Sedimentologia

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UAN

Faculdade de Cincias
Departamento de Geologia

Sedimentologia 4 ano 7 Semestre


Por:
Maria Luisa Morais; Prof. Titular
Cirilo Cauxeiro; Prof. Assistente

Objectivo Dar aos estudantes conhecimentos tericos e


prticos dos fcies sedimentares, a partir do estudo das
caractersticas morfolgicas, litolgicas, fsicas e qumicas do
gro como individuo, e em uma associao de fcies,
estruturas sedimentares para podermos ento chegar ao meio
ou ambiente de deposio;
Metodologia, que permite ao estudante ganhar um esprito
autocrtico e colectivo nos trabalhos de investigao.

Origem de sequncias
Os sistemas deposicionais so as cozinhas das sequncias sedimentares
mais coordenados pelos processos internos e externos.
Autocyclic (Autogenetic) Sequences : so primariamente controlados
pelos os processos que ocorrem no desenvolvimento dos sedimentos
sem influencia
externa ; A dinmicas dos seus processos so responsveis pela o
ordenamento dos fcies e empilhamento. As camadas destas sequencias
so limitadas continuamente. Ex: acreco lateral de canal de meandro,
crevasplay depsitos, sequencias de tempestitos, camadas turbidticas.
Allocyclic (Allogenetic) Sequences : so coordenados pelos processos
externos, muitas vezes interrelacionados com parmetros (climticos,
eustatismo, tectnico) que foram o nvel de base relativo/nvel do mar
para flutuarem no tempo e no espao. Estes tipos de sequencias e
possveis inconformidades associadas, representam lineas de tempo de
inventos globais registadas em toda a bacia. Ex: sequencias
transgressivas, regressivas agradativas progradativas retrogradativas.

AMBIENTE DE SEDIMENTAO?
Os depsitos so constitudos por sedimentos podendo ter ou
no a mesma origem, que estaro dependentes de certas
condies que regem ao meio onde eles se encontram.
Estes podem ser de uma s natureza, ciclo ou de muitas fontes
ou vrios ciclos.
Estaro em funo de alguns parmetros ou factores:
Climticos; Paleontolgico; Petrofsicos; Petroqumicos;
Salinidade; etc, que iro constituir campos de estabilidades
para certos sedimentos.
O QUE DEFINE UM AMBIENTE DE SEDIMENTAO?

Tipos de fcies:
Litofcies;
Biofcias.
Litofcies:
Conglomerados Processos de muito alta energia;
Areias Energia alta, mdia e baixa;
Siltes Energia baixa muito baixa;
Argilas Energia extremamente baixa, processos de
decantao.
Biofcias:
Conhecimento da microfauna, flora, nos sedimentos.

Anlise granulomtrica

Folk & Ward, Pettijohn, Krumbein, Wentworth,


Zingg, Udden, etc.

I - Estudo sistemtico na anlise de um


afloramento

Uma das tendncias modernas mais marcadas na


investigao em cincias geolgicas a que se prope usar
mtodos quantitativos, isso , medir tanto quanto possvel
os fenmenos a estudar, utilizar essas medidas elementares
como elementos de expresses matemticas e procurar
correlaes vlidas entre os valores numricos e os
fenmenos naturais.
Por outro lado, a verificao da frequncia dos fenmenos
e o seu registo expresso em nmeros, permite a utilizao de
mtodos estatsticos, os mais adequados s cincias
geolgicas.
Assim, procurar-se- familiarizar os estudantes com o
clculo estatstico e com a sua interpretao no mbito da
sedimentologia.

O estudo sistemtico das caractersticas de um afloramento


compreende:
a) A cor dos sedimentos
Constituem um critrio secundrio, apenas auxiliar, dado que
so frequentes casos de convergncia de cores de solos
formados sob condies diferentes.
Tm, no entanto, relativa utilidade quando associada a outros
elementos.
Exemplos:
Cores vermelhas vivas encontram-se nas zonas tropicais e
subtropicais e, na regio mediterrnica. Exceptuam-se os solos
esquelticos das zonas ridas que tm geralmente a cor da
rocha me, mais ou menos alterada pela presena de patine
(verniz).
Cores castanho-amareladas, mais ou menos escuras dominam nas zonas temperadas.

Os principais responsveis pelas cores dos solos so:


hmus - cuja maior ou menor percentagem d ao solo um
tom mais escuro;
OFe (oxido ferroso, com xidos de Fe++) - o responsvel
pelas tonalidades azuladas e violeta da patina, ao qual se
junta, por vezes, OMn (oxido de mangansio, negro);
O3Fe2 (sesquioxido de ferro, com Fe+++); ou hematite confere ao solo o tom vermelho intenso;
limonite - responsvel pela tonalidade amarela que dada
pelos xidos frricos hidratados.

Qual a importncia do conhecimento das cores:


Conhecidos os valores fsico e qumico dos componentes
referidos, em funo da : temperatura, da humidade, do tipo
de rocha me e do PH (ao qual esto ligados alguns produtos
resultantes de fermentaes de M.O.) , possvel estabelecer-se
correlaes no sentido da formulao das condies
paleoclimticas e paleogeogrficas que presidiram formao
dos solos antigos.
Dado essa importncia, criaram-se cdigos de cores, para
precisar e uniformizar as descries dos inmeros
observadores.
Exemplos de cdigos:
- Code universal ds coleurs de E. Sgny, (1936), paris ; com
720 cores (das quais cerca de 70 existem nos solos);
-Munsell soil charts Baltimore; com 268 cores (das quais
cerca de 200 existem nos solos). De entre outros.

Estruturas sedimentares e Processamentos


Entre os factores fsicos mais importantes dos ambientes de
sedimentao, que condicionam a formao das estruturas sedimentares,
esto: o meio de deposio, a energia das correntes e ondas, a
profundidade da gua, etc.
O estudo do ambiente fsico significa primordialmente a determinao
das condies hidrodinmicas sob as quais determinados sedimentos
foram depositados.
As informaes sobre as condies hidrodinmicas podem ser obtidas do
estudo cuidadoso e detalhado das estruturas sedimentares

primarias, tanto orgnicas como inorgnicas.


A maioria das estruturas secundrias resulta de processos qumicos, tais
como os que levam formao diagentica das concrees.
As estruturas sedimentares podem ser estudadas em afloramentos:
escarpas, pedreiras, barrancos de rios, cortes de estradas e
outros cortes artificiais. Podem ser grandes, estudados em afloramentos,
pequenos e as micro-estruturas, que so visveis s com o auxlio de
instrumentos pticos (lupas de bolso e binocular).

GRUPOS

EXEMPLOS

Antes Prdeposicional
(Interstratal ou
entre os
extratos)

- Canais;
Canais;
- Escavaes e preenchimento;
- Turboglifos (principalmente a gua
em ambientes lagunares e fluviais);
- Marcas de Sulcos;
- Marcas de Objetos;
- Marcas Onduladas.

Durante
Sindeposicional
(Intraestratal
ou dentro da
camada)

- Macia;
- Estratificao Plana;
- Estratificao Cruzada;
- Estratificao Gradacional;
Gradacional;
- Laminao Plana;
- Laminao Cruzada.

Psdeposicional
(deformadas)

- Escorregamento e deslizamento;
- Estrutura de deformao plstica;
- Laminao convoluta;
- Acamamento convoluto;
- Camadas frontais recumbentes;
- Estruturas de sobrecarga;

Miscelnea

- Marcas de pingo de chuva;


- Gretas de contrao;
- Diques clsticos;
- Boudinage (produzido por esforos de
tenso)

ORIGEM

Principalmente
erosiva

Principalmente
deposicional elica ou
fluvial

Principalmente
deformacional

Exerccios de aplicao
Clculos, e representao grfica dos dados granulomtricos

Levantamento de Seces geolgicas


Noes gerais sobre sistema petrolfero
Noes gerais de estratigrfica de sequencias.

Bloco Diagrama representando os Principais Ambientes de deposio


(Reineck & Singh, 1980)

Batimetry

Sea level
+

Tipos de ambientes
Fluvial - Cones Aluvionais
- Rios ( Rectilneo; Anastomosado; Meandrante;
etc.);
- Lacustres;
Transio - Deltaicos, Ilhas barreira;
- Praia ou Tidal, Lagunar;
Marinho

- Turbidtico

Selley (1976) sedimentao moderna.

Terrestre
Continental

Transicional

Marinho

Aquoso

Desrtico
Glacial
Esplico
(caverna)
Fluvial
Paludal
(pntano)
Lacustre
Deltaico
Estuarino
Lagunar
Litorneo
Recifal
Nertico
Batial
Abissal

Cones Aluvionais
Desenvolve-se
nas
zonas
continentais, entre as zonas mais
elevadas, compreendendo por
depsitos de canal confinado, e
de leque nas suas trs
subdivises Superior, mdio e
inferior. Ver figs.

