Dominique Julia (Reconstruindo Final)
Dominique Julia (Reconstruindo Final)
Dominique Julia (Reconstruindo Final)
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE ESTUDOS PÓS-GRADUADOS EM EDUCAÇÃO:
HISTÓRIA, POLÍTICA, SOCIEDADE
A CULTURA ESCOLAR
COMO OBJETO HISTÓRICO
Dominique Julia
Objetivo do artigo:
A cultura escolar como objeto histórico
Contextualização:
Texto proferido no XV ISCHE, realizada em Lisboa em 1993
Proposta do trabalho abrange : Período Moderno e Contemporâneo
(séculos XVI e XIX).
As razões da escolha :
1. De competências
2. E, também por 3 razões de plano epistemológico
Crítica do autor
As análises que, na esteira de Bourdieu e Passeron,
pretendiam ver na escola apenas o lugar de reprodução social
ao invés de pensar nas praticas sociais
Intenção do autor
Convite aos historiadores da educação a se interrogarem
sobre as práticas cotidianas, sobre o funcionamento interno da
escola.
A metáfora aeronáutica da “caixa preta” adquire valor de
argumentação.
Cultura escolar
Para ser breve, poder-se-ia descrever a cultura escolar como um conjunto de normas
que definem conhecimentos a ensinar e condutas a inculcar, e um conjunto de práticas
que permitem a transmissão desses conhecimentos e a incorporação desses
comportamentos; normas e práticas coordenadas e finalidades que podem variar
segundo as épocas (finalidades religiosas, sociopolíticas ou simplesmente de
socialização). Normas e práticas não podem ser analisadas sem se levar em conta o
corpo profissional dos agentes que são chamados a obedecer a essas ordens e,
portanto, a utilizar dispositivos pedagógicos encarregados de facilitar sua aplicação, a
saber, os professores primários e os demais professores. Mas, para além dos limites da
escola, pode-se buscar identificar um sentido mais amplo, modos de pensar e agir
largamente difundidos no interior de nossas sociedades, modos que não concebem a
aquisição de conhecimentos e habilidades senão por intermédio de processos formais de
escolarização: aqui se encontra a escalada dos dispositivos propostos pela schooled
society que seria preciso analisar; nova religião com seus mitos e ritos contra a qual Ivan
Illich se levantou com vigor a mais de 20 anos. Enfim, por cultura escolar é conveniente
compreender também, quando é possível, as culturas infantis (no sentido antropológico
do termo), que se desenvolvem nos pátios de recreio e o afastamento que apresentam
em relação as culturas familiares (p.10-11).
Provocação do autor :
dispomos hoje
de instrumentos próprios
para analisar historicamente
esta cultura escolar?
1º eixo
Análise das normas e das finalidades que
regem a escola
Dois pontos principais:
1- Textos normativos sempre nos reenviam às práticas
2- Funcionamento real - em tempos de crises e conflitos
• Formado em Direito.
• Catedrático de Teoria e História da Educação na Faculdade de
Educação da Universidade de Múrcia (1969 – 1982).
• Actualmente, é presidente da Sociedade Espanhola de História
da Educação.
• Suas principais linhas de investigação são os processos de
alfabetização (a leitura e a escrita enquanto práticas sociais e
culturais), escolarização e profissionalização docente, a história
do currículo (o espaço e o tempo escolares, os manuais
escolares) e o ensino secundário, assim como a análise das
políticas e reformas educativas nas suas relações com as
culturas escolares.
• Foi Decano das Faculdades de Filosofia, Psicologia e Ciências
da Educação e de Filosofia e Ciências da Educação da
Universidade de Múrcia, bem como membro do Comité
Executivo da International Standing Conference for the History
of Education entre os anos de 1994 e 2000.
Sistemas Educativos, culturas
escolares y reformas
Objetivo:
Relação entre a cultura escolar e as
reformas educativas
Cultura escolar :
• Não é uma consequência ou um produto
específico do processo de configurações dos
sistemas educativos.
• Ressalva:
• Sua origem esta ligada as mesmas origens da
escola como instituição.
Origem da expressão “Cultura escolar”: