Teoria - Estruturas I
Teoria - Estruturas I
Teoria - Estruturas I
UNILESTE
Teoria de Estruturas I
- Estruturas isostáticas –
25/julho/2017
1
Objetivo
Transmitir os conhecimentos fundamentais para concepção e
análise estrutural: determinação de reações de apoio e esforços
solicitantes em estruturas reticuladas isostáticas planas.
2
Referências bibliográficas
1 – ALMEIDA, Maria Cascão Ferreira de. Estruturas Isostáticas. São Paulo:
Oficina de Textos, 2009.
3
Avaliações
• Primeira avaliação: 20 pontos.
• Trabalhos: 20 pontos.
• PI: 10 pontos.
4
Ementa
1 – Princípios da estática. Força, momento de uma força.
5
1 – Introdução
Análise e projeto estrutural
Os engenheiros envolvidos no projeto de prédios, pontes e outras estruturas
são obrigados a tomar muitas decisões técnicas sobre sistemas estruturais:
Selecionar uma forma estrutural eficiente, econômica e atraente;
Avaliar a sua segurança: resistência e rigidez;
Planejar a edificação sob cargas de construção temporárias.
Para projetar uma estrutura, deve-se por em prática a Análise Estrutural que
estabelece as forças internas e deslocamentos em todos os pontos,
produzidos por cargas de projeto.
6
1 – Introdução
Análise e projeto estrutural
O engenheiro deve dimensionar as estruturas de modo que não apresentem
falhas nem deformem excessivamente sob quaisquer condições de
carregamento.
Uma vez entendido os tópicos básicos abordados neste curso, será possível
analisar a maioria dos prédios, pontes e sistemas estruturais normalmente
encontrados na prática profissional.
8
1 – Introdução
Análise e projeto estrutural
9
1 – Introdução
Análise e projeto estrutural
Na Engenharia Civil denomina-se estrutura a parte resistente de uma
construção. A estrutura é constituída de componentes, denominados de
elementos estruturais.
10
1 – Introdução
Componentes e sistemas estruturais
Tirante: elemento estrutural que está sujeito apenas às forças axiais de
tração, e as cargas são aplicadas apenas em suas extremidades.
11
1 – Introdução
Componentes e sistemas estruturais
12
1 – Introdução
Componentes e sistemas estruturais
Vigas: elementos estruturais sujeitos a forças de flexão (principalmente),
cisalhamento e axial (compressão ou tração).
13
1 – Introdução
Componentes e sistemas estruturais
Os gregos usaram um tipo de construção com coluna e verga (viga) no
Pathernon (cerca de 400 a.C.).
14
1 – Introdução
Componentes e sistemas estruturais
Pórticos: elementos estruturais compostos de vigas e colunas conectados por
ligações rígidas ou flexíveis, sujeitos a forças de flexão, cisalhamento e axial
(compressão ou tração).
15
1 – Introdução
Componentes e sistemas estruturais
16
1 – Introdução
Componentes e sistemas estruturais
17
1 – Introdução
Componentes e sistemas estruturais
18
1 – Introdução
Componentes e sistemas estruturais
19
1 – Introdução
Componentes e sistemas estruturais
20
1 – Introdução
Componentes e sistemas estruturais
21
22
1 – Introdução
Componentes e sistemas estruturais
Treliça: elemento estrutural
composto de barras delgadas cujas
extremidades são supostamente
conectadas por articulações sem atrito.
23
1 – Introdução
Componentes e sistemas estruturais
24
1 – Introdução
Componentes e sistemas estruturais
Arcos: elementos estruturais com vãos que podem atingir 600 m, sujeitos a
forças de flexão, cisalhamento e axial de compressão. Pode ser construído
para estar em compressão pura, um estado de tensão eficiente.
25
1 – Introdução
Componentes e sistemas estruturais
Os romanos foram pioneiros no uso de arcos para pontes, prédios e
aquedutos.
26
1 – Introdução
Componentes e sistemas estruturais
O arco, considerado como um pórtico de barra curva, os esforços são:
27
1 – Introdução
Componentes e sistemas estruturais
Grelha: elemento estrutural formado por barras que se cruzam, contidas em
um mesmo plano, cujas cargas são normais ao plano da estrutura.
28
1 – Introdução
Componentes e sistemas estruturais
30
1 – Introdução
Componentes e sistemas estruturais
Cabos: elementos estruturais relativamente delgados e flexíveis, composto
por um grupo de fios de aço de alta resistência. Por não possuirem rigidez à
flexão, transmitem somente força axial de tração.
