Aula 01 - Deficiencia Auditiva

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BÁSICO DE LIBRAS

AULA 01
ESTRUTURA DO OUVIDO
CONCEITOS
Deficiência auditiva é o nome utilizado para
indicar perda de audição ou diminuição na
capacidade de escutar os sons. Qualquer problema
que ocorra em algumas das partes do ouvido pode
levar a uma deficiência na audição.

Podemos considerar surdo o indivíduo cuja


audição não é funcional na vida comum, e
parcialmente surdo, aquele cuja audição, ainda
que deficiente, é funcional com ou sem prótese
auditiva.
Deficiente auditivo é o termo técnico utilizado
para denominar as pessoas que apresentam uma
perda sensorial auditiva. Geralmente este termo
não é utilizado pelo grupo que pertence à
comunidade surda.

Surdo-mudo é uma denominação arcaica e


incorreta para se referir ao surdo. Este termo não é
utilizado pelo grupo que pertence à comunidade
surda, pois MUDEZ é a impossibilidade de falar ou
problema relacionado à emissão da voz.
CAUSAS
São várias as causas que levam à deficiência auditiva:

Pré-natal (durante a gestação)

Desordens genéticas, consangüinidade,


doenças infecto-contagiosas (como a
toxoplasmose, a sífilis e a rubéola), uso
de drogas e álcool pela mãe,
desnutrição ou carência alimentar
materna, hipertensão ou diabetes
durante a gestação e exposição à
radiação.
Peri-natal (durante o nascimento)

Anóxica (falta de oxigenação),


prematuridade, traumas do parto,
estrangulamento de cordão
umbilical, icterícia grave no
recém-nascido e infecção
hospitalar.
Pós-natal (depois do nascimento)

Infecções (como meningite, sarampo,


caxumba), o uso de remédios
ototóxicos em excesso e sem
orientação médica, a exposição
excessiva a ruídos e a sons
muito altos e o traumatismo
craniano.
Categorias

Condutiva: causada por um problema localizado no


ouvido externo e/ou médio, que tem por função
"conduzir" o som até o ouvido interno. Esta
deficiência, em muitos casos, é reversível e
geralmente não precisa de tratamento com aparelho
auditivo, apenas cuidados médicos.

Neurossensorial: decorrente de lesão no ouvido


interno. Nesse caso há uma diminuição na
capacidade de receber os sons, provocada por um
problema no mecanismo de percepção do som desde
o ouvido interno até o cérebro.
Mista: quando o problema está localizado em ambos
os mecanismos numa mesma pessoa.

Central: que não é, necessariamente, acompanhado


de diminuição da sensitividade auditiva, mas
manifesta-se por diferentes graus de dificuldade na
compreensão das informações sonoras. Decorre de
alterações nos mecanismos de processamento da
informação sonora no Sistema Nervoso Central.
Os graus de surdez dividem-se em dois grupos:
parcialmente surdos e surdos.

Parcialmente surdos: aqueles que possuem surdez


leve, moderada e acentuada.

Surdos: aqueles que possuem surdez severa,


profunda e anacúsicos.
Surdez leve: o aluno apresenta uma perda de 20 até 40
dB, não percebe todos os fonemas das palavras, é
considerado desatento e solicita com freqüência a
repetição do que lhe falam. A deficiência não impede a
aquisição normal da linguagem, mas poderá causar algum
problema de articulação ou dificuldade na leitura e escrita.

Surdez moderada: o aluno apresenta uma perda auditiva


de 41 a 55 dB, é necessária uma voz de certa intensidade
para que seja percebida, ao telefone não escuta com
clareza, trocando muitas vezes a palavra ouvida por outra
foneticamente semelhante (pato/rato). Nesse caso é
freqüente o atraso da linguagem.
Surdez acentuada: o aluno apresenta uma perda auditiva de 56
a 70 dB, já não escuta sons importantes do dia-a-dia (o telefone
tocar, a campainha, a televisão). Necessita do apoio visual para
entender o que foi dito, apresenta atraso de linguagem e
alterações articulatórias, podendo ocasionar também, em alguns
casos, maiores problemas lingüísticos.

