Aula 7 Autodepuração

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS - UFPEL

CENTRO DE ENGENHARIAS - CENG


DISCIPLINA: SISTEMAS URBANOS DE ESGOTO

AUTODEPURAÇÃO DOS
CURSOS D’ÁGUA

Prof. Dr. Hugo Alexandre Soares Guedes


E-mail: [email protected]
Website: wp.ufpel.edu.br/hugoguedes

2º semestre de 2016
INTRODUÇÃO
• Poluição hídrica  consumo de oxigênio dissolvido
após o lançamento de esgotos.

• Importância  determinação da qualidade permitida


para o efluente a ser lançado no curso d’água, incluindo o
nível de tratamento necessário e a eficiência a ser atingida
na remoção de DBO.
QUALIDADE DA ÁGUA EM RIOS:
CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS

• FÍSICAS
• Seção transversal: largura e profundidade
• Declividade, rugosidade
• Velocidade
• Vazão
• Características de mistura (Dispersão)
• Temperatura
QUALIDADE DA ÁGUA EM RIOS:
CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS

• QUÍMICAS
• Variação do teor de oxigênio dissolvido
• pH
• Acidez
• Alcalinidade
• Sólidos dissolvidos totais
• Tóxicos
QUALIDADE DA ÁGUA EM RIOS:
CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS

• BIOLÓGICOS
• Bactérias e Vírus
• Peixes
• Macrófitas
• População bentônica
MODELAGEM DA QUALIDADE
DA ÁGUA EM RIOS

O BALANÇO DE OXIGÊNIO DISSOLVIDO


BALANÇO DE OXIGÊNIO DISSOLVIDO
• A concentração de oxigênio dissolvido é o mais importante fator
para a manutenção da vida aquática.
• Fontes de produção de oxigênio
• reaeração atmosférica
• produção fotossintética
• Fontes de consumo de oxigênio dissolvido
• oxidação da matéria carbonácea
• oxidação da matéria nitrogenada
• oxidação do material do sedimento
• respiração
PADRÕES DA OD E DBO NA LESGISLAÇÃO
BRASILEIRA: RESOLUÇÃO CONAMA N° 357/2005

CLASSE OD (mg/l) DBO (mg/l)


Especial Condições naturais Condições naturais
I 6,0 3,0
II 5,0 5,0
III 4,0 10,0
IV 2,0 s/l
O IMPACTO DOS LANÇAMENTOS DE
MATÉRIA ORGÂNICA

AUTODEPURAÇÃO DE CURSOS D’ÁGUA


PPROCESSO DE AUTODEPURAÇÃO

• Definição: Restabelecimento do equilíbrio no meio


aquático, por processos naturais, após as alterações
induzidas pelos despejos de efluentes.

• Importância:
 utilizar a capacidade de assimilação dos rios
 impedir o lançamento de despejos acima do que
possa suportar o corpo d’água
PPROCESSO DE AUTODEPURAÇÃO

• Fatores que interferem no processo:

• Temperatura
• Concentração de saturação do oxigênio
• Velocidade do curso d’água
ASPECTOS ECOLÓGICOS
• Sucessão ecológica das espécies
• Ecossistemas em condições naturais: elevada
diversidade de espécies
 elevado número de espécies
 reduzido número de indivíduos em cada espécie

• Ecossistemas em condições perturbadas: baixa


diversidade de espécies
 reduzido número de espécies
 elevado número de indivíduos em cada espécie
ASPECTOS ECOLÓGICOS

Condições DBO5 Aspecto OD,% Vida peixes


do Rio 20º C, mg/L estético saturação
Muito Limpo 1 Bom 80% Vida aquática

Limpo 2 Bom 80% Vida aquática


Relat. limpo 3 Bom 80% Vida aquática

Duvidoso 5 Turvo 50% Só os mais


resistentes
Pobre 7,5 Turvo 50% Só os mais
resistentes
Mau 10 Mau Quase nulo Difícil
Péssimo 20 Mau Quase nulo Difícil

Jordão, P. E & Pessoa, A. C (2005).


CURVA DE DEPRESSÃO DE OXIGÊNIO DISSOLVIDO
 Zona de Degradação
Autodepuração  Zona de Decomposição Ativa
 Zona de Recuperação
 Zona de Águas Limpas
CARACTERÍSTICAS DAS ZONAS DE AUTODEPURAÇÃO
Zona de Degradação:

• Início  ponto de lançamento dos despejos;


• Água turva (cor acinzentada);

• Precipitação de partículas  lodo no leito do corpo d’água;

• Proliferação de bactérias (consumo de matéria orgânica);

• Redução da concentração de oxigênio dissolvido;

• Limite da 1ª zona  concentração de oxigênio atinge 40% da concentração


inicial;

• Não há odor;

• Presença de oxigênio não permita a decomposição anaeróbia.