Ambiente Fluvial
Os rios, so os principais agentes geolgicos de maior
relevncia no modelamento da paisagem.
Estes j foram estudados por vrios cientistas: Sorby 1589,
Powell 1876, Davis 1899, etc.
Conceito de RIO:
Geomorfologicamente, o rio uma denominao empregue
apenas para fluxo canalizado e confinado, que depende por
outro lado de um suprimento de gua, podem ser Efmero ou
Perenes.

Planimetricamente, distinguem-se cinco(5) configuraes


principais:
Rectilneos;
Entranados;
Divagantes;
Anastomozados;
Meadrantes.

Tipo de depsitos Fluviais

Depsitos do fundo do canal, Dique marginal,


Barra de meandro, Plancie de inundao,
Rompimento de dique marginal, Vrzeas.

Estruturas ou figuras deposicionais

Gradao granodecrescente de um corte do sistema Braided,


com marcas erosivas mostrando o fundo do canal,
estratificao acanaladas, cruzadas de grande e mdio porte,
tabulares, plano paralelas horizontais e sedimentos de
inundao, mostrando o abandono do canal.

Exerccio

Ambiente Deltaico
O termo delta em geologia, utilizado para denominar
depsitos sedimentares contguos, em parte subareos e
parcialmente submerso, depositados em um corpo de gua
(oceano ou lago), primariamente pela a aco dos rios.
Lyell 1972 e Bates 1957, fizeram vrios estudos em depsitos
deltaicos e mediante os prametros utilizados eles podem ser
continentais ou marinhos, e ainda Homopiclinais,
Hiperclinais, Hipoclinais:
Homopiclinais - MT = MR;
Hiperclinais - MT MR os sedimentos so
transportados por corrente de turbidez;
Hipoclinais MT MR Os sedimentos move,-se sbre a
superfcie do meio mais denso.

Factores que controlam a formao de um delta

*Regime fluvial;
*Processos costeiros;
*Factores climticos;
*Factores tectnicos.

Tipos de depsitos de um delta

Plancie deltaica;

Frente deltaica;

Prodelta.

Tipos de deltas (Fisher et al., 1969)

Ambiente de praia
Praia corresponde zona perimetral de um corpo
aquoso ( lago, mar ou oceano), dominada por ondas
e composta de material granular frivel ,
comumente arenoso (0,062 2 mm), ou raramente
cascalhoso ( 2 mm ), alm de conter teores variados
de bio detritos, minerais pesados estes gros so
maioritariamente Qz e Fl, apresentando modificao
quer interna como externa dos depsitos arenosos
induzida pelas correntes longitudinais e das mares.

Sub ambientes

Ambiente Turbidtico
Os turbidtos so depsitos sedimentares formados por correntes de
turbidez,
turbide designadas como correntes de densidade, dada a suspenso
dos sedimentos na gua (Walker e James, 1992).
Estes depsitos podem ocorrer em ambientes marinhos como
tambm em lagos, e em ambientes de avalanches de neve (Pickering,
1989).

Localizao e formao de depsitos turbidticos marinhos


Depsitos sedimentares turbidticos podem ser encontrados tanto no
talude continental como na plancie abissal, sendo eles bastantes
diversificados. Estes podem ter uma alimentao relativamente alta
em sedimentos provenientes:
de sistemas flvio delticos que chegam na bordadura de
plataforma onde ao escorregarem na zona de talude formam fluxos
gravitacionais e correntes de turbidez;
turbidez
- da eroso de canhes submarinos;
- e/ou escavaes de vales na plataforma;

Os leques submarinos
Os canhes submarinos que recortam a superfcie de talude
continental constituem as vias de transporte dos sedimentos,
da plataforma ao sop continental e por vezes at a plancie
abissal, onde so geralmente depositados em forma de leque
submarino (Suguio, 2003).
Um leque submarino corresponde a um complexo de canais e
lobos originados por deslizamentos gravitacionais de
sedimentos, num ambiente de mar profundo, geralmente
abaixo da plataforma continental (Pickering, 1989).
Os leques submarinos tm despertado grande interesse, pelo
facto destes reunirem condies bsicas para a acumulao de
areias turbidticas e argilas hemipelgicas ricas em matria
orgnica.

