Organica - Curso de Aromaterapia - Oleos Essenciais
Organica - Curso de Aromaterapia - Oleos Essenciais
Organica - Curso de Aromaterapia - Oleos Essenciais
leos essenciais
O que so?
So substncias volteis extradas de plantas aromticas, atravs de destilao constituindo componentes bioqumicos de ao teraputica.
Caractersticas:
So geralmente lquidos e de aparncia oleosa a temperatura ambiente, por isso so chamadas de leos.
Tem grande volatibilidade, diferindo-se dos leos fixos (substancias lipdicas obtidos de sementes). Aroma agradvel por isso chamado de essenciais. So solveis em solventes orgnicos apolares e tem solubilidade limitada na gua. Geralmente quando extrados so incolores ligeiramente amarelos, mas a camomila azulada devido presena de azulenos.
A maioria possui leos volteis, possuem ndice de refrao e so opticamente ativos, propriedades utilizadas como controle de qualidade. So formados por vrias funes orgnicas como hidrocarbonetos terpnicos, alcois simples e terpnicos, aldedos, cetonas, fenis, steres, teres, xidos, perxidos, furanos, cidos orgnicos, lactonas, cumarinas, at compostos com enxofre.
Histria
Desde de muito sculos os leos essenciais j eram explorados, as pessoas usavam blsamos, ervas aromticas e resinas para embalsamar cadveres. Os chineses usam essas essncias desde 2.700 AC, o mais antigo livro de ervas do mundo Shen Nung( pio e gengibre). Em 2.000 AC os hindus documentaram mtodos rudimentares de destilao em livros snscritos.
A partir dos sculos XVI e XVII a comercializao se popularizou entre os povos de todo o mundo.
Outros povos como egpcios e persas tambm dominavam tcnicas de extrao de leos.
Com as cruzadas os conhecimentos se fundiram entre os rabes que em pouco tempo aperfeioaram as tcnicas e aparatos. A aromaterapia foi criada por Maurice Ren Gattefoss quando comeou a estudar suas propriedades curativas em 1928. Em 1904 foram publicadas as propriedades anti-spticas do leo de eucalipto. Durante a guerra as propriedades foram muito exploradas na falta de antibiticos.
Atualmente nossa produo estimada em torno de 1.000 toneladas. Quem est em primeiro colocado a China com produo de 3.000 toneladas por ano.
Matria-prima
Diversificada podendo ser utilizado qualquer vegetal que apresenta leos volteis odorferos, sendo extrado de vrios locais na planta desde nas flores, botes, folhas, ramos, cascas, sementes, frutos, lenho, razes e rizomas.
Processos de obteno
Deve ser bem escolhido antes de ser aplicado, devido diferentes plantas bem como a parte dela a ser extrada, por isso deve ser estudado um meio melhor e mais barato de produzir o que se deseja.
Matria-prima
Procurar plantas com melhor rendimento, para a relao custo/beneficio funcionar.
Quantidade/hora
Pode-se escolher um processo mais delicado e com um valor agregado maior (mais qualidade, mais tempo, produto mais caro), como produo em larga escala, grande produo por hora com produtos com baixo lucro final.
Enflorao (Enfleurage)
empregado para extrair leo voltil de ptalas de flores (laranjeira, rosas); Ptalas sobre camada de gordura; As ptalas esgotadas so substitudas por novas at a saturao total; Tratamento com lcool p/ obter o leo voltil; o lcool destilado a baixa temperatura.
Aparelho de Clevenger
Extrao Descontnua
Utiliza-se um funil de separao, onde ambos os solventes so adicionados. Com a agitao do funil de separao, o soluto passa a fase na qual est o solvente com maior afinidade. A separao feita e a fase mais densa recolhida antes.
indicada quando existe uma grande diferena de solubilidade do soluto nos dois solventes.
Extrao Contnua
O solvente orgnico passa continuamente sobre a soluo contendo o soluto, levando parte deste consigo, at o balo de aquecimento.
Prensagem
Esse mtodo empregado para a extrao dos leos volteis de frutos ctricos. Os pericarpos desses frutos so prensados e a camada que contem o leo voltil , ento separada. Posteriormente, o leo separado da emulso formada com gua atravs de decantao, centrifugao ou destilao fracionada.
Tratamento
Frequentemente necessrio branquear, neutralizar ou retificar os leos volteis extrados.
Retificao: a seco ou por jato de vapor dagua sob presso reduzida.