31
1 – Introdução
Componentes e sistemas estruturais
Ponte pênsil
Ponte estaiada
32
1 – Introdução
Componentes e sistemas estruturais
Com o desenvolvimento dos cabos de aço de alta resistência, foi possível a
construção de pontes pensêis de vãos longos. Por exemplo, a ponte
Verrazano-Narrows, na entrada do porto de Nova York, é uma
das mais longas com vão de quase 1.300 metros entre as torres.
33
1 – Introdução
Componentes e sistemas estruturais
34
1 – Introdução
Componentes e sistemas estruturais
35
1 – Introdução
Componentes e sistemas estruturais
36
1 – Introdução
Componentes e sistemas estruturais
37
1 – Introdução
Componentes e sistemas estruturais
Placas ou lajes: elementos estruturais que apresentam uma rigidez muito
grande em seu plano. Usados normalmente para pisos e paredes de
contenção, sendo colocados entre vigas e colunas.
38
1 – Introdução
Componentes e sistemas estruturais
Cascas: elementos estruturais cujas
superfícies são curvas
tridimensionais, que podem vencer
grandes vãos devido à rigidez
inerentes à forma.
39
1 – Introdução
Análise por computador
Até o final dos anos 1950, a análise de alguns tipos de estruturas
indeterminadas era um procedimento longo e cansativo. A análise de uma
estrutura com muitas ligações e barras (por exemplo, uma treliça espacial)
poderia exigir muitos meses de cálculos de uma equipe de engenheiros
estruturais experientes.
Além disto, como muitas vezes eram necessárias várias suposições sobre o
comportamento estrutural para simplificação, a precisão dos resultados finais
era incerta.
40
1 – Introdução
Análise por computador
Atualmente, estão disponíveis programas de computador que podem analisar
a maioria das estruturas rápida e precisamente.
41
1 – Introdução
Análise por computador
A maioria dos programas de computador para análise de estruturas é escrita
para produzir uma análise de primeira ordem, e presumem que:
- o comportamento é linear e elástico;
- as forças dos membros não são afetadas pelas deformações (mudanca na
geometria) da estrutura;
- nenhuma redução na rigidez à flexão é produzida nas colunas por forças
de compressão.
42
1 – Introdução
Análise por computador
Quando é utilizada uma análise de primeira ordem, as normas técnicas para o
projeto estrutural fornecem os procedimentos empíricos necessários para
ajustar as forças que podem ser subestimadas.
Por exemplo, arcos longos e delgados sob cargas móveis podem passar por
mudanças na geometria que aumentam significativamente os momentos de
flexão.
43
1 – Introdução
Análise por computador
44
1 – Introdução
Análise por computador
Em 1977, a falha de uma treliça tridimensional que apoiava o teto de
aproximadamente 90 m por 110 m do Hartford Civic Center Arena é um
exemplo de projeto estrutural em que os projetistas confiaram em uma
análise incompleta feita por computador e não produziram uma estrutura
segura.
45
1 – Introdução
Análise por computador
Havia no programa a suposição de que a estrutura era estável – suposição
esta presente na maioria dos antigos programas de computador
utilizados na análise
de estruturas.
46
1 – Introdução
Análise por computador
“… Embora o computador tenha reduzido o número de horas de cálculos
necessárias para analisar estruturas, o projetista ainda precisa ter um
discernimento básico sobre todos os tipos de falha em potencial para avaliar
a confiabilidade das soluções geradas pelo computador.
47
1 – Introdução
Análise por computador
“... Eficientes sistemas computacionais para a análise automática de
estruturas são atualmente disponíveis e indispensáveis nos escritórios de
projetos. Contudo, não é recomendável a sua utilização por usuário que não
tenha capacidade de avaliação crítica dos resultados obtidos. Para isso, é
necessário o conhecimento das potencialidades e limitações dos métodos
implementados, e que se tenha “sentimento de comportamento
das estruturas” ...”
48
2 – Cargas estruturais
Uma estrutura deve ser adequada para suportar todas as cargas às quais
presumivelmente pode estar sujeita durante sua vida útil.
Ela deve suportar estas cargas com segurança e não permitir que os
deslocamentos transversais (deflexões) e vibrações não sejam tão grandes a
ponto de apavorarem os ocupantes ou causarem fraturas de aspecto
desagradável, por exemplo, trincas nas paredes de alvenaria.
