Segurança de Voo - PP

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Segurança de Voo

Jean Maffi
Definição
• De acordo com o DOC 9859 – Gerenciamento de
Segurança - da OACI:

• “Estado no qual o risco de prejudicar pessoas ou causar danos


em bens é reduzido a, é está mantido em ou abaixo de, um
nível aceitável, através de um processo continuo de
identificação de perigos e gerenciamento de riscos”
Autoridade Internacional
• OACI:
• Uma de suas missões é fomentar a segurança de voo através
da utilização de novas tecnologia, focando em estados
contratantes que tenham indicadores ruins.
• Como:
• Através de Procedimentos Padrões Recomendados (SARP’s);
• Anexos – Existem 19 anexos atualmente;
• Caso um Estado Contratante não estabeleça o SARP, deve enviar um
carta de diferenças;
• Anexo 13 – Investigação de Acidentes e Incidentes Aeronáuticos;
Autoridade Internacional

De acordo com a Legislação Internacional, os Estados


contratantes assumem as seguintes responsabilidades no que
diz respeito à segurança de voo:

• Eliminação das deficiências quanto à segurança de voo,


através de estudos, pesquisas e realizações de congressos,
simpósios, etc.
• Incorporação de progressos técnicos através da implantação
de equipamentos modernos e mais eficientes.
• Importância da revisão contínua dos regulamentos através da
aplicação de medidas mais atuais.
Anexo 13
• Documento da OACI que versa
sobre a investigação de
acidentes e incidentes
aeronáuticos;
• Serve de base para todas os
reguladores de aviação civil
internacional – Definições e
padronização para investigações
são apresentadas neste
documento e devem ser
seguidas.
Segurança de Voo - Brasil
Cronologia
• 1908 – Investigação do Acidente com balão tripulado pelo
tenente do Exercito Juventino Fernandes da Fonseca
• 1927 - Aviação Militar
- IPM: Inquérito Policial Militar
Aviação Civil
- IAA: Inquérito de Acidente Aeronáutico
• 1941 - Criação do Ministério da Aeronáutica e Inspetoria
Geral de Aviação; Adoção do Inquérito Técnico Sumário (ITS)
• 1965 - SIPAER (Serviço)- 1° PPAA da Aviação Brasileira
Cronologia
• 1966 - O Relatório de Investigação de Acidente Aeronáutico substitui o
Inquérito Técnico Sumário

• 1971 - SIPAER passa a sistema; criação do Centro de Investigação e


Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Decreto 69.565, de 19 de nov.)

• 1982 - Reorganização do SIPAER e Criação do Comitê Nacional de


Prevenção de Acidentes Aeronáuticos - CNPAA (Decreto 87.249).

• CENIPA  Autonomia Administrativa


SIPAER
Sistema de Investigação e Prevenção de
Acidentes Aeronáuticos
SIPAER

• O antigo Ministério da Aeronáutica, (hoje Ministério da


Defesa*, comando da Aeronáutica), com o objetivo de
desenvolver a segurança de voo no Brasil criou, em
1965, o SIPAER na forma de Serviço, transformando - o
em 1971 para a forma de Sistema, por ser uma forma
mais ampla de administrar.
SIPAER - Finalidade

• De acordo com o Art. 86 do Código Brasileiro da


Aeronáutica (CBAER):

“Compete ao Sistema de Investigação e Prevenção de


Acidentes Aeronáuticos planejar, orientar, coordenar,
controlar e executar as atividades de investigação e de
prevenção de acidentes.”
SIPAER – Competências

