individuais de cada um.
Animação em Lares e Centros de Dia
Técnicas de animação para idosos
• Dinâmica de grupos

A intervenção através da dinâmica de grupo deve considerar os seguintes


aspetos:

- Participação pró-ativa no desenvolvimento do grupo;


- Nível de comunicação e capacidade de tomada de decisões em grupo;
- Nível de gestão de conflitos e resolução dos problemas;
- Constituição, estrutura e funcionamento do grupo;
Animação em Lares e Centros de Dia
Técnicas de animação para idosos
• Dinâmica de grupos

- Definição de objetivos do grupo;


- A interdependência entre os membros do grupo;
- Nível de coesão/união do grupo;
- Influencia dos fatores sociais no grupo;
- Nível de resistência à mudança do grupo;
- Processos de liderança no grupo.
Animação em Lares e Centros de Dia
Técnicas de animação para idosos
• Dinâmica de grupos

Tipos de dinâmicas de grupos


1. Dinâmicas de quebra-gelo
2. Dinâmicas de apresentação
3. Dinâmicas de integração
4. Dinâmicas de animação e relaxamento
5. Dinâmicas de capacitação
Animação em Lares e Centros de Dia
Técnicas de animação para idosos
• Dinâmica de grupos

1. Dinâmicas de quebra-gelo
- Ajuda a integrar e diminuir tensões no grupo, desinibindo as pessoas
para a participação;
- Permite que os participantes se movimentem e descontraiam;
- Ajuda a libertar e trabalhar as experiências do idoso em grupo;
- Promove a aproximação inicial do grupo.
Animação em Lares e Centros de Dia
Técnicas de animação para idosos
• Dinâmica de grupos
2. Dinâmicas de apresentação
- Contribui para que os elementos se conheçam através da apresentação uns aos
outros.
- Estimula a curiosidade e descoberta (quem sou, de onde venho, o que faço, como e
onde vivo, o que gosto, porque estou aqui...);
- Exige diálogo e genuinidade na partilha com o grupo;
- Primeiro impacto mais pessoal com o grupo;
- Fomenta a confiança e descontração no grupo;
- O momento para a apresentação, motivação e integração, pretende ser um momento
em que sejam utilizadas dinâmicas rápidas, de curta duração.
Animação em Lares e Centros de Dia
Técnicas de animação para idosos
• Dinâmica de grupos

3. Dinâmicas de integração
- Permite analisar o comportamento pessoal e de grupo;
- Possibilita a partilha de aspetos/situações mais aprofundadas acerca das relações
interpessoais do grupo;
- Permite trabalhar a interação, comunicação e inter-relação grupal;
- Facilita a auto perceção e a perceção do outro nas relações estabelecidas;
- Promove a comunicação entre pares, fomentando atitudes de compreensão,
tolerância e cooperação no grupo;
- Promove a consciencialização e reflexão comportamental.
 
Animação em Lares e Centros de Dia
Técnicas de animação para idosos
• Dinâmica de grupos

4. Dinâmicas de animação e relaxamento


- Permite minimizar/eliminar tensões físicas e mentais intrínsecas ao individuo,
através de exercícios de meditação e concentração;
- Facilita a partilha do espaço e do tempo com os pares;
- Promove reuniões grupais ativas e produtivas;
- Permite a aproximação dos indivíduos;
Animação em Lares e Centros de Dia
Técnicas de animação para idosos
• Dinâmica de grupos

5. Dinâmicas de capacitação
- Amplia a capacidade de escutar e observar;
- Dirigida para pessoas com alguma prática na área da animação de grupo;
- Facilita a comunicação e a perceção do envolvimento dos participantes na prática,
assim como, na realidade que os rodeia;
- Facilita a liberdade de expressão, exploração e participação genuína e livre de forma
colaborativa e integrada entre o animador e os participantes;
- Permite explorar temas e conteúdo que promovam a reflexão no grupo;
- São por norma, dinâmicas longas.
Animação em Lares e Centros de Dia
Técnicas de animação para idosos

• Avaliação da aplicação das técnicas

No processo de avaliação da aplicação das técnicas de

animação, consideramos os seguintes critérios: a eficácia, a

eficiência, a adequabilidade, a equidade e o impacto.