49
2 – Cargas estruturais
Permanentes
Praticamente invariáveis ao longo da vida útil da estrutura: peso próprio da
estrutura, assim como qualquer acessório que esteja permanentemente
fixado a ela.
50
2 – Cargas estruturais
Variáveis
Variam no tempo, assumindo valores significativos durante uma fração
importante da vida útil da estrutura:
- sobrecargas em pisos e coberturas oriundas de equipamentos móveis
(pontes rolantes) e divisórias móveis;
- vento;
- temperatura causada por clima ou equipamentos.
51
2 – Cargas estruturais
Variáveis
Carga variável devido a equipamento móvel: ponte rolante
- forças verticais: acréscimo de 25%
- forças transversais: acréscimo entre 5% a 100%
- forças longitudinais: acréscimo de 20% cargas máximas das rodas motoras.
52
2 – Cargas estruturais
Variáveis
53
2 – Cargas estruturais
Variáveis
Mapa do vento no Brasil
Unidade: m/s
54
2 – Cargas estruturais
Excepcionais
Variam no tempo, assumem valores significativos apenas durante uma fração
muito pequena da vida útil da estrutura e tem baixa probabilidade de
ocorrência:
55
2 – Cargas estruturais
Concentradas e distribuídas
As cargas concentradas são uma forma aproximada de tratar as
cargas distribuídas segundo áreas tão pequenas (em presença
das dimensões da estrutura) que podem ser consideradas nulas.
56
2 – Cargas estruturais
Concentradas e distribuídas
As cargas distribuídas são cargas que atuam ao longo de um trecho, sendo
representadas por uma taxa de distribuição (carga/comprimento).
Exemplos:
57
2 – Cargas estruturais
Distribuídas
Os tipos mais usuais de cargas distribuídas que ocorrem na
prática são:
- cargas triangulares:
58
3 – Condições de equilíbrio
Para que um corpo submetido a um sistema de forças esteja em equilíbrio, é
necessário que elas não provoquem nenhuma tendência de:
- translação: dada pela resultante das forças ( R );
- rotação em torno de qualquer ponto: dada pelo momento resultante
destas forças em relação a este ponto ( m ).
59
3 – Condições de equilíbrio
As equações de equilíbrio são as seis equações universais da estática,
regendo o equilíbrio de um sistema de forças no espaço.
Fx 0 M x 0
Fy 0 M y 0
Fz 0 M z 0
60
3 – Condições de equilíbrio
Graus de liberdade
O termo grau de liberdade refere-se às componentes do deslocamento de nó
independentes utilizados na solução de um problema particular.
61
3 – Condições de equilíbrio
Graus de liberdade
As reações de apoio se oporão às cargas aplicadas à estrutura, formando um
sistema de forças em equilíbrio.
62
3 – Condições de equilíbrio
Plano xy : sistema de forças coplanares.
Fx 0 M z 0
Fy 0
63
4 – Apoios
Função: restringir os graus de liberdade das estruturas, gerando reações nas
direções dos movimentos impedidos.
64
4 – Apoios
Apoios em três dimensões
1 – Apoio constituído de uma esfera perfeitamente lubrificada.
65
4 – Apoios
Apoios em três dimensões
2 – Apoio constituído por três esferas ligadas entre si, formando um corpo
rígido
66
4 – Apoios
Apoios em três dimensões
3 – Apoio rígido
Ligação rígida entre a estrutura e seu apoio, de dimensões tão maiores que as
da estrutura, que podem ser consideradas infinitas em presença daquelas.
67
4 – Apoios
Apoios em duas dimensões
São as estruturas planas, sendo mais frequentes na Análise Estrutural, e
existem 3 graus de liberdade a combater:
68
4 – Apoios
Apoios em duas dimensões
1 – Apoio do 1º gênero ou “charriot”
69
4 – Apoios
Apoios em duas dimensões
(a) Extremidade da direita fica para expandir lateralmente; nenhuma tensão
é criada pela mudança da temperatura; (b) As duas extremidades são
restritas; tensões compressivas e de flexão desenvolvem na viga. Os muros
racham.
70
4 – Apoios
Apoios em duas dimensões
Rolete nos apoios da viga de concreto de ponte rodoviária
71
4 – Apoios
Apoios em duas dimensões
Placa de neoprene
entre a junção do
pilar e a ponte.
72
4 – Apoios
Apoios em duas dimensões
2 – Apoio do 2º gênero, articulação ou rótula
Apoio constituído de uma chapa presa com pino que permite a rotação.