De acordo com modelo clssico proposto por Walker (1992),


um leque submarino subdivide-se em trs reas:
-Leque superior ou interno - dominado por um canal principal
onde na parte interna se depositam os conglomerados e
arenitos macios de natureza lenticular;
-Leque mdio caracterizado por lobos deposicionais que
contm arenitos macio e estratificados, depositados em canais
anastomosados na sua parte superior e turbidticos clssicos
decimtricos (de acordo a sequncia de Bouma) acumulados
em zonas no canalizadas na sua parte inferior;
-Leque inferior ou externo compreende a franja terminal, de
pendncia muito suave com deposio de turbiditos de
granulao mdia a muito fina com siltitos e lamas
hemipelgicas (Walker et James 1992).

Principais factores responsveis pela formao de leques


submarinos
Os principais factores pela deposio, constituo e localizao dos
leques submarinos so: tectonismo, taxa de alimentao de detritos,
variao do nvel do mar e fluxos gravitacionais.
A variao destes factores determinam o desenvolvimento de
diferentes tipos de leques.
Factores tectnicos: estes factores condicionam algumas das
principais caractersticas dos leques tais como:
-A forma dos leques submarinos; O modelo de crescimento de
canais; o modelo de distribuio das fcies sedimentares; a criao
de falhas, subsidncia, levantamentos tectnicos, fluxo de massa e
diapirsmo (Ojeda, 2001).

-A actividade tectnica na rea fonte pode influnciar a taxa de


eroso e consequentemente a taxa de alimentao de
sedimentos.
-Alimentao de sedimentos : O volume, a taxa de alimentao
e granulometria dos sedimentos, so os parmetros que vo
influenciar fcies e o meio deposicional dos depsitos
turbidticos.
Por exemplo, o volume dos sedimentos introduzidos numa
bacia determina: o tamanho do leque submarino, a extenso
dos canais e a distncia de transporte dos sedimentos.
Por sua vez, a alimentao de detritos influenciada pelo tipo
de terreno, pelo tamanho da bacia de drenagem e pela taxa de
inundao da rea de eroso.

-Variao do nvel do mar : A variao do nvel do mar


tambm influncia na formao de turbidtos. Assim,
dependendo da posio do nvel do mar, isto se o nvel for
alto, haver uma fraca alimentao de sedimentos terrgenos
para o leque submarino enquanto que se o nvel for baixo
haver um grande fornecimento de detritos no talude pois,
h uma maior exposio e consequentemente eroso da
plataforma, fazendo com que a quantidade de sedimentos
flvio-deltico atinjam o joelho(talude) que por
instabilidade destes caiem para a bacia. Desta forma so
geradas as correntes de turbidez que esto na base da
formao de leques submarinos formados na base do talude
continental.

Fluxos gravitacionais
Os processos gravitacionais exercem um papel relevante na
formao dos depsitos turbidticos.
Os fluxos sedimentares gravitacionais so fluxos de sedimentos
ou mistura de sedimentos que se deslocam devido a aco da
gravidade, sem influncia significativa do meio existente por
cima desse fluxo.
A ocorrncia destes fluxos pode dar-se de uma forma muito
lenta ou por vezes de forma sbita. As velocidades de
ocorrncia so em dependncia directa do tipo de fluxo.
Os principais fluxos gravitacionais so:

Fluxo detrtico:
um fluxo com grande quantidade de material fino (argila,
silte) que serve como matriz de sustentculo para o transporte
em suspenso de alguns elementos maiores (areias, seixos,
blocos).
A grande capacidade e competncia deste fluxo, possibilita o
transporte em suspenso de enormes volumes de detritos por
longas distncias sobre uma superfcie de baixo gradiente.
Neste tipo de fluxo verifica-se a quase inexistncia de
agradao dos sedimentos, m seleco e uma no orientao
preferencial dos gros.

Fluxo granular:
um fluxo formado predominantemente por gros de areia.
Neste fluxo a disperso dos gros e a manuteno em
suspenso dos mesmos dada pela coliso entre eles, o que se
faz com que se mantenha os gros de maior dimenso na parte
superior do fluxo e as partculas mais finas na base. Assim,
formam-se depsitos de areias com gradao inversa.
O fluxo granular tem tambm grande poder erosivo. Ele
produz acentuada eroso na cabeceira dos canhes e a
deposio dos detritos a pequenas distncias.
Os depsitos de areia formados por este fluxo apresentam
normalmente uma estrutura macia podendo mostrar alguns
gros individuais com orientao paralela ao fluxo.

