Características Dos Seres Vivos

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CARACTERÍSTICAS DOS

SERES VIVOS
Os seres vivos e a matéria bruta possuem propriedades diferentes. Os

seres vivos são dotados

de um conjunto de características que não existem na matéria bruta

(sem vida). Abaixo, comparados à matéria bruta, os seres vivos

apresentam:

• Composição química mais complexa;

• Organização celular, que vai muito além da organização dos átomos

e das moléculas constituintes de toda matéria (viva ou bruta);


 Capacidade de nutrição, absorvendo matéria e energia do
ambiente para se desenvolver e manter suas funções vitais;

 Reações a estímulos do ambiente;

 Capacidade de manter seu meio interno em condições


adequadas, independente dos fatores externos, como calor
e frio;

 Crescimento e reprodução, originando descendentes


semelhantes;
 Capacidade de modificar-se ao longo do tempo,
através do processo de evolução, desenvolvendo
adaptações adequadas à sobrevivência.
Esse conjunto de características depende da
molécula de ácido nucléico, mais
particularmente do ácido desoxirribonucléico ou
DNA. É ela que determina os pontos comuns e
as diferenças entre os seres vivos que habitam
nosso planeta.
Composição Química

 Toda matéria existente no universo é feita de átomos.


No centro do átomo há partículas com carga elétrica
positiva, os prótons, e partículas sem carga elétrica,
os nêutrons. Girando com rapidez ao redor dessa
região central, encontramos os elétrons, com carga
elétrica negativa. Como o número de prótons é igual
ao número de elétrons, o átomo é eletricamente
neutro.
A principal diferença entre dois átomos está no
número de prótons. Esse número é chamado número
atômico e identifica cada tipo de átomo. Assim, todos
os átomos de hidrogênio têm um próton em seu
núcleo (número atômico 1); todos os átomos de
carbono têm seis prótons (número atômico 6) e assim
por diante.O número atômico explica as diferentes
propriedades físicas e químicas de cada átomo.
 Visão simplificada de três átomos: o átomo de
hidrogênio, o átomo de carbono e o átomo de oxigênio.
O átomo de hidrogênio é o mais simples: possui apenas
um próton e um elétron.

Lembrete : esquemas de átomos são sempre modelos, já que, devido ao seu minúsculo tamanho, não se pode ver o interior do átomo.
Os átomos se ligam uns aos outros e formam as
moléculas. A molécula da água, por exemplo, é
formado por dois átomos de hidrogênio ligados
a um átomo de oxigênio. A força que mantém os
átomos unidos é chamada ligação química.
 Na matéria bruta, os átomos estão agrupados em compostos

relativamente simples, formando as substâncias inorgânicas

(também chamadas substâncias minerais), como a água, vários

sais e gases e os cristais de rocha. Nos seres vivos, além de

substâncias inorgânicas encontramos substâncias orgânicas.

 As substâncias orgânicas são formadas por átomos de carbono

que se unem, podendo formar longas cadeias contendo outros

átomos, como os de oxigênio, nitrogênio e, obrigatoriamente,

de hidrogênio.
A matéria viva apresenta composição química mais
complexa do que a matéria bruta: enquanto um grão
de areia é formado apenas por um tipo de substância
– a sílica –, uma bactéria, apesar de ser bem menor
do que um grão de areia, possui água, sais minerais
e diversas substâncias orgânicas, como proteínas,
açucares, gorduras, ácidos nucléicos, entre outras.
Em geral a composição da matéria viva é:

 Substâncias inorgânicas: água e sais minerais. 

 Substâncias orgânicas (possuem o carbono como

elemento principal): carboidratos, lipídios, proteínas,

ácidos nucléicos e vitaminas. 

 A composição química aproximada da matéria viva é de

75 a 85% de água; 1% de sais minerais; 1% de

carboidratos; 2 a 3% de lipídios; 10 a 15% de proteínas

e 1% de ácidos nucléicos.
Nutrição, Crescimento, Respiração e
Metabolismo:

Um organismo vivo é instável e frágil. As


proteínas e outras moléculas orgânicas
presentes no ser vivo se desgastam com o
tempo. A estrutura do ser vivo só pode ser
mantida à custa de uma substituição
permanente de suas moléculas e de muitas de
suas células.
A nutrição não só garante ao ser vivo a reconstrução

das partes desgastadas, mas também a formação de

novas células, durante o período de crescimento. Esse

crescimento, que se faz pela multiplicação de células no

interior do corpo, é chamado de crescimento por

intuscepção. Outra forma de crescimento é chamada de

crescimento por decomposição ou aposição, um

exemplo, é o cristal (matéria bruta) que pode crescer

pela adição de novas moléculas à sua superfície.