• Prevenir acidentes e incidentes aeronáuticos, que é


considerada a atividade principal.
• Investigar acidentes e incidentes aeronáuticos.
SIPAER - Filosofia
• Para poder se deslocar no meio ambiente, o homem necessita da
máquina. Tem se aí a tríade básica da atividade aérea: o homem, o
meio e a máquina.
• O homem pode conhecer o meio, mas não pode modificá-lo, a
máquina pode ser aprimorada, seja em sua concepção, construção,
manutenção ou operação, mas para isso, será preciso a presença do
homem, que é responsável por todas estas fases; por conseguinte,
devem ser dirigidos para o homem os esforços em busca da melhoria
e do aumento da segurança de voo.
• Conscientizá-lo de sua importância, doutrinando-o adequadamente
com a finalidade de motivá-lo para participar das atividades de
prevenção de acidentes, deve ser o objetivo de todas as pessoas que
labutam na aviação.
SIPAER - Filosofia

• De acordo com o artigo 87 do Código Brasileiro da


Aeronáutica (CBAER,86):

“a prevenção de acidentes aeronáuticos é da


responsabilidade de todas as pessoas, naturais ou
jurídicas, envolvidas com a fabricação, manutenção,
operação e circulação de aeronaves, bem como com as
atividades de apoio da infraestrutura aeronáutica no
território brasileiro.”
SIPAER - Princípios

• Todo o acidente resulta de uma sequência de eventos e


nunca de uma causa isolada;
• Todo acidente tem um precedente;
• Todo acidente pode (e deve) ser evitado;
• A prevenção de acidentes é uma tarefa que demanda
mobilização geral.
SIPAER - Princípios

• O propósito da prevenção de acidentes não é restringir


a atividade aérea; ao contrário, é estimular seu
desenvolvimento com segurança.
• Os Comandantes, Diretores, Chefes, etc. são os
principais responsáveis pelas medidas de segurança.
• Em prevenção de acidentes não há segredos, nem
bandeiras.
• Acusações e sanções atuam diretamente contra os
interesses da prevenção de acidentes.
SIPAER - Estrutura

• O Sistema de Investigação de Acidentes Aeronáuticos -


SIPAER é constituído de diversos órgãos SIPAER, 01
Comitê de Prevenção, de Elos Executivos e de
Elementos Credenciados.
SIPAER - Estrutura
SIPAER - Estrutura
SIPAER - Estrutura

• CENIPA - Centro de Investigação e Prevenção de


Acidentes Aeronáuticos. Órgão central do Sistema que
elabora as normas do SIPAER fundamentado nos
padrões contidos no Anexo 13 da OACI; O CENIPA,
Organização do Comando da Aeronáutica (COMAER),
criada em 1971. Tem como finalidade planejar,
gerenciar, controlar e executar as atividades que
estejam relacionadas à prevenção e investigação de
acidentes aeronáuticos.
SIPAER - Estrutura

• DPAA - Divisão de Prevenção de Acidentes


Aeronáuticos: setor pertencente às estruturas do
Comando Geral de Operações Aéreas (COMGAR); do
Comando Geral de Apoio (COMGAP); do Departamento
de Ensino da Aeronáutica (DEPENS) e do Comando
Geral de Tecnologia Aeroespacial (CTA). Atribuições -
Elaborar o PPAA e os Relatórios Anuais de Atividades de
sua organização, em conformidade com o estabelecido
na NSCA 3-3.
SIPAER - Estrutura

• SERIPA - Serviço Regional de Investigação e Prevenção


de Acidentes Aeronáuticos: organização do COMAER,
subordinada administrativamente ao COMAR (Comandos
Aéreos Regionais) em cuja área está sediada e, técnica e
operacionalmente, ao CENIPA, tendo sua estrutura
definida em regulamento e regimento interno próprio.
• Os SERIPAs foram criados em 5 de janeiro de 2007.
Atribuições Planejar, gerenciar e executar as atividades de
âmbito regional relacionadas à prevenção e investigação
de acidentes aeronáuticos, incidentes aeronáuticos e
ocorrências de solo, em sua área de jurisdição.
SIPAER - Estrutura