73
4 – Apoios
Apoios em duas dimensões
74
4 – Apoios
Apoios em duas dimensões
Apoio rotulado em viga de ponte.
75
4 – Apoios
Apoios em duas dimensões
76
4 – Apoios
Apoios em duas dimensões
Estrutura pré-fabricada de
concreto.
78
4 – Apoios
Apoios em duas dimensões
79
4 – Apoios
Apoios em duas dimensões
Engaste em uma estrutura metálica.
Engaste em uma
estrutura de concreto.
80
5 – Classificação das estruturas
Uma estrutura pode ser classificada segundo:
- elementos componentes:
- barras, linear ou reticulada (duas dimensões são pequenas em relação
à terceira)
- laminar (uma dimensão é pequena em relação às outras duas);
- tridimensional (as três dimensões são consideráveis).
- estaticidade e estabilidade
- hipostática;
- isostática;
- hiperestática.
81
5 – Classificação das estruturas
Elementos componentes
1 - Duas dimensões são pequenas em relação à terceira –
estrutura de barras, linear ou reticulada
82
5 – Classificação das estruturas
Elementos componentes
83
5 – Classificação das estruturas
Elementos componentes
2 - Uma dimensão é pequena em relação às outras duas – estrutura laminar
84
5 – Classificação das estruturas
Elementos componentes
Exemplos: chapas, placas ou lajes, membranas, cascas.
85
5 – Classificação das estruturas
Elementos componentes
3 - As três dimensões são consideráveis – estrutura tridimensional
86
5 – Classificação das estruturas
Elementos componentes
Exemplos: blocos e barragens.
87
5 – Classificação das estruturas
Estaticidade e estabilidade
1 – Os apoios são em número estritamento necessário para impedir todos
os movimentos possíveis da estrutura
88
5 – Classificação das estruturas
Estaticidade e estabilidade
2 – Os apoios são em número inferior ao necessário para impedir todos os
movimentos possíveis da estrutura
90
5 – Classificação das estruturas
Estaticidade e estabilidade
91
5 – Classificação das estruturas
Estaticidade e estabilidade
92
5 – Classificação das estruturas
Estaticidade e estabilidade
Observação: o critério em contar o número de apoios e ver se é igual, menor
ou maior que o número de graus de liberdade da estrutura fornece uma
condição necessária, mas não suficiente para estabelecer se uma estrutura é
isostática ou hiperestática.
93
5 – Classificação das estruturas
Estaticidade e estabilidade
Para classificar uma estrutura (sem vínculos externos) não basta
comparar o número de reações de apoio a determinar com o de
graus de liberdade da estrutura.
94
6 – Esforços
Normal
Soma algébrica das componentes, na direção normal à seção, de cada uma
das forças atuantes de um dos lados da seção.
95
6 – Esforços
Cortante
Soma vetorial das componentes, sobre o plano da seção, das forças situadas
de um dos lados desta seção.
96
6 – Esforços
Momento
É uma grandeza definida em função da força e de sua
distância a determinado ponto.
97
6 – Esforços
Momento torçor
Soma algébrica dos momentos das forças situados de um dos lados da seção
em relação ao eixo normal à seção que contém o seu centro de gravidade.
98
6 – Esforços
Momento fletor
Soma vetorial das componentes, sobre o plano da seção, dos momentos de
todas as forças situados de um dos lados da seção em relação ao seu centro
de gravidade.
100
7 - Projeto
Tensão admissível
Dimensionar uma seção pelo momento fletor:
101
7 - Projeto
Tensão admissível
Dimensionar uma seção pelo esforço cortante:
102
7 - Projeto
Tensão admissível
Quando uma viga tem uma seção transversal retangular, a tensão de
cisalhamento máxima ocorre a meia altura:
103
7 – Projeto
Resistência
As barras são dimensionadas para cargas ponderadas, produzidas pela
multiplicação de cargas de serviço por fatores de carga, números
normalmente maiores que 1.
104
7 – Projeto
Resistência
Por exemplo, no dimensionamento de uma barra submetida à força axial de
tração, deve ser satisfeita a seguinte relação:
𝑁 𝑡 , 𝑆𝑑 ≤ 𝑁 𝑡 , 𝑅𝑑
105
7 – Projeto
Resistência
Por exemplo, segundo a NBR 8800:2008,
a combinação de cargas
é devido a ações:
- permanentes;
- variáveis principais;
- variáveis secundárias.
106