 Zona de Degradação
Autodepuração  Zona de Decomposição Ativa
 Zona de Recuperação
 Zona de Águas Limpas
CARACTERÍSTICAS DAS ZONAS DE AUTODEPURAÇÃO

Zona de Decomposição Ativa:

• Início  oxigênio atinge valores inferiores a 40% da concentração de saturação;


• Água  cor cinza-escura, quase negra;
• Bancos de lodos no fundo em ativa decomposição anaeróbia;
• Desprendimento de gases mal cheirosos (amônia, gás sulfídrico, etc);
• Oxigênio dissolvido  pode zerar ou “ficar negativo”;
• Biota aeróbia é substituída por outra anaeróbia;
• Ambiente fétido e escuro;
• Oxigênio passa a ser reposto  ar atmosférico ou fotossíntese;
• População de bactérias  decresce;
• Água começa a ficar mais clara (ainda impróprio p/ os peixes);
• Fim da 2ª zona  oxigênio pode se elevar a 40% da conc. de saturação.
 Zona de Degradação
Autodepuração  Zona de Decomposição Ativa

 Zona de Recuperação

 Zona de Águas Limpas


CARACTERÍSTICAS DAS ZONAS DE AUTODEPURAÇÃO

Zona de Recuperação:

• Início  40% de oxigênio de saturação;


• Término  água saturada de oxigênio;

• Água  mais clara e límpida;

• Proliferação de algas que reoxigenam o meio;

• Amônia  oxidada a nitritos e nitratos (+ fosfatos fertilizam o meio,


favorecendo a proliferação de algas);

• Cor esverdeada intensa (alimento p/ crustáceos, larvas de insetos, vermes, etc.,


que servem de alimentos p/ os peixes);

• Diversificação da biocenose.
 Zona de Degradação
Autodepuração  Zona de Decomposição Ativa

 Zona de Recuperação

 Zona de Águas Limpas


CARACTERÍSTICAS DAS ZONAS DE AUTODEPURAÇÃO

Zona de Águas Limpas:

• Água  características diferentes das águas poluídas;

• Água encontra-se “eutrófica”;

• Não é limpa, devido a presença das algas (cor verde);

• Água  recuperou-se, melhorou suas capacidade de produzir


alimento proteico (piorou no quesito de potabilidade);

• Péssimo aspecto estético;

• Grande assoreamento nas margens;

• Invasão de plantas aquáticas indesejáveis.


FATORES INTERAGENTES NO BALANÇO DE OD

Reaeração atmosférica

OD
DBO solúvel e finamente
particulada (oxidação) Nitrificação
OD

Fotossíntese

Demanda bentônica OD
DBO OD
DBO suspensa
(sedimentação)
Lodo DBO Revolvimento
CONSUMO DE OXIGÊNIO NO CURSO D’ÁGUA
• Oxidação da matéria orgânica (respiração):

MO + O2 + bactérias  CO2 + H2O + bactéria + energia

• Demanda bentônica: digestão anaeróbia do lodo de fundo;


geração de subprodutos que podem exercer uma demanda de
O2; revolvimento do lodo.
• Nitrificação: oxidação de formas nitrogenadas (amônio -
nitrito - nitrato) por bactérias (nitrosomonas /nitrobacter)

micro organismos
2NH +4 + 3O 2 → 2NO 2 + 2H 2 O + 4H + + novas células
microrganismos
2NO 2 + O 2 → 2NO 3 + novas células
PRODUÇÃO DE OXIGÊNIO NO CURSO D’ÁGUA

• Reaeração atmosférica: as moléculas de gases são


intercambiadas entre o líquido e o gás pela sua interface até a
sua saturação.

• Fotossíntese: processo utilizado pelos seres autotróficos para


a síntese de matéria orgânica

CO2 + H2O + energia luminosa  matéria orgânica + O2


MODELO DE STREETER E PHELPS (1925)

O ESTUDO DA POLUIÇÃO E PURIFICAÇÃO


NATURAL DO RIO OHIO
MODELO DE STREETER-PHELPS

Simplificações:

1) São considerados apenas duas componentes no balanço de


OD  oxidação da matéria orgânica carbonácea e
reaeração atmosférica.
2) Hidrodinâmica do corpo d’água  escoamento tipo pistão

3) Consumo e aporte de OD  cinética de primeira ordem.