Fluxo fluidificado:
forma-se a partir de uma fase de liquefao ou de gua em
suspenso que escoa verso alto provocando o transporte de
areia no estado de suspenso. Frequentemente este tipo de
fluxo encontra-se nas partes baixas do talude.
Em muitas camadas liquefeitas, o suporte dos gros dado
pelo escape vertical do fludo dos poros num regime de
deposio rpida. Este processo resulta na formao de
estrutura em forma de disco, laminaes convolutas, tubo de
escape de fluidos assim como vulces de areia na superfcie do
fluxo. Normalmente so encontradas estruturas de carga na
base.

Correntes de turbidez:
so fluxos granulares induzidos pela gravidade onde a
densidade global do fludo afectado maior do que a do fludo
envolvente. O maior aumento da densidade deste fluxo dado
pela matria mantida em suspenso por fenmenos
turbulentos devido a velocidade de escorregamento da
corrente e da inclinao do substrato.
A coliso entre as partculas, as movimentaes ascendentes
dos fluidos assim como a matriz constituem factores
importantes na disperso e suspenso das partculas. As
correntes de turbidez apresentam trs partes morfolgicas
distintas: cabea, corpo e cauda.

Caracterizao geomtrica e faciolgica dos depsitos


turbidticos
Os depsitos turbidticos podem constitur:
- Complexos de canais: caracterizados por um grupo de corpos
arenosos e ou conglomerados, estreitos ou alongados que se
assemelham em planta a canais fluviais meandrantes;
- Lobos: ocorrem quando as correntes de turbidez mais carregadas
em sedimentos grosseiros (acima de areias mdias) atingem reas
com baixo declive. Estes tendem a reduzir a velocidade fazendo com
que o fluxo seja distribudo segundo um conjunto de canais rasos e
efmeros.
- Lobos no canalizados: ocorrem quando as correntes de turbidez,
mais carregadas em sedimentos finos (abaixo das areias mdias)
apresentam uma capacidade de eroso relativamente pequena,
atingindo reas com declive suave.
Os lobos no canalizados diferem do lobo canalizado pela presena
de sedimentos argilosos lateralmente entre as camadas arenosas.

-Franjas: so sedimentos acumulados nas partes distais e ou


externas dos leques turbidticos, quando as correntes de
turbidez diludas se libertam da maior parte da carga
sedimentar, a quando da construo dos lobos canalizados.

A sua classificao feita de acordo a granulometria dos


gros, as estruturas sedimentares e a organizao interna dos
mesmos. Existem vrias classificaes da fcies turbidticas
utilizadas nas indstrias. Uma delas a baseada na sequncia
de Bouma.
Os estudos de Bouma(1962) sobre os depsitos de flysch
esclareceram muitas das caractersticas dos turbiditos e
conduziram ao autor o modelo de sucesso de litologias que
reflectem em conjunto, uma queda progressiva de velocidade
da corrente.
Bouma baseando-se na granulometria e organizao interna
dos gros, classificou as fcies turbidticas em sequncia de Ta
a Te, as quais adquirem caractersticas diferentes consoante o
local por onde se efectuou a deposio. Esta tem de ter em
conta o ponto de origem das correntes de turbidez pois a
deposio pode ser efectuada na parte mais proximal ou distal.

Assim sendo com base na sequncia de Bouma o depsito


turbidtico pode ser composto por cinco nveis da base ao topo:
Ta resultante de uma rpida deposio, em regime de fluxo
superior, dando origem a arenitos macios e grosseiros;
Tb resultante da sedimentao por traco em regime de
fluxo superior resultando em depsitos de arenitos grosseiros
com estratificao paralela
Tc resultante da deposio em regime de fluxo inferior que
d origem a ondulaes cavalgantes, laminaes convolutas,
compostas por areia muito fina, siltes e argilas;
Td caracterizada por siltitos e argilas com laminao
paralela horizontal;
Te representada por argila macia, depositada por
correntes de turbidez de muita baixa densidade e por
sedimentos pelgicos acumulados aps as correntes turvas
relacionadas ao leque submarino (Walker et James 1992).

Exerccio

Outras classificaes bastante usadas so:


-Mutti (1985), diferenciaram as fcies em grosseiras e
mdias, estando agrupado nesta ltima todas as fcies
finas;
-Lowe (1982) frisa mais particularmente um modelo
facial para fcies grosseiras;
- Stow (1984) criaram um modelo facial que engloba
as fcies finas e muito finas.

Cortes transversal dum sistema Turbidtico


Onde poderemos enquadrar cada corte dentro dos fcies?

O que podemos aprender?

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