• SPAA - Seção de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos:


setor pertencente às estruturas dos COMAR; da
DIRMAB (Diretoria de Material Aeronáutico e Bélico); e
das FAE (Forças Aéreas). Atribuições - Orientar a
elaboração e fiscalizar a execução do PPAA e do Plano
de Emergência Aeronáutica em Aeródromo, quando
aplicável, pelas Unidades sob sua responsabilidade.
SIPAER - Estrutura

• SIPAA - Seção de Investigação e Prevenção de


Acidentes Aeronáuticos: setor pertencente às estruturas
das unidades aéreas, bem como das OM que sejam
sede de unidade aérea ou que possuam aeronave
orgânica. Atribuições - Elaborar, gerenciar a execução
e atualizar, em coordenação com os demais Elos-
SIPAER de sua área, o Plano de Emergência
Aeronáutica em Aeródromo (PEAA), o PPAA e o
Relatório Anual de Atividades (RAA) referentes à OM a
que pertença.
SIPAER - Estrutura

• CIAA - Comissão de Investigação de Acidentes


Aeronáuticos Grupo de Pessoas designadas para colher
informações, dados e itens que possam levar a uma
conclusão das causas do acidente bem como realizar
toda a investigação.
SIPAER – Elementos Credenciados

• Os Elementos Credenciados SIPAER são pessoas


qualificadas e credenciadas nos termos da
regulamentação do sistema, são eles:

• OSV / OSO – Oficial de Segurança de Voo / Oficial de


Segurança Operacional
• ASV / ASO – Agente de Segurança de Voo / Agente de
Segurança Operacional
• EC Prev. – Elemento Credenciado em Prevenção.
SIPAER – Elementos Credenciados
• OSV / OSO – Oficial de Segurança de Voo / Oficial de
Segurança Operacional:

• Pessoa militar, oficial das Forças Armadas ou auxiliares


que concluiu o Curso de Segurança de Voo nos seus
dois módulos (habilitado pelo CENIPA), habilitado para
realizar as atividades de investigação e prevenção de
acidentes e incidentes aeronáuticos.
SIPAER – Elementos Credenciados

• ASV / ASO – Agente de Segurança de Voo / Agente de


Segurança Operacional:
• Pessoa civil que concluiu o Curso de Segurança de Voo nos seus dois módulos
(habilitado pelo CENIPA), habilitado para realizar as atividades de
investigação e de prevenção de acidentes e incidentes aeronáuticos.
SIPAER – Elementos Credenciados
• EC Prev. – Elemento Credenciado em Prevenção:
• Pessoa (civil ou militar) que concluiu o Estágio de
Segurança de Voo habilitado pelo CENIPA para exercer
as tarefas de prevenção de acidentes e incidentes
aeronáuticos (Atividades educativas em sua
organização, participação em Vistorias de Segurança
Operacional, etc). NOTA: Os ASV/ASO e EC-PREV são
responsáveis pelos setores de prevenção de acidentes e
de incidentes aeronáuticos das organizações civis.
SIPAER – Elementos Credenciados

• Elemento Credenciado de acordo com a área de atuação


do profissional. Pessoa (civil ou militar) que concluiu o
Estágio de Segurança de Voo habilitado pelo CENIPA
para exercer as tarefas de prevenção e de investigação
específicas (dentro de sua área de habilitação). Em
função de sua área de atuação, cada profissional
formado como Elemento Credenciado terá uma
credencial específica, emitida de acordo com a sua
especialidade, assim como o estabelecimento das
tarefas que são de sua competência.
SIPAER – Elementos Credenciados

• -Elemento Credenciado – Fator Humano: EC-FHM,


relacionado ao âmbito da Medicina e EC-FHP, relacionado ao
âmbito da Psicologia.
• - Elemento Credenciado – Fator Material: EC-FM.
• - Elemento Credenciado Manutenção de Aeronaves: EC-MA.
• - Elemento Credenciado Controle do Espaço Aéreo: EC-
OSCEA; ECASCEA; EC-TSCEA.
• - Elemento Credenciado Atividades Aeroportuárias: EC-AA.
• - Elemento Credenciado Comissária de Voo: EC-CVO.
SIPAER - Elos