CINÉTICA DA DESOXIGENAÇÃO
CINÉTICA DA DESOXIGENAÇÃO

L = DBO remanescente (mg/l)


K1 = coeficiente de decaimento ou desoxigenação (1/dia)
t = tempo (dia)

Integrando a equação entre L0 e L , e t0 e t, tem-se:

- K1 .t
L(t) = L0 .e
L = DBO remanescente em um tempo t qualquer (mg/l): DBOr
L0 = DBO remanescente em t = 0 (mg/l): DBOu
CINÉTICA DA DESOXIGENAÇÃO
- K1 .t
DBO r = DBOu .e

Sabe-se que: DBOtotal (ou DBO exercida) = DBOu – DBOr

Logo: DBOtotal = DBOu – DBOr = DBOu – DBOu.e-k1.t

DBOtotal = DBOu.(1 – e-k1.t)


CINÉTICA DA DESOXIGENAÇÃO

O coeficiente de desoxigenação K1 depende:

 Características da matéria orgânica;

 Temperatura; e

 Presença de substâncias inibidoras.


CINÉTICA DA DESOXIGENAÇÃO

Valores típicos de K1 (base e, 20 °C)

Origem K1(dia-1)
Água residuária concentrada 0,35 – 0,45
Água residuária de baixa concentração 0,30 – 0,40
Efluente primário 0,30 – 0,40
Efluente secundário 0,12 – 0,24
Rios com águas limpas 0,09 – 0,21
Água para abastecimento público < 0,12
Sperling, 2007 apud Fair et al, 1979; Arceivala, 1981
EXERCÍCIO

1) A interpretação de análises de laboratório de amostra de


água de um rio a jusante de um lançamento de esgotos
conduziu ao valor de demanda última de DBO (DBOu) igual a
100 mg/l. Calcular a DBO exercida (DBOt) a 1, 5 e 20 dias, para
valores de K1 iguais a 0,25 d-1 e 0,10 d-1.
CINÉTICA DA REAERAÇÃO
Exposição da água a um gás

Intercâmbio de moléculas da fase líquida


para gasosa e vice-versa

Estabilidade na fase líquida atingida, Fluxos de igual magnitude

Equilíbrio dinâmico

Concentração de saturação (Cs)


CINÉTICA DA REAERAÇÃO

Consumo do oxigênio na fase líquida:


Trocas gasosas em um sistema em equilíbrio e em um
líquido com deficiência de gás dissolvido

Líquido deficiente de gás Sistema em equilíbrio


CINÉTICA DA REAERAÇÃO

Quando a concentração de solubilidade na fase


líquida é atingida, ambos os fluxos passam a ser
de igual magnitude.

Equilíbrio Dinâmico define a


Concentração de Saturação (Cs)

Estabilização da matéria orgânica, concentrações do


oxigênio abaixo do de saturação.
CINÉTICA DA REAERAÇÃO

A taxa de absorção de oxigênio é diretamente


proporcional ao déficit existente.

Quanto maior for o déficit, maior a exigência da


massa líquida pelo oxigênio, implicando em uma
taxa de transferência maior.
CINÉTICA DA REAERAÇÃO
Cinética de primeira ordem:

dD
= - K 2 .D
dt
D = déficit de oxigênio dissolvido, ou seja, a diferença entre a
concentração de saturação (Cs) e a concentração existente em
um tempo qualquer (C), (D = Cs- C);
t = tempo em dias;
K2 = coeficiente de reaeração (base e) (dias-1)
CINÉTICA DA REAERAÇÃO
Déficit de Oxigênio Dissolvido:
-K 2 t
D = D0 x e
D0 = déficit de oxigênio inicial (mg/l);

-K 2 t
C = Cs - (Cs - C0 )x e
CINÉTICA DA REAERAÇÃO
A progressão do déficit (D = Cs- C) e da concentração do OD
pode ser visualizado na curva abaixo:

Progressão temporal da concentração e do déficit de oxigênio

À medida que a concentração de OD se eleva devido à


reaeração, o déficit diminui.
CINÉTICA DA REAERAÇÃO

Coeficiente de reaeração K2

 Determinação por métodos estatísticos

 Determinação por valores médios tabulados

 Estudo dos corpos d’água de diversas


características, valores médios de K2
CINÉTICA DA REAERAÇÃO
Valores típicos de K2(base e, 20ºC)
Corpo d’água K2(dia-1)
Profundo Raso
Pequenas lagoas 0,12 0,23
Rios vagarosos, grandes lagos 0,23 0,37
Grandes rios com baixa velocidade 0,37 0,46
Grandes rios com baixa velocidade 0,46 0,69
normal
Rios rápidos 0,69 1,15
Corredeiras e quedas d’água >1,15 >1,61
CINÉTICA DA REAERAÇÃO
Corpos d’água mais rasos e mais velozes tendem a possuir um
maior coeficiente de reaeração
Influência das Características Físicas no Coeficiente K2

Profundidade

Baixa Elevada
profundidade profundidade
Elevado K2 Baixo K2

Velocidade

Elevada Baixa
velocidade velocidade
Elevado K2 Baixo K2
CINÉTICA DA REAERAÇÃO

Valores em função das características hidráulicas do


corpo d’água.