 Boa parte dos alimentos digeridos serve como fonte de energia para o

organismo. Várias moléculas orgânicas de alimento podem ser utilizadas

como combustível, mas é mais vantajoso para o ser vivo usar um açúcar,

a glicose.

A glicose (C6H12O6) é uma molécula orgânica e reage com o oxigênio

do ar (O2), transformando-se em gás carbônico (CO2) e água (H2O).

Nessa transformação, a molécula de glicose é quebrada, liberando

energia. Esta, por sua vez, é utilizada nas atividades do organismo, como

o movimento, a produção de calor, a transmissão de impulso nervoso ou a

construção de grandes moléculas orgânicas durante o processo de

reconstrução ou crescimento do corpo. Esse processo de quebra da

glicose chama-se respiração celular.


O organismo pode construir grandes moléculas formadoras

de partes de células – esse processo é chamado anabolismo

(ana = erguer), que são transformações de síntese ou

construção.E quebrar moléculas de alimento, obtendo

energia – processo denominado catabolismo (cata = para

baixo), que são transformações de análise ou decomposição.

O conjunto dos dois processos é chamado metabolismo


(metabole = transformar).
Nutrição Autotrófica e Heterotrófica:

Nutrição Autotrófica (auto = próprio; trofo = alimento):

 Realizada apenas pelas plantas, algas e por certas bactérias. O


organismo é capaz de produzir todas as moléculas orgânicas do seu
corpo a partir de substâncias inorgânicas que retiram do ambiente,
como o gás carbônico, água e sais minerais. O organismo vegetal
usa a energia do Sol, que é absorvida pela clorofila. Esse
fenômeno, chamado fotossíntese, produz substâncias orgânicas
para o organismo e libera oxigênio na atmosfera.
Nutrição Heterotrófica (hetero = diferente):

 Os animais, os protozoários, os fungos e a maioria das


bactérias não são capazes de realizar fotossíntese.
Esses seres precisam ingerir moléculas orgânicas
prontas.
Estímulos ao Ambiente
 Todos os seres vivos são capazes de reagir a estímulos
ou modificações do ambiente, ou seja, todos possuem
irritabilidade.
 Nos vegetais, as reações aos estímulos costumam ser
mais lentas do que nos animais, por exemplo, pelo
crescimento do caule em direção à luz ou pelo
crescimento das raízes em direção ao solo. Esse
fenômeno vegetal de irritabilidade é chamado tropismo.
 Em algumas plantas, como a sensitiva ou dormideira, a
reação pode ser mais rápida: um simples contato externo
provoca o fechamento das folhas em segundos. Esse
fechamento se deve à diminuição na pressão da água
existente numa dilatação na base das folhas. Mecanismos
semelhantes ocorrem com plantas carnívoras, que
capturam pequenos animais.
 Todos os seres vivos têm irritabilidade, mas só os animais
possuem sensibilidade. Sensibilidade é a capacidade de
reagir de diferentes formas aos estímulos ambientais.
 As formas que os seres vivos têm de reagir ao ambiente
são adaptativas, isto é, são formas que contribuem para a
sobrevivência ou a reprodução da espécie.
Homeostase
A propriedade do ser vivo de manter relativamente

constante seu meio interno é chamada homeostase. O

ser vivo não muda sua composição química e suas

características físicas.

