Distribuição Da População Portuguesa

A POPULAO, UTILIZADORA DE RECURSOS E
ORGANIZADORA DE ESPAOS
Distribuio da populao
portuguesa
As condicionantes na distribuio da populao
Em Portugal a populao
encontra-se desigualmente
distribuda.
semelhana do que se
passa na maior parte dos
pases da Europa e do resto
do Mundo,
De acordo com os dados do
INE, a densidade
populacional em Portugal
era, no ano de 2011, de 114,3
hab./km2, valor muito
prximo da mdia da UE-27
(116,6 hab./km2).
A repartio da populao no
territrio nacional muito desigual.
maiores densidades
populacionais: faixa litoral
Oeste entre o Minho e o Sado e
ainda na orla algarvia.
no interior, e em particular
no Alentejo, as densidades
populacionais so muito
reduzidas.
Os contrastes regionais no que respeita
distribuio da populao tm vindo a
acentuar-se ao longo do tempo.
Fig. Densidade populacional, por

concelho, em Portugal continental (2011)

No passado, a diviso fundamental no continente correspondia ao
curso do rio Tejo, que separava:
um Portugal densamente povoado nas terras montanhosas,
hmidas, dominadas pela influncia do oceano o Noroeste e at os
planaltos de Nordeste;
de um Portugal quase vazio nas regies secas, quentes e planas, de
caractersticas mediterrneas o Sul.
Fig. Paisagem alentejana.

Nas ltimas dcadas, devido ao movimento de deslocao das
populaes do interior para o litoral:
Fig. Soajo
Fig. Lisboa
o contraste entre a
fachada atlntica e as terras
do interior tem aumentado;
acentuando-se tambm a
concentrao populacional nas reas
metropolitanas de Lisboa e do Porto.
a importncia demogrfica destas
duas grandes regies tem vindo a
tornar-se cada vez mais expressiva
nos ltimos 50 anos;
contribuindo assim para intensificar
as assimetrias regionais entre o
litoral e o interior.

As regies autnomas, no conjunto dos dois arquiplagos, representam
apenas cerca de 4,87% da populao residente em Portugal.
Fig. Densidade populacional, por concelho, nos arquiplagos dos Aores e da Madeira (2011)

Nos Aores, em cada uma das nove ilhas, a densidade
populacional e a forma de ocupao so muito desiguais.
Os casos extremos encontram-se no
Corvo e em So Miguel.
Fig. Densidade populacional, por concelho, no arquiplago dos Aores (2011)

No arquiplago da Madeira s a ilha do mesmo nome e a do Porto
Santo so habitadas.
A ilha da Madeira a maior e a mais populosa;
A dissimetria na distribuio da populao na ilha principal enorme
e vem de longa data.
Fonte: INE PORDATA (2012)
hoje, s a cidade
do Funchal abriga
cerca de 40% da
populao da ilha,
e, no concelho que
detm a capital,
habitam
praticamente
metade dos
residentes.
Fig. Densidade populacional, por concelho, no
arquiplago da Madeira (2011)

OS FATORES DE DISTRIBUIO DA POPULAO
Os fatores que tornam umas reas atrativas e outras, pelo
contrrio, repulsivas fixao humana relacionam-se, por um lado,
com aspetos de ordem natural (ou fsica) e, por outro, com as
prprias atividades humanas, tendo estas ltimas um papel cada
vez mais decisivo na distribuio da populao.

FATORES FSICOS OU NATURAIS
Na origem das grandes assimetrias regionais, no que respeita a
distribuio da populao no nosso pas, esto os fatores
naturais, como o clima, o relevo e o solo.

Como exemplo da atratividade exercida por certas reas,
pode referir-se:
a faixa litoral ocidental
clima hmido
relevo mais plano
temperaturas moderadas
solos frteis
favorecem o aparecimento de uma agricultura muito produtiva

de carter intensivo, capaz de assegurar elevadas densidades
humanas.

Como exemplo da falta de atratividade exercida por certas
reas, pode referir-se:
o Alentejo
clima quente
escassez de
recursos hdricos
existncia de grandes
manchas de relativa
pobreza nos solos
acabaram por dar

origem a uma das
menores densidades
demogrficas do territrio
nacional.