Literatura cita várias fórmulas relacionando o K2 com a


profundidade e velocidade do curso d’água.
Várias técnicas de campo empregadas na elaboração
dos estudos dentre elas:
Traçadores radioativos;
Distúrbios de equilíbrio;
Balanço de massa e outras.
CINÉTICA DA REAERAÇÃO

Três principais fórmulas:


Pesquisador Fórmula Faixa de aplicação
O’Connor e Dobbins 3,73xV0,5xH-1,5 0,6m ≤ H < 4,0 m
(1958) 0,05m/s ≤ V < 0,8m/s
Churchill et al (1962) 5,0xV0,97xH-1,67 0,6m ≤ H < 4,0 m
0,8m/s ≤ V < 1,5m/s
Owens et al (apud 5,3xV0,67xH-1,85 0,1m ≤ H < 0,6 m
Branco, 1976) 0,05m/s ≤ V < 1,5m/s
V: velocidade do curso d’água;
H: altura da lâmina d’água.
CINÉTICA DA REAERAÇÃO
Influência da Temperatura:
Em dois diferentes estágios:
 O aumento da temperatura reduz a solubilidade
(concentração de saturação) do oxigênio no meio
líquido;
 O aumento da temperatura acelera os processos de
absorção de oxigênio (aumento do K2).
O efeito da temperatura no coeficiente de reaeração
K2 pode ser expressa por:
K2T = K2(20) x θ(T – 20)
CINÉTICA DA REAERAÇÃO

K2T = K2(20) x θ(T – 20)

Em que:
K2T = K2 a um temperatura T qualquer (dia-1);
K2(20) = K2 a um temperatura T= 20º C (dia-1);
T = temperatura do líquido (ºC);
θ =Coeficiente de temperatura (-), valor empregado
1,047
Esgotos
Curso d’água

OD
(mg/l)
Cs
Co Do

Dc

Co

Cc
to tc Tempo (d) ou
distância (km)

Pontos característicos da curva de depleção de OD


CONCENTRAÇÃO CRÍTICA DE OXIGÊNIO

“O conhecimento da concentração crítica é


fundamental, pois baseado nela que se estabelece a
necessidade ou não do tratamento do esgoto.”

“O tratamento, quando necessário, deve ser


implementado com uma eficiência na remoção de
DBO suficiente para garantir que a concentração
crítica de OD seja superior ao valor mínimo
permitido pela legislação (padrão para lançamento
em corpos d’água).”
EQUAÇÕES REPRESENTATIVAS
a) Concentração e déficit de oxigênio no rio após a mistura
com o despejo:
Em que:
C0 =Concentração inicial de oxigênio, logo
Q x OD  Q x OD após a mistura mg/l)
C  r r e e
D0 = Déficit inicial de oxigênio, logo após a
Q Q
0
mistura mg/l)
r e
Cs =Concentração de saturação de oxigênio
Qr = Vazão do rio a montante do lançamento
dos despejos (m3/s)

D C -C
0 s 0
Qe = Vazão de esgoto (m3/s)
ODr = Concentração de oxigênio dissolvido
no rio, a montante do lançamento dos
despejos (mg/l)
ODe = Concentração de oxigênio dissolvido
no esgoto.
CONCENTRAÇÃO DE SATURAÇÃO DE OD (CS)

O valor de Cs é função da temperatura da água e da


altitude
Elevação da temperatura reduz a concentração de
saturação
Aumento da altitude reduz a concentração da
saturação