 Com a homeostase conseguimos manter constantes,

por exemplo, a temperatura, a quantidade de água no

organismo e a concentração de diversas substâncias

presentes no corpo.
A homeostase é importante para a manutenção da
vida. Se o nosso ambiente interno mudar muito,
ficando, por exemplo, excessivamente quente ou
muito frio ou demasiadamente ácido, as reações
químicas podem parar e o indivíduo morre.
Reprodução e Hereditariedade
O ser vivo envelhece e morre, mas antes disso ele se
reproduz. Os filhotes são semelhante aos pais, esse
fenômeno chama-se hereditariedade.
 Quanto à reprodução, ela pode ser assexuada ou
sexuada.
O gene e o Controle das Características Hereditárias: a
reprodução e a hereditariedade dependem do DNA
(ácido desoxirribonucléico). O DNA se localiza em
filamentos chamados cromossomos, no interior das
células.
A estrutura conhecida como gene corresponde a um

segmento ou pedaço da molécula de DNA. Os genes

contêm as informações responsáveis pelas características

do indivíduo. O organismo dos seres vivos trabalha de

acordo com as ordens do DNA.


 As características de um organismo não dependem
apenas do DNA, o meio ambiente também é
importante. As características são o resultado de um
trabalho conjunto do gene e do meio ambiente.
Outra propriedade do DNA da qual a hereditariedade
depende é da sua capacidade de se duplicar, formando
cópias exatamente iguais.
 Reprodução Assexuada: nessa reprodução um
pedaço do corpo do ser vivo se separa, cresce e
origina um novo indivíduo.Na reprodução
assexuada, os decendentes recebem cópias iguais
do DNA do indivíduo original e,
conseqüentemente, possuem as mesmas
características
 Reprodução Sexuada: é o tipo de reprodução
realizada pela união de células especializadas, o
gameta. Na maioria dos casos, a produção de gametas
está ligada a uma diferença de sexo nos indivíduos
adultos: o sexo feminino, produz o gameta feminino
chamado óvulo; o sexo masculino, produz o gameta
masculino denominado espermatozóide.
 Nos vegetais os nomes são diferentes: o gameta

feminino é o oosfera, e o masculino é o anterozóide.

Quando ocorre a fecundação – união do

espermatozóide com o óvulo – forma-se o zigoto ou

célula-ovo. O zigoto se divide várias vezes formando

assim um novo indivíduo. Esse indivíduo possuirá

genes da mãe e do pai; suas características serão

resultado de uma combinação das características

paternas e maternas.
Evolução
 Mutação: o mecanismo de hereditariedade garante que os filhos

sejam semelhantes aos pais. Mas se esse mecanismo fosse infalível,

as espécies não se modificariam ao longo do tempo. As espécies

hoje existentes são resultantes de espécies que existiram no passado

e que sofreram transformações.Isso se deve, porque, às vezes, o

DNA produz cópias com erro, que pode ser causado tanto por uma

falha durante a duplicação, como pela exposição do organismo à

radiatividade ou a certos produtos químicos. Surge assim, uma

molécula-filha, diferente da original. Isto se chama Mutação;


 Seleção Natural: quando a mutação é vantajosa ela
tende a se espalhar pela população. Mas quando ela é
prejudicial ela fica rara e pode desaparecer. O processo
pelo qual o ambiente determina quais os organismos
com maior possibilidade de sobrevivência é chamado
de seleção natural. A idéia de seleção natural foi
desenvolvida pelo cientista Charles Darwin.
 As mariposas de Manchester: essas mariposas são
um caso clássico de seleção natural. Com o
escurecimento do tronco das árvores, depois da
instalação de fábricas próximas ao bosque, o
número de mariposas escuras aumentou. Hoje,
porém, com o controle da poluição na Inglaterra, os
troncos voltaram a ficar claros e o número de
mariposas brancas aumentou.
Adaptações de animais e plantas: Os vegetais
são organismos que se originaram de seres que
no passado tinham nutrição autotrófica. O
corpo ramificado das plantas, principalmente
árvores, com a grande superfície de folhas
funcionando como coletores de energia solas, é
uma adaptação ao modo autotrófico de vida.
 Já os animais são provenientes de seres que tinham nutrição
heterotrófica. O corpo compacto, os músculos e o sistema
nervoso e sensorial são adaptações que facilitam a busca de
alimento e o deslocamento do animal.

 Existem muitos organismos que não podem ser representados


como animais ou vegetais, pois se mantiveram parecidos
com os seres iniciais e não chegaram a desenvolver
estruturas típicas de animais e vegetais. Esses organismos
estão representados pelas bactérias, pelos protozoários, por
algumas algas e pelos fungos.

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