Permite eliminar os componentes irritantes ou com odor desagradvel,obtendo-se produtos finais com alto valor.
Conservao
Devem ser guardados dessecados(secos com Na2SO4 anidro e livres de impureza insolveis); Em frascos de pequeno volume, em embalagens neutras, feitas de alumnio, ao inoxidvel ou vidro mbar, completamente cheios e hermeticamente fechados;
Amostra + gua
Descarte
Fase Aquosa
Fase Hexnica
Evaporao leo Seco
APLICAES
Aplicaes
Onde so usados?
Vantagens:
Anestsico local Ao Carminativa Ao antiinflamatria
Ao antiespasmdica
Ao anti-sptica (uso externo) Agradvel Aroma
Desvantagens
Toxidade crnica pouco conhecida Propriedades mutagnicas, teratognicas e/ ou carcinognicas no esclarecidas. Extrao das plantas de forma aleatria. Falsificao.
Controle de Pureza
Resduo de evaporao Olfato treinado
Presena de substncias polares tais como lcoois, glicis, teres de glicol e acetato de glicerina.
Aromaterapia
O que ?
Objetivo Produto natural x sinttico
Extrao
Para a produo de 1 kg de leo so necessrias 5 mil rosas.
Rosa damescena
Lavandula Angustifolia
Capim-limo
Extrao supercrtica (utilizao de CO2); O capim limo de grande importncia para a extrao de leos essenciais. Esse nome lhe foi atribudo devido semelhana com o odor de limo. O leo essencial de capimlimo um dos mais importantes leos essenciais comercializados. Alto contedo de citral utilizado para a produo de vitamina A.
Tomilho
Alta concentrao de uma substncia antibacteriana: timol. As plantas do gnero Thymus (tomilhos), so usadas com inmeras finalidades, desde a culinria at a medicina. No Brasil, o tomilho vendido seco para ser usado diretamente na comida ; Frana: O leo essencial de tomilho usado como aromatizante na culinria.
Gergelim
Mini prensa para extrao de leo de gergelim. A semente de gergelim composta de 50% de leo, em mdia. A mquina consegue extrair de 30 a 35% desse percentual por meio de um processo simples. rico em vitamina E. O leo, normalmente usado bruto ou refinado no preparo de alimentos diversos, tambm est sendo utilizado na produo de fitoterpicos ou de fitocosmticos.
Mtodo de difuso cavidade placa gar sobre as bactrias Staphylococcus aureus, Escherichia coli. Fungos (Aspergillus flavus e Aspergillus parasiticus),observando-se o crescimento e/ou inibio micelial das culturas.
Identificao e quantificao dos constituintes qumicos dos leos: cromatgrafo gasoso acoplado a um espectrmetro de massa e um cromatogrfico gasoso com detector por ionizao de chamas (DIC), respectivamente.
Os constituintes dos leos essenciais de manjerona, anis-estrelado e canela foram: o 4terpineol, trans-anetol e aldedo cinamico, respectivamente.
Resultados: leos essenciais de manjerona e canela: efeito inibitrio sobre as duas bactrias analisadas; porm, o leo de canela apresentou melhor efeito inibitrio nas menores concentraes. Anis-estrelado apresentou atividade s com E. coli. O efeito inibitrio dos trs foi efetivo sobre os dois tipos de fungos.
Pimenta rosa
A pimenta rosa ativadora da produo de sangue na medula ssea, portanto anti-raqutica, atua tambm na depurao e purificao do organismo, antivermfuga e antiinflamatria. O leo essencial da pimenta rosa muito utilizado na medicina popular, sendo eficiente no tratamento de febres, tumores, doenas da crnea e das vias respiratrias e urinrias.
Trs tecnologias convencionais: hidrodestilao em diferentes tempos de extrao, soxhlet em funo de trs solventes (hexano, etanol e gua) e a infuso simples, em funo de dois solventes (etanol e gua). Mtodo da hidrodestilao: Rendimento diretamente proporcional ao tempo de extrao. Em relao casca foi muito menor, indicando que a semente contm maior percentual de leo essencial.
Usando o soxhlet, o solvente responsvel por uma extrao mais eficiente foi o hexano e podese constatar que o etanol foi mais eficiente para a infuso.
Dos trs mtodos aplicados: Soxhlet foi mais eficiente, pois seu rendimento foi maior em relao aos outros dois mtodos.
Bibliografia
Aula vivenciada pela UFRGS. Farmacognosia da planta ao medicamento.Editora UFRGS.