ODr = é resultante das atividades da bacia hidrográfica


à montante
Pouco indícios de poluição adotar como 70 a 90% do
valor de saturação de oxigênio (Cs)
Concentração de saturação de oxigênio (Cs) (mg/l)
Altitude (m)
Temperatura(ºC) 0 500 1000 1500
10 11,3 10,7 10,1 9,5
11 11,1 10,5 9,9 9,3
12 10,8 10,2 9,7 9,1
13 10,6 10,0 9,5 8,9
14 10,4 9,8 9,3 8,7
15 10,2 9,7 9,1 8,6
16 10,0 9,5 8,9 8,4
17 9,7 9,2 8,7 8,2
18 9,5 9,0 8,5 8,0
19 9,4 8,9 8,4 7,9
20 9,2 8,7 8,2 7,7
21 9,0 8,5 8,0 7,6
22 8,8 8,3 7,9 7,4
23 8,7 8,2 7,8 7,3
24 8,5 8,1 7,6 7,2
25 8,4 8,0 7,5 7,1
26 8,2 7,8 7,3 6,9
27 8,1 7,7 7,2 6,8
28 7,9 7,5 7,1 6,6
29 7,8 7,4 7,0 6,6
30 7,6 7,2 6,8 6,4
b) Cálculo da DBO5 e da demanda última no rio após a
mistura com o despejo

DBO Mistura

Q x DBO  Q x DBO 
DBO5  r r e e

Q Q
0

r e

Em que:
DBO última da mistura DBO5 = Concentração de DBO5, logo
após a mistura (mg/l);
L  DBO5 x K
0 0 T L0 = Demanda última de oxigênio, logo
após a mistura;
DBO 1
K 
T
 u
-5k1
DBOe = Concentração de DBO5, do
DBO 1 - e
5
esgoto (mg/l);
KT = cte para transformação da DBO5 a
DBO última
c) Cálculo do perfil de oxigênio dissolvido em função do
tempo:

K x L 
C C - x e 1 0 - K1 .t
-e -K 2 . t
 D x e -K 2 . t


 K K 
t s 0

2 1

d) Cálculo do tempo crítico (tempo onde ocorre a


concentração mínima de oxigênio dissolvido

1  K  D xK - K  
t  x ln x 1 -  
2 0 2 1

K K K  
C

2 1
L xK 1 0 1
e) Cálculo do déficit crítico e da concentração crítica de
oxigênio EQUAÇÕES REPRESENTATIVAS

K
D C
xL xe 1
0
- K1 . t c

K 2

OD  C - D
c s c
f) Tempo de percurso (t)
Tempo de percurso teórico que uma partícula gasta para percorrer
um determinado trecho
Em função:
Velocidade e distância vencida

d
t
v.86400
Em que:
t = tempo de percurso (d)
d = distância percorrida (m)
v = velocidade do curso d’água (m/s)
86400 = número de segundo por dia (s/d)
Eficiência necessária para instalação do
tratamento do esgoto

É verificada através da classe do rio, a qual o esgoto


será despejado
Classe do rio

Valor mínimo de OD permissível

= ODc(concentração crítica) deverá ser maior ao valor mínimo


permitido pela legislação
Eficiência necessária para instalação do tratamento
do esgoto

 E 
DBO  1   xDBO
 100 
5e 5a

DBO - DBO
E x 100
5a 5e

DBO 5a
Em que:
DBO5e = DBO5 do esgoto efluente do tratamento (mg/l)
DBO5a = DBO5 do esgoto afluente (mg/l)
E = Eficiência do tratamento na remoção de DBO5(%)
EXERCÍCIO

Uma destilaria produz 3.283 m3 d-1 de vinhoto, com DBO


de 25.000 mg/L, lançando-os continuamente no Arroio
Pelotas. Antes do Arroio Pelotas encontrar com Rio
Pelotas, receberá também os esgotos da cidade de Capão
do Leão . Pede-se:

a) Traçar a curva de oxigênio dissolvido no Arroio Pelotas.


b) Determinar em que trecho do Arroio Pelotas e do rio
Pelotas poderá ocorrer:
- Morte de peixes
- Anaerobiose
c) Qual a distância em que depois dos pontos de
lançamento os corpos receptores deveriam alcançar o
estado de inicial?
Características do Arroio Pelotas

• Vazão = 24.320 L/s


• DBO = 1,0 mg /L (1º estágio)
• OD = 7,0 mg/L
• ODSAT= 11,0 mg/L
• Coeficiente de Desoxigenação: 0,1 d-1
• Coeficiente de Reaeração: 0,2 d-1
• Velocidade: 0,14 m/s
• OD mínimo = 3,5 mg/L
Características dos resíduos líquidos da destilaria

• Vazão = 3.283 m3/d


• DBO = 25.000 mg/L (1º estágio)
• OD = zero
• Distância da cidade = 145 km

Características da cidade Capão do leão :


• População: 211.490 hab.
• QPC de esgoto = 160 L/hab.dia
• DBO = 2100 mg/L (1º estágio)
• Distância para o Rio Pelotas = 120 km
• OD = zero

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