• Órgãos, setores ou cargos de Prevenção de


Acidentes e Incidentes Aeronáuticos, responsáveis
por cuidar dos assuntos de Segurança Operacional
relacionados ao SIPAER. São setores de prevenção de
todas as organizações civis relacionadas com a
operação, fabricação, circulação e manutenção de
aeronaves. Atribuições - São responsáveis pela
administração dos programas de prevenção em suas
organizações e devem sustentar íntima ligação com os
órgãos SIPAER.
Investigação e Prevenção de Acidentes,
Incidentes e ocorrências de solo
Conceito - Acidente
• É toda ocorrência relacionada com a operação de uma
aeronave, ocorrida entre o período em que uma pessoa
nela embarca com intenção de realizar um voo, até o
momento em que todas as pessoas tenham dela
desembarcado e, durante o qual, pelo menos uma das
situações ocorra
Conceito - Acidente
1. Qualquer pessoa que sofra lesão grave ou morte como
resultado de:
a) Estar na aeronave;
b) Estar em contato direto com qualquer parte da aeronave,
incluindo aquelas que delas tenham se desprendido, ou
c) Sofra exposição direta ao sopro de hélice, rotor ou
escapamento de jato, ou às suas consequências;
• NOTA: Exceção será feita, quando as lesões resultarem de
causas naturais, forem auto (em si mesmo) ou por terceiros
infligidos ou forem causadas a clandestinos acomodados fora
das áreas destinadas a passageiros ou a tripulantes.
Conceito - Acidente
2. A aeronave sofra danos ou falhas estruturais que:
a) Afetem adversamente a resistência estrutural, o
desempenho ou as características de voo da aeronave; e
b) Exijam a substituição ou realização de grandes reparos no
componente afetado;
• NOTA: Exceção será feita para falhas ou danos relacionados
ao motor, suas carenagens ou acessórios; ou para danos
relacionados a hélices, pontas de asa, antenas, pneus, freios,
carenagens do trem de pouso, regiões do revestimento da
aeronave que foram levemente amassadas e que sofreram
pequenas perfurações.
Conceito - Acidente
3. A aeronave seja considerada desaparecida ou o local
onde se encontre seja absolutamente inacessível.
Acidente
Acidente EMB-120, Rio Branco - AC, 2002
Conceito - Incidente
• É toda ocorrência que não seja classificada como um acidente, associada à
operação de uma aeronave, havendo intenção de voo, que afete ou possa
afetar a segurança da operação.
• Exemplos:

• FALHA DE MOTOR, incluindo sua substituição, quando o dano se limita ao motor, sua
carenagem e acessórios;

• FALHA DA HÉLICE, danos às pontas de asas, antenas, pneus, freios, pequenos furos ou
amassados na fuselagem;

• ALARME DE FOGO REAL OU FALSO, ou também princípio de incêndio;

• COLISÃO COM PÁSSARO, etc.


Incidente
Conceito - Incidente
• Incidente Grave - É todo incidente ocorrido dentro de um contexto no qual
um acidente quase ocorreu. A diferença que existe entre um incidente grave e
um acidente está apenas em suas consequências. Exemplos de Incidentes
Graves:

• Quase colisão que requereu manobra evasiva;


• Incidente tipo CFIT, marginalmente evitado;
• Decolagem interrompida em pista fechada ainda ocupada por outra aeronave;
• Decolagem de pista ainda ocupada por outra aeronave sem separação
segura;
• Pouso ou tentativa de pouso em pista fechada ou ocupada por outra
aeronave;
Conceito – Ocorrência de solo
• É todo incidente envolvendo a aeronave no solo sem
que exista a intenção de voo, do qual exista como
resultado dano ou lesão.
• NOTA: No caso de haver intenção de voo, os motivos
devem estar relacionados diretamente aos serviços de
rampa, inclusive, nesta situação, os de apoio e de
infraestrutura aeroportuários, e não devem ter tido
qualquer contribuição da movimentação da aeronave
por meios próprios ou da operação de qualquer um de
seus sistemas.
A Investigação