Animação em Lares e Centros de Dia
Técnicas de animação para idosos

• Avaliação da aplicação das técnicas

- a eficácia de uma atividade, permite ao animador perceber em que


medida os objetivos foram atingidos e as ações propostas, realizadas;

- a eficiência relaciona-se fundamentalmente com a avaliação do


rendimento técnico da ação e dos resultados obtidos face aos recursos
utilizados;
Animação em Lares e Centros de Dia
Técnicas de animação para idosos

• Avaliação da aplicação das técnicas


- a adequabilidade permite avaliar em que medida uma ação/ atividade foi
adequada face ao contexto e à situação na qual se pretendia intervir;

- a equidade avalia em que medida existiu igualdade de oportunidades de


participação de todos os intervenientes na ação/ atividade;

- o impacto, destina-se a avaliar em que medida a ação/atividade contribuiu


para a melhoria da situação, numa perspetiva de mudança.
Animação em Lares e Centros de Dia
Técnicas de animação para idosos
• Elaboração de um guião de entrevista

- Idade
- Profissão exercida
- Família/amigos
- Principais interesses
- O que fazia nos tempos livres/O que faz
nos tempos livres/O que gostaria de fazer
nos tempos livres
• Elaboração de um guião de entrevista

 Que idade tem?


 Qual a profissão que exercia?
 O que mais gostava de fazer quando não estava a trabalhar?
 Há quanto tempo frequenta esta instituição?
 Que familiares ou amigos costumam visitá-lo/a? Com que frequência? O
que faz com eles? 
 Como ocupa os seus tempos livres antes de frequentar a instituição?
 Como ocupa os seus tempos livres?
 Quais eram/são as suas atividades preferidas?
 Na sua opinião, qual e o principal problema dos idosos?
 Tem alguma sugestão que nos possa fazer acerca do apoio à 3ª idade?
Os idosos e as atividades de lazer nos
Lares e Centros de Dia
Os idosos e as atividades de lazer nos
Lares e Centros de Dia
• Atividades na Instituição - Planificação e participação

Grelha de atividade
      Recursos      
Atividade Objetivos Gerais Destinatários Humanos Materiais Local Data Parceiros

               
Exemplo: Exemplo: Exemplo: Exemplo: Exemplo: Exemplo: Exemplo: Exemplo:
Atividade 1              
Comemoração do Dia da Família - Privilegiar espaços de brincadeira entre gerações - Aberto à Técnicos / Auxiliares do - Papel de Cenário; - - Jardim da cidade - 15 de Maio - Câmara Municipal de
- Jogo das frases e dos abraços; - Promover espaços de interação e partilha entre comunidade Lar / Centro de Dia Material de pintura     ---
- Mural da família famílias da comunidade;   (tintas, canetas de feltro,   - JI; Lares de Idosos e
(desenho/pintura/Origami) - Elaborar um mural da família através da expressão lápis de cera, pinceis, Centros de Dia
plástica; recipientes, panos); -
Papel para Origami; -
Cola; - Tesouras

               
Atividade 2
 
 

               
Atividade 3
 
 
Os idosos e as atividades de lazer nos
Lares e Centros de Dia
• Atividades na Instituição - Planificação e participação

Cronograma de atividades
ATIVIDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Os idosos e as atividades de lazer nos
Lares e Centros de Dia
• Atividades na Instituição - Planificação e participação
Grelha de avaliação de atividade
     
Atividade Objetivos Avaliação
         
Eficácia Eficiência Adequabilidade Equidade Impacto
             
 
 
             
 
 
             
 
 
             
 
 
Os idosos e as atividades de lazer nos
Lares e Centros de Dia
• Atividades no Exterior
Socioterapia

A socioterapia é uma especialidade da sociologia que utiliza


diversas técnicas com fins terapêuticos, de desenvolvimento
pessoal e integração social. A socioterapia, destina-se a todos os
indivíduos, independentemente do sexo, idade, estado civil,
opção sexual, raça, estrato ou classe social, profissão, formação
académica, que necessitem de apoio terapêutico para viver
melhor em sociedade.
Os idosos e as atividades de lazer nos
Lares e Centros de Dia
• Atividades no Exterior
Socioterapia intervém em diversos grupos:

- Indivíduos com necessidades especiais;


- Indivíduos com incapacidade / limitações ao nível mental, físico, visual, motor, auditivo;
- Portadores da síndrome de down, paralisia cerebral, epilepsia, autismo;
- Dependentes de substâncias químicas (toxicodependentes);
- População de rua (sem abrigo);
- Pacientes portadores de doenças crónicas (bipolaridade; esquizofrenia;…)
- Infratores;
- Reclusos ;
- Idosos.
Os idosos e as atividades de lazer nos
Lares e Centros de Dia
• Atividades no Exterior
Socioterapia

No âmbito da animação de idosos, tem como principal objetivo incentivar


grupos de indivíduos a realizar atividades, em ambientes exteriores à
instituição, como são exemplo:
Atividades sociais
Trabalho produtivo e trabalho lúdico
Atividades intergeracionais
Programas de apoio comunitário
Atividades de carater preventivo
Os idosos e as atividades de lazer nos
Lares e Centros de Dia
• Atividades no Exterior
Socioterapia
Atividades sociais - Visitas a museus,
centros comerciais, hipermercados, praças,
exposições e/ou restaurantes.