Surdez severa: o aluno apresenta uma perda auditiva entre 71


e 90 dB. Percebe, mas não entende a voz humana, não
distingue os sons (fonemas) da fala. A compreensão verbal vai
depender em grande parte da aptidão para utilizar a percepção
visual (leitura labial). É comum atingir os 4 ou 5 anos de idade
sem ter aprendido a falar e necessita de um atendimento
especializado para adquirir a linguagem oral.
Surdez profunda: o aluno apresenta uma perda auditiva
acima de 91 dB, não percebe nem identifica a voz humana,
impedindo que adquira a linguagem oral. Escuta apenas
os sons graves que transmitem vibração (trovão,
helicóptero). Esta perda é considerada muito grave e
necessita de atendimento especializado desde a mais
tenra idade para que possa adquirir a linguagem oral.

Anacusia: é a falta total de audição, deve ser trabalhado


e estimulado o mais precocemente possível, tendo como
conduta pedagógica o mesmo da surdez profunda.
Identificação e sinais indicadores

Os sinais que podem ser percebidos precocemente pelos


pais das crianças que possuem deficiência auditiva são:

Não se assustar com portas que batem ou outros ruídos


fortes;
Não acordar com música alta ou barulho repentino;
Não atenderem quando são chamadas;
Serem distraídas, desatentas, desligadas, apáticas, não
se concentrarem;
Não falar, após os dois anos de idade;
Parecer ter atraso no desenvolvimento neurológico ou
motor.
Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS

É a língua materna dos surdos brasileiros. Língua de


modalidade gestual-visual (porque utiliza a visão para captar a
mensagem e movimentos das mãos e expressões corporal e
facial para se comunicar) que possui estrutura e gramática
própria, tendo a mesma denominação e status da língua oral-
auditiva (sistema fonológico representado pelos fonemas de
uma língua, concretizados pela articulação dos sons da fala).

A Língua de Sinais não é uma língua universal.


LIBRAS

Estrutura da LIBRAS: Estrutura-se na combinação


de parâmetros para formar um sinal (palavra). Falar
com as mãos é, portanto, combinar elementos para
formarem as palavras e estas formarem as frases em
um contexto. Esses parâmetros se dividem em duas
classes: Parâmetros primários e secundários
Parâmetros Primários
1. Configurações das mãos;
2. ponto de articulação;

3. movimento.
Parâmetros Secundários

1. disposição das mão;

2. orientação da palma das mãos;


3. região de contato;

4. Expressões faciais.
Sistema de Transcrição para a LIBRAS

Abaixo destacamos algumas convenções


apresentadas pela LIBRAS:

1. Os sinais da Libras, para efeito de


simplificação, serão representados por
itens lexicais da Língua Portuguesa em
letras maiúsculas. Exemplos:

TRABALHAR, QUERER, NÃO TER


2. A datilologia (alfabeto manual) que é
usada para expressar nome de pessoas,
de localidades e outras palavras que não
possuem um sinal, está representada pela
palavra separada, letra por letra, por hífen.
Exemplo:

HOTEL I-T-A-G-U-A-Ç-U
3. Na Libras não desinências para gêneros
(masculino e feminino). O sinal
representado por palavra da língua
portuguesa que possui marcas de gênero,
está terminado com o símbolo @ para
reforçar a idéia de ausência e não haver
confusão. Exemplos:

El@ (ele e ela), Amig@ (amigo e amiga)


O ALFABETO
Exercícios

1. Usando o alfabeto manual (datilologia):


a) Qual é o seu nome?
b) Qual é o seu sobrenome?
c) Nome do seu pai e/ou mãe
2 – Usando o alfabeto manual (datilologia):

a) João f) Shibano k) Charles

b) Gustavo g) Handara l) Luan

c) Nina h) Igor m) Matheus

d) Dora i) Elvis n) Washington

e) Pedro j) Kauê o) Yara


Números
3 – Usando os números (datilologia):

a) 10 f) 123 k) 789

b) 534 g) 435 l) 781

c) 357 h) 981 m) 792

d) 231 i) 108 n) 1.078

e) 890 j) 243 o) 3.890


Disse Jesus: Ide por todo o mundo, e
pregai o evangelho a toda criatura.
(Marcos 16:15)

FIM

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