• Tem por finalidade a prevenção de acidentes aeronáuticos, ou seja,


a eliminação dos fatores que possam de alguma forma, contribuir
para repetição das ocorrências ou de parte delas, através da
emissão e cumprimento de recomendações de segurança.

• É o CENIPA que designa a Comissão de Investigação de Acidente


Aeronáutico (CIAA) ou o OSV/OSO/EC para a investigação de
Incidente Aeronáutico e Ocorrência de Solo.
Responsabilidade pela Investigação
• Em caso de incidente com aeronave civil brasileira será investigado pelos
operadores que possuam ASV credenciado pelo CENIPA.
• Aeronave civil brasileira de transporte aéreo regular ou que opere segundo o
RBAC 121: a organização encarregada da investigação será o CENIPA,
podendo delegar a investigação a um determinado SERIPA.
• a. Demais aeronaves civis brasileiras: a organização encarregada da
investigação será o SERVIÇO REGIONAL DE INVESTIGAÇÃO E
PREVENÇÃO DE ACIDENTES AERONÁUTICOS (SERIPA), em cuja área
ocorreu o acidente.
• b. Aeronave civil de registro estrangeiro: a organização encarregada da
investigação será o CENIPA, podendo delegar a investigação a um
determinado SERIPA, devendo ser observada a aplicabilidade do Anexo 13 à
Convenção de Aviação Civil Internacional, através de normas específicas do
CENIPA.
A Sistemática da Investigação
Ação Inicial

Relatório de investigação de acidente aeronáutico

Estado Maior
CENIPA
da Aeronáutica

Relatório final de acidente aeronáutico


Ação Inicial
• Nessa fase os investigadores do SIPAER vão a campo para
tentar colher o maior número de dados que permitam,
posteriormente, uma análise detalhada do Acidente;
• A ação inicial de qualquer acidente será realizada pelo Elo-
SIPAER do Comando da Aeronáutica que estiver mais
próximo do local do acidente.
• Quando a ação inicial for realizada por Elo-SIPAER não
pertencente ao Comando Investigador, tal elo participará
do preenchimento do respectivo Relatório de Ação Inicial,
devendo constar o nome e assinatura do responsável em
campo específico.
Preservação de indícios e evidencias
• Exceto para salvar vidas, nenhuma aeronave acidentada,
seus restos ou coisas que por ela eram transportadas,
podem ser vasculhados ou removidos, a não ser em
presença ou com autorização do Investigador-
Encarregado.
• Qualquer pessoa, autoridade policial, autoridade de
defesa civil ou agente da Administração Aeroportuária
Local, presente na cena do acidente é responsável pela
preservação dos indícios e das evidências, competindo a
elas impedir a aproximação de pessoas não envolvidas
nas ações de resgate e socorro às vítimas.
Preservação de indícios e evidencias
Até a conclusão da ação inicial deverá ser observado o seguinte:

a) A aeronave ou seus destroços ficarão à disposição exclusiva do responsável


pela ação inicial ou do Investigador-Encarregado, a fim de permitir a coleta de
dados necessários à investigação devendo, para isso, contar com a proteção
do COMAER ou policial;
b) A aeronave acidentada, seus restos e coisas que por ela eram
transportados, não poderão ser vasculhados ou removidos, exceto com a
permissão do responsável pela ação inicial ou do Investigador-Encarregado;
c) Exceção será feita quando houver necessidade de atender as pessoas
envolvidas, embarcadas ou não, quando houver riscos adicionais de incêndio,
explosão, contaminação ou desmoronamento. Quando a área já tiver sido
liberada pelas equipes de contra-incêndio e salvamento e houver necessidade
de imediata remoção dos destroços ou da aeronave do local, a bem do
restabelecimento e da segurança das operações, da área ou de terceiros e
suas propriedades;
Pesquisa e análise
• Segue - se uma longa análise de cada detalhe do
acidente, numa fase bastante minuciosa e que pode
demorar meses, dependendo da complexidade da
investigação e número de especialistas envolvidos.
• As equipes tratarão dos FATORES MATERIAL, HUMANO
E OPERACIONAL.
Fatores Contribuintes
Condição (ato, fato, ou combinação deles) que, aliada a
outras, em sequência ou como consequência, conduz à
ocorrência de um acidente, incidente aeronáutico, ou de
uma ocorrência de solo, ou que contribui para o
agravamento de suas consequências. Os fatores
contribuintes classificam-se de acordo com a área de
abordagem da segurança de voo.

• Fatores Humanos (F.H.);


• Fatores Materiais (F.M.);
Fatores Humanos
Área de abordagem da segurança operacional que se refere ao complexo
biológico do ser humano e que compreende os seguintes aspectos:

a) MÉDICO: é a área dos Fatores Humanos onde há o envolvimento de


conhecimentos médicos e fisiológicos que são pesquisados para definir a
presença de variáveis desta natureza e a forma de sua participação nos
eventos.

b) PSICOLÓGICO: é a participação de variáveis psicológicas individuais,


psicossociais ou organizacionais no desempenho da pessoa envolvida.

c) OPERACIONAL: refere-se ao desempenho do ser humano nas atividades


diretamente relacionadas ao voo
Fatores Materiais
• Área de abordagem da segurança operacional que se refere à
aeronave, incluindo seus componentes, equipamentos e sistemas de
tecnologia da informação empregados no controle do espaço aéreo
nos seus aspectos de projeto, de fabricação, de manuseio do material
e de falhas não relacionadas ao serviço de manutenção.
• Nas empresas de aviação e nas entidades civis envolvidas com
operação, fabricação, manutenção ou circulação de aeronaves, bem
como as atividades de apoio de infraestrutura aeronáutica, deverá
existir um setor destinado exclusivamente ao trato dos assuntos da
segurança de voo, constante da estrutura organizacional.
• Esse setor deverá ser chefiado por uma pessoa credenciada pelo
CENIPA e que será denominada como ASV (Agente de Segurança de
Voo).
Divulgações de Segurança
DIVOP – Divulgação Operacional
• É um extrato de uma investigação, divulgado pela
autoridade de investigação local para todos os
operadores interessados.
• É muito importante no aeroclube/escola como meio de
aumentar a consciência para a prevenção.
Relatório final de investigação de
acidente aéreo

• É o produto final da investigação, onde serão emitidas


recomendações de segurança de voo para cada um
dos envolvidos, visando prevenir que ocorrências
semelhantes aconteçam.
Outros Relatórios

• Relatórios de Perigo (RELPER) ou Relatório de Prevenção (RELPREV)

• O Relatório de Perigo (RELPER) ou Relatório de Prevenção (RELPREV) é o


documento que contém o relato de fatos perigosos ou potencialmente
perigosos para a atividade aérea e que permite à autoridade competente o
conhecimento destas situações, com a finalidade da adoção de medidas
corretivas adequadas e oportunas. É talvez o instrumento mais rápido do
sistema, dada a sua simplicidade e rapidez com que atinge os setores
afetados, e que oferece melhor solução para as situações de perigo ou
potenciais de perigo. O preenchimento pode ser anônimo ou não. Caso o
relatório de perigo seja identificado, este receberá a resposta quando for
dada a solução para a situação relatada. O RELPER não poderá ser usado
com fins punitivos.
Outros Relatórios
• Relatório de Incidente (RELIN)

• É o documento formal elaborado após a coleta e análise de fatos,


dados e circunstâncias relacionadas a um incidente aeronáutico. Ele
apresenta a conclusão e as recomendações de segurança e tem
como objetivo a prevenção de novos incidentes.