FATORES HUMANOS
a distribuio da populao explica-se cada vez mais
atravs de fatores humanos;
estejam eles relacionados
antecedentes
histricos;
processos de ordem
econmica e/ ou social.
dizem respeito forma

como se processou a
evoluo do povoamento.
explicam o aparecimento de
alguns dos maiores focos de
concentrao da populao no
litoral do nosso pas.
A densidade e qualidade das vias

de comunicao;
o maior grau de industrializao;
a possibilidade de acesso a
determinado tipo de servios;
tm promovido a criao de
emprego e atrado grandes
contingentes demogrficos ao
litoral.
Fig. Taxa de emprego por NUTS III (2011)

Concelhos do
litoral:
maiores taxas de crescimento demogrfico;

destaque para os que integram as reas
metropolitanas de Lisboa e do Porto.
a maioria dos concelhos do interior perdeu populao.
Fig. Variao da populao residente por municpio (2001-2011, 5 mais e 5 menos)
Os problemas na distribuio da populao

PROBLEMAS NA DISTRIBUIO DA POPULAO
Atualmente, os problemas mais marcantes da distribuio da
populao em Portugal so:
tendncia de concentrao
da populao na faixa litoral
litoralizao.
em especial nos grandes

centros urbanos de Lisboa e do
Porto bipolarizao.
o despovoamento do interior.

A LITORALIZAO E A BIPOLARIZAO DO POVOAMENTO
A concentrao da populao na faixa litoral do pas tornou-se

visvel e consistente ao longo do sculo XX.
Numa primeira fase, surgiu

como resultado da capacidade
de as regies litorais atrarem
a populao rural xodo
rural;
mais recentemente, esta

tendncia processou-se,
sobretudo, em funo da
vitalidade dos saldos naturais
e do fenmeno da imigrao.
Apesar de o litoral
ocupar apenas 28%
da superfcie do
continente, tinha, em
2011, 65% da
populao, enquanto
o interior se
caracterizava pelo
despovoamento.
ESPANHA
Paralelamente ao
fenmeno da concentrao
demogrfica no litoral:
foi-se desenrolando um
processo de urbanizao,
verificando-se um aumento
da importncia da vivncia
e concentrao nos
espaos urbanos, em
detrimento das reas rurais
e dos lugares de reduzida
dimenso populacional.
Fig. Populao em lugares com 2000 ou mais
habitantes (2011)

A bipolarizao em torno das duas principais cidades do pas Lisboa
e Porto tem vindo tambm a reforar-se. No ao nvel da populao das
cidades em si, mas ao nvel das suas reas metropolitanas.
Fonte: INE (2012)
Fig. Variao da populao residente nos municpios das reas metropolitanas de

Lisboa e do Porto (2001-2011)

A elevada concentrao demogrfica nas reas litorais verificada
nas ltimas dcadas tem contribudo para a alterao dos padres de
ocupao do solo.
originando, por vezes, grandes

presses sobre os recursos, em
particular, sobre as infraestruturas,
os equipamentos e os servios
disponveis;
o que coloca em causa a

capacidade de carga humana de
determinadas parcelas do territrio.

De entre os principais problemas do
litoral, especialmente nas reas
urbanas, destacam-se:
os congestionamentos do trfego;
representam uma enorme perda de
tempo e de recursos (combustvel) para
um grande nmero de habitantes dos
maiores aglomerados populacionais.
situaes de stress que acabam por
contribuir para uma degradao evidente
da qualidade de vida nestes espaos;
cada vez maior o nmero de pessoas
a sofrer de doenas originadas por este
tipo de ambiente.
Fig. Congestionamento de trfego
Ponte 25 de Abril

dificuldades em encontrar
habitao com custos comportveis;
populao com menores recursos
atirada para as reas mais
excntricas ou circunscrita a bolsas
de habitao degradada.
maior competio pelo emprego,
a sobrelotao dos equipamentos
sociais e o aumento de situaes
de excluso social, marginalidade e
insegurana, ou o aumento da
poluio atmosfrica, sonora, do
solo e visual, so consequncias
desta elevada concentrao
demogrfica.

As politicas de ordenamento procuram agora atuar no sentido de
minimizar alguns destes problemas, atravs de medidas como:
a diminuio da densidade populacional, reconvertendo espaos

habitacionais;
a melhoria dos transportes coletivos;
a criao de espaos de lazer e de equipamentos que permitam
melhorar a qualidade de vida urbana;
a reduo das fontes de poluio, procurando baixar os ndices para
valores aceitveis.