Trabalho produtivo e trabalho lúdico -


Entre a recreação e o lazer existem algumas diferenças, contudo, a principal reside na
escolha das atividades a serem exercidas. Enquanto no lazer, por ser um termo mais
amplo, o indivíduo possui graus de liberdade para sua escolha, na recreação, as
atividades são impulsionadas naturalmente por causas internas, relacionadas com a
necessidade física, psicológica ou social.  
Os idosos e as atividades de lazer nos
Lares e Centros de Dia
• Atividades no Exterior
Socioterapia

Atividades intergeracionais:
•  Visitas de crianças e/ou jovens a instituições de
acolhimento de idosos;
• Visitas de idosos a instituições infantis e juvenis;
• Idosos e crianças e jovens interagem na mesma instituição.
Os idosos e as atividades de lazer nos
Lares e Centros de Dia
• Atividades no Exterior
Socioterapia
Programas de apoio comunitário
Combate à solidão nos idosos
• Um programa de voluntariado jovem que compreenda visitas domiciliárias com
carácter sistemático, e pequenas ajudas, como auxílio em deslocações programadas
(idas ao médico, à farmácia, passeios), pode solucionar alguns casos limite, em que o
isolamento compromete a qualidade de vida dos mais velhos.
 Programas para avós e netos
• Podem ser organizados por associações de pais, ou familiares, paróquias, ou outras, e
têm como objetivo estimular e promover as relações dentro das famílias. Também os
avós podem receber formação para desenvolver atividades de forma autónoma.
Os idosos e as atividades de lazer nos
Lares e Centros de Dia
• Atividades no Exterior
Socioterapia

Atividades de carater preventivo

O grupo etário dos idosos é provavelmente o mais heterogéneo de todos os


grupos populacionais, quer pelo amplo leque de idades das pessoas que dele
fazem parte, quer pela diversidade de situações de saúde/doença, que pode ser
bastante variável.
Os idosos e as atividades de lazer nos
Lares e Centros de Dia
• Atividades no Exterior
Socioterapia

As atividades preventivas podem desempenhar um


importante papel, ao nível da promoção da qualidade de
vida destes idosos, favorecendo a autonomia e
contribuindo para um adequado grau de conforto físico e
emocional.
Os idosos e as atividades de lazer nos
Lares e Centros de Dia
• Atividades no Exterior
Socioterapia

A intervenção ao nível da prevenção é fundamental, no


sentido de identificar e reconhecer os riscos e os perigos a
que os idosos possam estar expostos. Neste sentido, deve ser
uma intervenção estruturada e planeada, a fim de se
evitarem situações problemáticas, que se encontrem numa
fase remediativa ou reparadora do dano.
Os idosos e as atividades de lazer nos
Lares e Centros de Dia
• Atividades no Exterior
Socioterapia

A OMS identifica 3 níveis de prevenção:

Primária

Secundária

Terciária
Os idosos e as atividades de lazer nos
Lares e Centros de Dia
• Atividades no Exterior
Socioterapia

Prevenção primária – visa impedir o aparecimento de um problema de


saúde. Incide na prevenção da doença e na promoção e manutenção da
saúde. A prevenção primária permite ao indivíduo melhorar a sua
capacidade de atingir o nível ótimo de saúde.
Os idosos e as atividades de lazer nos
Lares e Centros de Dia
• Atividades no Exterior
Socioterapia

Prevenção secundária – tem como objetivo curar a doença, parar ou moderar a


sua progressão. Visa também descobrir e erradicar o processo patológico
através de medidas de detenção e despiste precoce.
Os idosos e as atividades de lazer nos
Lares e Centros de Dia
• Atividades no Exterior
Socioterapia

Prevenção terciária – permite diminuir as consequências e


repercussões de uma doença, retardar ou suspender a sua
progressão, mesmo que o problema persista.
“Qual seria a sua idade se você não soubesse
quantos anos tem?”
Confúcio

Vila Nova de Gaia, 2018

Você também pode gostar