• Relatório Preliminar (RP)


• É o documento formal destinado ao registro e à divulgação de
informações preliminares a respeito das circunstâncias de um
acidente aeronáutico. Tem como objetivo agilizar a adoção de
medidas preventivas até que se conclua a investigação final.
Certificado Médico Aeronáutico
Suspensão do CMA

• Todo aeronavegante envolvido em acidente ou,


incidente grave, terá seu CMA suspenso (RBAC 67),
devendo ser inspecionado logo após o
acidente/incidente grave. O aeronauta de empresa
aérea regido pelo RBAC 121 será inspecionado pelo
CEMAL (RJ).
• OBS: Antigamente ficava CANCELADO
Suspensão do CMA
• Qualquer certificado poderá ser cassado pela autoridade
aeronáutica se comprovado, em processo
administrativo ou em exame de saúde, que o respectivo
titular não possui idoneidade profissional ou não está
capacitado para o exercício das funções especificadas
em sua licença (art.164 do CBAer).

• Do resultado dos exames caberá recurso dos


interessados à comissão técnica especializada ou à
junta médica.
Prevenção
Prevenção
• O Código Brasileiro Aeronáutico (CBAer), em seu artigo 87, determina
que:
• “A prevenção de acidentes aeronáuticos é da responsabilidade de todas as
pessoas, naturais ou jurídicas, envolvidas com a fabricação, manutenção
operação e circulação de aeronaves, bem como as atividades de apoio da
infraestrutura aeronáutica no território brasileiro.”
Prevenção – O PPAA
• O Programa de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (PPAA) é o
documento que estabelece ações e responsabilidades definidas e dirigidas
para a segurança da atividade aérea, referindo-se a um período
determinado.

• Objetivos

• Orientar os chefes e diretores quanto à realização da atividade de prevenção de


acidentes aeronáuticos, de modo a tornar a operação aérea mais segura e, por
conseguinte, preservar os meios de pessoal e material;

• Otimizar a prevenção de acidentes aeronáuticos através de ações devidamente


programadas, adequando-as às características da missão, a fim de eliminar ou
reduzir a ocorrência de acidentes ou incidentes aeronáuticos.
Programa de prevenção de F.O.D.
• Documento apresentado como subprograma do PPAA,
que estabelece normas, procedimentos e
responsabilidades destinadas a minimizar a ocorrência
de F.O.D. no aeródromo. FOD é o dano causado por
agente estranho à aeronaves. Exemplo: colisão com
fauna, chave de fenda, alicate ou qualquer objeto
estranho que possa causar dano à aeronave e
comprometer a segurança de voo.
Vistoria de segurança de voo -
VSV
• Atividade de pesquisa e análise que visa à verificação
de condições insatisfatórias ou fatores potenciais de
perigo que afetem ou possam afetar a segurança de
voo. Tem por objetivo fornecer ao comandante, chefe,
diretor, administrador ou proprietário uma análise
dessas condições ou fatores e recomendações para o
planejamento e, principalmente, a execução de medidas
corretivas. Nota: Visa unicamente à prevenção de
acidentes aeronáuticos.
Álcool e drogas
• a) Ninguém pode atuar ou tentar atuar como tripulante de uma
aeronave civil:
• dentro de 8 horas após ter consumido qualquer bebida alcoólica;
• b) Exceto em emergências, nenhum piloto de uma aeronave civil pode
permitir que uma pessoa aparentando estar embriagada ou que
demonstre pelo comportamento ou pela aparência estar sob
influência de drogas (exceto um paciente devidamente acompanhado
por um médico) entre em sua aeronave.
Prevenção
• CRM – Corporate Resource Management
• SRM – Single Pilot-Resource Management

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