O DESPOVOAMENTO DO INTERIOR
o interior tem vindo progressivamente a perder populao
(consequncia dos fenmenos migratrios e de toda a dinmica
demogrfica que lhes est associada).
Fig. Drave aldeia abandonada

no concelho de Arouca
reas do interior encontram srias dificuldades para se

desenvolverem (investimento em infraestruturas e equipamentos
necessrios no se concretiza por falta de viabilidade econmica face
escassez de populao).
O DESPOVOAMENTO DO INTERIOR
tem-se assistido, nos ltimos anos, a uma certa capacidade
polarizadora dos centros urbanos de maior dimenso no interior.
Os investimentos realizados em parques industriais e polos
universitrios, a melhoria nas acessibilidades, na cultura e no lazer tm
contribudo para o crescimento da maior parte das cidades do interior.
Espera-se, contudo, que estas no permaneam como ilhas
incapazes de dinamizar as vastas reas cada vez mais despovoadas
que as envolvem.

Algumas das reas do interior, envelhecidas e despovoadas, devem
beneficiar de programas pblicos que permitam inverter a situao
de abandono econmico e social a que tem estado sujeitas.
atravs de medidas de discriminao positiva, tem-se procurado

desenvolver parcerias entre o poder central e as autarquias para:
a promoo do bemestar destas populaes;
e a criao de um ambiente
favorvel instalao de
determinadas atividades produtivas.

Algumas destas medidas visam:
a melhoria das acessibilidades,

fundamentais para criar condies de
competitividade a todas as atividades
econmicas do interior;
o desenvolvimento de um leque
alargado de servios sociais de apoio
populao envelhecida (lares,
centros de dia, centros de sade,
etc.);
a promoo de pequenas e mdias
empresas locais, especialmente as
que utilizam matria-prima e mo de
obra locais;
Fig.
Fig.
Apoio
Melhoraria
populao
da acessibilidade
envelhecida
Fig.
Borba
Indstria
local

Algumas destas medidas visam:
o desenvolvimento do turismo como

atividade capaz de contribuir para um
desenvolvimento sustentvel e promover
o ambiente e as culturas locais;
a criao de mecanismos fiscais de
incentivo fixao de empresas e
populao nestas reas;
a aposta na instalao de polos de
ensino universitrio com formaes
vocacionadas para a realidade onde se
inserem, constituindo agentes de
dinamizao da economia local e de
rejuvenescimento da populao.
Fonte: UBI
Fig. Parquedaindustrial
Fig. Universidade
Beira Interior
FIM DA
APRESENTAO

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As condicionantes na distribuio da populao

Fig. Densidade populacional, por

As condicionantes na distribuio da populao

Fig. Paisagem alentejana.

As condicionantes na distribuio da populao

As condicionantes na distribuio da populao

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Fig. Densidade populacional, por concelho, no arquiplago dos Aores (2011)

As condicionantes na distribuio da populao

Fonte: INE PORDATA (2012)

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As condicionantes na distribuio da populao

relevo mais plano

favorecem o aparecimento de uma agricultura muito produtiva

As condicionantes na distribuio da populao

acabaram por dar

As condicionantes na distribuio da populao

dizem respeito forma

As condicionantes na distribuio da populao

A densidade e qualidade das vias

Fig. Taxa de emprego por NUTS III (2011)

As condicionantes na distribuio da populao

maiores taxas de crescimento demogrfico;

a maioria dos concelhos do interior perdeu populao.

Fig. Variao da populao residente por municpio (2001-2011, 5 mais e 5 menos)

Os problemas na distribuio da populao

em especial nos grandes

Os problemas na distribuio da populao

A concentrao da populao na faixa litoral do pas tornou-se

Numa primeira fase, surgiu

mais recentemente, esta

Os problemas na distribuio da populao

Os problemas na distribuio da populao

Os problemas na distribuio da populao

Fonte: INE (2012)

Fig. Variao da populao residente nos municpios das reas metropolitanas de

Os problemas na distribuio da populao

originando, por vezes, grandes

o que coloca em causa a

Os problemas na distribuio da populao

Os problemas na distribuio da populao

Os problemas na distribuio da populao

a diminuio da densidade populacional, reconvertendo espaos

Os problemas na distribuio da populao

Fig. Drave aldeia abandonada

reas do interior encontram srias dificuldades para se

Os problemas na distribuio da populao

Os problemas na distribuio da populao

atravs de medidas de discriminao positiva, tem-se procurado

a promoo do bemestar destas populaes;

Os problemas na distribuio da populao

a melhoria das acessibilidades,

Os problemas na distribuio da populao

o desenvolvimento do turismo como

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